De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O famigerado não, o castigo e o mimo

Hoje minha mãe chamou minha atenção sobre estar falando não demais com a Beca. Era uma crítica, clara, e a minha primeira reação é me defender e bater o pé na minha conduta. No fim concordei com o que ela estava sugerindo - de que existem outras formas de lidar com as mal criações da Beca. Com certeza ela deve ter achado que eu concordei apenas para terminar o assunto, mas não foi. Me fez pensar.

Beca está a 10 dias de completar 3 anos. Mais um enorme marco na vida dela. Estamos eu e ela na ansiedade pela festinha, eu me organizando pra fazer a festa acontecer e ela pedindo coisas. E muita coisa mudou nesse ultimo ano de vida dela. Nos últimos 2 ou 3 meses então, nem se fala. O crescimento desacelerou um pouco e com isso ela até deu uma engordadinho durante o inverno, shame on me. Mas enquanto seu corpo desacelerou a capacidade de compreensão e comunicação parece ter explodido em possibilidades!

Rebeca agora começa as frases como eu: "Sabe mãe..."

Rebeca consegue explicar o que quer cada vez com mais detalhes: "Pega o meu papai noel pra mim, por favor? Ali em cima do armário!"

Rebeca entende piadas! "Ai mãe, você é engraçada!" e dá risada! (Filha, que bom que você ainda me acha engraçada, pura prova de amor, sou péssima contadora de piadas, mas um dia você vai saber disso)

E Rebeca não gosta de ser contrariada. Tem um gênio só dela, parte de sua personalidade. E é mimada, vejam bem, sei disso. É mimada por mim, pelo pai, principalmente pelos avós. E ai entra a parte do não.

"Rebeca, não pega comida da travessa com a mão!"
"Rebeca, não pula na cama depois de comer!"
"Rebeca, não desenha no braço filha, desenha no papel!"

E por ai vai.

Mesmo quando a palavra não está apenas subentendida, como em "Filha, fica aqui comigo que sua vó já volta" a coisa complica. Tudo que vai contra a vontade dela, o imediatismo, é um possível conflito. E como ela lida com isso? Me assoprando. Como se mostrasse a língua, mas só assoprando e fazendo barulho. Brava mesmo. Numa manifestação de desagrado, frustração e desafio. Sim, desafio pois na maioria das vezes isso é apenas o sinal de que ela vai dar continuidade ao que estava fazendo.

Ai eu brigo com ela, chamo atenção num tom mais áspero, digo que se fizer de novo vou colocar de castigo numa clara forma de dar chance a ela de fazer o que estou falando.

Eu não sou muito de colocar de castigo. Prefiro o diálogo pois eu fui criada assim. E, de fato quando o diálogo acontece e funciona, tudo corre bem. Rebeca responde bem ao diálogo e costuma mudar de atitude. Mas nem sempre.

Conheço muita gente que na primeira "assoprada" já tinha dado-lhe uns tapas na bunda pra aprender. Eu não. Nunca. Bater definitivamente só ensina a bater de volta. Vide o fato de que quem defende a palmada educativa sempre conta que  "eu apanhei quando criança e fiquei muito bem". Certo... Senta lá, Claudia...

Mas sou a favor de castigo e de disciplina. Acho que criança tem que aprender a respeitar os outros sim, e deve aprender que os atos tem consequências. 1 minuto de castigo pra cada ano de vida da criança. Sem violência, sem gritos.

Nem todas as vezes que falo não eu precisaria fazer isso. eu concordo com a minha mãe nisso. Li inclusive e acredito que o reforço positivo é muito mais eficaz na hora de educar os filhos. Dar alternativas ao comportamento inadequado, mostrando que a recompensa por se portar bem, agir com respeito e educação é muito mais interessante e reforçar esse bom comportamento.

Mas tem situações e situações.

Acho mesmo que tenho falado muitos nãos. Ando cansada e acho que entrei na rotina, na comodidade, e tenho falado muitos mais nãos do que são necessários.

Imagino que isso aconteça com todo mundo e o mais importante é revermos nosso comportamento de tempos em tempos para ver o que podemos fazer melhor, o que estamos fazendo bem e o que não cabe mais.

Posso falar menos a palavra não.

Mas também acho que esta na hora de parar de negociar o castigo. Por que existem situações em que ele cabe sim. Por que amar também implica em ensinar limites e disciplina, por mais que isso seja difícil. E esse é o papel dos pais. Da mãe. Meu.

Então respira fundo, que essa jornada ainda está só no começo. Né?

2 comentários:

  1. Olha, faz parte! As crianças aprendem por repetição, de pouquinho em pouquinho vão entendendo como funciona e essa idade é a idade de se auto afirmar mesmo, ja li isso em outros blogs e sempre é assim nessa idade, conversar serve muito e os limites e consequencias tambem, educar dá trabalho, mas compensa né?

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  2. oi!!!!! bom, 1º eu preciso lhe dar os parabéns por não bater, também nunca concordei com esse métudo, e crianças são assim mesmo, agora ela está formando a sua personalidade, e os desafios fazem parte desta idade. mais com diálogo e muita conversa, vc vai conseguir fazer ela entender que algumas coisas pode fazer, e outras não.

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Ai, que bom que você veio! Puxe uma cadeira,sente-se no chão e sinta-se na casa alheia.^^ Mas me da um toque :P