De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Pneumonia? Só quase!

Eu tinha esperança, de verdade, que a Rebeca passasse o inverno inteiro ilesa. Entenda por isso sem tomar antibiótico. Cheguei a pensar em contar nos posts dos anos passados quanto antibiótico ela tomou nos seus 2 primeiros invernos mas fiquei com medo do número e desisti. Achei que estaria chamando o azar, algo assim. Já comemorava, até que...

Rebeca tem rinite. Nem é uma rinite lá muito ruim, mas é rinite. Com isso passou muito tempo com nariz tampado, escorrendo, mas eu conseguia tratar rapidamente e viemos levando assim até semana passada.

Semana passada começou com o nariz escorrendo de novo. O tempo estava muito seco e isso piorou o quadro. Tentei medicar por uns 2 dias, pareceu melhorar, mas foi uma melhora falsa e na noite seguinte ela já estava com o nariz escorrendo mais uma vez.

E ai começou a tosse. Nem foi muito devagar não. Uma tosse feia, crises que a deixavam com falta de ar. Mal dormia, ficar deitada era um problema sério. Ainda sim insisti, até que domingo a levei para passear no shopping e depois de jantarmos eu a levei para um brinquedo daqueles de correr, escorregar, piscina de bolinhas. Ela correu pelo brinquedo duas vezes e teve uma crise de tosse. Mas uma crise tão brava que uma coisa que não acontecia ha muito tempo aconteceu: ela vomitou o jantar, claro!

E Rebeca tem horror a vomitar. Fica nervosa, tem medo, tem nojo, sente dor, e mais que tudo isso, se sente culpada.

Na segunda feira eu já estava decidida a leva-la no médico. Meus pais acharam que era mais que hora de dar um xarope pra pelo menos aliviar a tosse. Eu sugeri mel e o que conseguimos foi um Melagrião (que de mel não tem nada alias). Demos na segunda - e isso até gerou uma briga com minha mãe por ela decidir dar o remédio sem me perguntar se eu ja havia dado culminando numa dose dobrada de medicamento - e na terça.

Na madrugada de segunda pra terça ela teve febre e aquela crise alérgica na pele se apresentou novamente, confirmando a relação entre as placas e a coceira com a temperatura corporal alta. Mediquei com Tylenol e com antialérgico. Teve febre novamente pouco depois do almoço na terça mas mediquei antes que chegasse a 37,5° evitando a crise alérgica. Depois disso não teve mais febre, só uma suadeira na madrugada de terça pra quarta.

Eu tentava marcar uma consulta no pediatra sem sucesso. Pedi que ele me ligasse, assim se ele achasse necessário iria ele mesmo marcar um encaixe pro dia seguinte. Dito e feito, depois de um pouco de insistência da minha parte foi marcado.

Ontem fomos ao pediatra na hora do almoço. Ele examinou, Rebeca foi super boazinha, brincou, deixou examinar, contou pro médico o que estava sentindo (sucesso!!). Ele escutou o peito e lá ele parou um bom tempo. Pediu uma chapa pra confirmar o que ouviu: pulmão carregado.

"Não chega a ser uma pneumonia, mas é quase!"

Entramos no antibiótico. Inverno1X0

Ela esta tomando os remédios numa boa. Pedi por opções com gostinho agradável, admito, pra facilitar minha vida. Com gostinho agradável e de 12h em 12h -sou exigente! Mas tem dado certo, ela toma o remédio sem reclamar e já está apresentando melhoras. Dorme inclinada com uma almofada mas já dorme a noite toda sem tossir - acorda no meio da madrugada pra mamar e fazer xixi mesmo estando de fralda, mas não pela tosse. Com isso eu agradeço pois durmo mais e tenho mais paciência pra poder ajudá-la.

E pra não passar batido, Rebeca mediu 99cm e 16,800kg. Cresceu 2 cm e ganhou 1,8kg. Ganhou peso demais o que pede que eu reveja os maus hábitos alimentares que ela pode estar começando a ter. Apenas temos que ficar de olho e deixar ela gastar energia brincando, nada mais sério que isso.

E vamos lá que o inverno logo logo acaba e eu espero que esse seja nosso único encontro com esse tal de antibiótico esse ano!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

E Rebeca cresce...

