De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Amizade

Ontem fomos jantar na casa de um casal de amigos. Esse casal tem 2 filhas, uma de 5 aninhos e outra bebezinha de 4 meses. E essa menina de 5 anos é uma grande amiga da Rebeca.

E gente, que delícia que é ter amigos não?

E as meninas brincaram. Brincaram muito! Rebeca chegou meio tímida como sempre, mas assim que viu a amiga já se soltou! E brincaram de cabaninha, trocaram de roupa e colocaram os vestidinhos de balé e se fizeram princesas!

Tiveram que brecar a brincadeira por cerca de meia hora entre a Beca ter cortado o pé descalço em uma caixinha de plástico, limpar, cuidar, uma boa dose de medo e manha e, por fim, o jantar - no sofá pra minha acidentada que nem coragem de se mexer tinha.

E brincaram mais. Pegaram as barbies. Desenharam. Assistiram desenho da Bela Adormecida. Correram e gritaram e deram muita risada. E ficaram assim até as 23h quando eu tive que dar fim a brincadeira pois era hora de voltar pra casa.

E Rebeca chorava e pedia pra ficar. E fez onda e se degladiou pra ir embora, pra sentar na cadeirinha do carro e colocar o cinto de segurança. Foi duro mas foi bom, sabem? Foi bom por que eu sabia que ela estava se divertindo com a amiga. Que estava tendo um momento bom e apenas não queria que aquela alegria acabasse.

Ela ainda vai aprender que temos os momentos de brincar e os de  descansar, e que depois de um dia sempre tem outro dia. Que não ´é por que a brincadeira acabou num dia que acabou pra sempre e que vale a pena esperar por mais.

Mas ela já sabe o principal: que ter amigos pra dividir os momentos é bom demais!

Bom fim de semana!

Dia das avós

Ontem (por que já são mais de meia noite, certo?) foi dia das avós. Eu esqueci, e sempre que era relembrada do fato pela internet deixava pra falar algo depois e esquecia novamente. #fail

Minha mãe, apesar de não estar ciente dessa data comemorativa até minha irmã lembrá-la - no fim do dia pelo que entendi - curtiu bem a manhã com a neta. eu tive que sair pra resolver uma pendencia burocrática com meu pai e ela ficou em cargo da pequena cheia de energia. E elas brincaram muito! Muito!

Eu tenho muitas diferenças com minha mãe. Coisa que talvez apenas muitos anos de terapia possam resolver, e entendo por resolver fazer com que a gente consiga conviver sem se agredir de alguma forma. E ultimamente essa convivência tem sido ainda mais difícil exatamente por não concordarmos sobre como lidar com a Rebeca e suas birras.

Minha mãe é incapaz de falar não. Acreditem, eu sei disso. Me foi útil por uma boa parte da vida adolescente inclusive. E se ela não conseguia falar não pra mim, como ela mesma disse, com a Rebeca a coisa fica ainda pior.

E Rebeca está vivendo seus terrible two. De leve, nem posso reclamar muito. Mas tem dias e horas como qualquer criança que chora e se joga no chão e faz chantagem emocional. E minha mãe cai. Sempre. Eu não. As vezes, ok, sou bem mole inclusive para padrões rígidos. Mas eu sou capaz de falar não e aguentar o choro que vem depois. e ai, gente, o atrito entre mãe e avó está feito...

Mas minha mãe é avó, e avós tem esse direito, sabem? Sabem qual? Esse de não ter que educar os netos. De poderem fazer todas as suas vontades. De deixar eles brincarem com água e areia logo depois de tomarem banho ou de tomar sorvete em pleno frio do inverno. Esse direito de vó.

E me dói muito brigar e ter que tirar esse direito da minha própria mãe. Por que, gente, ela é uma super avó!

Ela tem um pique pra brincar com a Rebeca que eu fico com inveja, e ela tem o dobro da minha idade e fuma! Mas está lá, brincando de cavalinho, de roda, correndo atrás da neta brincando de pega pega! E desenha, faz pintura com guache, chapéu de soldado, assiste os filminhos junto com ela vez atrás da outra e decora as musiquinhas do Patati Patata e da Galinha Pintadinha. E da comida, e colo, e muito amor e carinho.

Minha mãe é uma avó incrível!

Cheguei a conclusão que meus pais sempre foram grandes avós, inclusive comigo e com minha irmã - com certeza muito mais comigo! Nos ensinaram coisas valiosíssimas e me fizeram a pessoa que sou hoje. E eu me amo, ok?

