De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

domingo, 27 de março de 2011

Domingo bom, sabado nem tanto...

Meu sabado teve nuances. Mas acabou mal por causa de uma discussão com minha mãe. Daquelas desnecessarias e sem sentido, motivadas unica e exclusivamente por um momento de crise. so que dessa vez foi crise dela, não minha. Foi ruim, me fez me sentir mal por agir de forma rude com ela, me fez sentir mal pelo que ela falou que por mais que não seja real, por ser minha mãe quem diz tem um peso muito forte.

Isso me faz pensar em muitas coisas que eu sei que não devo dar ouvidos agora. Agora eu estou chateada. Sei que ela tambem. E sei que muito do que penso agora, mesmo que seja o mesmo que eu ja vinha pensando antes, agora tem outra face. E devo esperar o tempo passar e a magoa deixar de estar pra voltar a ouvir meus pensamentos.

No entanto, pra cobrir o fim de semana e termina-lo bem, hoje nosso dia foi muito bom!

Fomos almoçar na casa de uma amiga minha muito querida que tenho pouca oportunidade de ver. Nossos cronogramas são dificeis de conciliar e olha que nem moramos tão longe assim uma da outra. Mas, ou ela esta ocupada/cansada/trabalhando/etc ou eu estou. Então, nos vemos de vez em quando e eu estava devendo uma ida a casa dela desde antes da Rebeca nascer!!!

Ontem no meio dos questionamnetos de "o que vamos fazer no fim de semana" lembrei que tinha pre combinado de fazer algo com essa amiga. E falei alto "Por que não vamos visitar A. ?" O Taz concordou na hora, liguei e combinamos de ir almoçar na casa deles hoje.

E foi uma delicia de passeio! Sabe aqueles dias que vce se sente bem por que esta em boa companhia?

Eles tem uma filhinha de 4 anos, quase 5. A ultima vez que eles tinham nos visto foi pouco antes do aniversario da Rebeca no ano passado. Tinha muito tempo e na epoca a bebe ainda era muito pequena e não brincava, não interagia. E agora, com seus 1 ano e quase 6 meses, a coisa mudou bem de figura.

Claro que Rebeca ainda não sabe brincar das mesmas coisas que a filhinha dos meus amigos. Ela ainda esta na fase de explorar, jogar no chão, e não se entreter durante muito tempo. Mas ja brinca com bonecas (a coisa mais fofa ela colocando os nenes dela pra dormir, rs Minha tecnica pra ela se acostumar com a ideia de dormir no quarto, no berço dela e não acordar mais a noite - tem funcionado!). E fala, tenta cantar, aprende com os outros, imita. Ou seja, muito mais interessante pra uma criança de 5 anos que um bebe de menos de um ano, certo?

Alem da filhinha deles dois estava a filhinha mais velha do marido da minha amiga. (voces não tem ideia do quanto esse casal tem em comum comigo e com o Taz, mas fica pra um outro dia...) que tem 7 anos. E as tres ficaram brincando juntas, uma ensinando a outra alguma coisa. Foi muito engraçado, mas aquele engraçado da gente estar feliz, ve-las brincando, cada uma ensinando a menor e se sentindo bem por poder fazer seu papel, cada qual a sue momento, de "a mais velha e que portanto sabe mais". E ver elas passando pra frente as coisas que nos ensinamos, coisas que elas vivenciam. Nossa, foi meio magico!

Foi uma situação diferente, pois eu pude deixar a Rebeca solta, brincando com outras crianças em um ambiente que eu me sentia bem, a vontade e segura. Com pessoas que eu gosto e estavam felizes com a minha presença. Daquelas cenas que eu imaginava que teria quando engravidei (vão falar que voces não idealizaram nenhuma cena de pos-gravidez na vida de gestante de voces, ou de treinantes, etc?).

Fomos embora por que eu fiquei com um sono avassalador e queria descansar um pouco antes de dar o jantar da Rebeca. E so vi que ja eram mais de 17h quando entrei no carro e vi o relogio. comemos bem, tivemos uma otima tarde de conversa e brincadeiras com as crianças, comemos doce. Daqueles domingos que, por mim, podiam se repetir muitas e muitas vezes...

E o seu fim de semana, como foi?

quinta-feira, 24 de março de 2011

Das gracinhas que devem ser guardadas na memoria

Essa merecia uma foto, mas continua sem maquina...

Rebeca esta cada vez mais expressiva. Alias, entrou na fase da manhã pra valer agora e faz muita manha, pra quase tudo que quer. Isso tem dificultado um pouco a convivencia com minha mãe que quer atender a todos os desejos dela contra mim que acho que so o fato dela estar fazendo birra ja faz com que ela não deva conseguir o que quer. Lidar com o choro requer paciencia, ficar meio surda por alguns instantes e mais que tudo isso, entender que esse é o jeito que ela tem de se comunicar, de mostrar o que quer e lidar com a descoberta de sua independecia. Independencia essa que tambem se relfete na ansiedade de separação que faz com que ela peça a minha presença sempre, o tempo todo, e eu não estou bem pra ficar com ela 24h do dia. Me sinto muito culpada.

Mas, eu ia falar das gracinhas né? Pois bem, uma foi comigo a outra foi o Taz quem me contou

Ele estava com ela na sala, ela fazendo manha pois queria sair, e ele assistindo TV e tentando convence-la de que era isso que ela queria. Colocou um DVD do cocórico e esperou que ela se distraisse, pois Rebeca gosta muito de cocorico.

A mocinha, muito faceira, foi em direção ao aparelho de DVD, olhou pra trás e de volta pra frente, foi certeira no botão de desligar. E, desligado o DVD, olhou de volta pro Taz e disse "acabo", com as mãozinhas levantadas do lado do corpo. Dirigiu-se para a porta da frente, demonstrando claramente sua predileção por passear a assistir televisão. Pode?


