De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Falando sobre bebês


Esse ano uma amiga muito próxima teve bebe logo no comecinho do ano. Rebeca acompanhou a gravidez toda, viu a barriga crescer, foi no chá de bebê, essas coisas, e temos acompanhado da forma que dá - ja que a distancia não ajuda - o crescimento.

Além disso, ela ganhou uma priminha no meio do semestre passado, envolta numa história complicada com direitos da parturiente no hospital e complicações. No fim tudo ficou mais ou menos bem, e agora convivemos com certa frequência com a bebê.

No dia dos pais fomos ao chá de bebê de mais um priminho, filho da prima do meu marido. Daquelas próximas de verdade, mais irmã que prima sabem? É um bebê temporão, ela com 40 anos jurando que não ia engravidar mais, feliz com o filho de 20 e a filha de 11 anos, e ai, pronto, descuidou um pouquinho... Ta ai, pra nascer em outubro. E é outra gestação próxima.

Pra completar a onda de bebês na família, a filha mais nova da minha cunhada que casou no ano passado descobriu que está grávida e completou 12 semanas no mesmo dia do chá de bebê comentado acima.



Daí que é muita gente gravida e com bebês novinhos pra Rebeca não notar e ficar curiosa, né?

E de um mês pra cá as perguntas e as historinhas vão aparecendo.

As ultimas foram essa semana, quando ela finalmente - e digo finalmente por que acho que chega um momento que toda criança fala isso - ela disse:

- Mamãe, o que que tem dentro da sua barriga?
- Na minha barriga, filha? Nada, ué, por que ? O que você queria que tivesse na minha barriga?
- Um neném!
dei risada, fiquei sem graça, e resolvi dar corda:
- É mesmo, filha? Você queria um irmãozinho?
- IrmãzinhA. Menina!
-Ah tá certo! E você queria que essa irmãzinha fosse grande igual você ou pequenininha, bebe, igual a sua prima?
pensou um pouco...
- Pequenininha, bebê!
Eu ri um pouco mais e não aguentei:
- Ah filha, quando as coisas estiverem um pouco melhores pra gente a mamãe tenta arranjar uma irmãzinha pra você, ta bom?


E hoje, eu assistindo Discovery Home&Health, passando programa sobre bebe, ela se interessa e começa a assistir comigo. eu não me importo, visto que não achei que apareceria nada impróprio a idade dela. Acaba o primeiro programa, ela pergunta:
- Mãe, vai passar mais desenho de neném?
- Vai sim filha, você quer continuar vendo comigo?
- Quero!
O programa seguinte no entanto não era como o primeiro com o bebe já em casa. Era sobre o parto de um neném. E a mãe ia ter o neném de parto natural, na água.
Eu sempre acho que temos que agira com naturalidade mesmo em situações que a gente se sinta pouco confortável pra não causar um impacto negativo sobre determinados assuntos. Por mais que eu tenha ficado com dúvida se a Beca iria lidar com tranquilidade com as cenas, eu preferi lidar com a naturalidade que eu acredito ser devida com relação a parto e nascimentos. Inclusive por que meus pais são da geração cesariana e sempre acharam - e ainda acham - que a ideia de uma cirurgia em que o médico abre a barriga da mãe ser muito menos impressionante que um parto. É, vai entender. (E fazer um tempo de terapia pra ver o quanto isso influenciou na minha vida).
Enfim, continuei assistindo o programa e fui explicando pra ela o que estava acontecendo. Expliquei que o bebê estava dentro da barriga da mãe e ia nascer e que ia sair por um buraco lá no Bimbim dela (ja falei da logica sobre bumbum e bimbim né?). Expliquei que o corpo precisa se preparar pro bebe sair, abrindo passagem, e que esse processo chama trabalho de parto e que isso pode doer um pouco mas é necessário pro bebê sair.
Sim, ela ficou tranquila com as minhas explicações e foi assistindo o programa. Eu enalteci um pouco o momento que o bebe saiu, que ele nasceu, e ela deu realmente muito mais importância e falou muito mais do fato do neném nascer sujo com uma coisa branca -e disse que deviam dar banho nele, ué!

Uns minutos depois ela foi ao banheiro, pensando, e me disse:
- Mamãe, quando eu for grande eu vou pedir pro papai do céu me dar um neném também, e colocar dentro da minha barriga. Igual você!
- Quando você for grande igual a mamãe, né, filha? Com uns 30 anos né?
- Isso!
Pensou mais um pouco e disse:
- Um neném não, dois, uma menina e um menino! e vão chamar Débricia e Débricio!

Pronto. Acho que se depois de ver um parto ela termina com a ideia de ter 2 filhos e dar nome a eles não pode ter sido algo tão traumatizante, né?

Agora bora colocar a vida em dia, que a ideia de dar uma irmãzinha pra ela até me agrada!

Bom fim de semana!

Um comentário:

  1. Joaquim tem o mesmo desejo. Vive perguntando, sondando.
    A gente até fica mais feliz, né?
    Quem sabe :)
    bjs
    Fabi - Mulher & Mãe
    #amigacomenta

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