De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

segunda-feira, 27 de maio de 2013

E a retrospectiva não terminou... Mas o aniversário passou.

Sábado foi meu aniversário e eu acabei não conseguindo terminar minha retrospectiva antes dele. A semana passada foi uma semana muito corrida e muito estressante. Voltei a ter insônia, uma crise de hipomania, e estou me recuperando dela aos poucos.

Saldo positivo no entanto. A festa foi aqui em casa e foi bem divertida. Podia ter sido melhor é verdade, mas foi legal. Só estou sentindo falta de todas as minhas outras comemorações... Então devo dar uma esticada essa semana e fazer outros programinhas... E isso faz parte da minha normalidade.

O resultado da hipomania foi uma semana de trabalho nada rentável e 2 compras não programadas pela internet, mas de valores bem baixos. (Ufa!)

Minha segunda foi lenta, acabei passando a manhã na cama com um resfriado resultante do fim de semana agitado e da queda abrupta de temperatura na madrugada de domingo pra segunda aqui em SP. Mas foi bom passar o dia na cama. Descansei bastante e consegui trabalhar bem e me sinto renovada.

Preciso de uns 3 dias desses pra curar-me da alta excessiva no humor. Mas tenho uma filha que não me permite esse luxo, sabem como é né?

Vou tentar terminar minha retrospectiva um pouco atrasada então, ao longo dessa semana. Continuem acompanhando, ok?

Boa semaninha curta pra vocês!


Meu bolo!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Continuando, minha história....

...Contei um pouco de como foi minha primeira infância. Agora chego no momento em que minha vida começou a mudar. Eu tinha 8 anos...

Mas a verdade é que não sei bem como continuar essa história.

Não bastaria dizer que as coisas mudaram?

Mas ai vem a pergunta: mudaram como?

Bom, começo por dizer que meus melhores amigos saíram da escola. Ficamos eu e um amigo e mesmo assim, eu, estigmatizada pela questão do peso, problema esse que nós compartilhávamos, me afastei com medo das gozações.

Nessa época começamos a ter problemas aqui em casa e eu não saberia quantificar o quanto e como isso afetou meu comportamento. Mas eu acho que muito, demais. Talvez tenham sido esses problemas em casa o real motivo da mudança.

Sei que me tornei bem mais tímida. Fiquei bem mais triste também. eu que antes tinha tantos amigos de repente me via lutando para manter alguns poucos, mas bons amigos. De um ano pro outro, eu que antes era uma menina popular deixei de ser. E era muito azucrinada pelos meninos e meninas novas que estavam em sala.

Eu fazia ginástica nessa época e natação e as gozações nesse outro ambiente também eram frequentes. E com isso eu entrei num ciclo  muito comum a todos os bipolares (apesar de não saber dizer se isso ja era um sintoma da doença ou não) que é o de desistir das coisas no meio, sem terminar.

Desisti da natação e da ginástica, coisas que eu adorava. Mas desisti.

Comecei a fazer piano. E eu era muito muito boa nisso, tinha muita facilidade e uma ótima noção de ritmo. Mas quando a pressão começou a aumentar, quando minha professora teve que se ausentar por alguns meses e deixou no lugar outro professor não tão compreensivo com minha forma pouco ortodoxa de fazer as coisas, pronto. Estava feito o estrago. E eu acabei desistindo também.

Nesse ponto a minha autoestima já estava muito comprometida e a verdade é que as coisas só pioraram. Eu fui me fechando cada vez mais para o mundo, socializando menos, ficando com mais vergonha de mim mesma.

Eu me refugiava em casa com minha irmã e jogando vídeo game.

Quando sai da escola da quarta para a quinta série existia uma grande esperança de que ao voltar a estudar na mesma escola que minha irmã as coisas melhorariam. Mas foi o oposto. eu era muito mais estigmatizada na nova escola, pelos novos colegas. Além de ser gordinha eu era a chamada CDF que ia bem em tudo. Nerd mesmo. E não consegui fazer amigos.