Comigo, ontem, fez quase a mesma coisa. Eu coloquei o DVD da Galinha Pintadinha para distrai-la ate que minha irmã chegasse pois ontem foi aniversario do meu pai e fizemos uma festinha aqui em casa. Minha mãe estava na sala comigo e a tatica de colocar a Galinha Pintadinha estava aparentemente funcionando.

Ai Rebeca foi em direção ao DVD. Eu não preciso esperar ela fazer pra saber o que ia acontecer. Quando ela se posicionou para desligar o DVD eu ja falei "não! Não é pra desligar o DVD! Pode sair dai!"

Ela se virou, bicuda, sentou no chão com aquela cara classica "eu não posso fazer nada que eu quero!"

Eu? Não aguentei, dei muita risada.


Em tempo - ontem por ser aniversario do meu pai colocamos Rebeca pra dormir bem mais tarde que o que ela estava habituada, as 21h30 ao invez das 20h. Resultado= ela não acordou nenhuma vez durante a noite. Foi direto ate as 6h da manhã, quando deu uma acordada e so foi acordar mesmo as 6h40 pra tomar seu leitinho e ficar com papai e depois com a vovó enquanto mamãe dormia. Ela não faz isso a muito tempo...

Sendo assim, hoje resolvi colocar a pequena pra dormir um pouco mais tarde novamente - foi pro banho as 20h30 e so foi dormir as 21h. Estou na torcida que essa meia hora a mair seja a chave pra ela dormir melhor, mesmo dormindo menos, Bom, são 22h30 e ela ainda não acordou. Sera que vai dar certo?

domingo, 20 de março de 2011

finalmente, fotos!

Fotinhos tiradas na sessão do cinematerna da ultima quinta feira por Rubens Vieira (www.rubensvieira.com):




sábado, 19 de março de 2011

considerações sobre o post de ontem

Pessoas, gostaria de agradecer os comentarios, as opiniões, enfim, o contato. E por ele que tenho esse blog!

Queria falar um pouco sobre essa questão de colocar a Beca na minha cama pra dormir.
Eu não sou contra. Eu sou apavorada! No sentido de ter medo de rpolar em cima dela, sufoca-la, etc.
Eu tomo medicamentos fortes que me fazem dormir bem mais facil e profundamente que se eu não os tomasse. Na verdade se eu não os tomo eu não turmo, ponto. Mas com isso o meu medinho que seria racionalmente deixado pra la, que e ate saudavel, vira um medão imenso de acontecer algo ruim com a Rebeca se ela dormir na cama comigo. Ela e muito pequenininha ainda e tenho medo sim de ser pequena demais para os meus sentidos durante o sono perceberem a presença dela conforme eu me mexo na cama e acabe rolando pra cima dela. #prontofalei

Acho que existem momentos e momentos. Não acho que se ela tiver um pesadelo e fique com medo eu deva impediala de dormir na minha cama. sou a favor da exceções e das regras - e a regra sendo ela dormir no quarto dela.

Lembro de meus pais deixarem a mim e minha irmã, cada qualno seu momento, dormir na cama deles. Lebro que eu chegava a me fingir de sonambula pra isso. Tenho muito muitos problemas de segurança, mas honestamente não acredito que eles venham dai - do contrario minha irmã não seria como e hoje. Ela inclusive sempre brincou que não sabia como eu tinha nascido com ela dormindo na cama dos meus pais toda noite. (eles colocavam ela de volta na cama dela, sempre)

Mas esperoter esclarecido minha opinião a respeito.

A anonima mãe da Tati - viver com uma pessoa com sindrome do panico não é facil, eu sei bem pois minha mãe tem isso. E uma doença terrivel e que exige muito do cuidador. Mas e uma doença. Não se culpe, se o que entendi esta correto e sua filha tem sindrome do panico, não foi o seu carinho quando ela era um bebe, pois tenho certeza que voce agiu na melhor das intenções, que a tornou dependente. Ela precisa de cuidado, muito, mas e possivel chegar em um nivel de estabilização de medicamentos que a tornara mais independente. E dificil, e uma luta pra voce e uma guerra sem fim pra ela. Mas voces duas podem e devem lutar para chegar nummomento, num entendimento bom pras duas. Lhe desejo sorte e paciencia e um pouco de esperança - minha mae travalhou mais  de 20 anos numa multinacional depois de ter sido diagnosticada e é uma vencedora. E dependente para muitas coisas, principalmente da medicação - mas e um exemplo de superação e de como uma pessoa pode ter uma doença quase incapacitante e dar a volta por cima. Voces chegam la! um abraço.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Do sono que vem mas não dura - ou de como Rebeca não quer dormir no berço

Mais uma vez estou aqui, digitando com medo de fazer barulho.Essa semana foi uma das piores no quesito dormir aqui de casa em todos os1 ano e 5 meses da Rebeca. Ta, nos primeirosmeses eu nem dormia ou deixava  o Taz dormir com medo sei la do que quando a Rebeca estivesse dormindo, e verdade, mas existe uma grande diferença entre os primeiros 4, 5 meses de vida da Rebeca e hoje: expectativa!

Nos primeiros meses eu estava o tempo todo apavorada que pudesse acontecer alguma coisa com ela. Com o tempo isso foi melhorando e com a rotina que apliquei por volta dos 4 meses de vida dela tudo foi ficando mais facil pra nos duas.

Acontece que nos ultimos tempos Rebeca tem dado muito mais trabalho pra dormir do que vinha sendo e por consequencia do que esperamos dela hoje em dia. Acho que ja contei aqui comofunciona nossoesquema de dormir a noite, mas vou repetir de novo:

quando são aproximadamente 19h45, 20h esta na hora de dar o banho. Quando o Taz esta em casa, ou seja na maioria dos dias, é ele quem faz isso. Primeiro dou a ela o passiflora pra melhorar os pesadelos, depois ela vai tomar banho. enquanto ela toma banho eu comoum lanche, janto, preparo a mamadeira e o ambiente. deixo a sala escura apenas com o laptop ligado pra fazer luz, no quarto dela o abajur aceso mas coberto com um pano pra ter luz bem fraca quando a levar pra la. Quando ela sai do banho tudo esta quieto e aconchegante. Taz coloca a roupa e assim que termina de pentear o cabelo Rebeca vem para o meu colo. da um beijo de boa noite no pai e eu a levo pra sala.

