De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo!

2011 foi um ano com muitas frustrações e algumas vitorias.

Tomei algumas decisões importantes, como colocar a Beca na escolinha, sem as quais eu provavelmente teria surtado.

Voltei a trabalhar em agosto e nessa ultima semana do ano, pedi demissão. Irei em busca de novos horizontes, apesar de ainda não ter certeza de que pra que lado fica o Norte.

Continuei na ca dos meus pais, vivenciando essa montanha russa de emoções e luta que permeia esse viver. Quis mudar e não consegui. Que em 2012 tudo melhore e nos possamos ter a nossa casa. Faz falta demais...

O inverno veio com suas gripes e sinusites, mas pior que o inverno foi a primavera e sua catapora, mais forte e brutal do que sonha qualquer mãe.

Sai mais, retomei contato com os amigos, fiz mais festas, mas ainda faltou o voltar a namorar, o se re-apaixonar por aquele que esta do lado. Então, espero que 2012 me venha com mais paixão, mais amor, mais tesão. O companheirismo e a cumplicidade eu ja tenho...

2011 me trouxe uma coisa quem quero me desfazer em 2012- quase 20Kg a mais! Uma alimetação toda errada e descontrolada, comi e continuo comendo meu cansaço, minha tristeza e minhas frustrações. E o meu prazer que anda tão dificil de se soltar. Em 2012 quero encontrar o prazer nas outras coisas, nas pequenas coisas e deixar de lado essa gula - achar prazer em cuidar também de mim

Começarei o Ano colorida - calça azul, camisa branca e colar e brincos dourados combinandocom a maquiagem fraca mas um batom vermelho vivo! Que assim eu atrai a paz interior que me falta, a calma que tem fugido, o dinheiro necessário a realização dos meus desejos e a paixão de volta a boca!

E desejo que tudo de bom que a mim vier se espalhe a minha volta, trazendo a felicidade daqueles que me cercam! Por que mais feliz do que ter as coisas e poder compartilhar e doar um pouco ao proximo. Por que sozinha, de fato, não sou ninguém.

Agradeço a você que lê o blog por compartilhar comigo esse caminho cheio de curvas que é a minha vida. Por estar aqui, ao ler, comigo nos tempos bons e ruins. E que em 2012 você volte e a gente possa continuar a nossa dança - você dai eu daqui.

Um Feliz Ano Novo cheio de Amor e Paz!

Retrospectiva em fotos:



Janeiro



Janeiro


Janeiro


Maio

Maio


Maio

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

Dezembro - Natal
Beijo! Feliz Ano Novo!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Um Natal meio avesso

Sabem quando algo tem tudo pra ser bom, e por uma série de pequenos acontecimentos, acaba sendo diferente do que você esperava?

Pois bem, meu Natal foi assim.

Não foi de todo ruim, pois vi familia de que gosto muito e isso sempre e bom. Mas não foi nem perto do que eu esperava.

Talvez eu tenha colocado muitas fichas no meu Natal, por assim dizer. com certeza o fato de estar gripada, bem gripada, fez tudo parecer pior. Mas a verdade é que tem coisas, e pessoas, que mexem comigo mais do que deveriam.

Meu NAtal foi longo. Acho que como todas as comemorações da minha vida-sou muito festeira mesmo. Tivemos festa na noite do dia 24, no almoço do dia 25 e aniversários no almoço e na tarde do dia 26. Então, um total de 3 dias de festa. Pensando assim, meu saldo definitivamente foi positivo.

O Almoço do dia 25, tradicional da familia do meu pai, foi otimo! Foram menos pessoas do que o esperado, mas a reunião foi muito agradavel, todos estavam bem animados e as crianças, sempre elas, tiveram seu momento sensação da festa.

E com um bom motivo! Minha tia-madrinha levou de presente de natal uma piscina para a Rebeca. Daquelas grandinhas, de 1000 litros, de plastico e ferro, pra montar e encher com a mangueira. E Estava sol e calor ainda. Eu com a Beca e minha prima com os dois filhos pequenos, conversando, veio a ideia: "Vamos montar a piscina e deixar as crianças brincarem!". Dito e feito!

E foi uma delicia, aquelas 3 crianças pequenas, a Rebeca com 2 aninhos, a priminha dela com quase 3 e o mais novinho completando no dia seguinte seu 1 ano, todos na agua. fez valer o dia inteiro!

Na segunda, foi aniversário do meu sogro e fomos almoçar na casa dele. foi um almoço simples, pegando os moradores de surpresa, desacostumados em fazera comemoração com os filhos e netos aparecendo em plena segunda feira na hora do almoço. netão, comemos soborô d´ontê, ovo frito e cuscuz. Simples e gostoso! eu levei a sobremesa, todos comeram felizes, e Rebeca teve a chance de ver e brincar com os priminhos desse lado da familia - e ficou meio assustada, admito, pois eles são bastante intensos e ela não ta acostumada com ser puxada de um lado pro outro pra brincarem com ela.

Na tarde, mais uma festinha de aniversário, de mais um priminho da Rebeca. Festa de criança com cara de antigamente, com direito a sanduiche de mini salsicha, pipoca e gelatina. Bolo caseiro de brigadeiro e brigadeiros de leite moça enrolados no dia. Bexigas e muitas crianças! Tudo muito caseiro, pra um grupo bem seleto. Ficamos honrados de poder participar e uma comemoração intima e deliciosa!

Pena que nesse segundo aniversário a Beca ja estava cansadinha e mais fechada, não quis brincar muito com as outras crianças por iniciativa propria. So se enturmou um pouco mais quando o paizão foi la incentivar. Mas foi bom!

Ou seja, ja deu pra entender que meu problema foi com o dia 24 certo?

E vejam bem, eu nem acho que tenho direito de ficar chateada. Mas fiquei.

Dia 24 a festa foi aqui em casa. E eu me esforcei muito pra essa festa acontecer. Fiz as compras de tudo que ia ser servido com antecedencia, me programei e comecei a cozinhar 2 dias antes pra não me cansar demais e nem fazer tud correndo. fiz questão de comprar os presentes eu mesma e nãodar trabalho pros meus pais, ja sabendo que minha mãe não curte fazer a festa em casa.

mas juro que pensei que, se eu não desse espaço pra ela ter trabalho em preparar a festa, ela poderia apenas curtir o momento de rever a familia. Boaba eu.

Aconteceu uma coisa que mudou o status quo da festa. Minha mãe fez uma cirurgia de transplante de cornea no dia 20 de Dezembro, 4 dias antes do Natal. e isso fez com que ela estivesse em pleno processo de repouso e recuperação, e dor e medo que envolvem uma cirurgia desse porte.

Mas eu achei que era muito em cima pra desmarcar o Natal. eu não queria desmarcar o Natal. eu esperava que, por virem pessoas queridas e proximas, ela fosse estar bem o suficiente pra tudo isso.

Mas ela não estava.

Chegou a ir no médico com medo de estar rejeitando acornea tal o modo que doida, no dia 24.

Disse-me que ela e minha irmã, que depois concordou, preferiam não fazer a festa. Que talvez fosse melhor apenas irmos ao almoço no dia 25. Que quem fazia questão dafesta era apenas eu.

E por mais que eu entenda que possa ter sido dificil pra ela. Que eu sabia, de antemão, ha anos, que minha mãe não gosta de fazer as festas em casa e que se puder também não vai nas de fora, eu fiquei chateada.

Me foi um balde de agua fria, entendem?

Por que a verdade e que eu me esforcei e queria reconhecimento por isso. Não o contrário!

E isso ficou na minha cabeça nos dias seguintes. Que na verdade eu estou mesmo com o foco errado. Mais que isso, eu estou fazendo as festas -e vivendo -  na casa errada. Talvez até com as pessoas erradas!

Minha irmã disse algo serio - quando eramos crianças uma das grandes magias do Natal era que podiamos ver nossos primos. Que teriamos outras crianças pra brincar. E que eu deveria pensar então em passar o Natal com a familia do Taz, por exemplo, pra Beca ter com quem brincar. Pra ela ter a chance de ter o que nos tivemos.

E eu concordo com isso. E faz sentido!

Eu percebi que estou presa a um molde que ja não funciona, onde passar o natal com meus pais era obrigatório. Onde não tinha alternativas. E esta na hora de perceber que não é mais assim. Que minha familia principal não são mais eles, e sim a Beca e o Taz. E que devo me concentrar nisso.

E dificil. Foi dificil. Vai ser dificil. Mas talvez seja uma boa coisa pra começar o ano, e desapegar desse modelo.

De fato, isso ja vai começar acontecendo. Meus pais, depois de conversarmos sobre o fato de minha mãe não querer festa e eu sim, irão passar o Ano Novo na casa da minha irmã, enquanto eu, o Taz e a Beca ficaremos em casa, onde faremos a nossa recepção para os amigos.

E acredito honestamente que vai ser mesmo, bem melhor assim...

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Feliz Natal em fotos!













E nesse natal...

Fazendo posecom vovô


Awooo

Olha a foto!

Bebeca e mamãe

linda!

Careta!!


Beijo e feliz Natal!


Beijo e feliz Natal do papai!

Beijos pra  voces! Feliz Natal!

E o Natal de vocês? Como foi?

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Ah, o Natal...

Eu acho que sou uma pessoa de sorte. Desde que me lembro por gente tenho dificuldades de escolher presentes. Sou daquelas qiue quando ouve, e ouvia, a pergunta "o que você quer ganhar de Natal?" ficava um tempão pensando no que responder. Optei, muitas vezes por coisas que considerava simples pois acreditava que escolher e pedir era uma obrigação. Mas a verdade é que desde muito cedo eu era satisfeita com o que tinha. Com o que tenho.

Pela primeira vez em anos, tantos que não consigo contar, eu não me sinto assim. Talvez por um combo que inclui o stress de não estar conseguindo trabalhar + a frustração com a minha vida no momento + a chamada depressão sazonal conhecida por muitos bipolares = não estou bem.

