De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

quarta-feira, 29 de março de 2023

Se ainda tem gente aqui... Eis que vivo e estou bem.

Faz 8 meses mais ou menos do último post nesse blog. Sim, muitos pensariam que ele estava extinto... Mas não! Resisto! Resisto as mudanças, as dores e ao tempo. Prefiro, mantenho, continuo essa jornada literária, por que não, e insisto em continuar aqui, escrevendo.

Se alguém lê? Aí já são tantas outras...

Esse período de oito meses foi necessário. Nele eu estive no mais fundo do poço que estive em 30 anos e desse lugar eu subi, degrau por degrau, para fora.


Respiro ares mais doces, altos e vivos. Sim, eu vivo.

A dor ainda me acompanha e ela é diária. Não há dia que eu não lembre do que deixei para trás e não sinta dor.

Saudade.

Amor.

Mas já encontro em mim novamente um pouco daquela força que me motivou a mudar.

Encontro um pouco mais de mim.

E sigo em frente.

No momento brigo com uma doença silenciosa e sem explicação que me acomete desde novembro e que me faz ter dificuldade para me alimentar, causa fraqueza muscular e fadiga extrema. Existiu uma desnutrição, um problema hormonal, e uma suspeita de cirurgia de emergência devido a uma rara torção no intestino. Essa última, por sorte, se resolveu sozinha. As outras estão sendo tratadas. E assim seguimos.

Rebeca tem suas próprias dores, sua própria vida, seus amores e seus desafios. Aprendendo a viver com pais separados no começo da adolescência e descobrindo sua individualidade. Eu sou apoio, sou teto, sou chão, sou abraço, sou afeto e dor. Sou o que ela precisar de mim.

E sou eu.

Hoje já vejo novamente o horizonte de quem quer mais da vida.

Acredito em sonhos e em grandes amores.

Me apoio em grandes amigos e amores presentes.

Mudar não significa deixar pra trás. E seguir em frente as vezes nos dá a chance de reaprender o que ficou pra trás de outra forma.

Estou aprendendo a viver de novo.

Tem um caminho longo pela frente. Eu quero parar e ver as flores.