De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Em 2014 eu desejo...

Desejo que o trabalho perdure e que seja um ano cheio, e que ele renda tudo o que precisamos para manter nossos planos.

Desejo que a Beca se adapte na nova escola, no novo horário, e que encontre ali um grande tesouro: amigos de verdade pra toda a vida.

Desejo que meus pais encontrem finalmente o equilíbrio e que nele encontrem alguma paz.

Desejo que minha família encontre um lugar para chamar de seu.

Desejo que minha irmã encontre as respostas para suas duvidas.

Desejo que meus amigos encontrem sempre o caminho de casa, a deles e a minha, para nos vermos sempre que possível.

Desejo que todos tenhamos saúde,e que se por um momento ela faltar, que se resolva de forma rápida e definitiva.

Desejo que todas as gravidinhas da família tenham bebês saudáveis e que elas encontrem neles mais um motivo de alegria e amor.

Desejo que as crianças encontrem motivos para rir, e encontrem umas nas outras companhia para todas as horas.

Que meus amigos que se mudaram pra longe possam vir nos visitar, e que nós possamos visitá-los também. Por que viajar é muito bom, e rever pessoas queridas é melhor ainda.

Desejo viajar mais. E passear mais.

Desejo que as pessoas de forma geral encontrem mais motivos para serem boas umas com as outras. e percebam que ganhamos muito mais sendo gentis do que rancorosos.

Que a memória não falhe. e que tomemos decisões mais conscientes.

Desejo um mundo mais justo. E mais verde. E que eu encontre as formas de fazer a minha parte pra isso.

Desejo encontrar a paz que preciso pra alcançar meus sonhos.

E desejo a você tudo de bom. E um Feliz Ano Novo. Que todos seus sonhos se realizem, ou quase.




E que você volte aqui pra bater um papo. Por que eu sei que eu volto.

Feliz Ano Novo!

sábado, 28 de dezembro de 2013

Resoluções de 2013 - Aff, que fiasco!

Ainda volto com uma lista nova antes de acabar o ano. Mas vamos dar uma olhada na lista de resoluções para 2013?

- Emagrecer
- Hahahaha, tem que rir pra não chorar. Engordei mai. Não tanto, mas engordei.


- Fazer exercícios físicos pelo menos 3 vezes por semana
Nem tentei

- Escrever meu livro
Esse eu tentei, mas também não foi...

- Fazer os cursos do Sebrae e profissionalizar meu negócio
Não tentei também.

- Fazer cursos para aprender mais técnicas de confeitaria
Não, no máximo peguei algumas receitas online pra testar. Todas um sucesso.

- Sair mais vezes com a Rebeca
Isso eu fiz, saímos muito mais com ela. Infelizmente, poucas apenas nós duas.

- Sair mais vezes com o Taz, como casal
Não saímos muito juntos, mas as vezes que o fizemos foram ótimas.

- Sair mais vezes com os meus amigos
Voltamos a jogar RPG, agora tenho 2 grupos de jogo, e vi muito mais os amigos em ocasiões sociais, churrascos e coisas do gênero.

- Voltar a fazer terapia
Também nem tentei.

- Viajar mais
Não viajei mais, mas viajei. Tive a chance de ser Madrinha de casamento de um amigo mais que querido. A chance de fazer parte de uma família linda. E pra isso tivemos que viajar, então...

- Prestar  Enem e vestibular no final do ano?
Hahahaha deixa pra lá.

- Passar a tomar refrigerante apenas nos fins de semana.
Não. Eu tentei, sério mesmo. Não consegui.


E para a Rebeca:
- fazer natação
ficou pra esse ano.

- fazer balé na escola
Talvez esse ano também, depende se tiver a disponibilidade onde ela for fazer natação.

- ir na festinha dos amigos da escola, primos, etc
Fomos, Foi bacana. Não dos amigos da escola, pois essas todas foram na propria escola, mas de primos e amigos fomos em todas as que fomos convidados.

- comer mais frutas e menos guloseimas
Tenho comido mais frutas sim, mas isso veio com o calor. Mas continuo viciada em pipoca.

- Mais livros, brincadeiras e brinquedos e menos televisão
Tentamos. Depende do dia, do meu humor. Mas lemos muito, cantamos, brincamos. Agora no verão tem piscina todo dia. Mas tem TV também, e tem joguinho no computador. De tudo um pouco, sem exageros. Acho.


Enfim, acho que vou voltar a não fazer listas, por que, né?
Melhor apenas aproveitar o que vier. E fazer o melhor de mim.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Duras lições

Ja contei aqui que Rebeca tem um cofrinho. Ela sabe disso. Sabe que o dinheiro lá dentro é dela. Ja me emprestou alguns reais pra comprar mistura, e já usamos outros pra completar o lanche da escola. Mas as moedas ali se acumulam e na maioria do tempo ela esquece que tem o cofrinho.

Ai que estamos em época de Natal, e ela me viu comprando presentes pro avós e tios. E fomos algumas vezes a locadora pegar filmes e desenhos. E essa semana ela decidiu que queria comprar um brinquedo.

Primeiro pediu que eu o comprasse. Eu disse que estava sem dinheiro e que não poderia comprar.

ai ela lembrou do cofrinho e disse: "Eu tenho dinheiro!"

Ai eu resolvi que ia deixar, com alguns limites, que ela exercesse seu poder de compra.

E falei: "Ok, mas você não pode usar todo o dinheiro. Você pode gastar... R$6,00 para comprar um brinquedo. Se não tiver nada nesse valor que você queira, paciência."

E fomos a loja, ela feliz, confiante, com seu cofrinho.

E ela foi a caça de um brinquedo que pudesse comprar.

Tinha apenas um bichinho de pelúcia que se enquadrava nesse valor. E não era o que ela queria. Mas ela foi atrás. Olhava as bonecas que queria e perguntava se dava pra comprar. O Taz com calma mostrava os números e dizia "Esse é um 6? Não... então esse não dá."

E ela rodou quase todos os brinquedos da loja, que nem eram muitos.

E de repente ela olhou pros lados e se deu conta que não tinha o dinheiro necessário para levar nada que queria.

Foi um choque de realidade. Muito muito forte.
E ela sentou no chão, olhou pros brinquedos, e chorou. Não fez um escândalo. Era um choro silencioso, doido, diferente de todos os que ela já tinha tido. As lagrimas rolavam pelo rostinho sem que ela soltasse um som.

Eu não aguentei. Foi muito muito mais forte do que eu pretendia. A dor dela doía em mim.

Peguei ela no colo, e falei: "Filha, dessa vez eu vou te ajudar. Mas como eu disse, estou sem dinheiro, então não vai poder ser uma ajuda muito grande. Então eu vou ajudar você a escolher um brinquedo pra levar que custe perto do que voc~e tem, e eu vou completar o resto. Ta bom?"

Olhei as opções mais baratinhas da loja, nem era mentira que eu estava sem dinheiro. Dei 3 opções de coisas que teríamos, nos juntando, condições de levar. Montei cenários de como ela poderia brincar com cada coisa. E ela escolheu um bonequinha, bebezinho, pequenininha, simples. Seria o bebe de uma das suas bonecas.

E ela se animou. Ficou feliz, muito feliz de poder levar um brinquedo por fim. E de pagar por ele, mesmo que a metade. Começou a criar gistóriasd pro bebezinho de brinquedo, que seria o bebe adotivo de uma de suas bonecas.

Na saída, conversamos: "Filha, você viu como foi difícil comprar a boneca? Mas olha, você pode fazer o seguinte, você pode juntar dinheiro no seu cofrinho até voc~e ter o suficiente pra comprar aquela boneca que você queria. O que você acha? Ai é só você perguntar pra mamãe se ja tem dinheiro suficiente, que quando juntar tudo a gente volta aqui e compra, ok"

Ela concordou com um sorriso, e voltou pra casa brincando com sua bonequinha nova.

E eu, honestamente, voltei com a duvida se fiz a coisa certa. Será que ela era muito nova pra essa lição? Será que ela entendeu o que eu gostaria que ela tivesse entendido? Ou será que é uma daquelas besteiras que as mães fazem na melhor das intenções?

Ah... Duro é pensar que vou demorar muito pra saber essas respostas...


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Férias - semana 1

Piscina
Shopping
Brinquedos
Sorvete
Strogonof, panqueca e só coisas gostosas
Compras
Filmes
Chuva
Avós
Ansiedade
Fim de semana
Promessa
Descanso
Amor

Ta bom por enquanto. Né?

Bom fim de semana!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Vida de criança

Dai teve a festa de encerramento da escola, filha super ansiosa.

Tudo corre bem, apesar de eu não ser lá muito a favor desse tipo de celebração nessa etapa da vida. Mas minha opinião fica pra outro dia.

Por que tem coisas mais importantes.

E ver minha filha querendo tirar fotos com os amiguinhos no final da festa foi incrível. E ver a tal "menina nova" pedindo pra brincar com ela, especificamente com ela, foi um alívio sem tamanho.

E elas correram, e brincaram, e ficaram felizes de estarem ali, juntas.

E eu tive a chance de lembrar como a infância é algo mágico. Que nem tudo são rosas, mas que quando somos crianças as coisas são simples.

E ela adorou a festa, adorou se apresentar, e brincou com uma amiga.

E nada mais importa.




sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Terapia na escola?

Quando a gente tem filho acho que é inevitável pensar que vamos vê-los viver por situações que nós passamos quando criança. E a gente fica imaginando como iremos reagir como pais a essas situações.
E eu acho que todos os pais em algum momento passam por essas indagações. É ou não é?

Rebeca não esta querendo ir pra escola. De uns 10 dias pra cá ela tem mostrado cada vez mais resistência e pedido para ficar em casa.
Semana passada disse que estava com dor de cabeça. Reclamou um dia na escola, e no dia seguinte pediu que ligassem pra mim para que eu fosse buscá-la. Eu fui. mas fiquei com uma pulga atrás da orelha.

Na segunda feira ela pediu pra ficar em casa. Não concordei mas acabei indo junto com o marido para levá-la pra escola. Tive que ir com ela até sua sala e lá ela abriu um berreiro. Chorva copiosamente e não queria que eu fosse embora. Conversei com ela, e a professora me ajudou a acalmá-la. Ninguém entendeu o comportamente dela, visto que a beca sempre é uma garota feliz e que gostava de ir pra escola.

Ela ficou lá, mas a professora ficou de olho e eu atenta em casa.

Nos outros dias ela foi sem mais problemas, com a promessa de que eu iria buscá-la junto com meu pai no final da aula.
Hoje eu fui leva-la novamente e a cena se repetiu.

Chegamos na escola, ela me pediu que eu levasse ela até a sala. Chegamos lá e os amiguinhos não estavam, nem a professora. Ela ficou nervosa, pediu colo, começou a chorar. Estava muito transtornada, não queria me soltar.

A diretora veio, estranhou, fi chamar os amiguinhos e a professora de volta pra sala pra ver se isso ajudava ela a se acalmar.

Os amigos vieram, e ela nada de me soltar. No meu colo, chorava.

A professora foi conversando com ela, eu também. A lembramos das coisas legais que aconteceriam hoje na escola: a educação fisica que ela gosta, o sorteio do amigo secreto, o ensaio para a apresentação.