Mas resolvi parar pra fazer esse post pra me ajudar a lembrar do que é realmente importante. O que significa o Natal pra mim? Como eu vou curtir essa festa, esse dia?

Pra começar, hoje mesmo, quinta feira, começo a fazer as comidas para sábado e domingo. Esperar e fazer tudo em cima da hora não me domina mais - farei um pouco por dia e me cansarei menos.

E eu amo cozinhar. Me deixa feliz e me completa de um jeito que só escrever e ser mãe podem fazer igual. Poder medir os ingredintes e transformar varias pequenas coisas em um saboroso prato me parece magica. E me da uma sensação de começo, meio e fim que necessito na vida e não encontro em outro lugar.

Esse ano combinei com o Taz que n´s dois seriamos responsaveis por preparar o Natal. Seria nossa responsabilidade - ou seria minha? - pois fazemos a maior questão de toda a festa. Comidas, convidados e os famigerados presentes - que ainda acho obrigatorios pra dizer "lembrei de você" - tudo por nossa conta.

Devido a 2 fatores importantes - o Taz iria trabalhar e minha mãe ter feito uma cirurgia de transplante de cornea essa semana, nosso Natal sera aqui em casa. O Ano novo também. Chamamos então minha tia e primos, meus sogros e cunhada, minhã irmã e a esposa, e tentaremos aproveitar o maximo a companhia uns dos outros. E me alegra imensamente saber que todos virão!

Tenho todo um esquema planejado pra Beca curtir a festa toda e a paparicação dos convidados - ela ira tirar seu cochilo diario mais tarde, para assim decansar bem e poder ficar acodada ate tarde.

No domingo ainda teremos o almoço tradicional de Natal por parte da familia do meu pai. Mais primos e tias e crianças. Mais comida boa! Mais momentos felizes de brincadeiras, amigo secreto ladrão, doces caseiros, tudo com aquele gosto de reunião de familia italiana! Muitos abraços, pessoas gesticulando muito e falando alto.

Ai eu penso em tudo isso e em como eu adoro a familia reunida assim. E tudo que consigo pensar é "Assopra essa tristeza pra lá!! Me deixa!"

E, acho que vou pra cozinha, botar essa tristeza toda, essa deprê, dentro da panela mesmo. transformar tudo em doce!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Heranças familiares #1

#1
- Filha, eu sei que o remedio e ruim, mas toma de GLUT GLUT que passa mais rapido!

#2

- Então, Beca, atras fica o Bumbum e na frente fica o...?
- BIMBIM!
- Isso mesmo!

#3

- Pam Pam ram ram pam...
- Pam Pam!
 -Pim PIm rim rim pim...
-Pim Pim!
- Pum PUm rum rum pum..
- Pum Pum!

E tem tantas outras.... E vocês, que coisas estão repassando aos seus filhos?

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Para elas

Gente, olha que lindo!!!

Boa semana pra vocês!

sábado, 17 de dezembro de 2011

O PS, a coriza,a tosse e a febre

Rebeca esta doente, de novo.

Tudocomeçou a 3 semanas e meia atras, com uma gripe. Dois dias de febre alta depois de um fim de semana na  piscininha e no vento. A febre cedeu em pouco tempo, mas deixou pra trás 2 coisas muito desagradaveis: a coriza e a tosse.

E apesar da Rebeca comer bem,continuar bem ativa e tudo mais, a tosse foi piorando a cada dia, o nariz continuando entupido e eu ficando cada vez mais preocupada. Dados 10 dias de tudo isso, resolvi leva-la no Pediatra. Infelizmente, descobri que o Pediatra dela saiu de ferias e so voltaria em Janeiro. Teria que ser o PS mesmo. E la fomos nos...

Na primeira ida o medico receitou um antinflamatorio com corticoide e antiestaminico, de forma que trataria a garganta que estava inflamando e ajudaria a aliviar o congestionamento nasal. De 8 em 8h.

Depois de 4 dias de medicamento e absolutamente nenhuma melhora visivel, voltamos ao mesmo PS, mas dessa vez passamos com outro medico. E dessa vez o medico pediu que terminassemos o 5 dia de tratamento com o remedio anterior e, como ela não tinha mais tido nenhuma febre e o pulmão estava limpo, passou apenas um xarope de acetilcisteina para soltar o catarro, tambem de 8h em 8h.

Isso foi domingo passado.

De quinta pra sexta, final do tratamento com a acetilcisteina e pouca melhora, Rebeca volta a ter febre alta. Chegando a acordar de madrugada meio quente. Assim que a febre cehgou em 38° eu amediquei e voltei no PS com acerteza que me dariam um tratamento mais definitivo.

Mais uma vez, outro medico, pede exame de RX de novo, ok. Nada no pulmão de novo, ainda bem! Pra garantir, pede exame de sangue. Coitadinha da Rebeca acba sendo furada 3 vezes por que não conseguiam achar a veia e quando acharam amesma se fechou sem terem tirado sangue suficiente pro exame. Chorou, coitada, e com razão. Foi torturante.

eu em momento algum menti pra ela. Conversei e expliquei o que ia acontecer, falei que ia doer sim, mas que ela não podia se mexer pois a enfermeira precisva terminar o exame. disse que ficaria com ela o tempo todo e que terminaria logo. Fiquei contando atraves de musicascomo Mariana e 10 elefantes pra ajudar a distrai-la durante o processo. Mas foi horivel e deu muita do.

Enquanto esperavamos o resultado do exame ela adormeceu de exaustão de tanto chorar, e de fraqueza por causa da febre e de estar sem almoço. Dormiu 30 minutinhos e acordou, chorando, lembrando do exame e sentindo a dor nos braçose mão onde espetaram as agulhas.

Com o exame na mão, com tudo dentro da normalidade, apenas uma pequena alteração que indicava a febre, o medico queria liberá-la mais uma vez apenas com um antinflamatorio, se muito. Eu reclamei!

- Poxa, e a terceira vez que eu venho aqui, a minha filha esta piorando a cada vez, o que mais precisa acontecer?

- Mas eu pedi o exame de sangue exatamente pra descartar a necessidade do antibiotico! - explicação do médico.

- Ela esta assim a 3 semanas!

E ele enfim passou um antibiotico, forte, com aquela cara de "por que você veio ao medico se ja tinha decidido o que fazer"

E estamos de volta ao antibiotico, por 3 dias. E as voltas com a febre que volta a cada 4h, as noites insones... Mas sem perder o pique de Natal!

Montamos a arvore, Rebeca foi ver o papai noel, e levamos com bom humor. Por que tambem, né, tem outro jeito?

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Rebeca Jacaré e o Elefante

Era uma vez um Jacaré chamado Rebeca. Rebeca Jacaré tinha uma grande amiga, uma girafa chamada Gina.

Gina e Rebeca brincavam muito juntas todos os dias, na beira do lago. Rebeca nadava e Gina corria pela margem, e elas riam e se divertiam o dia todo.

Um certo dia, apareceu no lago um Elefante muito, muito grande! ele tinha orelhas enormes e uma tromba grande e desengonçada.

E Beca e Gina Ficaram com medo do elefante. E quando ele chegou, elas sairam de perto, indo para o outro lado do lago.

E ficaram lá, meio escondidas, falando sobre o tal elefante:

 - Nossa, como ele é grande! - disse Rebeca
 - É verdade! - Disse Gina
 - E ele tem aquelas orelhas enormes e esquisitas! - Disse Rebeca
 - E aquela tromba comprida e desengonçada! - Disse Gina.

No meio da conversa elas então ouviram um choro baixinho, vindo do outro lado do lago. O Elefante estava chorando...

Preocupadas com o que poderia ter acontecido, Beca e Gina muniram-se de coragem e atravessaram o lago para falar com o Elefante:

 - Elefante - perguntou Rebeca - Por que você esta chorando?

 -É que eu tenho essas orelhas grandes - explicou o elefante -  E com elas eu pude ouvir vocês falando de mim do outro lado do lago... e fiquei muito triste!

Rebeca e Gina ficaram envergonhadas. Elas não queriam deixar o Elefante triste, elas só estavam com medo! E disseram:

 - Puxa, elefante, desculpe! Nós não queríamos deixar você triste! Nos estávamos com medo, pois você é muito grande!

 - Poxa, mas eu sou tão bonzinho! -  disse o elefante - E eu não tenho medo de vocês, apesar de serem diferentes de mim...

 -E por que afinal você tem essas orelhas tão grandes? - Perguntou Gina num repente, levando um cutucão da amiga.

 - É que assim eu posso abanar meu corpo e manter os insetos longe. - respondeu o elefante.

 - E por que você tem essa tromba comprida? - Aproveitou e continuou perguntando a curiosa Gina.

 - É por que assim eu posso usa-la como um canudo para puxar a agua para beber e espirra-la, como uma mangueira, pelo meu corpo todo, me deixando refrescado no calor!

 -Aaah -disseram as duas - agora que você explicou, não dá mais tanto medo!

E sorrindo, mais tranquilas, perguntaram:

 - Agora que não temos mais medo de você, será que podíamos tentar ser amigos?

 - Claro! - disse o elefante, que ficou tão feliz que fez um enorme e estridente som com sua tromba!

FUUEEEEE

 Mas as amigas, que não tinham mais medo, apenas deram muita risada do novo amigo.

E foram brincar no lago, o Jacaré, a Girafa e o Elefante... Juntos.

FIM

domingo, 11 de dezembro de 2011

Por que os homens devem temer as mulheres?

Vejo muitos post em blogs por ai afora, artigos de revista, programas de tv e varias midias que falam nesse tema. A chamada batalha dos sexos. O homem e a mulher moderna. Muitos focando que os homens não deveriam temer as mulheres "modernas". Muito menos ao feminismo.

Eu discordo.

Fui criada em uma casa onde era normalmente levantada a hipótese de que as mulheres dominariam o mundo. Que no momento que não precisássemos mais de homens, nos os extinguiríamos. Teríamos uma sociedade apenas de mulheres onde homens serviriam apenas para procriação - e exatamente por isso seriam poucos.