Tem tantas pequenas coisinhas pra falar sobre a Beca que acabo me perdendo no "depois eu blogo" e acabo não postando aqui. Uma tristeza isso na verdade, pois sei que muitas dessas pequenas coisas serão esquecidas com o tempo...

Hoje, por exemplo, me surpreendi com a velocidade de crescimento da Rebeca. Ela esta crescendo a olhos vistos fisicamente, mas é muito mais que isso!

Ela estava assistindo vídeo comigo no computador. Já tem um tempo que eu logo no youtube e ela vai decidindo o que quer assistir e vamos pulando de um vídeo a outro. Como esse AQUI que eu mostrei pra ela e agora o príncipe da vida dela é o David Bowie, rs

Mas continuando, ela então apontou pra um vídeo que nunca tinha assistido e diz:
- coloca esse mamãe! Quero ver esse! Eu gosto!
Eu, pra implicar por que não queria por o tal vídeo:
- Mas filha, como você sabe que gosta desse? você nunca viu!
Ela me surpreende então, respondendo:
- Eu VOU gostar!
Ploft, toma mãe que eu ja to aprendendo a conjugar os verbos!

Boa semana pra vocês!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A Saga do sono

Rebeca tem problemas pra dormir desde que era um bebezinho. Sofre com pesadelos frequentes e acorda chorando. Isso melhorou por um bom tempo, especialmente quando ela fica sem ver tv antes de dormir, mas não foi resolvido. Não é todo dia que ela tem pesadelos hoje em dia, mas as coisas mudam e continuam iguais, sabem?

Esse ano todo a Beca adquiriu uma rotina durante os dias que vai a escola em que ela acorda de manhã e passa o dia todo acordada, até perto das 20h quando eu a coloco pra dormir e ai vai até de manhã. Com um dia sim outro não tendo pesadelos as 23h e voltando a dormir relativamente fácil.

Mas isso mudou de um mês pra cá, mais ou menos. Provavelmente por causa das férias, meu chute.

Também tem a parte do desfralde. Diurno, nem sonho com o noturno ainda. Mas ela da indícios que logo logo estará interessada na segunda opção. Já tem noites que ela acorda e pede pra fazer o xixi no peniquinho. São raras ainda, mas acontecem.

Quando ela acorda pra fazer xixi eu tento levantar sem reclamar muito. Por que tem uma coisa que mudou e muito nesses últimos tempos: agora só a mamãe serve. Nada de papai levantando pra ajudar. Não ajuda. ela quer que seja eu e pronto e se insistirmos com o pai é muito choro. Choro demais pra quem esta acordando no meio da madrugada, cansado e com química na cabeça. Não adianta, melhor levantar e pronto.

E se ela acordasse só pro xixi, ok. Os pesadelos, como tinha uma frequência e um horário meio certo era só esperar ela acordar, acalmá-la e coloca-la de volta na cama e podia contar com um sono tranquilo o resto da noite. Mas tudo isso mudou.

Não sei dizer se foi exatamente quando voltaram as aulas mas com certeza foi perto, Rebeca começou com essa coisa de só querer a mamãe. E eu estava conseguindo levantar numa boa por um bom tempo, mas chega uma hora que o corpo se esgota de dormir pouco - mães de bebês sabem bem do que eu estou falando! - e você precisa daquela ajuda.

Com isso o esquema tem sido o seguinte: de madrugada quando ela acorda eu levanto, atendo as primeiras necessidades, faço ela voltar a dormir. Sinto que rola uma carência nesse processo, que ela só quer me sentir por perto, não reclamo, entendo. Mas com isso quando ela acorda de manhã, pra valer, estou esgotada demais pois não volto a dormir com a mesma facilidade que ela. Ai levanto com ela, preparo e dou o leite, ligo a televisão e peço ajuda dos universitários: o Taz quando está em casa e aos meus pais. E volto a dormir.

Tento ficar com ela o tempo que estou acordada de manhã, almoço, e quando ela volta da escola até a hora de dormir. Sou sempre eu que a faço dormir e com as raras exceções em que dou uma saida a noite com os amigos, faço questão que seja assim.