Eu passava os recreios na biblioteca da escola. O sentimento que tinha era de querer que aquelas horas n escola passassem logo. Era de querer sumir, de chamar pouca atenção. Eu estava virando um pré-adolescente e nessa época eu claramente estava deprimida.

Houveram algumas poucas inciativas das outras crianças da escola de se enturmarem comigo. Mas eu já não tinha tanto pique e nós já éramos muito diferentes. Meus interesses já divergiam totalmente da massa.

Em casa entramos num período ainda mais negro pois eu como adolescente deixei de ser tão passiva e passei a discutir muito, com todos e sobre tudo. Não aceitava as coisas sem explicação e nem fazer o que não tinha vontade. Entrei de vez na tal adolescência num período crítico dos problemas que vivíamos por aqui e então que meu refúgio se tornaram o computador, o vídeo game e as madrugadas.

Eu ja apresentava muita dificuldade pra dormir.

Um dos grandes problemas pra mim nessa época foi o fato de meus pais não enxergarem o meu comportamento como um problema médico. eles não reconheciam a depressão e creditavam tudo a minha idade e ao tempo excessivo na frente da tv.

Mas eu estava doente e precisava de ajuda.

Passei 2 anos inteiros assim. Nas férias eu ia para SPAs tentar emagrecer, com o sonho de que uma grande mágica se fizesse e eu voltasse para a aula no ano seguinte como outra pessoa. Uma pessoa de quem as outras crianças não iriam atormentar e teria amigos.

Isso claro não acontecia e depois de algumas semanas no SPA eu entrava numa depressão profunda e ligava para os meus pais desesperada para voltar para casa.

Quando entrei na 7ª série eu tive minha primeira virada. Foi algo um tanto proprosital. Eu tinha tido uma expriência com adolescentes mais velhos nas ´férias de julho do ano anterior e comecei a escrever contos eróticos e distribuir ara meus colegas de sala lerem. e de repente passei a ser reconhecida de uma forma não tão ruim assim, na minha visão na época. Então quando cheguei na quinta série eu decidi que eu seria essa pessoa: bad girl.

Eu ia com roupas provantes pra escola. Quando eu ia, pois eu matava aula com frequência. Escrevia textos eróticos, falava de forma insinuantes, tudo tinha uma segunda intenção. Fazia projetos provocativos na aula de artes. Eu aprendi que chamar a atenção era uma arma muito melhor que ficar no meu canto. e eu tinha a sensação de controle sobre a reação dos outros.

Em casa eu brincava com as crianças do meu prédio, mas pouco. Ficava muito mais tempo em casa, na frente da tv comendo porcarias. Mas conheci os maus elementos do préido e foi com eles que comecei a andar. Eu estava criando uma má fama pra mim mesma propositalmente e parecia fazer sentido alimentar isso fora da escola também.

Mas por dentro eu sofria o tempo todo. Sentia uma dor constante. Brigava muito, chorava quase todos os dias. Quando a coisa ficava feia mesmo eu usava uma gilete para me cortar. Era uma forma que eu tinha de colocar pra fora e tentar mostrar a dor que eu estava sentindo. De ver se a dor física de alguma forma podia ser mais forte que a dor interna que eu sentia e me corroía.

No meio do ano cheguei ao meu limite. Meus pais procuraram finalmente me levar ao médico, um psiquiatra, que me diagnosticou com facilidade com PMD - Psicose Maniaco Depressiva -  e me medicou com antidepressivos.

Eu acabei largando a escola depois de criar um projeto de artes um tanto quanto polêmico.

Eu tinha 13 anos. Não tomei os remédios por mais de um mês e parei.

A partir dai minhas lembranças são muito confusas. Não consigo mais saber com exatidão a ordem dos acontecimentos. Eu mudei de escola diversas vezes. Nós nos mudamos de casa pelo menos 2 vezes.
Eu comecei a melhorar quando meus pais insistiram que minha irmã me incluisse no grupo de amigos dela, de RPG e me levassem com eles nos programas.