Ela foi se interessando e se acalmando. Desceu do colo. Quis ajudar a professora a sortear o amigo secreto. Foi me deixando de lado.

A professora então comentou comigo que ela tem ficado muito isolada na sala. Que aparentemente as outras meninas não estão querendo brincar com ela. e que isso esta acontecendo com uma outra menina também, mas que a outra menina acaba se mantendo perto das colegas numa movimento entre brincar e brigar. Mas a Beca se retrai e acaba preferindo ficar junto a professora.

Eu me despedi, prometi que voltaria para buscá-la depois, e sai.

Mas voltei pra casa pensando. Pensando muito.

Desde o começo do segundo semestre a Beca tem comentado que as meninas foram isolando ela aos poucos. Parece que entrou uma aluna nova no meio do ano e foi ai que tudo começou.

Primeiro a amiguinha dela com quem ela mais se identificava não queria ser mais amiga dela, pois agora era amiga da menina nova.

Mas a umas 2 semanas ela me contou que nenhuma das meninas queria ser amiga dela mais.

E eu lembrei que ela havia ficado muito animada depois do aniversário pois levaria A boneca que ganhou, a que ela mais pediu, que mais fez questão, para a escola. E ai me contou que a tal menina nova tinha uma boneca daquelas e que levava a boneca na escola.
E contou que uma outra amiguinha dela de outra sala também tinha.

E dai me contou do dia que todas as meninas da sala tinham levado suas bonecas daquele tipo.

E de repente o desejo dela tão forte em ter a tal boneca fez mais sentido.
Mas parece que ter a tal boneca não foi suficiente pra garantir o lugar dela na panelinha.

E ela esta sendo isolada.

O que não seria tão mal não fosse a identificação de gênero. E o fato da segregação de "coisa de menino e coisa de menina" ser tão reforçada na escola.

Então ela tem o amiguinho menino. E ela brinca com ele. Mas no momento que ela quer se sentir parte de algo, parte do grupo das meninas, e brincar com coisas de menina, ela se vê sozinha.

E eu passei por tudo isso. eu vivi exatamente a mesma situação. Mas por sorte comigo aconteceu mais tarde.

E honestamente eu não sei se hoje como adulta e mãe eu sei lidar melhor com essa situação do que quando eu era criança e era comigo.

Não acho que a forma que meus pais lidaram comigo naquela época tenha dado muito certo. Então eu acho que tenho que focar nas coisas que eles não fizeram.

Eu sei que ir com ela até a sala e vê-la chorando, é de cortar o coração. e eu não sou dessas que deixam chorando e vão embora. Eu nunca seria capaz de fazer isso. Por que eu lembro o que eu sentia, eu lembro o que eu queria pra me sentir melhor. e eu nunca seria capaz de negar isso a ela.

Mas a verdade, hoje, é que eu estou feliz que as aulas estão acabando.
E que eu tenho um tempo pra pensar em como ajudar minha filha a lidar com situações como essa, com segurança.

E voc~e, ja se viu numa situação como essa? O que você fez?

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Video Patrocinado - Por que trazer uma criança ao mundo?


Começamos já com uma pergunta difícil, né? Eu ouvi isso de algumas pessoas quando dizia que queria ter filhos e durante a gravidez da Beca. A minha resposta sempre foi a mesma: Por que eu acredito em um futuro melhor.
Um dos motivos de eu querer ser mãe foi o de passar pra frente alguns princípios que eu possuo e que considero importantes. Princípios como o de ajudar ao próximo sempre que possível, sem esperar algo em troca. Ser gentil e respeitoso com todos. Não nutrir preconceitos de nenhuma forma. De fazer a minha parte para que o mundo seja um lugar melhor, todos os dias, mesmo que com pequenos gestos.
Eu criei o blog com uma ideia parecida também. Com o ideal de poder ajudar outras pessoas. De mostrar que é possível viver uma vida normal mesmo lidando diariamente com uma doença tão difícil. E que é possível ser mãe, ou pai, e que vale a pena lutar.
E eu sonho todos os dias com o amanhã e em como será o mundo que minha filha irá viver. E eu acho que sou bastante otimista. Por que o que eu vejo ao meu redor pode não ser perfeito, e talvez nunca sera, mas eu vejo pessoas. E pessoas são a chave para mudar tudo. E temos o poder de tornar tudo melhor.
Eu trabalhei recentemente como tradutora freelancer e entrei em contato com textos que me mostravam o tipo de mundo que eu quero viver. Me mostravam que existem pessoas, muitas pessoas, ao redor do mundo todo, lutando, trabalhando dia a dia, para fazer o mundo um lugar melhor pra todos nós.  Pessoas que se esforçam para melhorar o acesso à água em lugares remotos, o acesso a alimento de qualidade, o acesso a cuidados com a saúde. Li sobre projetos que ensinam essas pessoas a ajudar outras pessoas que talvez não tivessem como receber esses conhecimentos.
E agora tive a chance de divulgar esse projeto da Unilever, o ProjectSunlight. Que nada mais é que uma iniciativa da Unilever dizendo “Nós nos importamos!” e buscando, através do projeto, unir pessoas hoje em busca de um mundo melhor amanhã. Para buscarmos, juntos, um futuro mais sustentável. Um futuro possível.
A Unilever faz hoje, No Dia Mundial das Crianças, o lançamento do projeto, com divulgação em várias frentes, com um vídeo e com um gesto: uma doação para essas 3 grandes entidades, O Programa Mundial do Alimento, o Salve as Crianças e a Unicef, parceiros da Unilever. Para começarmos hoje, juntos, a trabalhar no nosso amanhã!
E convidamos você a fazer a sua parte. Pode ser ensinando as pessoas do seu prédio a fazerem coleta seletiva, ou os seus filhos. E ensinando seus filhos a ensinarem os amigos da escola. Ou marcar uma feira de troca de uniformes na escola do seu filho. Ou começando uma horta em casa. Ou como você quiser começar. Por que é só um começo. Mas se cada um de nós começarmos hoje, a cada dia um novo passo, uma nova chance, e teremos certeza de dar um futuro melhor pros nossos filhos.

Você pode se informar melhor sobre o projeto acessando o link: Project Sunlight
Mas eu recomendo dar uma olhadinha no vídeo de lançamento do projeto, ali embaixo. Tenho certeza que ele vai tocar você.
(Esse post foi patrocinado pela Unilever)

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Fim do ano, começando o balanço

eu tenho a sensação, desde pequena, que o ano começa quando se iniciam as aulas e terminam junto com as mesmas. As férias, bom, as férias sempre foram um tempo extra, não contam. Mesmo quando eu não era mais estudante esse padrão se manteve por que meu pai trabalhava com escola, depois disso eu também trabalhei e o Taz também. e quando todos nós ficamos de fora dessa roda, veio a Beca.

Agora que a Beca está na escola isso é real novamente e de uma forma muito forte. Então, com o fim do ano letivo de se aproximando, eu começo a fazer um balanço do meu ano.

Pode parecer um pouco cedo pra isso, mas tentem encarar do meu lado. Eu costumo contar as semanas pelos fins de semana, que é quando eu acabo fazendo alguma coisa diferente, um passeio, ver a família, sabem como é. E eu parei para organizar meus fins de semana daqui até o fim de dezembro e todos eles já tem algum compromisso marcado até 20 de Dezembro!

Isso faz com que a minha sensação de que o ano está acabando se torne mais real.

Agora, não é só ter os compromissos, né? Sou bipolar gente, tenho que me planejar com cuidado e antecedência pra fazer as coisas e não cair numa armadilha que me faça entrar em crise, né?

Então, vou esmiuçando o que vou fazer em cada um desses fins de semana. Os horários, como vou fazer pra ir, com quem, que horas voltar... Dai, penso em como vou me organizar a partir do momento que a Beca sair de férias. Ai o bicho pega por que vou ter que pensar em coisas para os dias úteis também, né?
Afinal, criança em casa precisa ter alguma atividade (entenda por isso, brincadeiras e mais brincadeiras).

E a Beca é uma menina ativa. É um fato. Ai meu primeiro plano é montar a piscina e deixar ela brincando na água dia após dia. Bora passar protetor solar, beber muita água, e curtir, né? Mas nem sempre São Pedro concorda comigo então... Preciso ter um plano B, C, D...

Eu sei de vários passeios que quero fazer com ela. Alguns precisam de dinheiro, outros gratuitos. Receber os primos e os amigos é sempre uma boa pedida e a verdade é que eu me viro bem com 2 ou 3 crianças pra cuidar, cof cof

No blog quero fazer uma retrospectiva do ano. Falar de planos pro ano que vem, pra daqui 5 anos, 10 anos. Quero fazer planos! E quero poder compartilhar isso.

Mas acho que vou só começar falando dos planos para as férias... Que tal?

E você, como você conta o tempo na sua casa?

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Nada de novo no front

Sabem quando nada muda? Pois é...

Mas eu não estou muito bem. Dias ruins acontecem pra todos né? O problema é que a Beca, tadinha, parece ter um radar para meus dias ruins e acaba por dar mais trabalho pra dormir nesses dias. E pouca coisa me tira do sério quanto a onda que ela faz quando não quer dormir.

Eu aproveito pra falar dessas coisas aqui, assim, acho que com a sensação de desmistificar um pouco essa minha maternidade. Por que eu gosto mesmo e vocês devem perceber que eu procuro focar os posts nas coisas boas - quando possível claro.

É difícil eu reclamar de alguma coisa que a Beca faz. Ela é um anjinho de menina. Mesmo. É boazinha, prestativa, bastante compreensiva e colabora comigo em quase tudo. Mas ela tem o limite dela, ela não gosta de ir dormir. Acho que se eu não tivesse estipulado a rotina que temos hoje desde cedo eu talvez não conseguiria lidar com essa recusa dela em dormir. Ela quase fala que dormir é perda de tempo.

Tenho certeza nessas horas que pago por todos os meus anos de insônia, aterrorizando meus pais desde bebê. Faz parte, eu sabia que ia ser assim. E na maior parte dos dias eu consigo levar numa boa,ela também.

Mas tem aqueles dias do mês (é aqueles mesmo) que meu humor fica instável, eu fico irritadiça, meio deprimida, e bem sem paciência. E nesses mesmos dias a Beca tem dias mais nervosos.

Ontem e hoje no entanto ela foi além do que jamais tinha feito em 4 anos de vida. Ontem fez uma manha tão grande, que se jogava no chão e tentava fugir dos meus braços que tentavam abraçá-la na tentativa de acalma-la. E chorava, brigava, jogava e chutava coisas pelo quarto. ela nunca foi de fazer isso. Nem nos tais terrible two. Mas ontem fez.

E eu me esforcei pra manter a calma, abracei, conversei, no fim briguei, sai de perto pra me acalmar, e mais calmas, conversei de novo, abracei de novo, expliquei o que ela estava passando e a minha reação.

Hoje na hora de dormir, mais uma vez, manha. Queria assistir vídeo no computador, eu disse que não. Sai de perto pra arrumar o pijama e ela colocou o vídeo em desafio. voltei, desliguei o vídeo, chamei atenção dela. ela ficou muito brava, e me arranhou. Ai eu perdi a calma, briguei com ela, coloquei de castigo e chamei o marido pra assumir o lugar.