No entanto ainda não me recuperei desse esgotamento físico e mesmo nossas horas juntas poderiam ser melhor aproveitadas. Mas tenho paciência, sei que não será sempre assim. O negócio é aproveitar quando e como dá. Seja pra brincar ou pra dormir.

Na ultima semana ela voltou a ter os tais pesadelos e começou a dormir muito mal. Resolvi apelar e voltar a usar um velho conhecido por alguns dias, pra ajudar a regular o sono dela novamente: o passiflora. Ajuda. Ajuda muito, ela dorme melhor e até acalma a tosse, vejam só! Ela dormindo melhor eu durmo melhor também e todos ficamos mais felizes e mais descansados.

E força na peruca que um dia sei que vou olhar pra trás e sentir falta disso tudo! (Ok, talvez não sinta falta de dormir mal...)

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Hoje é segunda feira e não, não decretamos feriado!

Taz está trabalhando em outra empresa agora. Não sei se falei mas o emprego novo, o novo rumo mesmo, é  tirar o Creci e ser corretor de imóveis. Acho que comentei... Bom, o plano está mais que de pé e nessa ultima semana ele trocou de imobiliária em busca de melhores oportunidades. A diferença mais imediata disso é o horário: antes ele conseguia ter parte dos horários do dia vagos para me ajudar com meus compromissos e com a venda dos cupcakes e podia levar e buscar a Beca na escola. Agora não. Faz o horário tradicional das 8h as 18h. E eu, claro, vou ter que me virar.

Sempre fez parte dos planos eu passar a dirigir. Renovei minha carta e tudo. Mas e o medo de dirigir, fica aonde? Não é algo que eu tenha opções, sabem? Se eu quero poder fazer coisas com a Beca nos fins de semana, leva-la pra escola e tudo mais, ter autonomia, eu preciso vencer o medo e encarar o volante!

Sobre o que comentei do post anterior meus planos seguem firmes. Amanhã é dia de acolhimento (primeira consulta) no posto de saude e vou tentar ir. No CAPS me informaram que posso fazer meu tratamento por lá visto que é só acompanhamento e não uma emergência. Veremos...

Além disso Fiz meus exames de sangue e marquei todos os médicos possíveis e necessários pra ainda esse mês. Minha esperança é que todos recomendem a mesma coisa e eu não tenha que fazer nenhum tratamento ou acompanhamento muito longo e consiga fazer a troca do convênio - sem perder as carências! - na primeira semana do mês que vem.

Para poder fazer a troca de convênio com tranquilidade também falta a cirurgia do Taz. Tudo esta indo conforme o programado, falta apenas um exame e ele deve retornar ao médico ainda essa semana e provavelmente operar até o fim do mês.


Minha cabeça no entanto ainda não se recuperou. Estou tendo dias mais difíceis, mais desanimada e de mau humor. Não consegui falar a respeito do que aconteceu com ninguém ainda, nem com meus pais, e acho que isso esta fazendo falta.

Admito que tudo que quero é poder desabafar, contar o que aconteceu e ser recebida com um abraço e que me deem razão. Não quero ser criticada - já fui demais e esse é parte do problema. Não estou conseguindo lidar com nada que soe pra mim como uma crítica que devolvo em resposta patadas e mais patadas, me defendendo. E isso  de pessoas que sei, racionalmente, que não estão me atacando...

Sinto, por me conhecer bem, que preciso sair, me divertir, ver  os amigos. Mas o humor e a conta bancária são um problema... Estamos  dependendo que o Taz efetue alguma renda pra colocar nossa vida em dia e respirar um pouco mais aliviados. E uma questão de tempo e trabalho.

A Beca nisso tudo tem aproveitado mais tempo com os avós. Meus pais tem sido muito bons e segurado a barra em todos os sentidos, mesmo sem saber a história inteira. E ela adora tanto, tanto ficar com eles que mesmo a gente não concordando em muita coisa eu fico tranquila pra me cuidar. Ok, só meio tranquila. 