E sabendo que minha mãe é essa avó incrível é muito mais difícil ter que discutir com ela, e magoá-la, pra poder educar a minha filha do jeito que eu acredito ser certo. Por que, né, eu sou a mãe e esse é o meu papel.

Então o que eu mais desejo nesse dia das avós, pra minha mãe em especial, é que as coisas melhorem logo por aqui e que logo logo ela tenha a chance de ser a avó que ela merece poder ser, sem a gente ter que brigar por isso.

Por que pode ser dia das avós, mas eu amo muito você mãe!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Fim de Férias...

Uma das coisas complicadas de ficar desempregado/em inicio de nova carreira e ter filhos é que durante as férias escolares não da pra inventar muita coisa.

Por sorte eu tive que trabalhar vários dias, o que rendeu muita experiência e um pouco de grana extra que foi basicamente reinvestida. E isso também significou que nos dias que trabalhei mais tive bastante ajuda dos meus pais, tanto em fazer umas compras de ultima hora e principalmente ficando com a Beca enquanto eu me ocupava na cozinha. O marido então nem se fala, ajudou em tudo que pode, desde colocando a mão na massa com a decoração pra me ajudar a manter os prazos, a saindo pra vender na rua e fazer entregas

O Taz demorou um pouco mas agora conseguiu definir que rumo vai tomar profissionalmente e, se tudo correr como esperado, vai estar começando o novo emprego nos próximos dias. Demora ainda um tempo pra nossa situação se estabilizar mas já vai dar pra respirar mais aliviado.

Rebeca teve alguns passeios bons nas férias: fomos no cinema, ela foi várias vezes ao parquinho, brincou muito com os avós, recebeu visitas e, o que eu acho que foi o preferido dela, fez um passeio só dela e da tia (e um amigo da tia super bem disposto!). Assistimos muito desenho em casa, comemos pipoca, fizemos piquenique no tapete de EVA. No próximo fim de semana vai receber a irmã mais uma vez e pronto, terão terminado suas férias.

Agosto está logo ai e com ele vem o deadline pro meu projeto de livro pra bolsa da biblioteca nacional. Vem não só um novo emprego mas uma nova  carreira pro marido. A continuação dos esforços com as vendas dos cupcakes. Minhas novas e cada vez mais necessárias tentativas em voltar a dirigir. E claro, a volta as aulas!

Vem um periodo de recessão sim. Isso não mudou. Tivemos que estabelecer prioridades. Mas estou otimista de que logo as coisas vão melhorar.

E vocês, como estão passando esse fim de férias?

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Projetos

Gente, antes de mais nada queria agradecer os comentários no post anterior. Me senti muito querida, abraçada mesmo com as palavras de força e incentivo. Obrigada!

Não quero tirar a Beca da escolinha. Mesmo! E ontem, com o frio que esta em SP, resolvi colocar nela o uniforme de inverno da escolinha pois ele realmente é muito quente, mais que as outras roupas que ela tem. e isso ativou a memória dela que até então estava curtindo ficar em casa e nem falava da escola.

E eis que ela falou da escolinha várias vezes no dia. Coincidência ou não foi um dia que eu e ela ficamos só nós duas em casa, se curtindo mesmo, enquanto o pai e os avós resolviam pendências na rua. Foi um dia super gostoso mas fiquei ainda com mais dó de tirar ela da escola.

E ela falou que sente saudades da escola, da professora, e de um amiguinho em específico. Um amiguinho que pra ela é bem especial e que sei que é recíproco pois os pais dele já me contaram que ele só fala dela em casa. Fiquei com o coração apertadinho com a possibilidade de que ela não retome as aulas.

Com isso fiz e refiz minhas contas. Fui tirando o máximo de coisas que pude, tudo que podia ser deixado pra depois, e por ai vai.

Conversei com minha mãe e expliquei que não poderei ajudar com as contas por enquanto, mas que assim que possível reassumo a minha parte em casa. Vou trocar o plano de saúde por outro mais em conta. Vou conversar com a psiquiatra para espaçar mais as consultas para eu poder continuar indo. Vou deixar os passeios, cinema e afins para depois, quando estivermos numa situação melhor e ficaremos vendo filmes em casa mesmo por alguns fins de semana, e tudo bem. E aceito que isso tudo é temporário e que logo as coisas se resolvem. Mas não vou tirar a Beca da escola!

O Taz tem enviado vários currículos e foi fazer 2 entrevistas essa semana. Agora que ele conseguiu definir um rumo pra seguir as coisas parecem estar fluindo com mais facilidade e ele deve começar a trabalhar em breve. Além disso surgiu uma outra oportunidade pra ele e para o meu pai trabalharem com perua escolar, coisa que eles estavam vendo em conjunto. Não é certo ainda, mas é algo promissor também.