Ela veio, acalmou a pequena, conversou, distraiu e conseguiu trocar a roupa e escovar os dentes.

E ai ela voltou pro meu colo, pra dormir. Triste, magoada, começando a chorar de novo. eu perguntei por que ela estava chateada e ela respondeu que eu havia brigado com ela. eu respondi que briguei sim, pois ela havia me arranhado.

Sentei ela no meu colo, e falei com calma "vamos pedir desculpas uma pra outra? Ao mesmo tempo? eu peço desculpas por ter brigado com você e você pede desculpas por ter me arranhado?" Ela sorriu, concordou, e nos abraçamos e pedimos desculpas.

A noite não terminou ai, ela ainda tentou me enrolar pra não dormir mais um pouquinho, mas de forma calma, conversando comigo e fazendo perguntas toda vez que percebia que estava pegando no sono.

Eu mais calma também, respondia e protelava para amanhã. E assim fomos até que ela adormeceu.

Alguns dias são mais fáceis, outros mais difíceis. Só na hora, no dia a dia, descobrimos quais são as nossas dificuldades. Mas não trocaria isso por nada.

Bom fim de semana!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Do aniversário e das mudanças que vieram com ele

Finalmente consigo parar pra contar esse marco na nossa vida.

Foi sim um marco.

Primeiro por que Rebeca nunca esteve tão envolvida nos preparativos, tão ciente do que acontecia e tão certa do que queria ou não. E eu, no meu saudosismo e ao mesmo tempo em minha corujice, tentei aproveitar a companhia dela para fazer tudo que fosse possível.

O aniversário caiu em dia de semana. Preparei uma festinha na escola com os amiguinhos da sala. Mandei convite avisando e no no dia mandei um bolo de cenoura com chocolate decorado com estrelinhas coloridas, uma boa dose de pães de queijo e suco. E a aniversariante, claro! hehe

Ela se divertiu muito com os colegas na escola. Foi bem recebida por todos que sabiam que era uma data especial. Ganhou presentes dos amigos, muitos abraços e pode aproveitar a companhia de todos eles. Cantaram parabéns, tiraram fotos.

Em casa a festa não acabou. Ela chegou em casa meio dormindo, um pouco mais tarde que o normal. Os avós a haviam ido buscar e eu fiquei preparando o jantar: seu prato favorito.

Com todos em casa, jantamos juntos, brincamos, cantamos parabéns e cortamos o bolo (identico ao que mandei para a escola, mas com granulado ao invés das estrelinhas). Depois do jantar demos os presentes que compramos com muito custo. E ela amou cada segundo, cada parabéns, cada abraço, e cada presente.

E um dos presentes dela foi ter seu quarto montado e arrumado para uma "criança grande". Uma cama grande, sem proteção nas laterais, que pintamos juntos da cor que ela escolheu. Com um adesivo na parede ao lado da cama. Com caixas divididas por cores para que ela guarde seus brinquedos. com o tapete de EVA no chão, não mais por necessidade mas por decoração e história.

E ela dormiu aquele dia pela primeira vez no seu próprio quarto desde que tinha 2 anos e meio e veio para o meu quarto, pro lado da minha cama, numa noite fria, e por lá ficou. E no marco de seus 4 anos, ela reassumiu seu lugar de direito.

Não dormiu muito, infelizmente. Não foi pro meu quarto, mas acordou no meio da madrugada por que queria brincar com os brinquedos novos, e fez o pai ficar acordado com ela até as 5h da manhã e ir trabalhar virado depois de finalmente convencer a pequena a voltar a dormir.

Dai em diante ela não voltou mais pro meu quarto. Sem traumas, sem choros, ela agora dorme no seu quarto. Como uma menina grande.

Depois disso veio a "grande festa". Com tema, com família. Fizemos um churrasco, que ela gosta, e preparei docinhos, cupcakes e bolo. Decorei a casa com o tema que ela escolheu - a 1 ano atrás e não mudou de ideia! - e recebemos família e amigos para comemorar conosco.

A festa durou a tarde toda. Recebi muita ajuda a agradeço todos os dias por ela. Finalizamos com o parabéns e docinhos no final da tarde. Foi perfeito.

Desde seu aniversário Rebeca brinca todos os dias com os brinquedos novos que ganhou. Alias, ela aproveita todos os presentes, mesmo os que não são brinquedos. Ela ganhou uma bolsa que a tia fez de crochê que ela usa para brincar e para sair. Dorme quase toda noite com a camisola que ganhou de outra tia, mesmo em noites frias quando coloca a mesma por cima de outro pijama mais quente. Dorme todas as noites sobre a colcha nova. O trenzinho já foi montado e desmontado mais de uma vez, e tivemos que trocar a pilha. As massinhas já precisam ser repostas. O tablet de brinquedo que ganhou do avô a ajuda a associar letras a palavras como ela aprende na escola. E por ai vai...

Da muito gosto de ver isso. Ela crescendo, aproveitando as novidades, feliz. Feliz não apenas pelo ganhar material, mas pela enorme conquista do espaço. Do seu espaço. Por que além de dormir no quarto ela redescobriu ali um lugar para brincar!

Meu bebê está crescendo. Nem dá pra falar mais que é um bebê. Minha menina. Meu amor e minha vida.

Foi um aniversário e tanto! Que venham os próximos 100!


sábado, 12 de outubro de 2013

Feliz dia das crianças!

Prometo que volto pra contar do aniversário e das mudanças que vieram com ele. Por enquanto, desejo apenas um dia das crianças divertido, onde você aproveite da melhor forma.

E pra fazer seu dia, uma musica bem bacana!


segunda-feira, 30 de setembro de 2013

aos 4!

Eis que chegou o dia. Chegou. Mas já? Como assim? Pois é, chegou.

E eis que no que me pareceu tão pouco tempo, um piscar de olhos, você completou 4 anos.

Parece que foi ontem, sabe? E meio que foi mesmo, se pensarmos em todo o tempo que ainda temos pela frente.

Passei a semana toda saudosa. Lembrando da gravidez, do dia que você nasceu... Depois disso tudo meio que aconteceu correndo, acho. Mas é fácil saber, tá ai, escrito. Nossa dificuldade com a amamentação. Minha retomada aos remédios e nosso precoce desmame. Nossas descobertas como mãe e filha nos primeiros meses. Minhas neuroses, meus medos, e nossas vitórias. A cada ano, menos detalhes e mais coisas sendo deixadas a memória e aos bons entendedores, minhas meias palavras.

Seus primeiros passos, primeiras palavras, primeiro tombo - esse não me sai da memória jamais - primeira mamadeira, o gosto pelo gelado descoberto com uma vacina, seus gostos, meus sonhos. Tudo já meio misturado na minha cabeça mas colocado com carinho nas linhas desse blog.

Primeiro aniversário, segundo, terceiro... e o quarto.

Hoje eu sei que sou uma mãe mais calma, mesmo que nem sempre. Sou mais segura do que faço apesar de continuar fugindo de brigas que não deveria. Sou mais segura do que quero, mas mais que isso, sou mais segura de quem sou, de quem somos. Da mãe que você me faz ser todos os dias, que aprende errando, mas aprende. Que ensina o que sabe, o que acredita, na esperança de que você cresça feliz, saudável, segura, e se torne uma adolescente, adulta, tão incrível como a criança que você já é.

Hoje é o seu dia e eu farei o possível pra ser um dia especial. Pra que você se lembre dele com carinho. Que seja um dia pra curtirmos juntas desde o comecinho até a hora de dormir. Que eu consiga agradar você no todo e nos detalhes. E que quando você tiver lá seus 30 anos e estiver relembrando tudo isso você se pegue rindo das pequenas coisas que são só nossas.

Que seja o quarto aniversário de mais muitos por vir. E que eu possa estar junto de você em todos eles, hoje, ano que vem, daqui 100 anos, por que não?

Feliz aniversário. Te amo.
Ass: Mamãe

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Do tempo que sobra mas não sobra

Essa semana estou tentando me concentrar no aniversário da Rebeca que está chegando. Mês que vem esta ai e o aniversário dela junto e eu estou me equilibrando entre fazer acontecer conforme o planejado, lidar com um marido em crise depressiva, e minha própria falta de ânimo por estar "naqueles" dias do mês.

É comum, pra mim, ficar deprimida e sem energia na semana da menstruação, mas nada fora do normal. Sinto muito sono, fico mais irritada e sentimental, e em outra situação eu iria tirar essa semana para dormir até mais tarde e ficar mais reservada. Mas nem sempre é possível né?

O Taz esta com essa depressão persistente. Já concordamos que ele precisa voltar ao médico e retomar a medicação. A esperança de que voltar a trabalhar e ter alguma renda seriam a solução desse problema foi-se quando fechamos o segundo mês, e se reerguer, de todas as formas, está mais difícil do que gostaríamos. Ele esta se esforçando muito, mas a verdade é que no ponto que estamos ele não deveria mais ter que se esforçar tanto assim.

Rebeca está ansiosa com o aniversário chegando. Ela quer muito essa boneca, desde o ano passado na verdade, que uma amiga na escola possui. Dessas coisas consumistas que sempre tentamos evitar que nossos filhos vivam em tão tenra idade, mas nem sempre conseguimos evitar.

Dai que ela descobriu videos na internet que mostram crianças brincando e cuidando dessa tal boneca, meio que fazendo tutoriais ou simplesmente filmando suas brincadeiras numa especie de cineminha mesmo. E ela adora e pediu pra ver isso desde sexta quando chegou da escola e a amiguinha tinha levado a tal boneca a escola de novo.

E eu parei pra ver o vídeo com ela. Pra saber o que ela tanto vê na boneca e garantir que ela não esta assistindo nada inadequado. E apesar de ter ficado com a sensação de ser um reality show para crianças pequenas, achei a boneca super legal. De verdade. Fiquei pensando que é capaz de se ela ganhar a boneca eu vou brincar mais com ela do que minha filha.

Tirando esse estranho hábito que eu acredito que ira passar após o aniversário, ela esta bem. Conversamos sobre o que ela quer na festa, dos amiguinhos que virão, e deixei ela escolher diversas coisas.

E tem sido isso, esses momentos que tenho com ela, seja conversando, seja brincando, seja vendo videos de brinquedos na internet, que tornam meus dias mais leves. E eu faço o melhor que posso dentro das limitações que se apresentam. E um dia de cada vez, resolvo alguma coisa, cuido de nós, me preocupo.

Nem tudo é perfeito. Tem horas que preciso de ajuda, tem horas que preciso de companhia e tem horas que tudo que quero é 1h sozinha com uma série no pc. Mas tudo bem. Não é pra ser perfeito mesmo. É pra no final do dia você saber que fez o melhor e ficar satisfeita e dormir com um sorriso por saber que no dia seguinte tudo começa de novo e você não trocaria isso por nada. Né?

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Dayse?

Faz umas semanas que ela chegou por aqui. Veio devagarinho entre Julias, Carols e tantos outros nomes. Vinha, ficava um pouco e ia embora.

Mas seu tempo vem se estendendo e acho que agora podemos oficialmente concluir que sim, Dayse está entre nós.

Ah sim, Dayse é a amiga imaginária da Rebeca!