Nessa época eu me senti fazendo parte de algo. me senti fazendo amigos de verdade pela primeira vez. Senti que gostavam de mim. era bom e meu deu um rumo de onde procurar pertencer.

Comecei a ir com minha prima  econtrar esse grupo que jogava RPG onde minha irmã ia. Eu gostava do jogo, me divertia, e foi ali que me senti em casa pela primeira vez em anos. Fiz amigos de verdade, e passei a ir para esse local todos os fins de semana.

Quando eu matava aula era pra lá que eu ia também. era o meu refúgio.

Aos 14 anos eu ja era uma adolescente com um comportamento bem avançado. Saia de casa na sexta a noite, sábado de dia, passava as madrugadas em bares e baladas e voltava apenas de manhã. Outras vezes chamava meu pai para ir me buscar. Muitas e muitas vezes eu chamava meus amigos para irem jogar RPG em casa e nos apertávamos em 12, 15 pessoas dentro do meu quarto.

Mas eu era feliz, na maior parte do tempo.

Eu tinha mudanças de humor sim, e isso era frequente, mas elas não eram tão fortes. Acabou virando parte da minha personalidade, uma piada até, mas com que meus novos amigos conviviam com facilidade. Afinal, todos éramos adolescentes, párias de outros meios. Nos reconhecíamos nas nossas diferenças.

E tudo era muito intenso. As paixões, as brigas, as amizades.

Foi nesse meio que conheci o Taz, hoje meu marido. Nós nos tornamos amigos e assim permanecemos por 2 anos antes de começarmos a namorar. Ficamos juntos pela primeira vez pouco depois do meu aniversário de 16 anos e não nos separamos mais.

E ai começou uma nova fase da minha vida...

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Semana de aniversário - 31 anos em 5 dias, ou algo assim

Final de semana que vem é meu aniversário. Completo 31 primaveras da forma de que gosto, entre família e amigos, com muita comida boa. Coisa de italianos, sabem?

Não sei se vou conseguir escrever todos os dias, mas vou tentar resumir nessa semana essa experiência doida que tem sido minha vida para, quem sabe daqui 30, 60 anos,eu ter com o que comparar.

Vou começar a história com aquelas lendas da vida, de que eu sempre fui muito apressada. Tão apressada que resolvi nascer de 7 meses. Minha mãe conta que eu cabia em uma caixa de sapato masculino. E contam meus pais que um olhou pro outro e disse "ela parece com você!" tal era a carinha de rato que eu tinha.

Demorei 1 mês pra sair do hospital pois não ganhava peso de jeito nenhum. Começou ai uma neurose por parte dos meus pais em me fazer ganhar peso, então minha mãe me dava de mamar e ainda complementava com leite em pó pois alguém disse a ela que eu tinha que ganhar 30gr por mamada. Sim, eles me pesavam antes e depois. E sim, depois de mamar no peito e a mamadeira inteira eu vomitava tudo no primeiro colo que se presasse a me fazer arrotar.

Obviamente eu passei dessa fase muito bem, obrigada. Cresci, ganhei peso e me tornei uma criança bem normal. Do que me lembro da minha infância, isso já lá entre 3 e 4 anos de idade, fui bem feliz por um bom tempo.

Tinha muitos amigos que migraram comigo do berçário para o jardim da infância da escola ao lado. Uma dessas amigas eu mantenho um certo contato até hoje, mesmo que a distância. E ela me entende como ninguém.

Tenho poucas lembranças da fase do maternal. Lembro do gosto de um macarrão que foi feito numa festinha da escola, que estava ruim, muito ruim, e cheio de coloral. Não gosto de coloral até hoje por causa disso, acredito. Lembro de uma casinha de bonecas que tinha na escola onde brincávamos na hora do recreio. Lembro de quase sempre escolher as brincadeiras e ser mandona desde sempre. Ok, não sei o quanto lembro disso e o quanto sou influenciada pelo relatório de uma professora minha dessa época que meus pais tem guardado até hoje. Mas acredito.

