De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

sexta-feira, 8 de março de 2013

Eu - Mãe - Mulher

Não sou diferente de você.

Ok, diferente sim, por que ninguém é igual. Mas mesmo assim, tem tanta coisa parecida, não?

Eu me preocupo todos os dias com o tipo de exemplo que eu estou dando pra minha filha. Acho que pra ela, sou sim, especial. E faço valer todo dia essa imagem, por que afinal ela não vai durar pra sempre.

Eu faço a comida quando posso por que gosto. Adoro cozinhar, me traz uma sensação de paz, controle e satisfação pessoal muito grande. Pra mim poucas coisas se igualam a alguém comer - e gostar! - o que eu preparo.

Sempre que eu deixo Rebeca me ajuda na cozinha. Ela sempre pede, quer ficar perto, ver, aprender. Nem sempre eu estou com cabeça pra isso, admito, mas nas vezes que permito esse contato o resultado é sempre positivo! Ela fica feliz, da risada, e participa de algo que pra mim é muito bom.

Sempre que deixamos também, ela gosta de ajudar a lavar a louça. Nessas horas o exemplo não é meu e sim do meu pai, na maioria das vezes. Ele aceita a companhia dela ao seu lado, de pé em uma cadeira, e da a ela o que fazer, enxaguando utensílios de alumínio e de plástico.

Quando ela sai pra escola e pede que eu vá com ela eu explico: "Mamãe não pode ir hoje pois precisa trabalhar." E ela entende dentro da sua compreensão de criança de 3 anos, que naquelas horas eu não vou poder estar com ela.

Ela vê o pai sair para trabalhar todos os dias, e voltar. é com ele que ela toma banho quase todos os dias, é ele quem escova seus dentes e coloca uma fralda na hora de ela dormir.

As vezes eu saio a noite para ver os amigos e ela fica com ele em casa. Outras sou eu quem fico e ele quem sai. Revezamos, como em quase tudo.

Ela tem muita dificuldade em aceitar o trabalho da avó, mas é por que ela a ama muito e queria que brincassem juntas o dia todo. Mas contrariada mesmo ela aceita.

Espero que com os anos essas rotinas sejam assimiladas por ela: escola, trabalho, diversão, colaboração. E espero que ela perceba que isso faz parte da rotina de todos nós, que não existe um papel determinado por gênero. No máximo por vocação, mas nunca por gênero.

Na hora de brincar a gente brinca de tudo, carrinho, boneca, princesa e príncipe. Brinca do que tem vontade. E admito que vivo falando como quem não quer nada: "Não existe brinquedo de menino nem de menina, ok? Você pode brincar do que quiser. Você pode ser o que você quiser."

Não sei se ela presta atenção, mas espero que com a repetição isso entre bem fundo. Não só na cabeça, mas no coração.

Ela mostra que tem personalidade forte e que tem seus próprios gostos. Gosta de dançar e esta radiante por estar fazendo balé na escola. Gosta de usar vestidos, de cor de rosa, mas acho que mais que tudo isso, ela gosta de agradar e receber elogios, como toda criança.

Gosta de maquiagem, pintar as unhas e de sapatos. Gosta de correr, brincar de pega pega, esconde esconde e de nadar na piscina se a água não estiver gelada.

E como mãe a minha luta é permitir que ela vivencie tudo isso e que quando quiser se definir se defina por seus gostos, sua personalidade, suas aptidões. E que ela saiba que ser feminina não é errado não. Que ela não precisa ser masculina pra ser tratada com respeito, ser igual.

Por que no fundo, somos todos iguais. Somos todos humanos. E queremos e merecemos as mesmas coisas:
Respeito, Dignidade, Escolha, Igualdade.

Pra pensar né?
E você, que exemplos você da ao seu filho?

4 comentários:

  1. Ai, Di! Quanto tempo!!!

    Eu falei sobre isso agora mesmo no meu blog. É um tom meio revoltado, mas, querendo dizer o mesmo que você disse aqui.

    Concordo muito com você, sexismo é triste.
    Que nossas meninas saibam que podem escolher o que quiser, seja o rosa ou o azul, o roxo ou o preto.
    Que não existe nada pré-determinado nem pré-definido. O que existem são pré-conceitos.

    Beijos!

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  2. Bom dia!!! Maravilha sua rotina com sua filhota...tento ao máximo nas horas que consigo ser o que não posso ser em momentos de crise e tento compensá-la com o que tenho consciencia de que quando estou mal tiro de minha princesa ou muitas vezes ela sofre indiretamente também. Tento com uma culpa imensa compensá-la do que não consigo ser em momentos fora do equilibrio. Me inspiro demais no seu blog e espero que eu consiga....

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  3. Liam ainda não entende tanto as coisas, mas eu ja procuro fazer tudo pensndo nele, pensando que ele vai repetir e preciso ser um exemplo pra ele assim como o pai também tem que ser =)

    Aqui em casa dividimos tarefas, não por gênero também, mas cada um escolheu fazer o que agrada mais e assim todo mundo ficou feliz!

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  4. oi, deixei selinho pra você.
    bjs
    andrea, mamãe da manu e da mari
    manias de ser mãe

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Ai, que bom que você veio! Puxe uma cadeira,sente-se no chão e sinta-se na casa alheia.^^ Mas me da um toque :P