Ela agora chega aqui em casa e Rebeca abre a porta pra ela. Muitas vezes comem juntas, brincam, e parece que a Dayse até já ensinou pra Rebeca que tomate é uma fruta! Muito esperta essa Dayse!

Eu que não vivi nada disso na minha infância, afinal eu tinha uma irmã pra brincar comigo, não sei bem como lidar com isso.

Por enquanto levo numa boa, com o máximo de naturalidade que posso. Tenho muita dificuldade de interagir com a Dayse, infelizmente, mas Rebeca tem paciência comigo e me guia nesses momentos.

Sei que nessa idade é comum ter amigos imaginários e lembro de ter lido que é saudável inclusive. Mas fico cada dia mais com a sensação que a Beca precisa de companhia com mais frequência.

E penso, penso e penso...

E enquanto eu penso, Dayse está ai, ocupando um lugar tão necessário. Vamos ver por quanto tempo, né?

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Aniversário chegando...

Por mais que alguns colegas estranhem, minha mente está em todo vapor com a proximidade do aniversário da Beca. Falta menos de 1 mês para o grande dia, ela completará 4 anos, e eu planejo muitas mudanças por aqui.

Além de planejar a festa em si, que não vai ser muito diferente da do ano passado, tirando o tema da mesa do bolo, eu estou programando mudanças mais drásticas: Envolver a beca na repaginação do quarto dela para que ela queria assumir o seu espaço definitivamente.

Eu acredito na ideia de que as mudanças tem que ser feitas 1 de cada vez, e no ano que vem ela já ter grandes mudanças no começo do ano. Vai ser uma mudança muito impactante e pensando nisso, acreditando que já está na hora dela trabalhar sua individualidade, quero fazer a transição dela de volta ao próprio quarto ainda esse ano.

Minha ideia é fazer todo um trabalho, envolvendo ela no processo. Vamos começar pintando o quarto. Deixei ela escolher parcialmente a cor, quero que ela nos ajude a pintar, e transformar o dia de trabalho numa bagunça gostosa que faça ela criar gosto pelo lugar.

Depois vamos incluir os detalhes. Adesivos de parede, caixas organizadoras para os brinquedos - e doar parte deles que ela não brinca mais - arrumar a cama, providenciar um protetor, e deixar ela escolher a colcha, cortinas...

E ai eu vou torcer né? Torcer pra esse esforço dar resultado, ela gostar da ideia de ter o próprio quarto de volta, e principalmente, pra eu também me acostumar com a ideia e não voltar atrás de novo!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Rebeca e seu cofrinho

Desde que Rebeca tem 1 aninho ela tem um cofrinho. Nós vamos juntando moedinhas lá dentro e chegando perto do Natal compramos alguma coisinha pra ela. Nunca juntamos muita coisa, nunca deu pra comprar um presentão, mas a ideia nunca foi essa mesmo.

A relação da Beca com o cofrinho e com o dinheiro que juntamos vem se desenvolvendo com os anos. Primeiro ela brincava com as moedas de tirar e colocar de volta sem a tampa. depois começou a tentar encaixar as moedas de volta no buraquinho das moedas, e quando ela alcançou seus 3 anos nós começamos a introduzir as utilizações do dinheiro e o que se faz com ele nas conversas, com naturalidade, como uma coisa é consequência da outra, etc.

Esse ultimo ano então tem sido bastante transformador. Transformador por que introduzimos pra ela que o dinheiro ali dentro é dela. Que ela pode ir guardando as moedinhas. Ela entende melhor que aquelas moedinhas que estão lá dentro tem algum valor.

Mas ai a gente sempre fica na duvida se está ensinando os valores certos pros filhos né? Por que educar não é fácil, e a gente dificilmente tem chance de saber no processo onde estamos errando e acertando.

Esse fim de semana fomos viajar com minha irmã para visitar a família no interior. No caminho, pedágio, lembrei que eu tinha pouco dinheiro. Falei isso alto, e a Beca, prestando atenção na conversa, vira pra mim e fala:

-- Eu tenho, mamãe. Tenho dinheiro no meu cofrinho. Você pode pegar, eu deixo.

Solidariedade é mais importante que dinheiro. Ponto pra mim.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Falando sobre bebês


Esse ano uma amiga muito próxima teve bebe logo no comecinho do ano. Rebeca acompanhou a gravidez toda, viu a barriga crescer, foi no chá de bebê, essas coisas, e temos acompanhado da forma que dá - ja que a distancia não ajuda - o crescimento.

Além disso, ela ganhou uma priminha no meio do semestre passado, envolta numa história complicada com direitos da parturiente no hospital e complicações. No fim tudo ficou mais ou menos bem, e agora convivemos com certa frequência com a bebê.

No dia dos pais fomos ao chá de bebê de mais um priminho, filho da prima do meu marido. Daquelas próximas de verdade, mais irmã que prima sabem? É um bebê temporão, ela com 40 anos jurando que não ia engravidar mais, feliz com o filho de 20 e a filha de 11 anos, e ai, pronto, descuidou um pouquinho... Ta ai, pra nascer em outubro. E é outra gestação próxima.

Pra completar a onda de bebês na família, a filha mais nova da minha cunhada que casou no ano passado descobriu que está grávida e completou 12 semanas no mesmo dia do chá de bebê comentado acima.



Daí que é muita gente gravida e com bebês novinhos pra Rebeca não notar e ficar curiosa, né?

E de um mês pra cá as perguntas e as historinhas vão aparecendo.

As ultimas foram essa semana, quando ela finalmente - e digo finalmente por que acho que chega um momento que toda criança fala isso - ela disse:

- Mamãe, o que que tem dentro da sua barriga?
- Na minha barriga, filha? Nada, ué, por que ? O que você queria que tivesse na minha barriga?
- Um neném!
dei risada, fiquei sem graça, e resolvi dar corda:
- É mesmo, filha? Você queria um irmãozinho?
- IrmãzinhA. Menina!
-Ah tá certo! E você queria que essa irmãzinha fosse grande igual você ou pequenininha, bebe, igual a sua prima?
pensou um pouco...
- Pequenininha, bebê!
Eu ri um pouco mais e não aguentei:
- Ah filha, quando as coisas estiverem um pouco melhores pra gente a mamãe tenta arranjar uma irmãzinha pra você, ta bom?


E hoje, eu assistindo Discovery Home&Health, passando programa sobre bebe, ela se interessa e começa a assistir comigo. eu não me importo, visto que não achei que apareceria nada impróprio a idade dela. Acaba o primeiro programa, ela pergunta:
- Mãe, vai passar mais desenho de neném?
- Vai sim filha, você quer continuar vendo comigo?
- Quero!
O programa seguinte no entanto não era como o primeiro com o bebe já em casa. Era sobre o parto de um neném. E a mãe ia ter o neném de parto natural, na água.
Eu sempre acho que temos que agira com naturalidade mesmo em situações que a gente se sinta pouco confortável pra não causar um impacto negativo sobre determinados assuntos. Por mais que eu tenha ficado com dúvida se a Beca iria lidar com tranquilidade com as cenas, eu preferi lidar com a naturalidade que eu acredito ser devida com relação a parto e nascimentos. Inclusive por que meus pais são da geração cesariana e sempre acharam - e ainda acham - que a ideia de uma cirurgia em que o médico abre a barriga da mãe ser muito menos impressionante que um parto. É, vai entender. (E fazer um tempo de terapia pra ver o quanto isso influenciou na minha vida).
Enfim, continuei assistindo o programa e fui explicando pra ela o que estava acontecendo. Expliquei que o bebê estava dentro da barriga da mãe e ia nascer e que ia sair por um buraco lá no Bimbim dela (ja falei da logica sobre bumbum e bimbim né?). Expliquei que o corpo precisa se preparar pro bebe sair, abrindo passagem, e que esse processo chama trabalho de parto e que isso pode doer um pouco mas é necessário pro bebê sair.
Sim, ela ficou tranquila com as minhas explicações e foi assistindo o programa. Eu enalteci um pouco o momento que o bebe saiu, que ele nasceu, e ela deu realmente muito mais importância e falou muito mais do fato do neném nascer sujo com uma coisa branca -e disse que deviam dar banho nele, ué!

Uns minutos depois ela foi ao banheiro, pensando, e me disse:
- Mamãe, quando eu for grande eu vou pedir pro papai do céu me dar um neném também, e colocar dentro da minha barriga. Igual você!
- Quando você for grande igual a mamãe, né, filha? Com uns 30 anos né?
- Isso!
Pensou mais um pouco e disse:
- Um neném não, dois, uma menina e um menino! e vão chamar Débricia e Débricio!

Pronto. Acho que se depois de ver um parto ela termina com a ideia de ter 2 filhos e dar nome a eles não pode ter sido algo tão traumatizante, né?

Agora bora colocar a vida em dia, que a ideia de dar uma irmãzinha pra ela até me agrada!

Bom fim de semana!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Ponderando...

Já falei em outro post, alias, em todos os últimos e mais espaçados posts desses quase 4 anos de blog, que ando sem animo nenhum pra escrever. E fiquei pensando na razão disso.

Ai resolvi fazer uma listinha de coisas que me desestimularam a escrever nos últimos meses:

- Não querer ficar reclamando. Acho que o mais difícil de passar por uma fase ruim é não ficar se repetindo reclamando das mesmas coisas. Ai como basicamente o que passa na minha cabeça a maior parte do tempo são os mesmos problemas, acabo deixando pra lá. Ninguém gosta de alguém que vive reclamando, nem a própria pessoa.

- Falta de liberdade para falar. Eis que ai eu penso em outros assuntos que não os problemas. Algumas vontades e sonhos, e planos para um futuro distante ou nem tão distante assim. E fico com medo de ser mal interpretada, me sinto insegura se realmente devo falar no assunto e me expor. Mesmo. Mas já cheguei a conclusão que esse é um motivo muito ruim e que eu devia era aproveitar o blog pra dar asas a isso tudo e ter um meio de extravasar essas ideias, mesmo que muitas delas não saiam da tela do computador.

- Privacidade. Vocês devem ter notado que eu posto cada vez menos fotos. E falo de forma cada vez mais genérica sobre os assuntos. A verdade é que, talvez antes tarde do que nunca, me preocupo cada vez mais com a minha privacidade e a da minha família, e isso acaba tosando muitos dos posts que eu poderia fazer por não querer entrar em detalhes sobre a nossa vida. E esse eu já acho que é um motivo muito bom.

- Momento. Pois é, eu também acho que estou vivendo um outro momento da minha vida. Acho que muita gente que tem blog chega nessa fase em que você deixa de escrever para tentar viver mais. E é verdade, pois tem dias que tento ficar mais com o marido, assistindo um filme, e outros estou envolta com trabalho pra terminar, e outros, como a ultima semana e hoje, eu simplesmente não consigo me concentrar em nada pois minha cabeça esta uma bagunça grande demais e eu simplesmente preciso deixar essa confusão passar.  Hoje eu decidi postar essa lista aqui exatamente pra colocar certa ordem no tufão, mesmo que apenas em uma parte dele, o blog.

- Trabalho. E esse é um bom motivo, né? Muitas vezes em que eu pensei em postar alguma coisa no blog fui refreada pelo "mas hoje eu preciso terminar isso", ficava pra depois e, claro, o depois não chegava e o post desaparecia nos confins dos meus pensamentos.