Então, deve ser compreensível a minha visão de mundo.

Eu acho que os homens devem mesmo temer as mulheres.

Somos comprovadamente mais esforçadas no trabalho, mesmo recebendo menos desempenhando o mesmo papel de um homem.

Somos igualmente mais esforçadas nos estudos. Cada vez mais se vê mulheres fazendo cursos de mestrado, doutorado e pós doutorado.

Nos preocupamos mais com o meio ambiente e que tipo de mundo vamos deixar para nossos filhos.

Nos preocupamos com nosso filhos e com que tipo de pessoas eles serão para o nosso mundo.

Somos mais carinhosas e compreensivas, tornando um relacionamento de amizade entre mulheres ser um motivo de longevidade. Imagine então mais que isso!

Na fila para adoção a maioria das pessoas quer adotar uma menina.

Somos capazes de fazer quase qualquer esforço físico desempenhado por um homem. E os que não podemos inventamos ferramentas para o mesmo uso sem a necessidade de esforço físico.

Somos mais felizes pois não nos prendemos ao dinheiro ganho - sabemos que gasta-lo e uma forma de compensação imediata altamente funcional contra diversos tipos de males, como depressão e coração partido.

A verdade é que já não precisamos dos homens. Nós gostamos da diversidade, isso sim.

Somos adeptas de que é a diferença que cria indivíduos melhores..

Talvez por isso sejamos menos preconceituosas de uma forma geral.

Já somos capazes de criar nossos filhos sozinhas, sem ajuda de um "macho" provedor.

São as nossas necessidades que são atendidas quando são criadas creches, horário integral da escola, babás. Não nos incomodamos de verdade em chegar em casa e esquentar um jantar depois de um dia longo de trabalho, sentar pra assistir um filme ou desenho com as crianças, e relaxar junto do computador. Nem em lavar a louça depois disso.

Nós nos ajudamos a nos levantar e a andar com autonomia. Curtimos o sucesso uma da outra, e mesmo que possamos ter inveja, nos usamos isso para nos impulssionar cada vez mais a frente.

Não, nós já não precisamos dos homens. É bom que eles saibam disso.

Mas ficamos felizes de hoje poder ter a escolha de estar ou não junto de alguém. Homem ou mulher. Por que é por essa escolha que lutamos tanto. Pela escolha de querer estar, ser, viver.

Isso é feminismo. Isso é ser uma mulher moderna. E por isso vocês devem ter medo.

Encare isso e continue com a sua vida.

E fique feliz. Nossa luta também te deu o MESMO direito de escolher.

E o que é que VOCÊ vai fazer com isso?

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Balada! Oi?

Desde que a Rebeca nasceu que não saio a noite junto com marido. Ssaimos ja´, sim, como ja contei antes, mas separados. Sempre, ou ele, ou eu, ficamos em casa pro outro sair.

Dai que hoje é a despedida de um grande amigo meu que esta se mudando. Não de cidade, nem de estado. De país. e por mais que ele va voltar para passar as festas no Brasil, ele deve passar com a familia, e a chance de ve-lo novamente é pequena.

Então, como a despedida seria tarde da noite, bem depois do horario da Rebeca dormir, decidi fazer uma exceção a regra que me impus e pedir pro meu pai (moramos na casa de meus pais) ficar de olho na peqena adormecida enquanto eu e o Taz vamos nos despedir desse nosso amigo.

Me sinto ansiosa! E com medo! E quase traindo a rebeca! Como assim, mãe que sai de noite? Mas e por uma causa nobre, fico me repetindo. Não vai se repetir tão cedo! E essa parte e verdade, visto que meus pais não tem esse pique de ficar com a pequena nas madrugadas, ainda mais pra que eu saia com os amigos. Pra curtir. Não não, meus pais são daqueles que acreditam que a maternidade e uma escolha e devemos arcar com nossas escolhas e isso pode significar termos que abrir mão de muitas coisas, como por exemplo, sair de noite como casal. Sério.

Não tenho pretensões de voltar muito tarde - nem aguento e marido esta trabalhando ate as 22h então tambem vai estar cansado. Nem vamos beber, ja que o programa voi mudado por motivos de força maior de ultima hora a apenas um bate papo em um café 24h da cidade.

Nem ligo. Adoro café, adoro bater papo com os amigos e sinto muita falta de sair so eu e o Taz pra fazer alguma coisa.

Quem sabe eu e meus pais não descobrimos que isso e muito mais facil e não posso repetir a dose logo logo? Tipo, 1 vez por mês? So prapoder namorar um pouquinho... Ah, eu ia adorar... Será?

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Festa de encerramento da escolinha e outras fotos

Hoje foi o ultimo di de aula da Rebeca no Berçario. A partir de amanhã a pequena esta de férias - merecidas -  e no ano que vem estará no maternal. Todo um outro ambiente, com material diferente, professora diferente, uniforme...

Me emocionei de verdade indo levar ela na escola e busncando. Recebendo as coisinhas dela de volta, vendo ela sair sorrindo, feliz, falando do presente que ganhou do amigo secreto na festa de encerramento de hoje.

Nos deram um livrinho fofo, com fotos dela e algumas contribuições que mandei. Uma recordação do que foi esse primeiro ano.

Não tirei foto do livrinho, mas enviei a maquina e pedi pras professoras tirarem foto da festinha. Infelizmente a bateria acabou (abafa) mas deu pra ter um gostinho.

Teve direito ate a papai Noel dando docinhos (a no natal pode vai...)




Na mesa de lanches da festa


Ganhando docinho do papai noel



Dando presente no amigo secreto da sala dela

Foto antiga que estava na maquina... Minha linda fazendo pose!


Com o avental da semana do amarelo

Sorrindo pra foto!!

Ai gente... Meu bebe ta crescendo!!!!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Domingo no cinema

esse fim de semana começou mal -eu e o TAz brigando. Mas nosso programa no domingo salvou nosso fim de semana, nosso humor e possivelmente a semana toda!

Eu estava decidida a cortar o cabelo da Rebeca. Sabem, ela tem 2 anos e 2 meses e nunca ganhou um corte de cabelo. Mesmo. Nem a franja. Não tenho coragem de cortar eu mesma e nunca deixei ninguém fazer.

Procurei já ha bastante tempo por locais em SP para cortar o cabelo dela - salões especializados em crianças - esperando que achando um lugar legal ela ficaria com menos medo. Pesquisa feita, visita idem, encontrei o lugar. MAs era caro, muito caro. E acabei deixando pra depois.

Domingo decidi ir até lá. Pra vocês terem uma ideia o cabeleireiro fica em um Shopping. Ai, o programa parecia mais legal se nós almoçassemos por lá.

Rebeca tirou sua soneca, papai TAz também, e quando acordaram, bora se vestir e ir pro Shopping.

No caminho eu me lembrei que na quarta feira esse cabeleireiro caro faz promoção e o corte sai 20% a menos. Pensei um pouco e pareceu uma ideia melhor adiar o corte da pequena mais uns dias e economizar alguns centavos. Mas até lá, ja estavamos no Shopping.

Dai que o elevador que leva a praça de alimentação abre suas portas bem em frente ao cinema. Olho pro Taz e pergunto:

- Vamos tentar assistir um filme com a Beca?

Ele concordou, medimos nosssas opções (Happy Feet 2 ou Muppets) e escolhemos o bom filme dos bonecos. Compramos ingresso, Rebeca ficaria no colo mesmo. Seguimos para o almoço e a expectativa crescia.

Almoçamos, enrolamos um pouco, e quando vimos, ja estavamos atrasados para entrar no filme. Bilhetes a postos, entramos na sala e deixamos a pipoca pra depois de estarmos ajeitados. So tinha lugar lá grudado na tela mas pensei que isso seria algo bom. Eu duvidava que Rebeca fosse realmente sentada durante o filme e sentando na frente seria mais facil dar liberdade a ela e assistir o filme ao mesmo tempo.

Dito e feito.

Comprei a pipoca enquanto o filme começava e Rebeca esperava com o pai. Quando voltei ela foi voraz nas pipocas, que ainda não sabe comer direito mas adora! Come algumas, chupa o sal e devolve-as ao chão. Uma beleza!

Mas assim que acabou a pipoca não importou o que tentassemos fazer, ela queria ir pro chão. Eu ja esperava por isso, então não me importei muito. Ela ficou correndo de um lado a outro naquele espaço em frente  a tela, brincando. As vezes subia pelo corredor em direção a porta e iamos buscá-la.

Chegou as tantas que decidimos nos separar, Taz e eu: um sentado em cada canto da sala, impedindo a mocinha de subir os corredores e deixando-a livre para brincar lá na frente.

E assim foi o filme. Ela assistia, sim, mas nunca parada. Nas musicas, tentava cantar e imitar os personagens dançando. Uma fofa!

Asssistiu o filme do jeito dela, bem criança e ativa. Curtiu o passeio. E nós também!

Não sei se a levarei ao cinema tão cedo de novo. Mas já não tenho tanto receio assim.

Quando estreia Gato de Botas mesmo?

domingo, 4 de dezembro de 2011

Desfralde? Ainda não...

Fico me perguntando como as pessoas sabem que o filho esta pronto para o desfralde.

Por aqui eu acho que ainda vai demorar um pouco, apesar de termos dado alguns passos significativos.

Sei que não irei decidir que vou desfraldar a Beca por causa da idade. Na teoria ela ja deve estar fisicamente pronta, mas emocionalmente ela ainda precisa amadurecer mais.

Nesse pensamento, ha mais ou menos 1 mes atras, ela me surpreendeu. Acordou um dia e começou a pedir pra ir no banheiro. Começava a tirar a roupa onde fosse - no meio da sala, no quarto - sem esperar chegar no banheiro. so falava "xixi, mamãe, xixi" e começava a abaixar a calça.

Não sei de onde veio o comportamento. Me perguntei se viria da escola mas eles não comentaram nada e nem veio nada escrito na agenda. Chegamos a conclusão que ela estava nos imitando mesmo, mostrando que começava a entender um pouco mais a coisa toda.