No caminho vou dando boa noite a tudo - a porta, ao banheiro, a televisão, ate que quando sento no sofa do lado do computador dou boa noite a ela, que me da um beijo.Sentada, recostada no meu colo de costas pra mim (ela e muito grande pra ficar em outra posição) eu dou a ela a mamadeira com o leite morninho. Ela toma, muitas vezes inteira, outras vezes não. Enquanto isso vou cantando musicas pra ela relaxar, começando e seguindo sempre a mesma ordem, sempre o mesmo tom. Tem dias que ela esta muito agitada ou que dormiu em horario errado pra rotina dela de tarde e essa parte se estende bastante. Mas nunca volto atras. Dali o unico lugar pra onde ela vai, e ja dormindo, e o berço. Nada de "ok, fica acordada mais um pouco" nem nada parecido.

Ai nosso problema começa em colocar ela no berço. Se ela acorda no processo tenho que voltar atras - ela não aceita ser colocada no berço. Quer, claro, continuar no colo. Se não acorda na hora de colocar no berço, no geral, segue dormindo com alguns despertares durante a noite que costumam passar sozinhos, ela volta a dormir sozinha sem que nos precisemos ir ate ela. No maximo uma vez, antes das 23h, ela da uma despertada maior que requer traze-la de volta a sala e começar de novo.

Era assim...

Agora, ela acorda chorando e brigando que não estou com ela e ela esta sozinha no berço. E não para ate que eu va ate la - coisa de poucos minutos depois pois se ela se enerva demais, chora  demais, vomita. Ai, tem que dar outro banho e começar tudo de novo MESMO.

E na ultima semana ela tem acordado desse jeito todos osdias, todas as vezes que a colocamos no berço. Estamos exausto - emocionalmente  e fisicamente. e sem ideias.

Eu sempre deixo ela chorando e reclamando um pouco sozinha pra ver se ela volta a dormir se eu não atendo. Era o que acontecia. Mas, nos ultimos tempos, não. Na ultima semana ela tem dado mais trabalho, exigido mais atenção. Com isso, Taz acaba desistindo e vindo dormir com ela na sala, na esperançade assim ela, e ele, dormirem um pouco.

Ele arruma o sofa para que ela durma de um lado e ele do outro, assim ela fica "travada" na perna dele e não cai. Assim, na sala, com ele, ela dorme e dorme bem.

Nesse extado momento estou ouvindoela chamar e chorar no quarto e me segurando pra não ir ate la. Sei, pelo jeito que ela esta chorando, que é manha e que se continuar assim, ela vai voltar a dormir sozinha se eu aguentar. Mas e duro, muito duro...

Ja pensei em coloca-la pra dormir comigo na cama uns dias, pra ver se ajuda, mas tenho muito medo que isso piore tudo. Ja pensei em dormir com ela na sala ou nacama da lulu - minha enteada - quefica no quarto dela.

Agora Rebeca esta em meus braços. Não aguentei e fui atende-la e agora ela não aceita voltar pro berço. Terei que ficar com ela os proximos 30 a 40 minutos ate que o sono dela fique mais profundo e, assim, coloca-la de volta na cama.

E torcer pra dessa vez ela ficar la ate de manhã...

Ai gente, ajuda? Alguma ideia?

terça-feira, 15 de março de 2011

Eu ia falar de... Mas resolvi falar de...

Eu ia falar de mim, que fui na psiquiatra hoje, que foi bom, fez diferença e que revi minha medicação, dando uma aumentada na dose por umas semanas para eu me estabilizar melhor e depois vermos se tera que ser uma mudança permanente, se vai levar a outras mudanças e por ai vai. Mas, bom, ja falei né?

Hoje queria falar da Rebeca. de como ela esta fofa! De como essa fase que ela esta e gostosa!

Esta que fala "mamãe" o tempo todo, pra qualquer coisa. As vezes estou com ela na sala e ela se distrai, ai parece que percebe que se distraiu e me procura num tom assustado "mamãe?" so pra ter certeza que eu ainda estou ali.

E preciso dizer que meu eo infla com essa chamação pra mãe o tempo todo. Ela fica bem com o Taz, com meus pais, minha irmã, mas não tem jeito, de repente ela se lembra de mim, percebe que não estou em seu campo de visão e me chama. E ai de mim se saio de perto sem dar tchau! E uma chororo... rs

Essa historia dela querer ver aristogatas todos os dias tem me divertido bastante. Eu lembro que assisti e brinquei muito de aristogatas quando criança. Acho bem legal dividir uma vivencia assim com ela. E é muito fofo pois virou nosso programa de depois do almoço: vamos para a sala ela pega a caixinha do DVD e me mostra balbuciando algo que se assemelha a "gatinho" - mas esta ficando cada dia mais facil de entender pois afinal ela pratica sempre! - e senta no sofa, esperando o filme começar e que eu me sente ao lado dela. Tem dias que ela esta mais interessada e assiste um bom bocado do filme, outros ela se distrai facil. Mas ja decorou as partes que gosta. Por exemplo, a parte que os gatinhos ficam com sono por causa do leitinho e bocejam, ela ja boceja uns segundos antes. Ja sabe o que vai acontecer. E bem bem bacana acompanhar isso dela. Essa capacidade de entender a historia, o filme, e lembrar dela e poder acompanhar de verdade e ate antever as cenas. Li que isso é super importante e acredito memso que seja, tem a ver com  a previsibilidade dos fatos. Entra ali, juntinho com a necessidade e utilidade de se ter uma rotina na vida de uma criança.