Tem mais mas a mente já começou a divagar em assuntos diversos e não consigo mais concluir.

Fica pra outro dia. Ou não...

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Do dia dos pais e da volta as aulas

Pois é, esta complicado vir atualizar o blog com muita frequência. Mas vocês entendem, né?

O dia dos pais aqui foi agradável, churrasco em família, simples e gostoso. depois rumamos em direção a casa do meu sogro para fazer 2 coisas: a óbvia, que era visitá-lo no dia dos pais e a menos óbvia que era o chá de bebê de uma prima querida no mesmo prédio.

Rebeca brincou com a vó, com a tia, e com os primos no final do dia. Saldo positivo.

A volta a escola esta tranquila pra pequena que estava com saudade dos amigos e da tia. Por mais que ela ainda curta muito esse negócio de ficar em casa brincando, não reclama de ir pra escola. Acredito que ela se diverte e aprende bastante.

Ainda estamos nos adaptando aos novos horários e esse é um dos motivos do meu sumiço aqui no blog. dormir menos altera um pouco o meu humor - não no sentido bipolar, acho, me deixa de mau humor mesmo. Quem nunca né? Ai não sinto aquela inspiração pra escrever e acabo passando o dia fazendo o mínimo necessário.

Tipo hoje, que to um caco.

Então vou ficar por aqui mesmo e deixar vocês com a promessa de voltar até o final da semana com um post mais digno, tá?

terça-feira, 30 de julho de 2013

Eis que chega ao fim...

As férias vieram,passaram e agora chegaram ao fim. Ta, frase ruim, mas é só pra ilustrar.
Nossas férias foram gostosas. Com certeza não fiz nem 1/5 do que eu queria. Faltou aquela coisa que ajuda nos planos, conhecem?

Mas tudo terminou bem. Tivemos visitas nas ultimas 2 semanas. Semana passada meu sobrinho veio passar uns dias com a gente aqui em casa, foi divertido. Como choveu todos os dias (e fez um frio de lascar) na hora de sair iamos ao shopping mesmo. Ai comemos lanche, tomamaos sorvete e as crianças brincaram muito nos brinquedos. Foi bom, divertido mesmo. Meu sobrinho é um garoto bonzinho, educado e tímido que adora demais o tio Ale e não se arriscaria a fazer nada que pudesse impedi-lo de vir aqui outra vez. Ou seja, fácil de lidar e uma delicia de companhia.

No fim de semana, com o Taz ainda no curso, meus pais ajudaram muito com a Beca. Sábado foi dia de faxina e domingo aproveitamos pra fazer um passeio em família e levamos a Rebeca ao teatro. Foi muito gostoso e uma verdadeira vitória pois conseguimos tirar minha mãe de casa nos dois dias.

E agora nesse começo de semana a Lulu, irmã mais velha da Rebeca, esteve conosco. A Rebeca estava muito ansiosa pela presença da irmã e ficou muito feliz de te-la aqui. Fez questão de ir busca-la na casa da mãe, quis passar esmalte pra mostrar pra ela, e elas brincaram bastante.

Infelizmente a Lu teve que ir embora mais cedo, já essa noite, por questões de logística, e a Beca ainda não sabe. Vai ficar desapontada quando acordar mas faz parte da vida.

Hoje nós passeamos de novo, fomos no Sesc, depois ao Shopping, brincar e assistir um filme no cinema. Como o Taz começou o novo trabalho hoje a maior parte do dia passamos só as três e foi muito agradável ter essas duas companheiras.

E amanhã voltam as aulas da baixinha e eu terei o resto dessa semana de folga. Mas estava tão bom ficar com minha pequenininha aqui em casa que mesmo sendo cansativo vou sentir falta e aguardar ansiosamente pelas próximas férias.

Agora é curtir a volta as aulas, né?

E por ai, como foram as férias?

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Vamos ajudar o parto do Raul?

Venho aqui pra divulgar a iniciativa de uma amiga na busca pelo dinheiro para fazer o parto do segundo filho dela.

A Débora é minha amiga super querida, mora em Porto Alegre e nós nos conhecemos por causa dos nossos blogs na época que ela tentava engravidar do primeiro filho.

Ela teve uma experiência traumática no primeiro parto, fez uma cesária eletiva pois supostamente o filho dela estava numa posição impossível de virar, isso com 37 semanas de gestação. O bebe virou mas o médico dela a induziu a fazer a cesárea do mesmo jeito. Essas coisas que vemos muito por ai.

Agora ela esta gravida do segundo filho. É outra pessoa, internamente. Passou por uma baita transformação nesses 3 anos, e se vê numa encruzilhada: aceitar ter o bebe num parto hospitalar por falta de grana mesmo desejando e tendo saúde pra tentar um domiciliar?

Agora ela tem mais uma chance. Eles decidiram dar mais uma investida atrás do sonho e criaram uma vakinha pra tentar alcançar o valor.

E é aqui que a gente entra.

Acessando o blog (http://www.diariomaterno.com/2013/07/pelo-parto-de-raul.html)
a gente pode contribuir com a Vakinha ou divulgar. Vale tudo. Inclusive dar uma lida no blog e conhecer os trabalhos dela de croche na lojinha.

Bora ajudar?

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Das férias, do casamento e do aniversário

Eis que volto aqui depois de mais de semana sem postar. Mas vocês sabem como é período de férias, né?

No entanto vários acontecimentos marcantes aconteceram nesse tempo e eu quero deixar registrado.

Primeiro, férias começando, vamos iniciar nossa programação. Levei Rebeca para passear e tenho insistido pro marido fazer o mesmo. Pelo menos ir ao parquinho perto de casa pra entreter a pequena nesse mês.

No feriado do dia 9 nós fomos viajar, interior, para participar do casamento de um amigo muito querido. Eu e o Taz éramos padrinhos e foi muito emocionante fazer parte da cerimônia e não apenas ser espectadora.

A viagem foi longa, foram 5h de estrada na ida, com 3 paradas. Depois da ultima parada tudo ficou mais fácil pois a Beca finalmente dormiu e conseguimos rodar 2h sem interrupção. Foi cansativo, especialmente pro Taz que foi o único motorista.

Fomos no dia anterior ao casamento, rodamos um pouco pela cidade, fizemos turismo gastronômico, nos hospedamos em um hotel e participamos do jantar pré casamento num rodízio de pizza junto com todos os amigos e familiares.

O casamento foi de manhã. Tivemos que acordar cedo, tomar um café reforçado e nos arrumar meio correndo para não perder a hora. No fim deu tudo certo e a cerimônia foi linda demais! Chorei muito, me emocionei de verdade. Alias, eu e muitos dos nossos amigos. Foi impressionante dividir um momento tão especial de uma pessoa tão querida por todos.

Voltamos de viagem logo depois da recepção. Já tínhamos feito o check out antes de ir ao casamento então apenas trocamos de roupa, quem pode, e seguimos viagem de volta pra casa. A volta foi mais rápida, especialmente por que a Beca estava muito cansada e dormiu pouco depois de entrar no carro. Fizemos um única parada e conseguimos estar de volta em aproximadamente 4h.


Poucos dias depois foi o meu aniversário com o Taz. Comemoramos 15 anos juntos! Uau, isso é muito tempo!! Minha irmã me deu uma mão ficando com a Beca a noite para que nós dois pudéssemos sair pra jantar. Idealmente nós iríamos ao cinema mas não conseguimos chegar a tempo pra pegar a sessão que queríamos então ficamos apenas com o jantar e voltamos cedo pra casa.

Mas foi ótimo sair só eu e ele. Não temos muitas chances de fazer isso, a Rebeca não fica com qualquer um e eu não me sinto segura em deixa-la. Arrisquei deixar minha irmã colocar ela pra dormir, mas como era esperado a Beca ficou usando suas diversas desculpas para ficar acordada. O que não era um problema, na verdade. Pra ela também era uma novidade, um dia fora do comum então o importante era ela ficar tranquila, distraída e segura. E deu tudo certo!

No dia seguinte fomos ao Encontro Internacional de RPG que teve em SP. O evento fez parte de um programa muito maior que envolvia diversos eventos ligados a cultura Nerd, Geek e Otaku. Foi a primeira vez que levei a Beca em um evento tão grande e nesse sentido foi uma experiência legal.

No entanto eu tinha uma esperança de me divertir mais no evento. Passei muitos anos da minha adolescência indo ao EIRPG, quando ele ainda era anual. Era um dos pontos altos do meu ano, onde eu tinha chance de encontrar muitas pessoas queridas que não via com tanta frequência, além de jogar e conhecer pessoas novas. E durante muito tempo o EIRPG caiu no fim de semana do meu aniversário o que dava toda uma nova graça a história e eu aproveitava para fazer grandes festas.

E não foi nada disso que aconteceu. Poucos conhecidos foram, e era muito difícil se encontrar lá dentro pois o espaço era muito amplo. Eu não conseguia prestar atenção em nada além da Beca e ela não deixava a gente ver as coisas muito a fundo - até por que não tinha nenhuma programação para crianças. Eu passei o dia todo andando de um lado pro outro, me cansando, vendo a Beca ficar cansada, o Taz, e com a sensação de que estou muito velha pra esse tipo de coisa. Não teve como não perceber que o meu momento já passou. Mas valeu pela experiência, apesar de que no próximo ano não devo fazer isso de novo. Talvez quando a Beca tiver idade pra aproveitar a programação...

Estamos agora no meio do mês e a sensação que tenho é de cansaço. Marido já disse que depois dessas férias ele vai querer tirar férias, rs.

Termino meu relato contando que ontem tive minha "noite fora". Taz ficou com a Beca em casa e eu sai pra prestigiar minha amiga num concurso de Karaokê (que ela ganhou!). Minha irmã foi, o que foi ótimo pois também saímos bem pouco juntas. Foi uma noite divertida, emocionante, e terminou comigo dormindo fora de casa só pra variar um pouco.

Ufa! Bora pro round 2?

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Enfim, as férias!

Primeira semana de férias e eu numa ansiedade só!

Começamos nossa semana indo ao Shopping brincar. Essa escolha se deve a 2 fatores: estava chovendo e eu precisava fazer compras.

Com o marido doente, fui sozinha coma Beca e ela se mostrou uma excelente companhia. Compramos o que precisávamos,comprei o que não precisava tanto assim, tomamos um lanche (ela finalmente descobriu os prazeres dos lanches do MacDonalds e seus brinquedinhos) e brincamos nos brinquedos do Play. Foi divertido e não percebi o tempo passar.

Continuou chovendo na terça, mas ai ja ficamos em casa mesmo. Precisava de descanso e colocar a cabeça em ordem. No comecinho da noite tivemos a reunião de pais da escola da pequena. Fiquei muito contente e satisfeita de ter ido e do marido ter ido comigo. Sempre tenho essa sensação que ele não entende muito bem pra que serve a reunião de pais da escola pois ele acaba tendo essa postura de que elas não são necessárias se você confia na escola. E não é assim!