Aproveitamos pra colocar o peniquinho no banheiro. No começo ela relutou em sentar, mas logo curtiu a brincadeira. Começou a ir no banheiro com a gente e, la, tirar a calça e sentar no peniquinho pra "fazer xixi".

No entanto, ela não deixa a gente tirar a fralda. Fica nervosa, diz não e chora. So aceitou tirar a fralda 1 vez, por pouco tempo, e não fez nenhum xixi. Ela ainda tem medo.

E é por ver que ela tem ao mesmo tempo medo e curiosidade, que prefiro esperar. A sensação que tenho é que ela vaichegar, se tivermos paciencia, ao momento de pedir pra tirar a fralda. Vai se sentir segura e confiante pra dar mais esse passo.

Um coisa que adotamos ate agora, alem de leva-la ao banheiro conosco, foi de jogar os cocos dela na privada, com ela assistindo o processo, para entender que o lugar do coco e na privada e que depois ele vai embora. Cansamos de dar tchau pros cocos já. Mas funciona e agora Rebeca ja fica esperando por isso. Uma hora ela cria coragem e faz o dito direto por la mesmo.

Enquanto isso eu tento curtir esse finalzinho de ano em que ainda tenho um bebezão em casa. Logo o ano acaba, começa outro e meu bebê se transforma definitivamente numa menininha, criança, deixando pra tras as coisas de bebê...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Resumindo

Desculpem-me pela ausência nessa ultima semana. As coisas aqui deram uma melhorada então me vejo hoje numa boa posição pra falar.

Estavamos passando por um estress devido a venda de um imovel dos meus pais e isso me abalou de uma forma inesperada. Eu simplesmente não consegui pensar em outra coisa, fiquei tensa e levemente deprimida. Isso afetou meus dias e noites, meu trabalho e a minha relação com as pessoas.

Tudo resolvido, finalmente, agora posso respirar um pouco.

De outro lado, Rebeca esta com problemas para ir a escola. Todos os dias so de mencionarmos que ela ira a escola, chora, reclama, diz que não quer ir. Não consegue, infelizmente nos dizer por que não quer ir ou o que aconteceu.

Quando questionamos na escola dela, as professoras relataram que a unica coisa diferente que aconteceu foi uma tarde em quechoveu muito, muito forte e com muitos trovôes e ela ficou bem assustada. E desse dia em diante ela ficou mais insegura, se assustando com mais facilidade e tendo chorado um pouco em alguns dias.

Eu não sei bem o que pensar a respeito. A impressão que tenho é que ela quer ficar em casa, comigo. Que esta sofrendo um pouco com essa separação. As vezes penso que ela esta cansada pois na maioria dos dias em que vai a escola ela fica sem o cochilo da manhã ou da tarde, ficando o dia todo acordada. Criança pequena pode sofrer de stress?

O que tenho feito é não falar muito da escola durante as manhãs pra ela não ficar ansiosa. Sinto que se façamos muito ela sofre mais com a antecipação. Deixo passar o almoço e depois disso mantenho a naturalidade e vou arrumar a malinha dela e o lanche da escola. Nessa hora ela da uma choramingada, vai pro quarto emburrada e de cabeça baixa. Eu faço as coisas, deixo tudo arrumado e vou conversar com ela.

Falo das brincadeiras que ela podera fazer na escola, dos brinquedos e das atividades. Tendo animá-la com a ideia de ir pra aula falo que vou espera-la e, quando posso, vou busca-la na escola. Digo que na volta vamos parar na padaria e comprar pão e ela ganhara um pirulito ou, se estiver quente, um sorvete. No fim, ela ganha coragem e confiança e vai sorridente para o carro.

Percebo que quando falo dos coleguinhas ela não se anima muito, e nem falando mais das professoras, coisa que antes funcionava. Isso me faz pensar que ela tem sentido um certo ciume e não tem gostado de dividir as coisas e a atenção com os colegas, preferindo ficar em casa onde ela reina sozinha. Por isso acho importante insistir nela ir a escola e ter essa convivência, mesmo ela sendo dificil e um tanto sofrida.

Dividir o que temos e as pessoas que gostamos nem sempre e bom ou e o que queremos. Mas e importante e necessário para vivermos em conjunto. Como temos pouco convivio com outras crianças, acaba sendo a escola o principal momento de interação da Beca. E quando ela chega em casa, curtimos muito uma a outra.

Essa semana Rebeca ficou doente. Segunda a noite teve uma febre forte, mais de 38°. ficou assim por 2 dias e dai, passou. Não descobrimos o que era, ja que o unico sintoma foi a febre. Agora, tudo ja esta bem de novo.

Tenho muitas coisas pra contar ainda, mas a Beca acordou da soneca e com ela do lado não é possivel escrever mais nada. Fico devendo o resto do post pra amanhã.

E la vamos nós!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Receita de bolo de banana com maçã

Ando mal. estou numa semana bem ruim. E o que eu faço pra melhorar meu humor? Cozinho! Segue a receita:

Bolo de Banana com Maçã

Ingredientes:

- 4 ovos
- 4 bananas nanicas grandes picadas
- 1 colher de chá de canela em pó
- 2 xícaras de açúcar (acho que pode ser mascavo, não tentei)
- 3/4 de xícara de óleo
- 2 maçãs descascadas e picadas
- 2 xícaras de farinha de rosca (se usar farinha feita de pão velho mesmo ainda melhor)
- 1 colher de sopa de fermento em pó


Modo de fazer:

Bata no liquidificador os ovos, a banana, o açucar, a canela e o óleo.

Em uma tigela, coloque as maçãs descascadas e picadas, a farinha de rosca e o fermento (lembre de peneirar o fermento!). Misture os dois conteudos, até que vire uma massa mais homogênea.

Unte uma travessa de furo no meio e enfarinhe com a mesma farinha de rosca. Despeje a massa na forma e leve ao forno médio pré aquecido, por cerca de 40 minutos ou até enfiar um palito e ele sair limpo.

Dica - a massa fica escura mesmo, não estranhe. E ele demora bastante pra ficar pronto. Paciência, que vale muito a pena!

Bom Apetite!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Coração de manteiga

Novidades vão esperar um proximo post, e olha que tem varias!

Hoje tive um dia péssimo!

Pra somar:
- gripe, que quase esta me deirrubando na cama,
- estou menstruada (nunca entendi qual o problema das pessoas com essa palavra), o que me deixa bem deprimida durante sua duração
- Briguei com a Beca hoje no almoço.

Qual dessas coisas você acha que me deixou pior?

Claro, brigar com a Beca!

Ok, a gripe esta me dando uma dor de garganta que me faz preferir ficar em silencio, se possivel. Ok, ficar menstruada é chato, ainda mais por que sempre vem com uma depressãozinha junto. Mas ter brigado com a Beca foi o pior!

Ela passou os ultimos dias super manhosa, chorando por qualquer coisa. Seus momentos de manha são assim, ela chora pra tudo, até pra pedir pra brimcarmos com ela. Irrita, mas não é a pior coisa do mundo.

Ela chora, as vezes se joga no chão, e normalmente sai de perto da gente, emburrada e de cabeça baixa, esperando que vamos atrás dela. Eu não sei de vocês, mas eu lembro bem do que eu sentia quando fazia essas birras e minha mãe não ia, eventualmente, atrás de mim: abandono e tristeza. A verdade é que, no fim, eu só queria um pouco mais de atenção e carinho. E pensando nisso, eu tento avaliar o por que das manhas antes de cair, ou não, nas mesmas.

Por exemplo:

manha por que eu estou no computador e ela quer brincar comigo - ok. Paro o que estou fazendo e vou ficar com ela.

ou

Manha pra comer por que a comida esta misturada e não separada no prato E foi ela que misturou a comida. - No way, falta de fome, pode chorar a vontade. Será?

Foi essa segunda opção que aconteceu hoje. Depois de passar os ultimos dias bem chorosa, pedindo atenção constantemente e fazendo onda pra comer aparentemente por que o pai passou os dias trabalhando e não esteve com ela nas refeições, hoje eu, nesse combo que descrevi, decidi não ceder.

Aceitei que ela escolhesse o que iria no prato, visto que sabia que ela comeria facil pelo menos 3 itens que tinha na mesa. Acertei em cheio conforme ia perguntando e ela ia aceitando - arroz com cenoura, carne e vagem.

E ela começou comendo bem. deu umas colheradas no arroz, na carne, comeu uns grãos de vagem... E começou a brincar com a comida e a misturar. E ai, com tudo misturado, decidiu que não queria mais comer. Eu insisti, ela ainda comeu duas colheradas e ai engasgou com a comida. Claro, super seca. Mas se assustou e pronto. Quis parar de comer. Pediu pra comer arroz separado e empurrou o prato.

Eu expliquei que não, que ela tinha que comer o que tinha pedido. Disse que ia ajudar a não engasgar mais e coloquei um pouco de caldo de feijão (sem o grão, pois ela tem achado ruim comer a casca) e ofereci de novo. Nada.

E pra ser diferente de tudo que eu faço, não aceitei e disse que ela ia comer aquela comida mesmo. Pronto, o choro começou. E foi, foi, foi... Eu fui almoçando, as vezes parava e conversava com ela. Expliquei que o que tinha no prato era exatamente o que ela tinha pedido, que eu so estava tentando ajudar. citei, item por item, o que tinha no prato.

Disse que a amava muito, que não gostava de ve-la chorando, mas que não ia dar comida diferente pra ela ja que ela mesma tinha escolhido o que iria no prato. Era aquilo, ou nada.

E ela chorou. Eu fui me irritando, mas mantive a calma e esperei ela se aclamar. Quando ela parou de chorar, perguntei se ela ia comer. ela pegou o prato e chamou pelo cachorro. Não, ela não ia mais comer.

Então a tirei da mesa e a mandei brincar enquanto eu arrumava a lancheira dela pra escola.