Com relação a escolinha, conversei com o Taz e decidimos efetuar a rematrícula dela. Se ela conseguir vaga na escolinha municipal nós efetuaremos a transferência, do contrário ela continuará onde está pelo menos mais 1 ano. Com a economia feita com o plano de saúde e terminando de pagar o curso dele será possível mantê-la na escolinha atual. E isso é uma das coisas que me  deixa feliz!

Aff, acho que por hoje é isso! Então força na peruca que a semana está só começando!



quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Dia ruim

Ontem foi um daqueles dias ruins, sabem?

Aconteceu uma coisa muita chata, bem desagradável mesmo, e eu fiquei mal. Fiquei triste, chateada, com raiva. Mas me fez ver que as mudanças que eu preciso aceitar e fazer na minha vida nesses tempos de dificuldade e estou adiando não precisam mais ser adiadas. It is time!

Eu estou num momento bom, de estabilidade. Minhas dificuldades estão diretamente ligadas ao meu sono - quando durmo bem e o suficiente fico numa boa, quando durmo mau fico de mau humor e irritada, mas nada diferente, eu acho, que uma pessoa sem TBH.

Eu não posso dar detalhes do que aconteceu por que com isso iria expor pessoas e esse é o tipo de coisa que temos que tomar cuidado quando temos um blog. Hoje eu sei disso e muito bem depois de já ter tido que lidar com casos pessoais de bullying virtual vindos, mesmo que sem intenção, da minha pessoa anos e anos atrás. Então, me calarei nesse sentido. Mas fiquei mal de verdade...

Hoje, com isso, estou tendo um dia "mais leve" no sentido de estar me dando o meu tempo. O marido colaborou me deixando dormir até tarde, meus pais também ficando com a Beca até a hora de ir pra escola e procurei fazer coisas para relaxar, que me dão prazer.

Passei o dia pensando nessas mudanças que "tem que acontecer".

A escola da Rebeca já mandou os papeis para rematrícula dela pro ano que vem, oferecendo para facilitar o pagamento da primeira parcela da anuidade. Eu olhei o papel com um pouco de receio. Receio por que um lado meu não consegue ficar numa boa com ela sair de lá. Mas faz parte das coisas que "tem que acontecer". Mas não consegui devolver o papel assinalado com "não efetuarei nova matrícula"...

A minha esperança é que pro ano que vem ela consiga uma vaga na escola Municipal aqui perto de casa, mas essas coisas não tem como saber com antecedência e eu tenho medo de ficar sem a vaga na escola municipal e nem na escola que ela está agora.

Se eu conseguir manter ela nessa escola por mais 1 ano, no entanto, sei que ela tem uma vaga com bolsa em outra escola grande, mas só a partir do pré-escolar.

Além dessa, outra mudança muito significativa é que devo passar a fazer meu tratamento para TBH pelo CAPS aqui de Osasco. Ainda não fui marcar a primeira consulta, o que deve acontecer amanhã, mas essa faz parte das outras coisas que "tem que". Não tenho há muito tempo condições de manter o tratamento particular como venho fazendo nem bancar o custo dos remédios. Protelei o máximo que pude mas chega uma hora que a ficha cai e eu percebi, finalmente, que esse é um tratamento que eu farei a minha vida toda! Como bancar um tratamento pra vida assim, sempre na duvida se vou ter como bancar, sempre precisando depender dos outros para comprar remédios, pagar médicos, ter onde morar? Não dá mais pra me enganar...

Por fim,Taz está com os exames pré-operatórios marcados para fazer a vasectomia. Queremos aproveitar o convênio atual para bancar essa e outras pendências de saúde para poder trocar por um plano mais em conta. A decisão de fazer a vasectomia foi tomada, estamos ambos de acordo de que queremos sim mais filhos, mais pra frente, e que eles serão adotados. Sendo assim, para que eu não precise viver com as alterações de humor que tomar anticoncepcional me causam ele vai fazer a operação.

Assim que essas pendências de saúde estiverem terminadas nós faremos a mudança de convênio. Essa decisão, além de ser necessária financeiramente, precisa ocorrer para que eu possa me desvencilhar da empresa com a qual mantemos o convênio, começando um trabalho para limpar meu nome mais pra frente.
E, se tudo der certo, para eu poder também abrir uma empresa como Micro Empreendedor Individual para continuar trabalhando com os Cupcakes formalmente!