A reunião de pais é um momento em que a escola se prepara para apresentar o desenvolvimento das crianças. Eles fazem uma avaliação de cada um dos alunos, vendo os pontos onde eles tiveram maior facilidade e dificuldade e como desenvolveram e lidaram com sus dificuldades ao longo do tempo. É um espaço em que os pais podem ativamente participar do processo de formação dos filhos, se informando e questionando, tendo acesso a dados não só sobre o próprio filho mas sobre sua intereação com um grupo maior fora do ambiente familiar.

E dessa vez ele foi, nós pudemos conversar com a professora sobre alguns pontos que chamaram a atenção ao longo do semestre, como a recusa da beca em ir para a escola em alguns dias com medo que a professora brigasse com ela. Logo de cara eles falaram sobre como tem sido as atividades dentro da escola e qual o papel do material escolhido dentro dessa dinâmica, coisa que vinha me incomodando.

Sai de lá muito satisfeita e com mais um relatório para guardar. Espero que ela tenha tanto gosto quanto eu, ao chegar na vida adulta, de ter acesso a essas pequenas lembranças da infância.

Quarta feira foi dia de ficar em casa de novo, mas ai por que o marido estava muito mal de saúde. Me incomodou pois os planos eram outros, de terminar de comprar as coisas que faltavam para a pequena viagem que faremos na semana que vem.

Quinta feira foi um dia cheio, com consulta minha na psiquiatra pela manhã, compras e dentista da rebeca durante a tarde.

E foi uma quinta que começou muito cedo, pois Rebeca acabou acordando as 5h com a fralda vazando.

A consulta ao dentista foi ótima e só elogios. A dentista atende pelo nosso convênio, é muito simpática, atenciosa e conseguiu fazer a Beca se sentir a vontade. A consulta foi leve, Rebeca deu risada ao usar o aparelhinho para ter os dentes escovados, e saiu de lá de parabéns por não ter nenhuma cárie ou tártaro nos dentes. E eu sai de lá com a sensação de dever cumprido, de vitória por estar conseguindo ensinar minha filha bons hábitos.

Hoje é dia de continuar os preparativos para um fim de semana e feriado muito corrido e muito aguardado.

E as férias começaram assim...

E aí do seu lado, como foi essa semana?

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Festa Junina

Tudo aqui continua basicamente na mesma. Nenhuma mudança, nenhuma novidade. Nada.
Mas estamos chegando ao fim de mais um semestre escolar e ao voltar da escola amanhã Rebeca estará de férias.

Não estou fazendo grandes planos, já que não tenho como saber ainda quais serão as minhas condições financeiras no mês. Sei que vou evitar pegar encomendas de cupcakes em julho por que é realmente complicado me dedicar a esse trabalho com a Beca em casa. As traduções por outro lado não tem tanto problema então serão bem vindas. Mas viajar, passeios, isso vai depender de como a coisa se mostrar aqui. Não estou muito otimista.

E no ultimo fim de semana foi a festa junina da escola da Beca. Eles resolveram fazer a festa fora da escola, numa mini fazenda. Foi bacana, a Beca teve o primeiro contato dela, pasmem, com vários animais, como vacas, galinhas, patos, etc E se divertiu bastante brincando com os amiguinhos. Foi divertido. Caro, muito mais caro do que eu estava esperando, mas divertido.

Então fiquem com uma fotinha e aproveitem o friozinho desse começo de inverno. ^^


domingo, 16 de junho de 2013

Pra quem quiser falar...

essa foi a primeira semana desde que comecei o blog que não fiz nem um postizinho. Primeira. Mas é por que a vida esta assim... Mais ou menos na mesma.

Eu estou melhorando da minha fase hipomaníaca a base de trabalho. Das providências que acontecem na vida, sabem? Eu comecei a ficar muito mal, humor oscilando muito, insônia, e o trabalho começou a aparecer com mais frequência. Teve tradução pra fazer e várias encomendas de cupcakes, bolos para festas. E ajudou muito a voltar a cabeça para o hoje, o imediato, o que precisava ser feito.

Ainda não estou 100% não, mas ja melhorei muito. Voltei a dormir melhor, e mesmo quando acordo no meio da madrugada consigo voltar a dormir sem muita dificuldade.

Tem muita coisa ainda acontecendo e pra acontecer, acho. Talvez. espero que sim. Continuamos na mesma espectativa de antes, mas o que aconteceu foi que esse combo trabalho+ noites de sono tem me ajudado a lidar melhor com essa espera. Bom pra mim.

O Taz por outro lado tem sofrido cada dia mais. com o frio ele tem mais crises de rinite e sinusite além de resfriados e gripes constantes. Ai, dorme mal. Dorme mal, fica de mais mal humor, desanimado, deprimido mesmo. Ta ai, ele esta numa crise depressiva que se agrava novamente, alimentada por essa ansiedade.

Ai, claro, ele deprimido, eu em mania, brigamos mais, nos desentendemos, fazemos as pazes, damos um jeito de passar por esse período da melhor forma. E esperamos que as coisas boas cheguem logo, até pra termos um pouco de paz.

Rebeca, ainda bem, anda meio alheia a tudo isso. Vai a escola, brinca, fica com os avós, assiste desenho. Tenta ficar próxima o máximo que dá, especialmente de mim. Chegou a ter uma "dor de barriga" e pedir pra ficar em casa comigo na véspera do ultimo feriado pois eu tinha passado a manhã trabalhando sem dar atenção a ela. E tudo bem, né?

Ela tem se alimentado bem, naquele esquema de um dia come mais por ser coisas que gosta, outros come menos, e eu vou procurando dosar o que vai no prato dela. Fim de semana é liberado, mas durante a semana sem doces, mais legumes e frutas, sucos e muita água.

Na ultima vez que ficou doente perdeu um pouco de peso e não parece ter recuperado ainda. E continua crescendo a olhos vistos.

Esta cada dia mais esperta, mais atenta, mais danada. Temos que tomar muito mais cuidado com o que falamos na frente dela e como nos comportamos uns com os outros pois ela agora repete nossos comportamentos ainda sem saber que esta fazendo algo errado. Tem ficado muito muito mandona e chegou a soltar um "eu que mando nessa casa" dando uma total sensação de dejavu na família.

Também soltou um "mas você é burra vó" pra minha mãe num contexto em que ela sempre ouve minha mãe xingar a si mesma. Rebeca foi mais rápida e eu tive que repreender ainda mais rapidamente e acho que não fiz isso muito bem. Percebo que ela tem sentido um pouco mais a tensão entre minha mãe e eu e isso me preocupa muito pois não é algo que eu consiga mudar pois não é um comportamento racional. É uma reação quase instintiva pelo meu lado. E tenho medo sim desse péssimo exemplo começar a ser passado adiante...

Mas apesar desses incidentes, que são bem raros,acredito que nosso saldo seja positivo.

E vamos continuar esperando, ansiosos. E com isso pode ser que eu demore um pouco mais pra postar alguma coisa. Mas vocês esperam né?

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Tantas coisas para dizer...

Sabem quando você esta doido pra falar sobre um assunto mas não pode?

Estou assim.

Agitada, ansiosa, chego a ficar com insônia e me conter, como já contei. E fico sem ter o que escrever...

Acho que vou voltar com a lista de coisas sobre mim até as coisas se ajeitarem por aqui. E com minha retrospectiva, né?

Mas por hoje só desejo um bom final de semana e paciência, muita paciência!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Cena do dia a dia

Cena:
Eu - Filha, assim você fica resfriada...
Beca - Igual o homem aranha mãe?
Eu - O homem aranha?
Beca - É, ele ficou resfiado e com catarro preto e o catarro virou o homem aranha preto!
Eu - Hã?
Taz - Ela tava assistindo homem aranha comigo e o homem aranha estava resfriado. E nesse episódio aparece o Venon...

Ou seja, o Venon foi reduzido a uma meleca preta... Aff

segunda-feira, 27 de maio de 2013

E a retrospectiva não terminou... Mas o aniversário passou.

Sábado foi meu aniversário e eu acabei não conseguindo terminar minha retrospectiva antes dele. A semana passada foi uma semana muito corrida e muito estressante. Voltei a ter insônia, uma crise de hipomania, e estou me recuperando dela aos poucos.

Saldo positivo no entanto. A festa foi aqui em casa e foi bem divertida. Podia ter sido melhor é verdade, mas foi legal. Só estou sentindo falta de todas as minhas outras comemorações... Então devo dar uma esticada essa semana e fazer outros programinhas... E isso faz parte da minha normalidade.

O resultado da hipomania foi uma semana de trabalho nada rentável e 2 compras não programadas pela internet, mas de valores bem baixos. (Ufa!)

Minha segunda foi lenta, acabei passando a manhã na cama com um resfriado resultante do fim de semana agitado e da queda abrupta de temperatura na madrugada de domingo pra segunda aqui em SP. Mas foi bom passar o dia na cama. Descansei bastante e consegui trabalhar bem e me sinto renovada.

Preciso de uns 3 dias desses pra curar-me da alta excessiva no humor. Mas tenho uma filha que não me permite esse luxo, sabem como é né?

Vou tentar terminar minha retrospectiva um pouco atrasada então, ao longo dessa semana. Continuem acompanhando, ok?

Boa semaninha curta pra vocês!


Meu bolo!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Continuando, minha história....

...Contei um pouco de como foi minha primeira infância. Agora chego no momento em que minha vida começou a mudar. Eu tinha 8 anos...

Mas a verdade é que não sei bem como continuar essa história.

Não bastaria dizer que as coisas mudaram?

Mas ai vem a pergunta: mudaram como?

Bom, começo por dizer que meus melhores amigos saíram da escola. Ficamos eu e um amigo e mesmo assim, eu, estigmatizada pela questão do peso, problema esse que nós compartilhávamos, me afastei com medo das gozações.

Nessa época começamos a ter problemas aqui em casa e eu não saberia quantificar o quanto e como isso afetou meu comportamento. Mas eu acho que muito, demais. Talvez tenham sido esses problemas em casa o real motivo da mudança.

Sei que me tornei bem mais tímida. Fiquei bem mais triste também. eu que antes tinha tantos amigos de repente me via lutando para manter alguns poucos, mas bons amigos. De um ano pro outro, eu que antes era uma menina popular deixei de ser. E era muito azucrinada pelos meninos e meninas novas que estavam em sala.

Eu fazia ginástica nessa época e natação e as gozações nesse outro ambiente também eram frequentes. E com isso eu entrei num ciclo  muito comum a todos os bipolares (apesar de não saber dizer se isso ja era um sintoma da doença ou não) que é o de desistir das coisas no meio, sem terminar.

Desisti da natação e da ginástica, coisas que eu adorava. Mas desisti.

Comecei a fazer piano. E eu era muito muito boa nisso, tinha muita facilidade e uma ótima noção de ritmo. Mas quando a pressão começou a aumentar, quando minha professora teve que se ausentar por alguns meses e deixou no lugar outro professor não tão compreensivo com minha forma pouco ortodoxa de fazer as coisas, pronto. Estava feito o estrago. E eu acabei desistindo também.

Nesse ponto a minha autoestima já estava muito comprometida e a verdade é que as coisas só pioraram. Eu fui me fechando cada vez mais para o mundo, socializando menos, ficando com mais vergonha de mim mesma.

Eu me refugiava em casa com minha irmã e jogando vídeo game.

