De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Sobre o que acontece por aqui...

Já contei em outros posts do blog sobre o processo de mudança que se iniciou por aqui no ano passado na época que minha mãe começou a ficar doente.

2018 terminou como se eu tivesse sido arrastada por um furacão. 2019 tem pouco mais de um mês que chegou e já me sinto atropelada.

Sei que muitos se sentem assim.

2019 vem para dar continuidade a esse movimento que minha vida entrou ano passado.

Se não tenho controle sobre o que acontece lá fora o jeito é me concentrar no processo interno.

Queremos nos mudar de casa ainda nesse primeiro semestre. Esse é o plano.

Eu venho pensando muito no que quero, no que preciso, no que sou capaz.

Minhas respostas tem sido amargas e me levado para um desespero ainda maior que os próprios acontecimentos em volta. Mas eu preciso encontrar algumas respostas.

Uma questão que aparece várias vezes e que acaba sempre memlevando propmesmo lugar é se iremos morar próximo dos meus pais para podermos continuar nos ajudando ou não.

Um lado meu sente vontade de sair da cidade grande e ir para o interior. Uma parte de mim quer ir ainda mais longe e tentar a chance em outro país. Ir para algum lugar mais seguro onde minha filha possa crescer com a liberdade de ser ela mesma, sem medo.

No entanto a ideia de deixar meus pais pra trás é paralisante. Mesmo a ideia simples de deixar a cidade pra tentar a vida em outro lugar, sem eles me parece impossível depois de tudo que passamos no último ano.

Essas últimas duas semanas meu pai teve uma crise de labirintite. Ficou vários dias de repouso tomando remédio e voltou às atividades devagar conforme foi melhorando. Nossa rotina foi profundamente afetada visto que ele é o principal responsável por levar as pessoas de um lado pro outro (eu, Rebeca, minha mãe) e por fazer as compras.

Semana passada a médica de minha mãe voltou das férias e minha mãe decidiu parar de fingir que estava bem e aceitou ir ao PS depois do segundo dia de febre.

Lá a médica dela constatou uma nova pneumonia. Tratamento em casa, antibióticos mais fortes, e tudo o que já sabíamos.

Em casa após o médico minha mãe admite que vinha sentindo dores no peito há semanas, desde que voltou da praia, mas como a dor passava com analgésicos ela achava que estava tudo bem...

E isso me lembrou que podemos ter tido uma melhora sim, mas que essa história ainda não acabou...

No meio do caminho, vamos ver apartamentos na nossa cidade mesmo.

Meus pais vão precisar de ajuda e cuidado. Eles não vão ficar mais novos. Não vai ficar mais facil. E eu não conseguiria ficar bem comigo mesma se eu não tentasse oferecer à eles o mesmo cuidado que eles até hoje tem comigo. Então vamos mudar de casa sim, mas para 2 aptos no mesmo prédio, para ter a proximidade e a individualidade preservadas na medida.
Então estamos vendo aptos por perto.

Eu leio as notícias do dia e fico tonta.
Não sei se é melhor me alienar ou me manter informada.
Tento me concentrar em nós.

Acordo cedo e mantenho a rotina.

Eu não sei se tenho direito de opinar nas decisões da casa. Não me sinto capaz de mudar minha realidade.
Muitas coisas estão fora do meu controle.

Mas eu posso acordar cedo e trazer a Rebeca a aula de dança. Posso acompanhar ela até a escola, e ajudar na lição de casa. Posso me esforçar para ajudar meus pais em sua decisão e a entender que a palavra final e deles.

E eu posso vir aqui e escrever e contar um pouco disso tudo. Porque isso ajuda.

Quando tudo em volta parece se mover rápido demais vir aqui me ajuda a acompanhar o movimento.

E isso eu posso fazer...

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