Enfim, olhando agora, penso que posso ter ficado chateada e realmente mal com o que aconteceu ontem. Mas é preciso ter o pé no chão e tentar manter a cabeça no lugar, aceitando que as coisas que tem que acontecer e que precisam ser feitas irão, na verdade me levar exatamente pra onde eu quero estar, mais uma vez. E que coisas ruins as vezes acontecem mas podem nos ajudar nesse processo do que precisa ser feito.

E aí, o que você acha?

domingo, 12 de agosto de 2012

Dia dos pais 2012

Sinto que é importante que esse dia seja seu, E ele é!

Dia dos pais, que espero tenha sido bom, junto dessa sua filha caçula. Rebeca passou o dia com você - que mais uma vez foi um pai presente e um companheiro atento e me deixou descansar.

Ontem teve festinha na escola da Beca e você foi, acordou cedo as duras custas depois de uma noite sem dormir por causa dos malditos pesadelos que voltaram a assombrar as nossas noites. Foi na festinha e ficou com a filha, que brincou até não poder mais!

Vocês voltaram cansados, você naquele mau humor tipico de quem não dormiu. Faz parte da paternidade eu te disse, e é verdade! Você foi descansar e eu tratei de fazer a filha descansar também, afinal teríamos outra festa pra ir no fim da tarde!

E hoje, seu dia!

Dia dos pais!

É um dia pra se comemorar sim, não importa o apelo comercial.

Nós temos nossas brigas, nossas mágoas, quase nos separamos, tudo isso é verdade. Mas nada anula o pai incrível que você é!

Atento, carinhoso, presente. Um pai moderno, que faz tudo que deve e mais um pouco: da colo, brinca, troca fralda, limpa bumbum desfraldado, da banho, toma banho junto, educa, briga e chama atenção quando acho certo e necessário, põe de castigo, da almoço, janta, mamadeira,. escova os dentes e impede o crescimento da taturana na boca da filha e ama. Ama demais!

E nós te amamos também! Feliz dia dos pais, Alexandre!

Você me deu a família que eu sempre sonhei ter. Obrigada!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Blogagem Coletiva - Leite é amor

Eu não pude amamentar a Beca no peito por muito tempo. E mesmo o 1 mês e meio que pude fazer isso teve que ter complementação. Coisas da vida, e sem dúvida da pouca informação que eu tive na época e da falta de apoio por parte dos familiares mais próximos. Sim, esse é um assunto difícil pra mim.

Quando a Beca nasceu eu tinha algumas teorias sobre amamentação bem boas que pude por em prática e ajudaram um pouco - como deve ser a pega correta do bebê ao seio por exemplo. Assim que ela foi levada para o quarto, já banhada e arrumada, coisa de 1h ou 2h depois de nascer, ela pegou o seio fácil. Mamou bem, mas dormia fácil com o peito na boca.

Meu instinto me falava muito que tudo bem deixar o bebê no peito. Meu marido foi fantástico nos dias que estávamos no hospital, chegando a segurar a Bebe no meu peito quando eu adormeci dando de mamar, ele sentado no chão a minha frente. E eu dormi nesse momento por causa de uma das coisas mágicas (pra alguns) da amamentação: era muito prazeroso e relaxante!

Eu gostava muito da sensação de tê-la ali comigo, sentir a boquinha dela sugando, o cheiro dela, ter aquele momento tão nosso. Nossa ligação já era forte desde sua concepção e aquela era uma chance que tínhamos de estreitar isso.

A coisa começou a desandar tão logo viemos pra casa. Muita gente dando palpite, as cólicas, tudo. E eu tinha leite. Infelizmente pelo jeito não o suficiente pra ela engordar e quando fomos ao pediatra ela havia perdido peso. Ai os palpiteiros foram ainda mais implacáveis e eu acabei dando complemento pra ela algumas vezes, ainda no copinho.

Infelizmente eu fui me estressando muito, comei aquela história de dar de mamar a cada 3 horas, tirar a roupa da Beca pra ela não adormecer durante o sono, dúvidas, dúvidas e muita insegurança. Quando na segunda consulta com o pediatra ela não havia ganho nenhum peso a complementação se fez necessária.