Enquanto isso eu estou procurando trabalhar os meus projetos. Esse fim de semana vou fazer uma degustação dos cupcakes para os amigos e conhecidos para que me ajudem a divulgar o trabalho e possam provar um pouco do que estarão divulgando.

Hoje consegui fazer um esboço do projeto a ser enviado para concorrer a Bolsa de Criação Literária da Funarte/Biblioteca Nacional no gênero romance. Ainda preciso revisar e reescrever algumas vezes até que esteja bom o suficiente pra ser enviado, mas o mais difícil que é fazer o primeiro esboço eu fiz.

Acho que o mais importante nessas horas de crise é tentar manter a calma e não tomar decisões desesperadas. Respirar fundo, várias vezes, e tentar acertar. E seguir um plano.

E acima de todas as coisas, não deixar de aproveitar os bons momentos.

--

Ontem eu e Rebeca ficamos em casa. Foi um programa de gordinho, admito. Com esse frio que tem feito nem tive coragem de brincar com ela no terraço. 

Ficamos assistindo filmes e brincando dentro de casa mesmo, regadas a pipoca, bolacha e muito suco! Assistimos a um filme e brincamos de alguma coisa - de fazer cabaninha com os cobertores, ou de carrinho e passeios de faz de conta, ou de médico e os pacientes brinquedos, ou de rolar na cama... Lemos livrinhos, cantamos, vimos videos no computador. Vimos mais filmes na tv e comemos bolacha de maisena. E suco, muito suco. Jantamos juntas e brincamos mais.

Quando coloquei ela pra dormir ela estava cansada e fez um pouco de manha. Queria esperar o pai voltar e no fim conseguiu me dobrar e conseguiu. Quando aceitou tomar o leitinho e ouvir historinha de dormir foi ficando molinha molinha.

Então eis que um mosquito resolveu atrapalhar o processo. Rebeca tem medo de mosquito e detesta o zumbido deles na orelha. fica aflita e me pede sempre para tirar o mosquito da orelha dela, coisa que eu sempre faço. "Tiro" o mosquito e "jogo ele fora". Nessa ela se abraça a minha mão que cobria a orelha dela, fecha os olhinhos e dorme. E sorri, aquele sorrisinho gostoso que desmonta a gente, sabem?

Ta bom que eu tive coragem de tirar a mão dali, né? Fiquei uns 5 minutos esperando ela dormir mais, se acalmar, até que falei que não tinha mais mosquito e ela soltou.

Soltou só a mão. Por que a mãe ficou ali, presa naquele momento, naquele sorriso, com a certeza que naquele dia eu tinha feito minha filha feliz.

Não tem nada melhor.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Ó duvida cruel!

Fiz uma piadinha com o título mas ele é sério. vocês notaram a piadinha? É, eu sou ruim nisso.

As coisas por aqui ainda não se resolveram. Financeiramente falando mesmo. A verdade é que acho que esse é nosso maior problema agora. Inclusive as crises conjugais - que deram uma trégua - existem muito por causa disso. Ou eu espero que seja assim, tá?

Marido continua desempregado e eu ainda estou engatinhando com a venda dos cupcakes. Por mais que eu esteja gostando, e muito, de trabalhar com os bolinhos, não da mais pra esperar as coisas mudarem. Chegou, ou melhor, passou da hora de encarar os fatos chatos.

E entre os fatos chatos que eu evitei até agora tem a ver com a escola da Rebeca.

A unica atitude que eu consegui ter de fato até agora foi fazer a inscrição pra matrícula na escola municipal perto de casa. E mesmo assim, fiz com peso no coração torcendo pro marido conseguir outro emprego e eu não ter que tirar a Beca da escolinha que ela tanto gosta. Que eu tanto gosto.

E ai esta minha duvida. Tiro ou não a Beca da escolinha?

Tem gente que vai ler isso e dar risada, acreditem, por que isso nem deveria ser uma duvida. É uma necessidade mesmo. Estamos, de verdade, sem dinheiro. Por mais que o marido tenha decidido o que vai fazer daqui pra frente e no que e onde voltar a trabalhar isso anda em ritmo de lesma. Não importa por que a demora em agir, importa que, mês que vem o "seguro-desemprego" acabou e ai, amigos, a coisa complica muito mais!

Nós temos um outra renda mas ela não é nem de perto suficiente pra suprir as necessidades que temos. Ajuda, mas tenho que fazer escolhas difíceis.