Ela saiu, voltou, pediu colo. Dei. Pedi que ela ficasse sentada a mesa, em uma cadeira de adulto, apenas para me esperar fazer o lanche. Ai, safadamente, deixei ela sentada na frente do meu prato não terminado. Coma  colher dela. E sim, ela comeu mais algumas colheradas.

Ai percebeu que seu pratinho estava do lado. E se distraiu, e começou a brincar jogando a comida de um prato pro outro. E parou de comer de novo.

Dada a hora dela se arrumar, perguntei mais uma vez se ela ia comer. Ela fez que não. Eu tirei os pratos, ela fez um muchocho pedindo o papa de volta. Devolvi e ela voltou a brincar. Tirei de novo e disse que se ela não estva mais querendo comer, ja podia ir pra aula.

Mais choro.

dessa vez não esperei, levei ela pro quarto para colocar a roupa pra escola e ela logo se distraiu e parou de chorar, esquecendo tudo.

No carro, na hora de dizer tchau, disse a ela que estava brava por causa da manha. Que não tinha gostado de como ela tinha se comportado. Que ficava preocupada por ela sair sem comer. dei um beijo e ela saiu, com cara de quem não tinha entendido direito.

Tenho certeza que ela logo esqueceu tudo. Nem se lembrou de ter feito manha, por que, ou de eu ter ficado brava. Eu, por outro lado, passei o dia me sentindo mal. Me perguntando se ela ficou com fome, e me lamentando por ter decidido justo hoje voltar a dar a vitamina que o pediatra mandou. Vitamina que iria ajudar a aumentar o apetite dela depois da ultima consulta ter acusado que ela estava emagrecendo.

Trabalhei no que a gripe permitiu, mas com a cabeça longe.

Quando ela chegou, agiu normalmente. Brincou, contou o que fez na escola toda animada! Me abraçou e requistiou minha presença. Jantou bem.

Eu? Hahaha Eu fiz tudo o que ela pediu, preparei um jantar diferenciado apenas com coisas que eu sabia que ela ia comer e dei uma de cada vez, pra garantir.

Assim pode?

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Churrasco e Karaoke

Fotos do fim de semana e umas antigas de quando fomos no karaoke, tiradas pelo meu amigo que é fotografo profissional! Pra esquentar o feriado!

Risada mais gostosa! (no karaoke) 

Cantando

ninguem conseguia tirar o microfone dela mais! #fofa


Dia de churrasco! Com papai...


Com mamãe


E com seu cachorrinho querido!
(fotos by Felipe Consentino)

Bom feriado pra vocês!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Considerações sobre mudanças

Passei a semana pensando e conversando sobre mudar dacasa dos meus pais ounão e quando.

Algumas coisas vão ficando mais claras nesse processo:

- É importante que a gente se mude, eventualmente. Pra podrmos ter a nossa casa, com a nossa cara e poder ter a nossa individualidade. Criar nossa propria rotina, ser nosso proprio ucleo e crias nossas referencias. Ter liberdades que, aqui, muitas vezes para poder ter nos sentimos (ou de fatoestamos) tomando de alguém.

Por exemplo receber os amigos para um churrasco, coisa que eu adoro. ncomoda minha mãe demais, por N motivos. E eu não os faria, se ter esse tipo de vida social não fosse essencial pra minha propria sanidade. Então, e uma liberdade que eu tomo, sabendo que é mais que um incomodo, mas faz parte da minha vida e do que eu preciso pra ficar bem. Meus pais aceitam, e ate ajudam bastante, por que, afinal, são meus pais e querem meu bem. Alem de isso ajudar na boa convivencia. (e eu ainda acho que meu pai as vezes se diverte)

Outra coisa, pensando um pouco mais pra frente, é receber outras crianças. E quando chegar a hora da Rebeca receber um amiguinho? E uma responsabilidade que sei que pra minha mãe causaria um estress  enorme e que ela, sem duvida, não quer e nem tem idade. Mas também não acho justo podar esse tipo de iteração da vida da rebeca se eu puder evitar.

 - E importante que nos tenhamos segurança e estabilidade financeira antes de sair. E isso vai demorar um pouco, pois as coisas no trabalho do Taz (que na verdade e na empresa dos meus pais) não vão bem. Então isso precisa melhorar antes de sairmos daqui - seja pra um lugar nosso seja alugado.

- Minha mãe sofre de Sindrome do Panico e esta passando por um problema de saude que esta agravando isso, piorando o quadro e provocando crises de pânico e de ansiedade. Ela vai precisar de um transplante de cornea novamente e tem que marca-lo pra ja, praticamente. Eu quero e ela precisa que nos fiquemos por aqui ate que tudo isso esteja resolvido e ela esteja bem fisica e mentalmente pra poder ficar sozinha em casa trabalhando, ou sair pra trabalhar com meu pai. Ela precisa de companhia quando meu pai esta fora de casa trabalhando e de disponibilidade para ajuda-la. Meu pai basicamente pediu que esperemos ela ficar bem.

Com tudo isso que falei acima, parece ate meio obvio que nós vamos esperar. Quanto tempo, ai ja vai depender do andar da carruagem. Primeiro minha mãe precisa ficar bem, as coisas no trabalho melhorarem e ficarem estaveis e ai, decidir se vamos comprar algo pra nos ou alugar.

No meio tempo, vamos vivendo. Possivelmente vou aproveitar pra voltar pra faculdade ja que a medio e longo prazo isso so vai trazer beneficios.Possivelmente vamos ir "mobiliando" a casa aos poucos de forma que, quando mudarmos, ja tenhamos nossas coisas. Quem sabe, abrir uma poupança e ir guardando o que sobrar, afinal, não temos mais data pra mudar. Pode ser daqui 6 meses ou daqui 2 anos.

Uma coisa e certa - so vamos fazer alguma coisa quando tivermos certeza que e o melhor pra nossa familia.

E é assim que tem que ser né?

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Mudando de planos, de novo?

Não não, dessa vez não estou falando do trabalho. Estou falando da mudança.

Fomos ver alguns imoveis no fim de semana e fiquei meio horrorizada com o que encontrei. Na internet também.
A verdade é que os imoveis estão muito caros!

Não é facil escolher onde você vai morar. Menos ainda quando se tem um orçamento apertado. Mas, era meu sonho e eu não queria abrir mão dele.

Tenho visto nos sites das imobiliarias, e os imoveis bons - entenda em bom estado e se enquadrando nas minhas necessidades - estão com um valor que eu não tenho como pagar. Não agora.

mas ok, eu estava disposta me contentar com menos. Mas ai, fui ver os imoveis, e o menos, amigos, é de doer. Fomos ver uma casa,por exemplo, que o teto era de forro de madeira, toda estufada, e tão baixo que o Taz quase batia a cabeça no teto! (ele tem 1,90m de altura).

O apto que fomos ver estava dentro do orçamento. mas alem de um problema pessoal de medo de escadas, e o predio era sem elevador, o apto tinha o piso quebrado, tinta lascando das paredes em diversos pontos, alem de pontos claros de vazamento. Sem chance!

A casa que me levou atéa imobiliaria, por outro lado, prometia muito. O preço anunciado estava dentro do proposto, era uma casa nova, e as fotos, poucas, prometiam muito! Mas ai, chegando lá, alem de les não terem a chave, nos informaram que, como a casa era em um condominio fechado, alem do valor anunciado, tinha tambem o condominio - alto demais - e o iptu que não estava incluido. Balde de água fria.

Outro angulo da historia é o fato da grana. Penso, muito, em "E se tudo desse muito errado, e nos perdessemos a casa dos meus pais e o Taz perdesse o emprego?" Assim, estou trabalhando, mas o salario não ia ser nem de perto o suficente pra nos bancar. Ainda mais em uma casa alugada com a premissa de termos tudo isso. O que eu faria?

A resposta e bem simples: eu precisaria trabalhar em alguma coisa que me pagasse, pelo menos, a soma total da renda atual. Basicamente, o suficiente pra bancar casa, comida, roupa lavada e escola, sem depender de ajuda de ninguem, so meu suor mesmo.

Opa, perai! E eu tenho condições de fazer isso? Hum... dificil... E a minha resposta atual pra isso é: Não. eu não teria como fazer isso.

Mas, uma das ideias que rondam a minha cabeça a muito tempo poderia, de diversas formas, possibilitar isso. Voltar a estudar e terminar a faculdade.

Penso muito, muito mesmo nisso. Pensei, e quem acompanha o blog a bastante tempo sabe, em voltar a fazer Psicologia. Seria legal, o curso me interessa, mas fui ver os preços. Estão exorbitantes e eu não teria condições de pagar uma faculdade particular. Fazer uma faculdade publica, por outro lado, iria requerer um ano de cursinho e estudar em periodo integral. Estudar em periodo integral me deixaria tempo demais longe da Rebeca nesse momento, alem de parar de trabalhar. As duas coisas estão fora de cogitação. Principalmente a primeira.

Penso, então, em voltar a fazer Letras. Essa eu tranquei a faculdade durante a gravidez da Rebeca. Isso significa que muito possivelmente eu consigo retomar o curso de onde parei. E, mais que isso, é a distancia, o que significa que eu poderia conciliar mais facilmente com filha, marido e trabalho.

No entanto, nesse caso, o curso e particular. E isso ia requerer adiar os planos de sair da casa dos meus ais até terminar o curso.

E eu estou considerando seriamente essa possibilidade.

Terminando o curso eu teria pelo menos mais 3 opções de trabalho - dar aula, que é o mais obvio e eu ja tenho alguma experiencia; Revisora de Textos, que é uma área bem interessante e pode permitir que eu trabalhe de casa; Concurso Publico, que garantiria alguma estabilidade.

Parece uma boa idéia. Não?

Adiar a mudança também nos permitiria ter certeza da estabilidade do Taz no trabalho dele, ganhar mais experiencia com segurança caso precise trocar de emprego e se manter na mesma área.

Uma possibilidade que se abre também é a de guardar algum dinheiro mensalmente e, após eu terminar o curso, darmos entrada em alguma coisa nossa, ao invez de alugar. E essa idéia empolga muito o Taz, e preciso admitir, a mim tambem.