Eu não sabia nada sobre relactação naquela época e, mesmo que soubesse, não sei se teria tido força pra nadar contra a corrente e tentado.

Depois de 2 semanas que introduzi a mamadeira a Beca pegou sapinho e o peito que ela ainda não tinha largado mesmo com o complemento teve que lhe ser negado. Eu já estava tão mal nessa época que eu sabia que era ali que eu teria que retomar meus remédios para a bipolaridade. A depressão batia a minha porta e eu não podia insistir mais e nem sabia como.

Encontrei, no entanto nos momentos que dei de mamar para a Beca com a mamadeira um prazer diferente. Percebi que tinha muito mais a ver com a minha entrega aquele momento que o fazia tão nosso. E segui, me cuidando mais, descansando como mandava a recomendação médica, mas aproveitando cada mamada que eu dava pra ela.

Hoje a Beca esta com 2 anos e 10 meses. Uau! E segue mamando viu? eu ouço as vezes a pergunta: "mas você ainda da mamadeira pra ela? Não ta na hora de cortar isso não?" Eu sorrio, falo que logo faremos isso, mas que não vou forçar. Nunca forcei nenhuma mudança à Beca pra nada e não vou começar agora. Sei que o "mama" é importante pra ela, um momento em que ela se sente segura. ela mama pra dormir e quando acorda. Nos dias que tem noites mais difíceis ela acorda de madrugada e pede mais uma mamadeira pra voltar a dormir. Ainda é um momento nosso de tal forma que não importa o meu cansaço e o quanto eu precise continuar dormindo ela já não aceita receber esse "mama" de mais ninguém se depender dela.

A amamentação não é algo natural como muita gente acredita, não pra todo mundo. Quer dizer, é, mas ser natural não significa que seja fácil! E é importante ter apoio nesse momento pois estamos muito fragilizados e acabamos sendo influenciados muito facilmente. Por melhor que possam ser as intenções muitas vezes mais ajuda quem não atrapalha.

Se eu posso dar um conselho pras mães que ainda estão vivendo esse momento é: se você quer amamentar, insista, lute, se informe e peça ajuda! E amamente com amor! E se tudo der errado e a mamadeira entrar na jogada, se dê o direito de sofrer um pouquinho mas respire fundo e continue ali, por que é o amor que torna o momento tão mágico.

"Esse post faz parte da Blogagem Coletiva com objetivo de incentivar a doação de leite materno aos Bancos de Leite. Saiba mais informações de como doar clicando no selinho!"



terça-feira, 7 de agosto de 2012

Convite aberto para Blogagem Coletiva

Gente, hoje venho convidar as mães blogueiras - e pais tb! - a participar de uma blogagem coletiva proposta pela Nívea do Mil Dicas de Mãe. Segue o convite como ela me fez abaixo:

Gostaria de te fazer um convite: participar da blogagem coletiva que estou organizando para o dia 09 de agosto, próxima quinta-feira, com o tema “Leite é Amor”. Explico: sou da área da saúde por formação e tenho amigos que trabalham em um dos maiores Bancos de Leite do país. Conversando com eles, fiquei sabendo que assim como acontece com os Bancos de Sangue, os Bancos de Leite têm uma queda muito grande nas doações durante o mês de julho, provavelmente em função das férias escolares e possíveis viagens das doadoras. Isso acontece no Brasil inteiro, e em muitas cidades os bancos estão com os estoques baixíssimos. Então pensei que seria uma ótima oportunidade para nós, mães blogueiras, nos unirmos em prol dessa causa nobre: divulgar essa necessidade dos Bancos de Leite e incentivar a doação. Topa se unir à blogagem?

A blogagem coletiva acontecerá da seguinte maneira:

- As blogueiras que quiserem participar solicitam o selinho da blogagem pelo e-mail contato@mildicasdemae.com.br. 

- No dia 09 de agosto poste um texto com o tema “Leite é Amor”. Vale contar qualquer momento especial durante o aleitamento do filho, independente se foi aleitamento materno exclusivo, com leite de algum banco, de fórmula industrializada (o importante é o amor de mãe, certo?). A primeira mamada, o primeiro olhar, as dificuldades, as dores, as alegrias... A blogueira é quem manda! Se preferir, pode postar novamente um texto antigo, mas não se esqueça de colocar o selinho da blogagem.