E marido me colocou na parede esse fim de semana: vamos ou não tirar a Beca da escola?

Eu não quero. Mais que isso, não sei se consigo.

Não sei se consigo ficar com a Beca em casa e fazer as coisas que me propus e quero fazer, que são terminar meu livro e trabalhar com a Cup*Di*Cake.

Ela de férias já me desestabiliza a vida toda e eu acabo precisando da ajuda tanto do Taz quanto dos meus pais pra poder descansar e fazer as encomendas que recebo. E pra quem vê de fora pode não parecer mas a verdade é que eu não gosto nada de ter que pedir ajuda dos outros pra cudar da minha filha, mais,cuidar dela pra eu poder trabalhar!

Sem contar que não sinto muito apoio nas minhas empreitadas, mas isso fica pra outro post, ok?

Eu espero, honestamente, poder pagar a escolinha da Beca com a venda dos cupcakes. De verdade. E nem é tão difícil assim, a escola não é das mais caras e o tempo que ela esta lá é suficiente pra eu aprontar os doces. Mas e o medo?

Muita gente quando volta a trabalhar depois de ter filhos fica em duvida se vale a pena trabalhar apenas para pagar a escola, sem sobrar nada disso. Eu, de verdade, já ficaria bem satisfeita se conseguisse isso fazendo o que eu gosto. Pagar a escola da filha e o convênio médico da família já tava bom pra um mês de trabalho...

E você? O que acha disso tudo? Mas vai com calma que eu sou sensível, tá? rs

terça-feira, 10 de julho de 2012

O valor do dinheiro

Cena:

Taz e Rebeca passeando pela rua perto de casa, voltam e ela entra em casa e vem me chamar no quarto.

- Mamãe, me dá um dinheilinho pa eu compa um vilolãozinhoi?
- Um o que, filha?
- Um dinheilinho! Papai falou pa eu pedi um dinheilinho pa compa o meu vilolãozinho!
Entrego uma caixinha de metal com umas moedinhas e ela sai feliz de encontro ao pai na porta de casa. Eu vou atras pra garantir que ia ficar tudo bem e pra entender o que estava acontecendo.
- Papai! Mamãe me deu o dinheilinho!
Ele pega a latinha e abre dizendo:
- Deu filha? Agora você vai comprar seu violãozinho?
Ela olha a latinha, pega UMA moedinha e diz:
- Vou! Com essa aqui! - apontando pra moedinha - Já volto!
Segurando a risada digo:
- Espera que papai vai com você e não esquece de ir de m~]ao dada!
Ela coloca a moedinha no bolso e sai, de mão dada e confiante!

E voltou pra casa com uma guitarrinha de brinquedo muito fofa escolhida - e paga! rs - por ela!

Nem merecia a crise de alergia que teve agora no comecinho da noite né?

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Um desfralde de sucesso!

Eu sei que não estou falando de outra coisa. Eu sei! mas é que eu estou tão satisfeita com essa conquista que esta difícil sair desse tema.

Quando a Beca completou 2 anos em Outubro do ano passado eu olhava pra ela e pensava "ela ainda é tão pequenininha, e esta tão confortável com as fraldas!" e com esse pensamento resolvi não me preocupar com isso até que voltassem as aulas. Iria apostar na ajuda da escola com algo que eu mesma não me sentia muito a vontade.

No meio tempo, fui introduzindo a ideia. compramos um peniquinho simples, bem pequeno, que ela com seu tamanho todo tinha que ficar agachada e desconfortável pra usar. Tanto é que nunca se interessou por ele como mais que um brinquedo. Perto do Natal eu providenciei um penico maior, em que ela ficaria sentada e não agachada e que, com o tempo, poderia virar um adaptador de assento com banquinho.

Esse modelo aqui ó (só que de outra cor):



Ela curtiu inicialmente ficar fazendo tocar as musiquinhas. Mas não se animou muito não.

Quando começaram as aulas ela começou a ficar sem fralda na escola, junto com as outras crianças. E eu admito que ai quem não estava preparada ainda era eu, juro! Rebeca ainda ficava confortável com as fraldas, não se incomodava quando ficava suja enrolando inclusive pra ser trocada pra não ter que parar de brincar.

Então que ela pegou uma virose bem brava logo no final do primeiro mês de aula e eu pedi na escola que eles dessem um tempo no desfralde dela até que estivesse completamente bem de novo. E enrolei um bom tempo até dar o OK pra eles retomarem o treinamento dela lá.