Falando nisso, acho que acertei a rotina da Rebeca:

7h - ela acorda, quem levanta é o Taz e da o leite pra ela
9h30 - frutinha ou mingau
10h30  - soneca + leitinho
12h30 - acorda e almoça
16h - lanchinho da tarde, fruta ou pão ou queijo
18h30 - jantar
19h40 - banho e passiflora (nem todos os dias, mas quando ela esta muito agitada e as vezes nem isso resolve)
20h15 - leitinho
20h40 - esta dormindo no colo
21h30 - coloco ela no berço

as vezes ela desperta entre 22h30 e 23h. Ai, pego ela no colo e fico com ela uns 20 minutos, 30 e coloco ela de volta no berço. Ela não costuma despertar de novo, não de verdade. Considero despertar se depois de alguns minutos reclamando ou choramingando ela não se acalma sozinha. Na maioria das vezes ela não chega a acordar, apenas resmunga dormindo mesmo, chora um pouco, mas se acalma sozinha e continua dormindo.

Ela tirando essa soneca de manhã vai ficar bom pra quando ela começar a escolinha. Espero que as coisas por aqui finalmente se resolvam. Provavelmente ate o fim do mes ja deve estar mais certo e talvez mes que vem eu consiga coloca-la na escolinha. Veremos...

E seus filhos, ja tem um desenho favorito tambem?

domingo, 13 de março de 2011

Do cinema, das birras e de todo resto

Não sei nem mesmo por onde começar esse post.

Esse fim de semana foi o minha saida a noite sozinha do mes, hehehe Ontem, sabado, Taz chegou do trabalho, pegou a mim e a Rebeca e saimos. Fomos ao shopping onde comemos em um restaurante, conversamos, Rebeca fez graça, dançou com a musica ambiente e se lambuzou com manteiga e molho pra batata frita. Foi divertido e simples.

Depois disso eles voltaram pra casa e eu fiquei la. Era minha noite de sair sozinha e eu iria fazer isso mesmo sem companhia. Queria ver um filme no cinema, comer besteira, relaxar. Por sorte um amigo que morava bem proximo do cinema me ligoue foi me fazer companhia. Conversamos bastante antes do filme começar, ele me acompanhou no cinema apesar de não ter gostado da minha escolha de filme. Foi extremamente agradavel e inusitado.

Rebeca se comportou e dormiu com papai colocando ela na cama. Ele disse que não foi la o mais complicado, que ela resistiu ao sono, mas que ficou bem. Mas que ele fez uma coisa que eu não faço: quando ela acordou e chorou chamando ele não atendeu e a deixou voltar a dormir sozinha. Que ela ficoubem uns 20 minutos chorando ate acalmar, ficar resmungando e dormir.

O resultado no entanto é que ela dormiu ate de manhã, mas acordou mais cedo que o de costume, as 6h30. E, acordou mais agitada e me chamando, coisa que ela não costuma fazer. Acordar chorando.

Fiquei meio sentida, mas tem sido complicado lidar com a ansiedade de separação. Rebeca dorme no colo e acorda muito surante a noite me chamando por sentir minha falta ou por causa dos recorrentes pesadelos. A verdade e que muitas vezes ela nem acorda de verdade, mas mesmo dormindo, choraminga muito.

Costumo dar passiflora a ela, mas nem isso resolve a agitação que leva aos pesadelos. O Taz apenas fez uma coisa que eu nãoconsigo fazer, que é deixar ela chorar um bom tempo. Ela tende sima se acalmar e dormir. Mas eu, quando deixo, não passa de 5 minutos, pois na maioria das vezes é tempo suficiente pra ela voltar a domrir ou acordar de vez por causa do proprio choro. Ai, bom, ai,volta pro colo, pra sala e espero mais uns 15, 20 minutos com ela no colo antes de coloca-la na cama.

Mas essa manha pra domrir não e a unica que ela tem feito. Rebeca tem começado a fazer birra, daquelas de se jogar no chão quando contrariada. Sempre soube que teria um filho que faria isso. Nunca perdia  a calma com ela, na verdade não do muita bola. No maximo pego no colo e tiro de perto do motivo da birra. O Taz tambem, faz a mesma coisa. Nisso nos concordamos.

Outra coisa e que ela esta vidrada em assistir Aristogatas, da Disney. Ganhou o DVD de aniversário no ano passado e, como agora tem um pouco mais de paciencia pra assistir os desenhos, e entende-los e se interessar por eles, esta na fase de Aristogatas.
Todos os dias depois do almoço ela e eu vamos pra sala e ela ja pede pra colocar o desenho. Enquanto eu coloco o DVD ela senta no sofa, esperaque eu sente do lado dela e ja assiste quase 1 hora de desenho sem sair do lugar. Adora, quer que fique repetindo, de preferencia sempre a primeira parte do desenho. Li que isso tem a ver com a fase que ela esta entrando e que é importante para sua formação. E que inclusive tem a ver o com quem ela assite e não so o desenho. Bom, eu ja estou decorando as falas, de novo - quando criança tambem adorava a historia e brinquei muito de encena-la com minha irmã.

Terça feira agora tenho consulta com a psiquiatra - a mesma de sempre, tem coisa que precisa ter confiança demais pra fazer e tratamento medico e uma delas. Provavelmente iremos rever a medicação. Trarei noticias.

E voces, como foram de fim de semana?

sexta-feira, 11 de março de 2011

Que tipo de aluno seu filho é? — BEBE.COM.BR

Que tipo de aluno seu filho é? — BEBE.COM.BR

Libra
O pequeno de Libra transfere para a escola as expectativas que tem em casa: ser aceito, estimado e manter a harmonia nos relacionamentos. O início da vida escolar insere na sua rotina algo essencial: a convivência em grupo e as atividades em dupla. A interação com o outro é muito significativa para estas crianças. Ao conviver com os colegas, o libriano percebe mais sobre si mesmo, aprende a estabelecer parcerias e passa a absorver melhor os conteúdos. O grupo lhe propicia situações de conflito, nas quais é possível exercitar importantes talentos do seu signo, como as habilidades para mediar e conciliar. A criança do signo de Libra é a mais sensível ao ambiente físico da escola, ao bom gosto utilizado na demarcação e decoração dos espaços e à apresentação pessoal da equipe de ensino. A escola que transmite beleza e refinamento conquista mais facilmente o coração dos nativos de Libra. A professora que se coloca de modo gentil obtém muito resultado deste aluno. O libriano é o estudante parceiro.

contribuição - mãe na pratica.

