De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

domingo, 30 de dezembro de 2018

Que venha 2019!

Bom dia!
Eu queria dizer algo importante. Algo pra fazer você sorrir.
Ai eu fico pensando no que poderia começar bem o seu dia.
Eu acordei bem. Com preguiça, mas de bom humor. Pra mim o Ano Novo é sempre uma oportunidade de fechar um ciclo e de iniciar algo novo.
Então vamos se concentrar nisso: Que hoje seja o final de um ciclo, desse momento que você vive hoje. Que você festeje do seu jeito e que essa festa seja a despedida. Que você se alegre com a chegada do novo, dessa fase que você inicia amanhã, com a mudança que virá, e abrace essa ideia.
Todos os dias nós temos a chance de mudar, de fazer diferente. Cada vez que você acorda você pode decidir como vai encarar o seu dia. Você não pode decidir o que vai ou não acontecer por pois muita coisa depende de fatores externos. Mas você pode sentir a si mesmo e decidir como você vai lidar com o que o dia te reserva.
Se concentre nas pequenas coisas que estão dentro do seu controle, e se desapegue do resto, pois o resto é problema de outra pessoa.
Faça o melhor todos os dias. As vezes seu melhor te permitira fazer coisas incríveis e outras apenas ajudarão você atravessar o dia. Mas faça o seu melhor.
Por que todo dia é uma nova chance. Todo dia é um novo fim e um novo começo.
Não tente controlar o mundo, apenas a si mesmo. Ame, fique triste, abrace, se afaste. Faça a sua parte. A mudança começa com uma ideia, um sonho, uma vontade.
E o mais magico de tudo isso é que tudo bem mudar de ideia depois. E parar. E começar de novo. A vida não esta escrita em pedra, ela é construída todos os dias.
Construa seu castelo. Se cerque de coisas boas: boa comida, boa companhia, bons pensamentos. Sua bondade.
E sorria. Por que sorrir faz cada coisa louca a nossa volta!
Então que hoje seja o fim. E o começo. E que a gente possa tratar a mudança com alegria.
Feliz Ano Novo!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Sobre 2018

Estamos na última semana do ano e eu me sinto bem. Estou cansada, exaurida, e com a sensação física de um resfriado. E estou bem. Contente. Feliz. Ao mesmo tempo insegura, com medo, e sem ter ideia do que 2019 me reserva. E tudo bem.

2018 foi um ano tão difícil, tão longo, que deu a sensação de ter tido vários anos dentro dele.

Começamos o ano, logo no dia 03 de Janeiro, com a notícia de falecimento de um primo meu. Relativamente jovem, teve um infarto fulminante.

Com isso trocamos uma viagem de ferias por um velório, sorrisos por lágrimas, certezas por imcompreensão.

Depois o falecimento de meu tio, em Março, e logo em seguida o adoecimento de minha mãe.

Minha mãe ficou doente por meses, passou semanas internada e ainda hoje continua em tratamento.

Esse ano eu vi minha mãe envelhecer muitos anos em poucos meses. Vi seu corpo ficando fragil, seus movimentos ficando mais lentos, seus passos inseguros e sua capacidade de comunicação diminuir. Vi, convivi e Vivi seu medo por sua própria mortalidade. Vi uma pessoa forte, enfrentando e lutando por sua vida e por sua sanidade mental ao ser confrontada com seu maior medo. E vi ela chegar até aqui, se recuperando do choque e fazendo planos.

Minha mãe é uma mulher muito forte!

Vi meu pai se dedicando a ela por todo o ano. Vi ele também envelhecer nesse período, anos e anos, mas ainda sim se manter atento e disposto e pronto para tudo que minha mãe pudesse precisar.

Meu pai é um companheiro dedicado.

Os dois adotaram os cabelos brancos por fim, deixando de tingi-los. Ficaram bem. Mas sinto que isso tem a ver com a aceitação do processo de envelhecer, do se permitir não ter mais o corpo tão jovem e forte mas encontrar nesse gesto tão simples a nova fase de sua vida.

Tenho muito orgulho e muita sorte de ter meus pais.

Enquanto minha mãe estava envolta em seus tratamentos médicos nós tomamos decisões de mudar. Mudar de vida, mudar de casa.

Esse e um projeto ainda em andamento. Começou em Junho com minha mudança para o andar de cima da casa, onde meus pais ficavam, para que reformassemos e alugassemos o andar térreo da casa.

Depois em setembro alugamos parte da casa.

E de lá para cá pagamos dívidas e tomamos decisões que nos permitam finalmente nos mudar daqui.

2019 tem em si a promessa de mudança.

No fim do ano tivemos um outro falecimento de uma pessoa próxima. O ex-esposo de minha tia, com quem mantínhamos contato em eventos familiares. Mais uma vez um velório, um sepultamento, onde comparecemos para dar força e apoio a minha tia, primos e sobrinhos.

O Ano chega ao fim com seu último, espero, desdobrar, com grandes decisões de minha mãe e meu pai sobre o que eles desejam do futuro, sobre qual seu legado, sobre qual é a prioridade deles daqui em diante.

2018 foi um ano difícil.

Tivemos também a escalada da intolerância e do ódio em nossa sociedade com seu ápice em um processo eleitoral de mentiras e acusações, onde as propostas não tinham chance de serem ouvidas ou questionadas no meio do medo. Tivemos uma eleição baseada no medo. Construímos e desconstruindo instituições públicas e privadas, relações pessoais e profissionais, por causa de medo. E com isso todos perdemos.


Mas o fim do ano as vezes tem a chance de remendar o que foi rasgado. E de dar esperança para o futuro que vira.