Quando sai da escola da quarta para a quinta série existia uma grande esperança de que ao voltar a estudar na mesma escola que minha irmã as coisas melhorariam. Mas foi o oposto. eu era muito mais estigmatizada na nova escola, pelos novos colegas. Além de ser gordinha eu era a chamada CDF que ia bem em tudo. Nerd mesmo. E não consegui fazer amigos.

Eu passava os recreios na biblioteca da escola. O sentimento que tinha era de querer que aquelas horas n escola passassem logo. Era de querer sumir, de chamar pouca atenção. Eu estava virando um pré-adolescente e nessa época eu claramente estava deprimida.

Houveram algumas poucas inciativas das outras crianças da escola de se enturmarem comigo. Mas eu já não tinha tanto pique e nós já éramos muito diferentes. Meus interesses já divergiam totalmente da massa.

Em casa entramos num período ainda mais negro pois eu como adolescente deixei de ser tão passiva e passei a discutir muito, com todos e sobre tudo. Não aceitava as coisas sem explicação e nem fazer o que não tinha vontade. Entrei de vez na tal adolescência num período crítico dos problemas que vivíamos por aqui e então que meu refúgio se tornaram o computador, o vídeo game e as madrugadas.

Eu ja apresentava muita dificuldade pra dormir.

Um dos grandes problemas pra mim nessa época foi o fato de meus pais não enxergarem o meu comportamento como um problema médico. eles não reconheciam a depressão e creditavam tudo a minha idade e ao tempo excessivo na frente da tv.

Mas eu estava doente e precisava de ajuda.

Passei 2 anos inteiros assim. Nas férias eu ia para SPAs tentar emagrecer, com o sonho de que uma grande mágica se fizesse e eu voltasse para a aula no ano seguinte como outra pessoa. Uma pessoa de quem as outras crianças não iriam atormentar e teria amigos.

Isso claro não acontecia e depois de algumas semanas no SPA eu entrava numa depressão profunda e ligava para os meus pais desesperada para voltar para casa.

Quando entrei na 7ª série eu tive minha primeira virada. Foi algo um tanto proprosital. Eu tinha tido uma expriência com adolescentes mais velhos nas ´férias de julho do ano anterior e comecei a escrever contos eróticos e distribuir ara meus colegas de sala lerem. e de repente passei a ser reconhecida de uma forma não tão ruim assim, na minha visão na época. Então quando cheguei na quinta série eu decidi que eu seria essa pessoa: bad girl.

Eu ia com roupas provantes pra escola. Quando eu ia, pois eu matava aula com frequência. Escrevia textos eróticos, falava de forma insinuantes, tudo tinha uma segunda intenção. Fazia projetos provocativos na aula de artes. Eu aprendi que chamar a atenção era uma arma muito melhor que ficar no meu canto. e eu tinha a sensação de controle sobre a reação dos outros.

Em casa eu brincava com as crianças do meu prédio, mas pouco. Ficava muito mais tempo em casa, na frente da tv comendo porcarias. Mas conheci os maus elementos do préido e foi com eles que comecei a andar. Eu estava criando uma má fama pra mim mesma propositalmente e parecia fazer sentido alimentar isso fora da escola também.

Mas por dentro eu sofria o tempo todo. Sentia uma dor constante. Brigava muito, chorava quase todos os dias. Quando a coisa ficava feia mesmo eu usava uma gilete para me cortar. Era uma forma que eu tinha de colocar pra fora e tentar mostrar a dor que eu estava sentindo. De ver se a dor física de alguma forma podia ser mais forte que a dor interna que eu sentia e me corroía.

No meio do ano cheguei ao meu limite. Meus pais procuraram finalmente me levar ao médico, um psiquiatra, que me diagnosticou com facilidade com PMD - Psicose Maniaco Depressiva -  e me medicou com antidepressivos.

Eu acabei largando a escola depois de criar um projeto de artes um tanto quanto polêmico.

Eu tinha 13 anos. Não tomei os remédios por mais de um mês e parei.

A partir dai minhas lembranças são muito confusas. Não consigo mais saber com exatidão a ordem dos acontecimentos. Eu mudei de escola diversas vezes. Nós nos mudamos de casa pelo menos 2 vezes.
Eu comecei a melhorar quando meus pais insistiram que minha irmã me incluisse no grupo de amigos dela, de RPG e me levassem com eles nos programas.

Nessa época eu me senti fazendo parte de algo. me senti fazendo amigos de verdade pela primeira vez. Senti que gostavam de mim. era bom e meu deu um rumo de onde procurar pertencer.

Comecei a ir com minha prima  econtrar esse grupo que jogava RPG onde minha irmã ia. Eu gostava do jogo, me divertia, e foi ali que me senti em casa pela primeira vez em anos. Fiz amigos de verdade, e passei a ir para esse local todos os fins de semana.

Quando eu matava aula era pra lá que eu ia também. era o meu refúgio.

Aos 14 anos eu ja era uma adolescente com um comportamento bem avançado. Saia de casa na sexta a noite, sábado de dia, passava as madrugadas em bares e baladas e voltava apenas de manhã. Outras vezes chamava meu pai para ir me buscar. Muitas e muitas vezes eu chamava meus amigos para irem jogar RPG em casa e nos apertávamos em 12, 15 pessoas dentro do meu quarto.

Mas eu era feliz, na maior parte do tempo.

Eu tinha mudanças de humor sim, e isso era frequente, mas elas não eram tão fortes. Acabou virando parte da minha personalidade, uma piada até, mas com que meus novos amigos conviviam com facilidade. Afinal, todos éramos adolescentes, párias de outros meios. Nos reconhecíamos nas nossas diferenças.

E tudo era muito intenso. As paixões, as brigas, as amizades.

Foi nesse meio que conheci o Taz, hoje meu marido. Nós nos tornamos amigos e assim permanecemos por 2 anos antes de começarmos a namorar. Ficamos juntos pela primeira vez pouco depois do meu aniversário de 16 anos e não nos separamos mais.

E ai começou uma nova fase da minha vida...

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Semana de aniversário - 31 anos em 5 dias, ou algo assim

Final de semana que vem é meu aniversário. Completo 31 primaveras da forma de que gosto, entre família e amigos, com muita comida boa. Coisa de italianos, sabem?

Não sei se vou conseguir escrever todos os dias, mas vou tentar resumir nessa semana essa experiência doida que tem sido minha vida para, quem sabe daqui 30, 60 anos,eu ter com o que comparar.

Vou começar a história com aquelas lendas da vida, de que eu sempre fui muito apressada. Tão apressada que resolvi nascer de 7 meses. Minha mãe conta que eu cabia em uma caixa de sapato masculino. E contam meus pais que um olhou pro outro e disse "ela parece com você!" tal era a carinha de rato que eu tinha.

Demorei 1 mês pra sair do hospital pois não ganhava peso de jeito nenhum. Começou ai uma neurose por parte dos meus pais em me fazer ganhar peso, então minha mãe me dava de mamar e ainda complementava com leite em pó pois alguém disse a ela que eu tinha que ganhar 30gr por mamada. Sim, eles me pesavam antes e depois. E sim, depois de mamar no peito e a mamadeira inteira eu vomitava tudo no primeiro colo que se presasse a me fazer arrotar.

Obviamente eu passei dessa fase muito bem, obrigada. Cresci, ganhei peso e me tornei uma criança bem normal. Do que me lembro da minha infância, isso já lá entre 3 e 4 anos de idade, fui bem feliz por um bom tempo.

Tinha muitos amigos que migraram comigo do berçário para o jardim da infância da escola ao lado. Uma dessas amigas eu mantenho um certo contato até hoje, mesmo que a distância. E ela me entende como ninguém.

Tenho poucas lembranças da fase do maternal. Lembro do gosto de um macarrão que foi feito numa festinha da escola, que estava ruim, muito ruim, e cheio de coloral. Não gosto de coloral até hoje por causa disso, acredito. Lembro de uma casinha de bonecas que tinha na escola onde brincávamos na hora do recreio. Lembro de quase sempre escolher as brincadeiras e ser mandona desde sempre. Ok, não sei o quanto lembro disso e o quanto sou influenciada pelo relatório de uma professora minha dessa época que meus pais tem guardado até hoje. Mas acredito.

Lembro de uns amiguinhos estarem zoando com a minha cara e me provocando, isso gerar uma discussão e eles darem com uma daquelas peneiras grandes no meu rosto - tipo do ditado tapar o sol com a peneira? - e eu chorar muito. Lembro de ser provocada, sim, desde pequena por causa do peso...

As duas escolas que frequentei em minha primeira infância eram no modelo socio-construtivista e tinham um esquema bem experimental. Altos dos anos 80, tínhamos muita liberdade para brincar e criar e explorar.

Quando entrei para o Jardim conheci minha primeira paixão. Pois é, eu lá com meus 5 aninhos toda encantada por um menininho da minha sala. Ela era lindo! Cabelos bem pretos, olhos verdes claros, covinhas que apareciam a cada sorriso e que sorriso! Eu adorava ele demais!

Só que isso aconteceu, pobre de mim e minha precocidade, naquela fase em que meninos e meninas não se dão tão bem. E ele me provocava. Eis que ganhamos então nossos apelidos - Mônica e Cebolinha. E claro que ai as provocações sobre o peso aumentaram.

Isso rendeu muitas brincadeiras. Nos tornamos bons amigos, ele frequentava minha casa e eu a dele. Na escola nós fomos quase lideres das facções feminina e masculina. E sempre, sempre, éramos o casalzinho.

O ano passou, nós começamos a crescer. Eu aprendi coisas mais cedo que o resto da minha turma, como sobre de onde vem os bebes e como eles são feitos (sem riqueza de detalhes) e contei pra minha sala toda. Eu fui a Mônica, a Sheha, e todas as mocinhas dos desenhos animados da época.

Além dele, tinha minha amiga inseparável - essa que converso até hoje - e mais um grande amigo. Eramos sempre os 4 juntos. Era muito bom!

Outra coisa que eu sofri muito, por que criança tem imaginação fértil e acredita em tudo, foi com as armadilhas que ele preparava pra mim. Ele dizia que prepara as armadilhas no parque em volta da escola (um jardim enorme que envolvia todo o prédio da escola) e que eu iria cair e me machucar. Eu acreditava e não queria nem ira pra escola, com medo. Medo tal que meus pais ficaram preocupados e foram até descobrir do que eu estava falando. Se acalmaram quando descobriram que as tais armadilhas não passavam de buracos feitos na areia com as mãos, na profundidade de um pé de criança.

Eles se acalmaram, eu demorei mais quase um ano pra perder o medo mesmo.

Quando alcancei a primeira série a minha história começou a mudar. Eu tinha ganhado bastante peso e as outras crianças se tornaram um pouco mais cruéis e de repente de líder das meninas eu fui ganhando outro estigma. E pra ajudar, comecei a apanhar de um menino que queria se auto afirmar na escola nova e tinha ouvido falar que eu era "a boa" e, pelo que sei, ele viu ai uma forma de aparecer e ganhar respeito.

Outros fatores, problemas em casa, foram então cruciais para que eu mudasse meu comportamento e começasse a me tornar cada vez mais reclusa, tímida e bem mais frágil. Minha irmã assumiu ai um papel importante, me protegendo de ameaças, me incentivando a continuar socializando e estando ao meu lado.