Pessoas queridas, coloco aqui o link para que voces apreciem a minha contribuição a comemoração de 1ano do blog "mães na pratica" da Pat Lins.

Acessem esse e varios outros textos clicando AQUI

BEIJOS E BOM FIM DE SEMANA

sábado, 5 de março de 2011

Das coisas boas da vida

Eram mais ou menos 6 horas da tarde. Pudim no forno, chamo minha mãe pra ficar distraindo a Rebeca pra eu tira-lo de la sem riscos a segurança da pequena.

Minha mãe vem, mas insiste em ficar com a Rebeca na cozinha enquanto eu faço o que preciso. Senta ela na cadeirinha acoplada a mesa e a bebe olha para a fruteira e diz "nana" (banana). Minha mãe segue: "banana? Voce quer banana?"

Eu digo que não, que é melhor não dar pra ela comer pois esta quase na hora do jantar, pra deixar pra depois, mas que não tem problema se ela quer ficar mexendo nas frutas. Eu acho legal ela mexer nas coisas, sentir as texturas, saber o que são.

minha mãe começa pelo mamão, mas esse esta muito mole e ela desiste. depois pega uma laranja e o cacho de bananas com suas meia duzia de frutas e deixa pra Rebeca brincar. E ela mais uma vez repete "nana"

Primeiro ela pega a laranja e põe na boca. Bom bebes põe tudo na boca, né? Minha mãe pega a laranja dela, dando risada e diz "Essa é meio azedinha né? Voce quer comer laranja?" para o qual minha resposta é "não, mãe, laranja ela geralmente toma suco..." e o resultado não podia ser diferente. Rebeca olha para a laranja e diz "cuco".

Logo se distrai e começa a colocar o cacho de bananas na boca, pela parte de cima, preta e ruim de comer. Me pergunto se ela esta com fome e decido ver se ela comeria a banana. "Filha, não, assim é ruim..." e ela faz uma careta quando minha mãe tira o cacho da mão dela sinalizando que sim, essa parte do cacho é bem ruim de por na boca. Pego o cacho da mão de minha mãe e tiro uma banana. "Di, e se ela não comer?" eu respondo que se for assim eu comerei a banana, que devemos ver se ela esta com fome. "Então amassa a banana pra ela..." e eu insisto que não, que ela deve tentar comer a banana inteira, mordendo pois uma hora ela precisa aprender a fazer isso.

Não deu outra. Entre pequenas mordidinhas e enormes mordidas que arrancavam nacos da banana, Rebeca se esbaldou e comeu ela inteira. Sozinha. As mordidas. Feliz. Surpreendeu a avó e fez uma mãe feliz por ter compreendido que ela agora é uma menina de vontades que escolheu comer a banana e o fez, sozinha, como a mocinha crescida que é.

a magia do sono

Quero agradecer as palavras de apoio. Ter desabafado aqui ontem me fez muito bem, tirando um grande peso das minhas costas. Depois disso fui deitar e dormi, muito e bem, ate as 11h da manhã de hoje. Taz levantou cedo e como estava de folga ficou com a Rebeca a manhã inteira.

E, acordei melhor, mais leve, com a cabeça mais devagar e semm a sensação de desespero e desamparo.

para os entendedores, sim sempre fui de cicagem rapida. ja cheguei a ter crises mistas de mudar de humor com intervalos de 1h. uma coisa bem triste de se ver e lidar.

Acordei melhor e vou tentar aproveitar esse piquezinho pra tomar certas atitudes do meu dia pra me ajudarem a não ficar mal de novo e facilitar lidar com o momento dificil e a espera. Coisas como sair e levar a Rebeca no parquinho ou no shopping, cozinhar docinhos, assistir mais filmes na TV enquanto ela brinca.

E ter paciencia. E, se de fato a sensação ruim voltar, sim, rever a medicação. A  qual na verdade acho que sei o vilão - interação medicamentosa entre o estabilizador e o anticoncepcional. Se eu tomar uma pilula mais fraca a reação depressiva deve ser menor. Ja aconteceu antes e a minha piora de fato coincide com a retomada da mesma.

A, sim, não mexer em nada sem conhecimento medico, importante lembrar!

Obrigada mais uma vez, é muito bom se sentir querida. Vamos aproveitar o carnaval pra curtir muito, ok?

sexta-feira, 4 de março de 2011

Em crise

Não to bem. Penso em N fatores que podem ter contribuido pra isso mas a verdade é que na maioria das vezes ser Bipolar é uma porcaria.

Não aconteceu nada de novo nem extraordinario para que eu ficasse mal. Deprimida. Mas exatamente essa falta de mudança, essa mesmice nos problemas, se mostra agora um problema maior.

Estar deprimida e uma sensação de desamparo quase que total. E quando voce ja conviveu muitas e muitas vezes com ela voce até, sabe, ok, eu ate sei, que essa sensação não é de toda real. mas na hora, no meio da crise, é. Vem a angustia, a sensação de vazio, de incapacidade, e de tristeza, mas uma tristeza que procura explicação em tudo mas que no fim ela e si ja é seu proprio motivo.

Continuamos com dificuldades financeiras e isso ta ficando complicado. Uma renda fixa que tinhamos ate o fim do ano passado, um aluguel de um salão comercial aqui de casa, deixou de entrar desde dezembro. Temos levado mas agora esgotamos nossas possibilidades. E, as pessoas que alugavam o salão tambem e se não conseguirem vender o negocio ate sexta da semana que vem irão entregar o ponto.