Não sei, honestamente, o que eu vou estar pensando disso tudo amanhã. Verdade dos fatos de uma bipolar - todo esse papo pode se mostrar um episodio de hipomania acionado por um comentário desagradavel feito pouco depois do jantar.

mas pensando racionalmente... Faz mais sentido esperar... Não faz?

domingo, 6 de novembro de 2011

Escatologias da vida materna

Rebeca sempre foi um bebe mais "mole" entendem? Eu sempre tive que providenciar uma dieta de constipantes, ja que era a forma de manter as coisas mais normais por aqui.

Mas parece que andamos exagerando na dose, e de normal, a pobrezinha tem ficado com o intestino preso.

E isso, o cocô, essa coisa que vira assunto quando a gente se torna mãe, começou a ficar muito duro. De verdade. Pior que cocô de adulto.

E ontem chegamos ao auge.

Depois do almoço Rebeca começa a reclamar que quer fazer cocô. Mas reclama, se distrai, brinca (ah, a liberdade da fralda!) e nada de fazer cocô.

Chega a hora do soneca e assim que a puxo pro meu colo ela reclama do cocô de novo. Ai eu pergunto:

- você quer fazer cocô filha?
 Ela consente, eu solto e digo que vou esperar. Mas o tempo vai passando, e nada.

Ai, a convenço de tomar o mamá, depois de muito choro por que queria fazer o tal do cocõ.

Ela tona o leite, choraminga mais um pouco, se joga do meu colo, briga comigo.

- filha, voce esta cansada, vamos dormir um pouco e quando você acordar você faz o tal cocô.

Isso deve ter feito todo o sentido, pois ela deitou no meu colo, relaxou e dormiu.

E foi quando ela acordou que veio o pior.

Ela acordou, 2 horas depois, com muita vontade de fazer cocô. E começou a fazer força. E o negocio não saia! Duro, grande, ela fazia força e sentia dor. Muita dor!

E de repente tenho uma criança fazendo tanta força que as perninhas tremiam. E ela chorava! Chorava desesperadamente por causa daquela dor, do incomodo, daquele cocô que ficava pelo meio do caminho.

Por que e assim, ne? Alem de tudo, depois que você começou a fazer força, tem que ir ate o fim, não da pra parar no meio do caminho.

E eu, ora, tentava acalma-la!

Falei que entendia que estava doendo, mas que ela tinha que fazer a tal força, ate o fim. Quando o coco saisse, a dr ia parar  e tudo ficaria bem.

Rebeca chorava tanto que minha mãe não se aguentou e veio ver o que tinha de errado. depois de ouvir a explicação, sentou-se ao lado da Beca e cantou para ela relaxar.

Pensamos em varias tecnicas de como ajudar pequena. Mas eu decidi não usar nenhuma. Ela não deixava a gente fazer nada, mal encostar nela. Achei que qualquer coisa que fizessemos iria assusta-la ainda mais, e poderia ser encarado de forma a piorar tudo.

Não. Tinha que deixar ela fazer a força sozinha,  aguentar a dor, pois so o final do processo seria de fato uma solução.

Ela se levantou, ficou de pé sobre as minhas pernas, eu sentada, e se abraçou forte ao meu pescoço. E chorando muito, foi me ouvindo e seguindo o que eu dizia...

- Força! Força que quando o cocô sair vai parar de doer! Mas você precisa fazer força!

E foi o que ela fez. E, claro, depois de todo o esforço, deu certo.

Conforme ela foi se acalmando, fui dizendo os proximos passos:

- Agora, amor, a mamãe vai trocar a fralda da rebeca. A gente vai pegar esse cocô malvado e vamos mandar ele embora pela privada e ele nunca mais vai machucar você assim!

 - E quando você estiver limpinha e trocada, nos vamos sair e comprar um chocolate pra Rebeca! Pra ajudar o coco a ficar mais molinho, ta bom?

E la fomos nos, limpar bumbum de nenem, e jogar o coco no vazo sanitario, com o discurso de que agora aquele coco não ia mais fazer mal a ela.

E sim, eu levei ela no mercadinho do lado de casa e comprei um chocolate pra ela. Merecido!

Por que filho da gente não devia sofrer nunca!

Ah, e pra finalizar, a mocinha se sentiu tão melhor com mandar o cocô embora, que hoje não me deu alternativa - me vendo levar a fralda com coco, me chamou e me levou ao banheiro. Cocô, agora, so descarga abaixo!

Ok filha, o meio ambiente agradece... E seu bumbum tambem, né?

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Meu trabalho - Me ajudem a divulgar!

ASSOCIAÇÃO UNITED WORLD COLLEGES DO BRASIL UWC BRASIL
Associação United World Colleges do Brasil

Email info@uwc.org.br Website www.uwc.org.br Twitter @uwcbrasil Facebook /BrasilUWC

São Paulo — Jovens entre 15 e 18 anos matriculados no 1º ano do Ensino Médio podem inscrever-se no
processo seletivo UWC até dia 25 de novembro. Selecionados vão estudar fora do Brasil por dois anos, conviver em um ambiente único com alunos da mesma faixa etária de mais de 150 países e receber diploma de conclusão do Ensino Médio reconhecido no mundo todo, o Bacharelado Internacional.

Desde 1974, o comitê nacional UWC Brasil seleciona estudantes brasileiros para as escolas e colégios UWC, localizados em 13 países diferentes: Bósnia e Herzegovina, Canadá, Cingapura, Costa Rica, Estados Unidos, Holanda, Hong Kong, Índia, Itália, Noruega, País de Gales, Suazilândia e Venezuela.

Esta rede de instituições de ensino foi fundada nos anos 1960, em plena Guerra Fria, por educadores europeus liberais, que acreditavam na educação internacional e convívio diário como instrumentos para facilitar o entendimento entre povos e culturas. Hoje, a organização mantém relações operacionais com a UNESCO e possui status consultivo especial com o Conselho Econômico e Social da ONU.

Os United World Colleges, mantidos financeiramente por doações, contribuições familiares e governos,
concedem vagas anualmente para cerca de 1.000 jovens em todo o mundo, sem distinção de raça, religião,
orientação política ou situação econômica.

Por meio da educação, de experiências compartilhadas e de serviços comunitários, os colégios e escolas
UWC formam cidadãos globais com consciência política e ambiental, comprometidos com a paz e a justiça,
e empenhados em derrubar as barreiras construídas por preconceitos étnicos, religiosos e políticos.

A cada ano, UWC Brasil oferece de cinco a dez vagas, distribuídas entre os 13 colégios. As bolsas correspondentes às vagas podem ser integrais ou parciais, segundo a disponibilidade dos colégios, e cobrem os custos de ensino, acomodação e alimentação ao longo dos dois anos. No caso de bolsas parciais, o comitê nacional tem se esforçado para negociar valores que sejam ossíveis dentro do orçamento de cada família, de modo a evitar que questões sócio-econômicas imponham barreiras para alguns candidatos.

O processo seletivo no Brasil tem três etapas: prova escrita com uma carta de apresentação pessoal (para
todos os inscritos), entrevista (48 selecionados) e convívio (16 finalistas). Interessados em concorrer às bolsas para o período de 2012-2014 terão duas semanas adicionais para realizarem sua inscrição.

Para mais informações sobre o movimento UWC e os colégios e para acessar o sistema de inscrições online,
visite o site do comitê nacional UWC Brasil (http://www.uwc.org.br) ou escreva para info@uwc.org.br.

Do dia a dia

Estou melhorando. Obrigada pelas mensagens!

Aos pouquinhos essa nuvem que me ronda, essa depressãozinha que vinha se alojando, vai embora. Tem a ver com apoio, com paciencia, e com surpresas.

Ainda não estou 100%. O Trabalho ainda esta rendendo pouco, mas esta caminhando. Como disse minha irmã, tem dias que rendemos mais, dias que rendemos menos. Isso não é motivo para desistir.

E não é mesmo.

Uma das lutas de quem tem essa doença, o Transtorno Bipolar do Humor, é de fato, se tornar funcional. É ser capaz de conseguir e se manter em um emprego.

Meu trabalho não é dificil. Trabalho em casa, apenas no meio periodo que Rebeca esta na escola, ou dormindo. Tenho liberdade para que, se um dia não esta muito bom, respirar fundo, dar uma pausa, e se for o caso, compensar em outro dia. Tem a ver com organizar seu tempo.

Nesse ultimo feriado minha irmã esteve aqui e pudemos conversar um pouco. ela me ajudou, me motivou um pouquinho, me fez ver que não tenho que achar que tudo é urgente. Não é.

Eu tenho essa sensação. No trabalho ela se multiplica e acho que até por isso um trabalho relativamente facil acaba me estressando tanto. Tudo é pra ontem. Freud explica, tenho certeza! E eu, como nunca fui la muito organizada, me vejo tento que decidir o que é prioridade e o que pode esperar um pouco mais pra ser feito.

E vou levando. Eu tenho um objetivo claro do qual não quero abrir mão: quero me mudar, sair da casa dos meus pais e ter meu próprio canto. Isso vai melhorar muitos aspectos da minha vida e, espero, que com isso até mesmo o trabalho que agora esta dificil, fique mais facil.

Tenho lido muito o Vida Organizada pra ter dicas de organização no trabalho e com relação a mudança. espero poder aplicar varias dicas na minha nova casa, no meu dia a dia. Uma dica de cada vez, claro.

Outra coisa que tem ajudado é sair um pouco mais de casa. Isso muda muito nossa rotina, mas me faz muito bem. Sair sozinha ou com amigos, ir ao cinema, visitar pessoas, comer no shopping. Fico feliz que a Beca seja uma criança facil e que de pra leva-la em diferentes tipos de eventos.

Esse proximo mes temos coisas marcados para todos os fins de semana, pelo menos em 1 dos dias. E a maior parte deles incluem levara a pequena junto. E ela e uma companhia otima! Eu que sou meio exagerada, meio medrosa, mas ela e bem boazinha. Terrible Two não apareceu por aqui ainda, não de verdade.