Essa semana foi Natal. E quero fazer um posto so pra ele, porque esse Natal merece.
Mas hoje quero dizer que foi bom.
Quero dizer que, pelo menos na minha família, ao nos reunirmos esse ano, nos escolher ceder. Fazer concessões. Aceitar o outro e não nos deixar separar por nossas diferenças mas sim nós aproximarmos por aquilo que temos em comum.

Então estou passando por esses últimos dias do ano com um pouco mais de esperança.

E deixo aqui meu desejo de que você também encontre essa esperança pelo Ano Novo que virá.

Que 2019 nos de a chance de nos conectar mais do que nós dividir. Que as mudanças sejam mais positivas que negativas. Que se por um lado algo nos faltar, nos encontremos forças para seguir e pessoas para nós acompanhar no caminho.

Que façamos uns pelos outros o melhor. E que juntos façamos nossas vidas mais leves.

Um 2019 de união e amor.

Feliz Natal e um prospero Ano Novo!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Sobre férias, festas, viagens...

Queridos, chegaram as férias e tem sido bem difícil me organizar para vir dar noticias.

Nos primeiros dias de férias meu sobrinho veio passar uns dias aqui em casa e fazer companhia pra Rebeca. Os dois têm idade próxima, ele um pouco mais velho que ela, e no geral se dão muito bem. Claro que as vezes se estranham, mas é uma relação bem de família mesmo.

Alguns dias depois minha irmã chegou para passar as festas de final de ano conosco e providenciou uma viagem de fim de semana.

Fomos para uma chacara no interior de SP. Primeira vez das crianças numa região mais rural, sem TV a cabo ou Internet. Meu sobrinho quase teve uma síncope, Rebeca já lidou um pouco melhor com a situação. Os dois, um pouco mais ele do que ela mas ela também, ficaram apavorados com a quantidade de insetos, de mosquitos a besouros. Mas no fim os dois se divertiram e aproveitaram a piscina e o sol o máximo que puderam.

Eu ainda tive a chance de rever uma amiga muito querida, a Ju do blog Grávida e Bipolar. Foi um reencontro feliz, e ver nossos filhos brincando juntos depois desses anos que nos conhecemos foi meio sonho se realizando.

Essa semana foi a apresentação de dança do clube onde Rebeca faz aula. Foi um evento bastante prestigiado pela família, que compareceu para assistir a pequena em sua grande noite. Rebeca dançou duas músicas, todos acompanharam o esforço dela ao longo do ano, e essa apresentação coroou sua determinação, e nos pudemos apreciar uma linda apresentação de dança e teatro. Depois ainda fomos todos jantar juntos.

Agora o Natal está quase ai e sei que vai ser ainda mais difícil parar para escrever.

Minha cabeça está uma zona e eu estou tentando me manter ocupada como posso. O silesilê é terrível de lidar, e tenho tido pesadelos todas as noites. Tento não pensar nos problemas e nos meus medos. Por agora eu quero só estar aqui e ter um bom fim de ano.

Por hoje e só o que eu quero.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Sobre se sentir melhor e conseguir respirar...

Funciona.

Quer dizer, pra mim, funciona.

Fim de ano tem as festas, passeios, familia, amigos, compras.

Dai que isso tem esse efeito ótimo no meu humor. E esse ano, por agora, foi capaz de me tirar da crise que eu estava e me dar energia e disposição.

Alegria.

Eu sei que tudo o que eu estava sentindo, os motivos que me levaram a me sentir daquela forma: sem esperança, triste, impotente... Os motivos não mudaram. Tudo continua igual.

Mas por agora eu tenho Rebeca de férias, apenas se preparando para a apresentação. Tenho meu sobrinho em casa. Tenho uma viagem para o fim de semana. Tenho minha irmã chegando para passar as festas. Tenho Natal e Ano Novo. Tenho sol e dias quentes e iluminados.

E por hoje isso basta para me deixar bem.
Por hoje eu estou feliz!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Sobre férias com crianças...

Daí que como o ano foi muito difícil, não devemos viajar essas férias.

Quer dizer, viajar nos vamos, mas so um fim de semana quando minha irmã estiver aqui. O restante das férias serão em casa.

Meu sobrinho vem passar parte de Dezembro e depois de novo em Janeiro conosco.

Então o fato é que terei duas crianças para entreter durante as férias. Sem viajar. E com o orçamento muito, muito, apertado.

As vezes vejo esses posts de sites e blogs, etc, sobre "o que fazer nas férias com crianças".

Mas e pra seguir?

As vezes acho que menos é mais. Deixar as crianças livres pra brincar, deixar inclusive que elas fiquem entediadas e tenham que usar a imaginação pra criar alguma coisa.

Mas sei que férias sem passeio, sem viagem, não tem cara de férias.

Quando eu era criança a familia da minha mãe tinha uma casa na praia. Nós acabavamos indo para a praia no começo de Janeiro e passávamos as férias todas lá. A casa não era muito grande e era bem simples, mas existiam semanas que estávamos meus pais, eu e minha irmã, minha tia com meus dois primos, meu tio e tia com seus dois filhos, todos ao mesmo tempo na pequena casinha de madeira, se virando.

Era simplesmente delicioso!

Como sinto falta dessa experiência.

Nos ultimos anos nós temos ido para a casa de praia de meu tio. Como não temos muita liberdade não podemos levar ninguém, e como não podemos gastar muito e nem ficar muitos dias pela casa só ficar disponível para nós no fim das férias, a experiência é boa, mas falta a bagunça.

Fico sonhando com ter um lugar para receber os amigos e a família e fazer essas bagunças boas.

E até lá, me viro com uma piscina de plástico em casa e fazendo malabarismo do que fazer por um mês inteiro...

Mas vamos lá.