- No fim do post, coloque o selinho da blogagem com o link para o Mil Dicas de Mãe (www.mildicasdemae.com.br). Lá no meu blog eu postarei nesse dia um texto explicando o que é um Banco de Leite, para que serve, a necessidade de doação (ainda maior nesse momento do ano) e uma lista de bancos de todo o país. Também colocarei o link para cada um dos blogs participantes, para que todos conheçam as lindas histórias que cada uma tem para contar!

- Logo depois que postar, mande um e-mail para contato@mildicasdemae.com.br para confirmar sua participação na blogagem e participar do sorteio dos prêmios.

- Para incentivar a participação das blogueiras, haverá o sorteio de dois livros sobre maternidade e filhos. O primeiro se chama A Maternidade e o Encontro com a Própria Sombra, da psicoterapeuta Laura Gutman, e o segundo é Filhos – Manual de Instruções para Pais das gerações X e Y, da educadora Tania Zagury. Se quiser concorrer a apenas um deles, é só me avisar. 

Espero que possa se juntar a nós nessa blogagem! 
Grande beijo, Nívea Salgado


Vamos participar!!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Errar é humano, mas dói muito...

Não consigo tirar o caso da cabeça tal qual é a minha culpa e vergonha pela forma que agi. Talvez eu me cobre demais e errar seja humano, mas acredito de verdade que é importante me sentir mal para não cometer o mesmo erro.

Esse sábado Taz saiu com os amigos depois do trabalho. Eu e a Beca ficamos em casa pois eu estava indisposta. Ele só esqueceu de me avisar que tinha decidido ir, coisa que só fui descobrir no fim da tarde quando eu mesma decidi ligar pra ele, mas ok, not a big deal, não fiquei brava nem nada, não teve briga, nada disso.

A Beca nessa hora ja estava mostrando sinais claros de cansaço e quando fui coloca-la pra dormir, perto das 20h, senti ela meio quente. Me convenci que era só sono, até por que eu estava exausta, e ficou por isso mesmo. Ela dormiu sem dificuldade e eu assisti um filme no computador e fui pra cama também.

Durante o filme percebi que estava com dor de cabeça e muito mal estar, mas achei que era a tensão por causa do dia longo. Deitei com aquela sensação de mal estar mas aí já estava meio ressabiada - Rebeca não estava bem e provavelmente acordarias de madrugada. Eu precisava dormir um pouco pois a noite não ia ser fácil. E não foi...

Ela acordou perto da 1h da manhã, com febre. Demorou pra se acalmar, fez onda pra tomar o remédio. O problema é que eu já tinha tomado os meus remédios e -  acho que já contei aqui - eu não acordo bem sem pelo menos 6h de sono ininterruptas. Levanto, mas não tenho paciência nenhuma e fico muito nervosa, estourada, fora de controle mesmo.

Acabei forçando a barra e tentei fazê-la tomar o remédio meio a força, segurando os braços dela. Claro que não funcionou e só deixou ela ainda mais nervosa e insegura - e eu tentando me acalmar também pra conseguir ajudá-la.

Meu pai, nessa altura, acordou assustado e veio ver o que estava acontecendo. Eu expliquei e ele me ajudou a acalmá-la. Liguei pro Taz e pedi pra ele voltar pra casa pois temia que tivesse que levá-la ao médico para tomar medicação. A febre medida em 38,7°

Meu pai me ajudou bastante, conversou com a Beca e no fim conseguimos fazer ela tomar a medicação. Esperei a febre baixar um pouco e tentei colocá-la pra dormir. Ai eu ja estava desesperada pra que ela dormisse pra poder voltar pra cama também. Depois de mais de meia hora tentando fazer ela voltar a dormir, quando ela estava adormecendo, o Taz chega e ela acorda de novo.

Nesse ponto eu já estava bem mal, mais dormindo que acordada mas sabia que ela não aceitaria ficar com ninguém diferente de mim e continuei tentando fazer ela dormir.