Quem sabe ele nem aparece né? Vale torcer!

domingo, 30 de outubro de 2011

Muitas coisas

Voces ja deixaram de postar por ter muita coisa pra falar e não saber por onde começar?

Eu ja.

As coisas em casa estão caminhando. Tento manter meu plano de me mudar da casa de meus pais em Dezembro, continuo trabalhando, Rebeca continua indo a escola.

Na ultima semana a pequena entrou mais uma vez no antibiotico, espero que a ultima ate pelo menos o proximo inverno. Ja esta bem, faceira e contente. Montamos a piscina inflaveçl aqui em casa e a boneca se esbaldou no sabado a tarde brincando com o papai.

Mas nem tudo são flores.

Pracomeçar pela Rebeca, ela continua dormindo no nosso quarto e isso começou a causar um estress entre eu e o Taz, ja que cada dia mais a intimidade, pessoal e do casal no quarto fica comprometida. E algumas lições importantes sobre privacidade, por exemplo, exenciais para um desfralde bem sucedido, ficam sendo deixadas de lado. Afinal, crianças aprendem pelo exemplo e nos não estamos preservando a nossa privacidade.

Por um lado eu quero coloca-la pra dormir de volta no quarto dela. Por outro, quando penso na dificuldade e no estress que isso vai gerar, desisto. Fico jurando que depois que sairmos daqui, tivermos nossa casa, sera mais facil pois não iremos sentir que estaremos atrapalhando o sono de mais ninguém a não ser o nosso. (oi? devemos ir morar em apto...)

Pior de tudo e que dormir no nosso quarto ja não e suficiente. Rebeca acorda chorando, inconsolavrel, tarde da noite ou madrugada. tem muita dificuldade pra se acalmar e acaba sempre subindo pra minha cama dormir comigo e jogando o pai pro colchão. Na tentativa de acalma-la vale tudo, ate ligar a tv e colocar no desenho pra ela se distrair do que a fez acordar.

Eu credito essa dificuldade que ela tem de dormir com 3 fatores que considero falhas:

- falta de rotina
- falta da soneca da tarde durante a semana
- não dormir direto na cama no quarto

Acredito que com uma rotina mais estruturada, ja que a dela foi pras cuias ha meses e não consegui retomar, ela se sentiria mais segura.

Acredito que a falta da soneca deixa ela num cansaço extremo no horario de dormir, o que dificulta o relaxamento e o sono profundo e restaurador.

Acredito que se ela soubesse adormecer sozinha, em sua cama, no seu proprio quarto, seria mais facil lidar com essas acordadas noturnas. Ela saberia onde esta, onde eu estou e como me chamar. Relaxaria com mais facilidade e dormiria melhor e por mais tempo.

Duro...

Enquanto isso ainda tenho que lidar com a minha doença dando as caras. Por que depois de todos esses anos eu sei diferenciar quando sou eu e quando é ela minando a minha segurança e sanidade...

Tenho estado no limite ja tem algumas semanas. Isso atrapalha tudo, meu sono que fica mais leve, meu trabalho que não rende como poderia e deveria, meu relacionamento com marido, pais, irmã, amigos.

Minha tendencia e a depressão, então eu fico ciclando entre o deprimido leve e um estado levemente elevado de humor. São mudanças discretas, que poderiam ser confundidas com um dia ruim ou uma animação normal. Mas eu me conheço.

A minha medica chegou a aumentar a dose do remedio. Inicialmente por pouco tempo, 2 semanas, pra me tirar do ciclo. Ajudou, estou melhor. Mas ainda não completamente bem.

Mais que a medicação, mudanças de comportamento e atividades ajudam horrores. Sair com os amigos, ir ao cinema, por exemplo, fazem milagres no meu dia a dia.

E tem uma outra coisa que ajudaria também... E a verdade é que eu acho que é isso que tem me deixado mal... Deixar de trabalhar.

Desde sempre o trabalho me causa um estress mental com o qual eu sou imcompativel. Ja vi esse quadro que vem se formando antes. Ele sempre termina comigo em uma crise forte de depressão, altas doses de remedio e meses de tratamento ate eu voltar ao normal.

Não e facil adimitir isso. Sinto vergonha de falar, de pensar que esse e o meu limite. Que pra ficar bem eu tenho que abrir mão de ter o meu proprio sustento.Que vou sim ter que depender de outra pessoa financeiramente. Ainda mais numa sociedade onde seu sucesso pessoal e medido pelo profissional!

Eu sou mais feliz e fico melhor ficando em casa, sendo dona de casa, escrevendo o blog e outras coisas.

Mas hoje, desistir de trabalhar significa ter que abrir mão de sair da casa dos meus pais no proxino ano, pelo menos. E tambem não sei se estou pronta pra abrir mão disso...

Ai gente, ajuda ai, deem seus palpites que isso sempre me ajuda a pensar!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Fotos Zoo e outros

Pra começar bem o fim de semana:


A filha do Rambo?



Vendo bichinhos no Zoo


Fazendo pose com o pai. Olha o tamanho da criança!

Essa e pra fazer a comparação, de 1ano e 2 meses atras!

O sorriso mais lindo!

Na praia, com chuva

De maria chiquinha no cabelo, a nova moda!


Bom fim de semana!

sábado, 22 de outubro de 2011

Dia de pediatra

Desde sbado passado, nossa ida a praia em um final de semana chuvoso, que Rebeca esta congestionada.

Nariz super entupido, tosse. Nenhum outro sintoma. Mas o diacho nao passa!

Ao longo da semana, segui os procedimentos "normais" - inalaçao, rinosoro, e remèdio pra rinite. E nada disso fez a menor diferença e o quadro persistiu.

Dai que decidi que ja tinha feito o possivel sem uma avaliaçao medica e consegui marcar uma consulta pra hoje com o pediatra. Em pleno sabado. E la fomos nos.

Apesar de ainda ter medo, rebeca tem se comportado cada vezz melhor em nossas idas ao medico. Chorou um pouco quando chegamos e ela percebeu onde estavamos, parou, entrou no consultorio bem, brincou e so chorou um pouco de novo na hora de tirar a roupa.

Dr. muito bonzinho, brincou com ela, fez festinha, distraiu, conversou. E, claro, foi examinando no processo! Escutou peito, barriga, olhou nariz, ouvido, olhos. Conversou conosco e ouviu nossas queixas. ouviu a tosse, carregada, e teve a chance de "analizar" de perto a meleca gosmenta e amarela classica de uma sinusite.

E `isso ai, sinusite de novo. Mais uma bateria de antibiotico, antinflamatorio, descongestionante e, pra nos, paciencia.

Nao posso reclamar, na verdade... rebeca tem sido uma lady e tomado tudo que damos sem reclamar. E como nao tem febre, se mantem ativa e de bom humor quase o tempo todo. So dorme muito mal por causa da tosse - e nos por consequencia tambem.

Dai entramos em 2 assuntos mais dificeis: a perda de peso e o desfralde.

Se enganou quem pensou que o bom Dr ja queria botar a menina na dieta. pelo contrario, ele nao gostou nada de colocar ela na balança e constatar uma perda de mais de meio quilo desde a ultima pesagem, final de agosto.

pa constar, os numeros de hoje: 13,750kg e 92cm aos 2 anos e 21 dias de vida.

Achou bom que ela cresceu 1,5cm nesse mesmo periodo, mas foi ruim que ela perdeu muito peso, sendo que na ultima consulta ela ja tinha estacionado em um peso, sem engordar nada. Ok, ela tinha uma reserva, fato. Mas o que ele explicou e que, nessa idade, ela precisa ganhar sempre um pouco de peso a cada mes para acompanhar o crescimento e o desenvolvimento adequado. Nao ganhar ou pir, perder peso, nessa fase, pode prejudicar o desenvolvimento dela.

Visto tudo isso e com nosso testemunho de que, sim, ela tem comido bem menos na maioria dos dias e, alem disso, sendo cada vez mais seletiva no que quer comer (ha, bons tempos em que ela comia suas verduras!) o veredito foi feito - polivitaminico, ate o vidro acabar e voltamos la pra reavaliar, coisa de 2 meses.

O sefundo assunto, desfralde, foi mais uma introduçao ao assunto. perguntou se ja abordamos o assunto, ouviu meu relato de que ela ate tem curiosidade, ja pediu pra sentar no peniquinho e na privada, de roupa, pra imitar a gente, mas que a mençao de tirar a fralda a  fez chorar, o Dr concordou comigo que ela nao esta pronta.

No entanto, deu algumas dicas, entre elas a mater de quem ja viveu isso - aproveite o verao!

Vou aguardar, sobre isso, mais uns meses e ir deixando a curiosidade dela falar mais alto, ir falando disso aos poucos, e durante as ferias, no alto verao, se ela se mostrar receptiva, partimos pro ataque!

E pra terminar a consulta, rebeca lembrou que o dr iria lhe dar uma bexig e saiu do consultorio andando e mandando beijo! Uma moça!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Sobre filhos unicos, segundo filho e por ai vai...

Eu venho pensando, ja tem algum tempo, sobre ter ou não mais filhos.


Isso ficou muito mais presente nos meus pensamentos ha alguns dias, quando comecei a ter sonhos onde estou grávida novamente.

A idéia me veio agradável, saudosa. Mas ai, parei pra pensar...

Gente, será que eu encararia tudo outra vez?

A verdade é que eu curto muito a Rebeca. E ela muitas vezes ainda me parece tão pequena, com tantas etapas ainda a passar antes de eu poder dizer que sinto falta de ter um bebezinho em casa.

Não sinto. #prontofalei

Não sinto falta nenhuma de ter um bebe pequenininho em casa, acordando de 3h em 3h pra mamar. Chorando de cólica e a unica coisa que eu de fato posso fazer é dar a ele colo e calor humano pra suavizar suas dores.