Isso não é ruim. Isso é bom. Afinal, melhor do que ficar com um salão ocupado e não receber e ter a possibilidade de alugar pra outra pessoa e passar a receber. Mas, entre eles desocuparem, reformarem de volta, nos anunciarmos e alugarmos de novo leva tempo. E por mais que o meu racional tenha toda essa explicação, meu emocional não acompanha e eu me sinto desamparada.

O salario do Taz foi todo pra pagar nosso convenio medico que estava atrasado. Vai demorar uns bons 5 meses ou mais ainda ate ele poder assumir a gerencia e, com o salario dele de caixa e sem o salão, ficamos dependentes dos meus pais pra tudo. E, Rebeca continua em casa comigo, nada de escolinha.

Se eu não estivesse me sentindo do jeito que estou isso não seria um problema agora. Tadinha, esta super grudada em mim, sente minha falta se eu saio pra ir ao banheiro atualmente, então esta numa fase que ficar sozinha na escolinha ia ser um pouquinho mais dificil do que o esperado. Ainda acho que ela vai curtir muito, mas ela nunca foi de confiar muito facil nos outros e com esse grude a adaptação no fim vai ser necessaria, quando for. Outra coisa é que vou ter que ver uma escolinha mais perto de casa pois hoje me deparei com o transito que teria que pegar pra busca-la na escolinha que tinha falado. Ia demorar muito tempo parada no transito e não sei se vale a pena, então vou aproveitar essa delonga por causa da grana pra ver as escolinhas mais perto de casa.

Mas o problema esta comigo. Não sinto vontade de fazer nada, mal sinto vontade de levantar da cama. A sensação de sono extra da mudança de horario se mostrou bem mais que isso e tem sido dificil lidar com estar acordada.  Conto as horas pro Taz voltar pra casa pra poder cuidar direito da Rebeca, que acaba ficando presa na sala, ao inves de explorar a casa por que eu não tenho energia pra fazer as coisas com ela.

Ainda me esforço, me forço. E muitas vezes é esse forçar que muda meu humor. E me dar uma chacoalhada na cabeça, literalmente, fechar e abrir os olhos de novo e ver que ela esta ali, na minha frente, sorrindo e fazendo gracinhas pra mim, apenas pedindo a minha atenção. E isso me da animo, mesmo que um pouco, e me faz sentir melhor. Me da força. Me faz lembrar do plano...

Na maioria dos dias depois que o Taz chega eu deito um pouco, fico um pouco sozinha e tomo um banho quente (aproveitando a esfriada que deu aqui em SP) e isso tambem me faz me sentir melhor.

Uma coisa que atrapalha muito e que eu nunca consegui mudar é a linha de pensamento repetitiva. Não consigo parar de pensar nos problemas ou tentar imaginar formas de resolva-los. Ai, deixa de ser "como vou resolver isso" para "depois que tudo estiver resolvido" - essa linha e ate boa, me relaxa e me ajuda a dormir, me faz bem - mas ultimamente tem sido "dependo dos outros pra tudo e não sou capaz e nem sei fazer nada bem o suficiente pra isso dexar de ser assim e nem tenho saude pra isso". Essa ultima linha de pensamento, auto destrutiva, me acompanha tem alguns dias e acredito ser o que tem me colocado mais pra baixo.

O coitado do Taz tambem não anda muito bem, ficou gripado metade da semana e esta fisicamente meio leso ainda e isso deixa qualquer um de mal humor. Mas ele se esforça. E eu, sem ter pra onde mais correr, acabo desaguando no ombro dele tomas as minhas magoas, frustrações, inclusive sobre ele. E eu sei que ele tem que ficar se repetindo "ela esta em crise, e uma fase e como todas as outras ela vai passar" e faz o melhor que pode. As vezes desliza, briga, fala umas besteiras, mas depois se remoe em culpa. E duro conviver com um bipolar...

Apesar de tudo, não estou no fundo do poço e nem perto dele. É, sem duvida uma fase, e estou medicada, o que costuma significar que não devo ficar muito mal e que logo vou estar melhor. Insistir no tratamento nos momentos ruins e naqueles que não parecem ser nada ruins (a mania) faz parte de entender como as coisas funcionam nessa montanha russa.

Sei, por exemplo que se essa sensação se mantiver ou piorar por muitos mais tempo, digamos, mais uma semana, terei que rever a medicação. Com a Rebeca em casa eu não me arrisco a ficar em crise por muito tempo. Quanto mais tempo em crise mais dificil é de sair dela. Eu sei disso, e eu disse isso a uma amiga hoje mesmo. E serve pra mim.

Escrever aqui, mesmo que depis, quando eu for ler, tudo parecer meio confuso e desconexo, ajuda muito. colocar as palavras que ecoam na minha mente pra fora dela me da uma nova perspectiva das coisas e acalma a tempestade dentro da minha cabeça.

Uma coisa que fico me repetindo sempre é que eu preciso manter a calma e seguir meu plano. Preciso manter a caçlma e seguir o plano pro Taz, deixar as coisas acontecerem. Que minha melhor chance esta ai, nesse plano. Que ele pode demorar mais ou menos pra se concretizar, mas que não tem a ver com tempo, tem a ver com o objetivo final. Ser independente. Ter minha casa, poder ir e vir sozinha sem depender de outra pessoa, e ser capaz de cuidar da minha filha. Mas, ser capaz e ter recursos suficiente pra ter o outro filho que eu ainda pretendo ter daqui alguns anos. E pra tudo isso, tenho que ser firme. Tenho que respirar fundo e continuar em frente.

As vezes os dias apenas passam. Nesses dias ruins é tudo que eu mais desejo na verdade, que eles passem. E a parte boa dessa doença chata é que voce pode contar que os dias ruins irão passar. As vezes precisamos de ajuda, as vezes somos capazes de sair deles sozinhos. Mas eles passam.