Dessa vez ela decidiu que queria dormir com um ursinho de pelucioa que tem, mais pra poder ficar brincando e continuar acordada que outra coisa, mas ok, não valia a pena discutir. Mas conforme ela ia brigando contra o sono e contra as minhas insistentes tentativas de fazê-la dormir eu fui perdendo a calma, o controle, e comecei a brigar come ela.

Não gritei, mas falei brava e sério, como se não dormir fosse de fato uma escolha pra ela.Disse que iria tirar o ursinho se ela insistisse em brincar e não dormir.

E claro que ela continuou brincando.

E eu peguei o ursinho das mãos dela, num rompante de fúria, e simplesmente joguei longe. Da forma mais infantil possível, como se a criança ali fosse eu.

Ela não entendeu, e chorou. Chorou sentido, por ter seu brinquedo arrancado de suas mãos.

A culpa veio instantânea. Peguei o bichinho no chão e devolvi e pedi todas as desculpas do mundo e mais um pouco. Abracei, beijei e prometi que nunca mais agiria assim.

Não sei o quanto ela entendeu disso tudo, demorou um pouco mas se acalmou. E eu, vendo que quem não tinha se acalmado era eu e que corria o risco de brigar com ela de novo acordei o Taz - que a essa hora até já dormia - e pedi pra ele ficar com ela pois eu já tinha ultrapassado meu limite a muito tempo.

E quando ele foi pra sala com ela e eu me vi sozinha no quarto eu desabei e chorei. Chorei muito, de nervoso, de tristeza, mas principalmente de vergonha e de culpa.

E conseguindo chorar eu me acalmei. E me acalmando eu sabia que ela também não estava bem e voltei pra sala. Rebeca chorava baixinho e eu sei, dessas coisas que mãe sabe, que ela estava se sentindo culpada também. Como se ela, coitada, tivesse feito algo errado pra eu estar daquele jeito e ter agido com tanta violência com ela.

Sentei no chão, conversei com ela, pedi desculpas. Tudo que ela fez foi pedir meu colo, meu abraço. Eu era tudo o que ela queria.

Peguei ela no colo e o Taz voltou pra cama após protestar um pouco e me ouvir falar que estava melhor.

E eu a coloquei pra dormir.

E por mais que eu tente eu não consigo tirar aquela sensação que tive quando a vi chorando: quem fez errado e agiu de forma estúpida fui eu mas ela estava ali acreditando que tinha feito algo errado.

Eu espero nunca mais fazer minha filha sentir isso de novo. Nunca!

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Um novo começo

Beca voltou as aulas. Voltou feliz de verdade, com direito a abraço na professora e tudo! Sabe aquelas coisas que dá gosto de ver quando a gente fica com duvida se fez a escolha certa sobre a escola do filho? Ela gosto muito de lá, de verdade.

Vamos fazer um esforço bem frande pra mantê-la lá esse ano. No entanto no próximo já é decis~çao tomada - ainda mais por depender de mim tomar essa decisão - ela não continuará lá. Se conseguirmos vagas vai pra escola Municipal aqui perto de casa mesmo.

Eu continuo batalhando pelos cupcakes. Temos pagina no Facebook e tudo, está ficando chique! Logo mais teremos também a lojinha virtual que estou montando.

Essa foto foi uma amiga que tirou e montou pra ajudar na divulgação. E é a Beca minha garota propaganda!



O Taz começou o serviço novo essa semana. Fez inscrição no curso pra tirar o Creci e se tornar corretor de imóveis! Por enquanto está trabalhando como estagiário na área. Esta animado e tentando traçar objetivos dentro da nova carreira. Não é um trabalho fácil, requer muita dedicação, jogo de cintura. bom humor e jeito com pessoas. Mas ele esta motivado e eu estou procurando dar meu apoio.

Vamos levar alguns meses mais difíceis, abrir mão de algumas coisas, fazer escolhas do tipo "o que nós não vamos pagar esse mês" mas acredito que estamos no caminho certo.

A primeira escolha que fizessemos foi dar um passo atrás e minimizar os custos. Dar tempo para ele terminar o curso, tirar o CRECI, aprender o trabalho novo. Apertar o cinto. E seguir adiante!

E você, quais seus planos?