Quando passei da primeira para a segunda série minha vida mudou de vez. Eu já não era mais a mesma menina. Meu amiguinho por quem eu era apaixonada saiu da escola e muitos alunos novos entraram em cena. E minha vida nunca mais foi a mesma...

Continua...

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Papo de Mãe sobre bipolaridade nesse Domingo

Papo de mãe nesse Domingo sobre Transtorno Bipolar na infância e adolescência,
O Programa vai ao ar as 15h45 no canal TV Brasil.
Para saber mais, acesse o blog do programa clicando AQUI

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Hipomania a gente vê por aqui...

Essa semana tive um gatilho daqueles fortes. Gatilho é aquele impulso inicial que nos leva a sentir alguma coisa, no caso. E para bipolares significa o evento que levou a uma mudança de humor, seja para uma fase depressiva seja para uma fase de mania.

Dai que esse gatilho me deixou mais "alegrinha". Não, sério, to sendo super modesta, to um tanto fora do eixo.

Não perdi completamente o controle, mas estou sofrendo de insônia, coisa que não acontecia há anos. Durmo e acordo no meio da madrugada e tenho muita dificuldade de voltar a dormir. Por sorte tenho a chance de dormir até mais tarde enquanto esses episódios não se resolvem, e acredito que seja exatamente isso que me mantém num certo controle.

Mas é difícil, como eu sempre imaginei que seria, ter filho pequeno e sofrer de insônia. Por que mesmo voltando a dormir não é como dormir direto. E eu durmo mais umas 2 horas no máximo, um sono agitado, diferente, pouco reparador. E a Beca não entende nada disso né?

Fico mais no limite e tenho dificuldade de me expressar além do normal. A paciência que é um dos meus pontos fortes vai pra longe e eu não consigo lidar com situações rotineiras da forma como acredito e procuro praticar sempre.

Não me entendam mal. Eu nem cheguei a gritar com a Beca nem nada do gênero. Nem perto disso. Mas fui mais enfática e dei muito menos explicações do que ela precisa e esta acostumada a ter. As vezes não consegui dar explicação alguma, só mandei e pronto.

Sabendo dessa dificuldade eu estou abusando da ajuda alheia e tentando relevar o máximo do comportamento dela. Abuso da ajuda da TV e do computador também, admito. E como ela gosta de ver videos de música no computador e é algo que eu sempre faço comigo do lado dela, com ela no meu colo, as vezes cantando junto (quando ela não reclama que eu cante) é por ai mesmo.

Do jeito que as coisas estão hoje sei que tudo que eu preciso são de algumas boas noites de sono, talvez um dia de folga pra extravasar mesmo.

E tomara que isso passe logo e sem muitos revezes...

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Ser criança é simples

Esse fim de semana temos o aniversário do filho de uma amiga muito querida pra ir. Daquelas pessoas que você gostaria de ter mais perto mas que não consegue, sabe?

O aniversário é temático, super heróis. e pra animar a festa minha amiga sugeriu que as crianças fossem fantasiadas como super heróis também.

E nós estamos completamente sem grana. Mas ok, a ideia parecia divertida, e eu pensei que valia a pena investir numa fantasia. Mas não deu.

Só que eu já tinha falado pra Beca que eu ia conseguir a fantasia e ela tinha até escolhido o super herói que queria. Estava toda animada.

Então tive que falar com ela que não pude comprar a fantasia. Mas enquanto fazia isso tive a ideia:

-- Filha, mamãe não vai poder comprar a fantasia... Mas que tal se a gente pegasse aquela camiseta do papai e transformasse num vestido pra você ir pra festa?
-- Mesmo? Num vestido? Então vamos!

E levantou correndo do sofá, indo pro quarto atrás da tal camiseta.

Colocamos um cinto e pronto, lá estava minha "menina aranha". Dançando em frente ao espelho, contente que só ela.

Tenho certeza que nem sempre vai ser simples assim. Conforme a gente cresce aprendemos a complicar as coisas.

Mas estou feliz que hoje fazer minha filha feliz foi algo simples como colocar um cinto em uma camiseta tamanho XG do personagem que ela gosta.

domingo, 5 de maio de 2013

Dos bons fins de semana que temos tido

Hoje é domingo e é o primeiro domingo no último mês que ficamos em casa. Isso por que Rebeca está com sinusite, com enjoos e um pouco de febre. Ai não dá, tem que ficar de molho mesmo não querendo.

Mas depois de 3 anos e 7 meses de maternidade real já não entramos em desespero por causa dessas coisas. Ficamos preocupados sim, e eu fico apreensiva e arisca, é verdade. Mas não mais desesperados. Em poucos dias ela vai estar melhor e de volta a a rotina. Acho até que vai dar pra curtir o próximo fim de semana já, quem sabe?

Mas era dos nosso fins de semana que eu queria falar. Por que eles tem sido muito bons, sabem? E acho legal poder compartilhar as coisas boas também.

Desde que minha cunhada teve bebê em circunstâncias irregulares, há um mês atrás, Taz sugeriu e nós acatamos, de pegar nosso sobrinho, filho mais velho e sofrendo com ciúmes da irmã, e trazê-lo para passar o domingo conosco.

Antes disso ele, Taz, como contei, voltou a sair com a Rebeca com mais frequência para ela brincar no parque e coisas assim e eu me juntei a eles. E nessa onda, juntamos nosso sobrinho em nossos passeios de domingo.

E descobrimos algo muito legal: o teatro!

Rebeca já havia ido no teatro 2 vezes no ano passado e gosta muito desse tipo de passeio. Meu sobrinho nunca tinha ido e resolvemos dar a ele essa oportunidade. E encontramos um teatro bacana, bem em conta, e com um grupo muito talentoso. Foi amor a primeira ida!

Meu sobrinho adorou, tanto que até participou e subiu no palco numa peça mais interativa. Rebeca então nem se fala.

E assim, como quem não quer nada, estamos estabelecendo novas rotinas, divertidas, melhor que ficar na frente da tv dentro de casa. Unimos um programa cultural a delícia que é estar em família. Recomendo!

Esse domingo não faremos isso e sei que vai fazer falta. Mas tudo bem. Por que agora aprendemos o caminho das pedras.

E vocês, o que gostam de fazer nos domingos?

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Voltando a falar sobre o peso - As mudanças


É muito difícil lidar com esse assunto, sabe? Por que eu sei que a Beca ta gordinha. E isso foi uma mudança que aconteceu de Julho do ano passado pra cá -antes disso ela tinha um peso adequado para sua altura e um ganho de pesoXtempo também adequado. Ai, bom, ai alguma coisa mudou muito! E ela ganhou muito peso num espaço de tempo muito curto. E isso vem se mantendo nos últimos meses.

E ai, como lidar? Por que eu acho mega importante controlar o peso dela agora até pra ela não ter problemas graves no futuro - sejam físicos ou emocionais - mas como fazer isso sem minar a auto estima dela e nem plantar a sementinha das disfunções mais sérias ou da pura neurose com o peso?

Eu não acho que ela deve se preocupar com o fato de estar gorda ou magra. Não que não seja importante, claro que é. Mas não acho que deva ser ela a se preocupar com isso e sim eu. Entende?

Penso muito naquela história de dar o exemplo, de dar oportunidades diferentes e incentivar e cobrar uma postura mais saudável. Pra mim isso tudo é muito difícil.

Mas ser difícil não significa impossível, e não é motivo pra não fazer, pelo contrário.

Pelo que tenho lido é um consenso claro entre os médicos e nutricionistas que cuidam de crianças com sobrepeso que a mudança precisa ser feita na família inteira e não só na criança. Até por que não é a criança que escolhe, ela é o produto de um meio.

Ai eu pensei muito, e venho conversando com o Taz, das atitudes que a gente pode tomar.

Primeiro que eu tento observar bem a Rebeca: será que ela gosta mesmo de ficar em casa e comer pipoca assistindo filme ou será que se eu der a alternativa mais ativa, como ir brincar no parque, ela não vai preferir a segunda?

Então algumas atitudes a gente vem mudando, por exemplo:

Comecei parando de cobrar que ela coma toda a comida do prato. Cobro que ela coma um pouco de tudo, mas não precisa raspar o prato. Isso por que muitas vezes eu coloco mais comida do que deveria mesmo e varias vezes eu via que ela parava de comer e começava a brincar com a comida, desinteressada.

Tenho tentado colocar menos comida no prato dela também. Com isso fui atrás de informações pra saber quanto de cada coisa ela "deveria" comer e tento seguir isso. Agora tem dias que ela nem come tudo, tem dias que ela pede mais. Depende do cardápio mesmo. E tem dias que eu percebo que ela só quer continuar comendo por que esta gostoso então eu dou uma cortada e digo que ela pode comer mais no jantar, se quiser.


Eu mandava um lanche muito grande pra ela na escola também, e cheguei a receber um bilhete falando que ela não vinha comendo toda a comida. A Beca mesmo contou que a tia na escola "brigou" com ela pois ela não queria comer e sim brincar. La fui eu escrever bilhete pra professora e cobrar que o Taz se posicionasse, explicando que ela almoça bem antes de sair de casa e que não vemos nenhum problema se ela não quiser tomar o lanche na escola. Que conversei com ela pra ela não atrapalhar os coleguinhas. Que é importante que ela coma a fruta, mas que se não quiser comer o restante do lanche que eles por favor não insistam.

E passei a mandar menos coisa de lanche também.

Tenho explicado pra ela o valor dos alimentos - que é importante tomar suco e comer frutas pois elas tem vitaminas que ajudam o corpo a ficar forte contra os dodóis, que da energia pra ela brincar, essas coisas. Que legumes e verduras também tem vitaminas, tem minerais, que essas coisas são o que fazem o corpo dela funcionar direitinho, e por ai vai.

Coloquei ela no balé e ela tem gostado muito. O dia que ela mais gosta de ir a escola é o dia da educação física. Quero muito colocar ela na natação pois acho que ela vai gostar muito. Com isso ela vai ter uma atividade física pelo menos 4 vezes por semana.

Outra mudança que tenho cobrado e tem funcionada nas ultimas semanas é de sair mais com ela pra ir ao parque. Quem faz isso é o Taz. Pelo menos 4 dias da semana ele sai com ela pra brincar fora de casa. Nos últimos finais de semana eu fui junto, levamos meu sobrinho, foi muito bom pra todos nós.

E por fim tenho tentado evitar mais os industrializados, fazendo sucos em casa, bolo, incentivando que ela coma mais frutas, e guardando as besteiras para os fins de semana. Isso inclui a massa, que eu quero ver se consigo deixar para apenas 1 dia por semana.

O resultado é que, aparentemente, esse mês ela já não ganhou tanto peso, e esta mais ativa.

Enfim, acho que temos que nos preocupar sim. Em especial, como minha irmã disse numa outra vez, mostrar pra ela que se mexer, correr, andar de bicicleta, são coisas divertidas. Sem neuras, naturalmente. Por que ela esta se construindo agora, né? O que ela aprender agora, as experiência que ela tiver hoje, vão ser os exemplos que ela vai levar pra vida toda.

Bom, é um começo. Acho que estou num bom caminho, o negócio é não parar!

E vocês, como lidam com essas coisas?