Se o dia esta muito ruim, apenas peço ajuda. Peço pra minha mãe ficar por perto, ajudar com a Rebeca. Peço pro Taz cuidar dela enquanto eu me recolho esperando a tempestade passar, ou ficar comigo e me ouvir vomitar todas as coisas que me passam e me desgastam. Me dou um agrado e gasto um  pouquinho do que não tenho, como hoje, e me dou algo gostoso de comer. Ou faço algo, vou pra cozinha, uma das minhas melhores terapias. E se nada funciona, me recolho. Espero, se consigo e posso, durmo. As vezes 1 hora a mais de sono no dia e a diferença entre um bom dia e um mau dia.

E acima de tudo, me agarro na pequena, que esta ali, sorrindo, dançando, fazendo pose na frente do espelho, piscando com um olhinho so pra mim, na piscadela mais marota que pode existir. Que corre pra mim falando "mamã, mamã, mamã!" e me agarra e se gruda de um jeito que eu so quero retribuir e me grudar ali tambem. E me da um animo e uma energia que sei que antes eu não tinha. Que faltava. Uma energia que mesmo quando estou mal o suficiente pra pedir que fiquem com ela e eu me recolher, fica acesa dentro de mim essa chama, esse motivo. Motivo de sorrir, de fazer, de buscar. de ser o meu melhor, sempre.

Ate hoje.

quarta-feira, 2 de março de 2011

post resposta

Gente, abaixo o comentario que fiz no blog da Ingrid - Desconstruindo a mãe - e que achei que cabe como post complementar ao ultimo de ontem...


E duro mesmo esse complexo de super mãe. Semana passada sai com uma amiga de infancia - daquelas especiais que torcemos pra nossos filhos terem a chance de ter uma igual, sabe? Eu ia contando a ela da minha vida, minhas vontades e rotina e neuras e ela solta "Ai Di, por que essa necessidade de ser uma supermãe? E verdade, talvez ela sinta sua falta sim (falavamos de colocar a Beca na escolinha), vai sentir mesmo. E dai? Deixa ela sentir..."

Fiquei com isso na cabeça, que a vida não é perfeita, que o mundo muitas vezes nos decepciona, nos abate. Como a Rebeca vai aprender a lidar com isso se eu for perfeita? Ser perfeito é chato! Não tem margem pra erro e com isso não tem margem pra fazer melhor. E sempre o mesmo, não tem pra onde evoluir. E mais importante que não errar e sabermos aprender e crescer com nossos erros, não? E toda criança aprende primeiro pelos nossos exemplos, não por nossas palavras...

terça-feira, 1 de março de 2011

Falando de peso

Ja falei aqui, acho, que tenho problemas com peso. E não to falando do obvio pratico de estar acima do peso. Posso falar que isso me incomoda pouco? Pois incomoda pouco. Não, não é esse problema. E mais embaixo. Ou melhor, mais no fundo, mais no passado, e agora de volta ao presente, meio a tona.

Minha mãe sempre foi muito neurotica com o proprio peso. E, com isso, sempre foi de certa forma neurotica com o nosso peso, a partir de uma certa idade. Sempre tivemos que viver a base das suas novidades que levavam ao emagrecimento. Passei a infancia sem comer feijão pois ela acreditava que engordava. Doces tipo bolos e tortas apenas em ocasiões especiais. Em contrapartida, nas fases sem dieta, as bolachas estavam liberadas e o refrigerante sempre fez parte do nosso dia a dia.

A minha recusa hoje em dia com relação a dietas vem do trauma que isso trouxe a minha vida. Mas entendam ai, tenho trauma de dieta, não de comer bem. Meu problema e de mudar meu habito alimentar de forma radical para emagrecer. Eu sei, sei mesmo que isso não funciona. Se resulta em perda de peso o mesmo retorna e aumenta a cada vez que voce volta ao seu normal. O problema esta nos nossos habitos do dia a dia - e esses, ter habitos saudaveis, eu sou super mega a favor.

Durante a gestação da Rebeca a minha culpa por não conseguir parar de fumar me fez ser extremamente chata com a minha alimentação. Não me importava o que pensavam ou se gostavam, eu brigava para me alimentar bem. Meu vicio em coca-cola foi substituido por H2OH!, menos ruim. Comia de 3h em 3h religiosamente mesmo sem estar com fome. Para controlar a glicemia inclui proteina em praticamente todas as minhas refeições ja que os integrais que seriam os mais adequados eu me vejo incapaz de comer (freud explica um dia). Não comia doces, afinal a hipoglicemia não permitia. Quando muito comia uma torrada integral com geleia, pouca, pra adoçar o bico. Ou um sucrilhos com leite e bana de manhã que por algum motivo magico, acho que a banana, não me fazia mal.

A hipoglicemia ficou tão forte, tão forte, que no final da gravidez eu comia a cada 2h. Eu acordava pra comer a cada 2h. O Taz acabou ficando em casa para cuidar de mim e garantir que eu acordaria pra comer a cada 2h. Quando eu não fazia isso, em 3h de jejum minha glicemia caia pra baixo de 70. Uma coisa de doido!

O resultado de mudar a minha alimentação e ficar bem foi chegar ao fim da gestação apenas 5kg acima de quando ela começou. Ponto pra mim! A Rebeca nasceu e no dia seguinte eu ja estava no meu peso original. Inchada, mas no peso original.

No começo, no primeiro mes, quando ainda estava amamentando eu mantive essa alimentação regrada. Eu estava feliz com ela, me sentia bem. Mas não tinha energia pra continuar brigando com o resto da casa, com meus pais, pra ter essa alimentação bonitinha. E eu dependia deles pra que não fosse assim. Alias, ainda dependo. dependia não no quesito financeiro. Não, é psicologico mesmo. Eu tenho uma droga de doença que me deixa sem incitavia, deprimida e insegura e que me faz depdender de outras pessoas para coisas simples sem uma explicação racional. e isso gerava brigas, brigas que eu desisti de brigar.