E estranho dizer isso, mas a verdade é que me sinto completa, assim, eu, Taz e Rebeca. Especialmente por que não somos só nós 3, pode incluir ai, de forma clara e definitiva, a Lulu! Tudo bem, ela mora com a mãe, mas juro que se fosse possivel, ela moraria com a gente!

É tão legal ver a Beca se desenvolvendo, crescendo, aprendendo dia a dia mais uma coisinha.
A verdade é que eu não sonho com mais um bebezinho. Não. Eu fico divagando em como vai ser quando ela for mais velha e trouxer suas amigas de escola pra brincar em casa. Fazer festa do pijama, a primeira vez que ela for em uma excursão com a escola, ela aprendendo a ler.

É com isso que eu sonho.

As vezes penso que quando ela chegar nessa fase de aprender a ler, ai sim, eu teria outro filho.

Adotado, deixemos bem claro essa parte. Por mais que eu tenha gostado de estar gravida, ainda acredito que não devo correr o risco de ficar uma gestação inteira sem remédios.

E agora, hoje, penso que seria legal adotar uma criança maiorzinha. Ja sem fraldas, sem mamadeira de madrugada. Talvez um bicho papão aqui e ali, sim, mas só. Dar esse amor imenso que sinto, por que sim eu o sinto, a mais uma, quem sabe duas, crianças.

Ai volto a pensar na Rebeca. E nas minhas limitações por causa da bipolaridade. E penso no que eu quero dar a ela, materialmente mesmo. Escola particular, natação, inglês, festas, viagens. E me pergunto se eu poderei dar isso a mais de um filho, considerando a minha realidade atual.

E na minha realidade atual, a resposta é não. Sem condições. Mesmo que eu abrisse mão da escola particular e dos cursos tambem particulares, fazendo tudo a base de programas gratuitos, tem duas coisas das quais eu não abriria mão de forma nenhuma: estar em casa no meio periodo quando ela esta em casa, antes ou depois da escola, passando tempo diariamente com a minha filha e o convênio médico.

E se essas duas coisas eu não puder dar a mais de um filho, então, bom... Vou continuar só com uma mesmo.

Talvez as coisas mudem muito na minha vida daqui pra frente. Não sei onde e como vou estar daqui 5 anos por exemplo. Se quando chegar lá as coisas estiverem boas de forma que eu repense isso, otimo! Eu realmente gostaria de adotar mais dois filhos. Mas se não, tudo bem também.

O ponto é, pensei, pensei e pensei. E chego cada dia mais a conclusão que sou feliz com o que tenho hoje.

O que vier é lucro!

E vocês, estão felizes com o que tem?

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Sobre traumas de infância e como eles ainda me afetam

Vou falar hoje de um assunto muito dificil pra mim, pra minha família, mas que definiu muito do que eu quis pra mim e afeta ainda hoje as minhas decisões como mãe.

Minha mãe sofre de síndrome do pânico E isso foi um divisor de aguas na nossa vida.

A primeira crise dela eu ainda era bem pequena, não tinha muito mais que sete anos de idade, se chegava a isso. Eu acordei assustada, ouvindo minha mãe gritar que ia morrer. Foi apavorante. Eu ja sabia o que era a morte e a ideia me deixou petrificada. Não lembro como a situação naquele dia se resolveu. Sei, por que minha mãe conta, que meu pai a levou ao hospital.

Dai em diante foram anos de crises e tratamentos diversos, terapia, remédios, e muita, mas muita briga. Minha mãe, coitada, sofreu muito antes de acertar o médico e os remédios que de fato a ajudaram. Fez muita terapia pra aceitar sua condição e os efeitos que tudo isso estava tendo em casa.

Hoje em dia eu sop sei que fui assunto pra muitas e muitas sessões. Fui por que eu e minha mãe passamos, quase todos esses anos, brigando. Brigas feias. Quando eu era pequena eu não entendia o que ela tinha, então brigava por não ver sentido nas coisas que ela fazia ou deixava de fazer. Conforme fui crescendo, por mais que entendesse racionalmente, não aceitava a forma dela agir.

Viramos oleo e agua, eu e ela. E chato de admitir, mas ainda somos.

Depois que eu tive as minhas crises nós conseguimos nos entender melhor. Mas por mais que o relacionamento tenha melhorado, ele nunca chegou a ficar bom de verdade.

Minto

Eu e minha mãe nos demos muitissimo bem quando não estávamos morando juntas..

Voltando a minha infancia, é dificil admitir pra mim o quanto as atitudes dela, a froma como ela agia durante as crises, a agressividade e todas essas coisas, me afetaram permanentemente. Era um assunto constante, conforme os anos iam seguindo, a culpa que ela sentia e que ela não queria que eu dissesse isso, que a culpa de X ou Y era dela.

Eu não acho que ela tenha culpa por como agiu. Da mesma forma que eu não posso me responsabilizar por muita coisa que fiz quando estava no meio de uma crise. Mesmo que eu lembre o que eu disse, no momento da crise eu estava sem controle. E hoje, exatamente por passar pela mesma coisa, eu sei que pra ela tambem era assim. Mas não posso negar que essas coisas me marcaram fundo.

Durante todos esses anos eu tive uma certeza do que eu Não queria: eu não queria ficar como a minha mãe.

Sempre quis ter filhos, e essa certeza se somou a isso também: não vou fazer meus filhos passarem pelo que eu passei.

Nas horas que penso nisso, acredito que foi bom a minha doença se manifestar tão antes dos meus filhos nascerem. Eu tive a oportunidade de melhorar e me estabilizar antes. E acredito que é minha responsabilidade, meu dever para com eles, não abrir mão dessa estabilidade. Por isso levo o tratamento a sério, e mantenho um remedio que me garante essa estabilidade apesar do seu altissimo custo, financeiro e emocional.

E no fim de semana retrasado eu passei por uma cena que eu até agora ainda não consegui definir dentro de mim como reagir.

Minha mãe não anda bem, esta deprimida e com dificuldade de reagir. Mas mesmo assim, ela se comprometeu a ir no almoço de familia onde veria suas primas que não via a mais de 8 anos, e foi. Desde antes de sair de casa era visivel seu sofrimento. MAs ela insistiu, como aprendeu que deveria fazer. Chorou muito durante o caminho, qualquer palavra que lhe parecesse mais dura a fazia cair em prantos.

No final do caminho até o almoço, 3 horas de viagem depois e apenas 1 parada pra ela fumar um cigarro, nós nos perdemos. Foi rapido, logo nos achamos e pudemos voltar ao caminho. Mas foi a gota dagua pra ela se descontrolar e gritar, brigando com meu pai que estava dirigindo. Ele gritou de volta, mais para fazer ela parar de gritar pelo susto. Mas nenhum deles lembrou de um pequeno detalhe: Rebeca no banco de trás do carro.

Rebeca tem se mostrado uma criança muito sensível. Ja mais de uma vez ela assistiu algo mais triste na tv ou ouviu uma musica com a melodia lenta e triste tambem e caiu no choro. Um choro sentido, de quem foi de fato afetada pelo que ouviu e viu.

E foi exatamente isso que aconteceu. Na hora que aconteceu eu automaticamente me virei pra ela, sentada ao seu lado no banco de trás, ela na cadeirinha. Mas assim que eu comcei a falar ela ja abriu a boca, chorando, triste e assustada, sem entender o que tinha acontecido.

A minha reação foi manter a calma e ir calmamente conversando com ela, ignorando tudo mais que estava acontecendo ao redor (minha mãe chorando ainda mais, se sentindo mal pelo que fez a pequena) e explicar o que tinha acontecido, que as pessoas as vezes se sentem mal e perdem a calma, e brigam, mas que isso é normal e que tudo ficaria bem.

Mas dentro de mim minha vontade era de pegar Rebeca no colo e fugir dali. Era gritar junto, brigando por fazerem minha filha vivenciar aquela cena. Por que eu faço o maximo dos esforços pra evitar que o meu problema, a minha doença, a afete. E o minimo que eles poderiam fazer era o mesmo. E que se isso não era possivel, se eu não posso controlar o que os outros vão fazer e como vão agir, eu posso controlar o meu lado, e mante-la longe disso tudo. Longe do que a fez chorar

Longe do que me faz chorar e me da medo até hoje.

Foi um momento de projeção altissimo.

Eu sei que a atitude que eu tomei na hora, mantendo a calma, foi a mais certa possível. Sei que em meio ao caos eu fui a voz que a fez se sentir melhor e a acalmou. E fico feliz por ter conseguido agir assim.

Mas a verdade do nosso dia a dia é outra. E eu fico no limite entre o sociavel e entrar em pequenas discussões idiotas o tempo todo.

E se antes desse dia minha relação com minha mãe não era das melhores, sempre uma alfinetando a outra por nada, agora esta dificil de ficar no mesmo comodo. E eu simplesmente não consigo mais evitar. Ela, e meu pai tambe, chegam perto de mim quando a Rebeca esta do lado e eu começo a rosnar e a trata-los de uma forma que, eu até sei, eles não merecem.

Na semana passada fui a psiquiatra. Falei como venho me sentindo mal, meio deprimida. Relatei os varios fatores que ao longo das semanas fizeram diferença no meu sono e no meu humor. E falei dessa situação em casa com meus pais, em especial com minha mãe, e contei essa cena. Quando fiz isso a médica fez até aquela cara de "Ah, ta explicado!" E aumentou meu remédio, por alguns dias, e me pediu paciencia. E torceu pra que meus planos de me mudar dêem certo.

Por que nada mexe mais com meu humor do que minha familia. Por que eu simplesmente não consigo deixar de reagir quando estou perto deles. E não é reagir ao presente, É de reagir ao passado, constantemente, como uma forma de me proteger.

E tudo o que eu quero é que a gente volte a se dar bem, como ficamos bem quando morávamos separados. Quero dar a eles a chance de serem os avós legais que são e a Beca merece ter.

Então, ajudem ai e assoprem essas lembranças ruins pra longe e torçam muito pros planos aqui darem certo. Por que vai fazer muita gente bem mais feliz...