Mesmo depois que a escola retomou a parte deles no desfralde eu tive muita dificuldade em casa com isso. Mas eu estava com dificuldade, não a Rebeca. Ela, como qualquer criança, acatava minhas vontades, ainda mais se isso significasse mais tempo brincando.

Eu estava ficando deprimida, muito irritada e com dificuldade de interagir inclusive com ela. Sem paciência mesmo. E não conseguia lidar com ter que lembra-la o tempo todo de ir ao banheiro, de dar o incentivo, de vibrar essa conquista com ela. E pedia mesmo pra ela usar a fralda pois eu não tinha condições de lidar com isso naquele momento.

E fomos levando. Levamos até o mês passado quando ela começou a voltar sem fralda da escola. Até que ela percebeu que as amiguinhas dela, dentro e fora da escola, não usavam mais fralda, pois eram crianças grandes. E então surgiu bem claramente a vontade dela de ser também uma criança grande. E começou a pedir todo dia pra usar calcinha e não a fralda.

Eu estava me sentindo melhor, mais disposta, menos deprimida, com mais paciência, e francamente já cansada de passar pra ela meus problemas e atrasar um desenvolvimento que ela possivelmente já estava pronta ha um tempo. E resolvi usar uma técnica de incentivo digna de Super Nanny que vi por ai: dar 1  adesivo pra cada xixi que ela fizesse no peniquinho e 2 adesivos pra cada cocô. Completos 20 adesivos ganhava um prêmio.

E pronto. Ela se empolgou e passou a acordar e a pedir pra ir no peniquinho assim que levantava e pedindo o adesivo. Se fazia onda pra ir no banheiro ao longo do dia bastava lembra-la do prêmio e ela ia pro banheiro. Combinamos que ela colocaria eles na agenda da escola e assim as professoras dela puderam participar e acompanhar a trajetória, ajudando a incentivá-la.

Os tais cocôs no peniquinho demoraram pra sair. Quer dizer, perto da facilidade que ela teve em controlar o xixi, demoraram. Mas a verdade é que o processo todo não durou nem 2 semanas. E agora faz numa boa.

O Prêmio foi um CD+DVD da Palavra Cantada que ela agora assiste e ouve incessantemente. Uma lembrança do que alcançou.

O desfralde noturno nós nem sonhamos. A fralda chega a vazar algumas noites ainda de tanto xixi que ela faz enquanto dorme, possivelmente por causa da mamadeira antes de dormir. Não importa. Não estamos com pressa mesmo.

Assim que acorda me chama, toma a mamadeira e pede pra usar o banheiro. E passa o tempo todo que esta acordada sem fraldas. Inclusive pra sair na rua. E se saímos e ela esta de fradas pede pra tirar pra poder usar o banheiro.

Ainda esquece de vez em quando, quer dizer, se distrai, fica segurando e acaba escapando um xixi aqui outro lá, mas esta cada vez mais raro. E isso não inibe a moça que não que mais saber das fraldas mesmo.

Oficialmente, Rebeca é uma criança desfraldada! Comemoro, né?

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Férias!

Rebeca está de férias. Ela não achou muito legal a idéia inicialmente quando anunciei na sexta feira. Mas hoje já curtiu ficar em casa, brincando com os avós enquanto eu descansava de um fim de semana bem cheio. E bem gostoso também!

Apesar de gostar muito de receber os amigos, cozinhar para aqueles que gosto, estar perto da familia, tudo isso tem um certo peso no meu humor. E isso significa que geralmente minhas segundas feiras precisaam de descanso. E tudo bem, certo?

Hoje eu queria registrar na verdade não o meu cansaço mas as coisas que eu gostaria de fazer com a Rebeca durante esse mês de férias. Pra, quem sabe, chegar em agosto e olhar pra trás e poder dizer que nós, apesar de tudo, curtimos muito esse mês juntas!

Segue minha lista:

- Ir ao cinema
- Ir ao Teatro
- Ir ao circo
- Ver filmes em casa comendo pipoca
- Receber amigos, meus e dela, aqui em casa
- Ir na casa de amigos
- Fazer colagem
- brincar de massinha
- Pintar com canetinha e tinta guache
- Ler um livro novo, ou mais de um
- Fazer bolo juntas
- Tomar sorvete
- Passear no shopping
- Ir na pracinha
- Ir em um parque fazer piquenique
- Assistir TV
- dormir tarde e acordar tarde
- Sair pra comer fora
- Fazer um churrasco com os amigos

Será que consigo fazer tudo?

E vocês, vão fazer o que nas férias? Afinal, você pode determinar férias mesmo se seu filho não vai a escola, por que não?