E as coisas foram saindo fora do controle, saindo fora do controle...

E ai que comcei a engordar. Comer bolahca doce todos os dias, ja que a medicação não ajuda nesse ponto aumentando o desejo por doces. comendo lanche todas as noites ao inves de jantar, tomando coca cola e outros refrigerantes do dia inteiro e quase nada de agua. enfim, voltei a minha rotina de antes de engravidar, ou pior.

Mas sempre fui muito chata com a alimentação da Rebcea. Ou melhor, tentei ser. O melhor que consegui fazer, a unica forma de manter a alimentação da Rebeca dentro do que eu acredito adequada sem brigar foi dando comida industrializada pra ela. Aqui os potinhos nestle fazem parte da alimentação diaria dela. Hoje em dia são seu jantar, sopinha de potinho, por serem de digestão mais facil que comida da mesa. Comida essa que hoje ela come a mesma que a nossa. Mas, vejam bem, hoje.

Posso falar que funcionou bem, ela cresceu e se desenvolveu mais que adequadamente e ficou com um peso certo ate a ultima consulta no pediatra.

Ai, nesso sabado, como falei, fomos la, tiramos a medida e o peso: 85 cm, cresceu 3 cm e meio desde a ultima vez que fomos la, e pesou 13,6kg engordou 1,5kg. E o pediatra disse sim que pra essa fase agora, entre 1 e dois anos, ela engordou mais que o recomendado sim. Que 1,5kg e muito pra um bebe de mais de um ano. Que agora o normal era dar uma estabilizada, engordar devagar.

Rebeca demoru pra andar, ela se sentia confortavel engatinhando. E tambem tinha demorado a engatinhar. Mas ela se sentia segura engatinhando. Chegava com rapidez aonde queria. Ia de joelhos, fazia o que sentia vontade. E se sentia insegura de andar e cair. Ela sempre esperou ate ser capaz de fazer algo pra de fato fazer isso. Faz parte da personalidade dela, primeiro ela tem certeza que vai conseguir fazer pra depois fazer.

eu acho que ela engordou muito antes decomeçar a andar. Agora ela se mexe mais. Mas aqui em casa não tem toda a liberdade que ela precisa, e admito, eu não tenho essa energia agora. Estou esgotada, perdida nos problemas do dia a dia que invadem a minha mente e me mantem no mesmo lugar. Eu preciso de uma nova rotina.

E a Rebeca tambem.

Mas fiquei encucada com esa questão do peso. E tenho tentado rever o quanto ela come, se eu a obrigo a comer mais do que ela tem fome com aquelas coisas de "abre a boca filhinha, olha..." ou, meu maior crime, deixar ela comer na frente da televisão.

Fiquei vendo essas coisas, pensando nessas coisas. As papinhas prontas, o comer o jantar na frente da TV, o deixar ela beliscar quando eu estou comendo alguma coisa, dar comida pra ela sem que ela peça ou indique estar com fome de alguma forma. Afinal, quanto uma criança de uma ano come? Quando? O que?

Rebeca gosta muito de comer, coisas salgadas. Adora um queijo e uma azeitona, mas nunca dei pizza pra ela. Ama polenguinho mas so come de vez em quando. Doce pra ela é fruta, que dou 2 vezes por dia, frutas diferentes, e um suco de maracuja no jantar e laranja no almoço (cerca de 2 dedos de suco no copo). Mas comida? come e come bem. Adora arroz com feijão, carne moida, pure de batata e vagem.

Me pergunto se dou comida pra ela vezes demais pra idade que ela esta, ou muita comida nessas vezes. Fico pensando que dou muito leite pra ela ja que é com essa mamadeira que ela dorme a noite e na soneca da manhã (não tem mais feito soneca a tarde depois que acabou o horario de verão) e quando acorda. Mas alem da mamamdeira ela come um meingau ou de mucilon ou de farinha lactea no cafe da manhã de verdade, as 9h.... Ela nunca toma as mamadeira inteiras de uma vez, da uma pausa no meio.

Ja li em varios lugares que crianças não devem fazer dieta. Nem pensei nessa possibilidade, nada me tira da cabeça que o que ela precisa é de espaço e oportunidade de se mexer mais. de explorar suas pernas e seus novos horizontes. Mas ai vem toda a minha herança de neurose com comida e peso e fico nessas duvidas.

Sinto vontade de voltar a me alimentar como na gestação, direitinho, de forma saudavel, muita salada, muita verdura, proteina e e pouco carboidrato. Pouco refrigerante, sucos, muita agua. Doces apenas nos fins de semana, e fazer doces gostosos que tenho ficado tão bem em fazer. Nada de bolachas prontas. Ter o prazer 2 vezes.

A verdade é que a Rebeca esta crescendo e chegando num ponto em que eu tenho medo que meus maus habitos passem a ser os dela. Pois cada dia e mais dificil dar a ela algo diferente do que eu como. E olha que nem sempre ela pede.... Mas o exemplo é tudo e me sinto mais culpada pelo exemplo que dou, de me alimentar mal e me mexer pouco do que ela estar um pouco acima do peso agora. Por que ela eu sei que vai crescer e vai brincar muito ainda, sem querer saber da comida. Mas martela na minha cabeça : e quando ela ficar com fome e vier comer depois de passar o dia brincando, o que eu vou oferecer pra ela:? Sera que serei vencida, totalmente, por essa inercia que me prende?



Em tempo, Rebeca tem se divertido brincando com o espelho. Fica brincando, dando beijinhos e fazendo pose. Brinca de querer colocar minhas roupas, meu chapeue fazer pose, chega a me imitar brincando com ela colocando a maõzinha na cintura, jogando o bumbum pro lado e dando uma piscadinha. Da pra não babar numa menina fofa dessas? Aiiii e eu sem camera!!!