Eu venho pensando, ja tem algum tempo, sobre ter ou não mais filhos.
Isso ficou muito mais presente nos meus pensamentos ha alguns dias, quando comecei a ter sonhos onde estou grávida novamente.
A idéia me veio agradável, saudosa. Mas ai, parei pra pensar...
Gente, será que eu encararia tudo outra vez?
A verdade é que eu curto muito a Rebeca. E ela muitas vezes ainda me parece tão pequena, com tantas etapas ainda a passar antes de eu poder dizer que sinto falta de ter um bebezinho em casa.
Não sinto. #prontofalei
Não sinto falta nenhuma de ter um bebe pequenininho em casa, acordando de 3h em 3h pra mamar. Chorando de cólica e a unica coisa que eu de fato posso fazer é dar a ele colo e calor humano pra suavizar suas dores.
E estranho dizer isso, mas a verdade é que me sinto completa, assim, eu, Taz e Rebeca. Especialmente por que não somos só nós 3, pode incluir ai, de forma clara e definitiva, a Lulu! Tudo bem, ela mora com a mãe, mas juro que se fosse possivel, ela moraria com a gente!
É tão legal ver a Beca se desenvolvendo, crescendo, aprendendo dia a dia mais uma coisinha.
A verdade é que eu não sonho com mais um bebezinho. Não. Eu fico divagando em como vai ser quando ela for mais velha e trouxer suas amigas de escola pra brincar em casa. Fazer festa do pijama, a primeira vez que ela for em uma excursão com a escola, ela aprendendo a ler.
É com isso que eu sonho.
As vezes penso que quando ela chegar nessa fase de aprender a ler, ai sim, eu teria outro filho.
Adotado, deixemos bem claro essa parte. Por mais que eu tenha gostado de estar gravida, ainda acredito que não devo correr o risco de ficar uma gestação inteira sem remédios.
E agora, hoje, penso que seria legal adotar uma criança maiorzinha. Ja sem fraldas, sem mamadeira de madrugada. Talvez um bicho papão aqui e ali, sim, mas só. Dar esse amor imenso que sinto, por que sim eu o sinto, a mais uma, quem sabe duas, crianças.
Ai volto a pensar na Rebeca. E nas minhas limitações por causa da bipolaridade. E penso no que eu quero dar a ela, materialmente mesmo. Escola particular, natação, inglês, festas, viagens. E me pergunto se eu poderei dar isso a mais de um filho, considerando a minha realidade atual.
E na minha realidade atual, a resposta é não. Sem condições. Mesmo que eu abrisse mão da escola particular e dos cursos tambem particulares, fazendo tudo a base de programas gratuitos, tem duas coisas das quais eu não abriria mão de forma nenhuma: estar em casa no meio periodo quando ela esta em casa, antes ou depois da escola, passando tempo diariamente com a minha filha e o convênio médico.
E se essas duas coisas eu não puder dar a mais de um filho, então, bom... Vou continuar só com uma mesmo.
Talvez as coisas mudem muito na minha vida daqui pra frente. Não sei onde e como vou estar daqui 5 anos por exemplo. Se quando chegar lá as coisas estiverem boas de forma que eu repense isso, otimo! Eu realmente gostaria de adotar mais dois filhos. Mas se não, tudo bem também.
O ponto é, pensei, pensei e pensei. E chego cada dia mais a conclusão que sou feliz com o que tenho hoje.
O que vier é lucro!
E vocês, estão felizes com o que tem?
Mostrando que não deve ser tão diferente ser mãe quando se é ou não bipolar, por que toda mãe tem o seu ladinho insano quando se trata de cuidar do filho. Esse blog tem o objetivo de narrar a experiencia de uma mãe que tem de enfrentar essa fase da vida com a duvida constante, o medo, de como, quando e quanto, sua bipolaridade pode afetar a vida de sua filha. Lidando com a linha tênue entre "normal" e "anormal"...
De mãe e louco todas temos um pouco
Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Sobre filhos unicos, segundo filho e por ai vai...
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Transtorno bipolar do humor
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Di, é dificil até entender quando vc fala de suas "limitações"
ResponderExcluirVc tem mais senso, mais responsabilidade, mais conhecimento de sim mesma, mais coerência, que muita, muita mulher por aí não bipolar.
Quantas tem mais de um filho sem ao menos pensar se será bom para a ela, bom para o filho. Tem apenas para acabar com o numero 1.
Filho não é coleção de figurinha então cada um tem que ser muito bem pensado, como você está fazendo.
Quanta a mim eu não tenho condições financeira para ter outro. Prefiro então dar o máximo que posso ao meu único filho na questão de qualidade de vida. Fora a questão da idade. Tô chegando nos 40. Não me arriscaria. Mas como você tô feliz sim com o que tenho! :)
Beijos!