Lembro de uns amiguinhos estarem zoando com a minha cara e me provocando, isso gerar uma discussão e eles darem com uma daquelas peneiras grandes no meu rosto - tipo do ditado tapar o sol com a peneira? - e eu chorar muito. Lembro de ser provocada, sim, desde pequena por causa do peso...

As duas escolas que frequentei em minha primeira infância eram no modelo socio-construtivista e tinham um esquema bem experimental. Altos dos anos 80, tínhamos muita liberdade para brincar e criar e explorar.

Quando entrei para o Jardim conheci minha primeira paixão. Pois é, eu lá com meus 5 aninhos toda encantada por um menininho da minha sala. Ela era lindo! Cabelos bem pretos, olhos verdes claros, covinhas que apareciam a cada sorriso e que sorriso! Eu adorava ele demais!

Só que isso aconteceu, pobre de mim e minha precocidade, naquela fase em que meninos e meninas não se dão tão bem. E ele me provocava. Eis que ganhamos então nossos apelidos - Mônica e Cebolinha. E claro que ai as provocações sobre o peso aumentaram.

Isso rendeu muitas brincadeiras. Nos tornamos bons amigos, ele frequentava minha casa e eu a dele. Na escola nós fomos quase lideres das facções feminina e masculina. E sempre, sempre, éramos o casalzinho.

O ano passou, nós começamos a crescer. Eu aprendi coisas mais cedo que o resto da minha turma, como sobre de onde vem os bebes e como eles são feitos (sem riqueza de detalhes) e contei pra minha sala toda. Eu fui a Mônica, a Sheha, e todas as mocinhas dos desenhos animados da época.

Além dele, tinha minha amiga inseparável - essa que converso até hoje - e mais um grande amigo. Eramos sempre os 4 juntos. Era muito bom!

Outra coisa que eu sofri muito, por que criança tem imaginação fértil e acredita em tudo, foi com as armadilhas que ele preparava pra mim. Ele dizia que prepara as armadilhas no parque em volta da escola (um jardim enorme que envolvia todo o prédio da escola) e que eu iria cair e me machucar. Eu acreditava e não queria nem ira pra escola, com medo. Medo tal que meus pais ficaram preocupados e foram até descobrir do que eu estava falando. Se acalmaram quando descobriram que as tais armadilhas não passavam de buracos feitos na areia com as mãos, na profundidade de um pé de criança.

Eles se acalmaram, eu demorei mais quase um ano pra perder o medo mesmo.

Quando alcancei a primeira série a minha história começou a mudar. Eu tinha ganhado bastante peso e as outras crianças se tornaram um pouco mais cruéis e de repente de líder das meninas eu fui ganhando outro estigma. E pra ajudar, comecei a apanhar de um menino que queria se auto afirmar na escola nova e tinha ouvido falar que eu era "a boa" e, pelo que sei, ele viu ai uma forma de aparecer e ganhar respeito.

Outros fatores, problemas em casa, foram então cruciais para que eu mudasse meu comportamento e começasse a me tornar cada vez mais reclusa, tímida e bem mais frágil. Minha irmã assumiu ai um papel importante, me protegendo de ameaças, me incentivando a continuar socializando e estando ao meu lado.

Quando passei da primeira para a segunda série minha vida mudou de vez. Eu já não era mais a mesma menina. Meu amiguinho por quem eu era apaixonada saiu da escola e muitos alunos novos entraram em cena. E minha vida nunca mais foi a mesma...

Continua...

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Papo de Mãe sobre bipolaridade nesse Domingo

Papo de mãe nesse Domingo sobre Transtorno Bipolar na infância e adolescência,
O Programa vai ao ar as 15h45 no canal TV Brasil.
Para saber mais, acesse o blog do programa clicando AQUI

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Hipomania a gente vê por aqui...

Essa semana tive um gatilho daqueles fortes. Gatilho é aquele impulso inicial que nos leva a sentir alguma coisa, no caso. E para bipolares significa o evento que levou a uma mudança de humor, seja para uma fase depressiva seja para uma fase de mania.

Dai que esse gatilho me deixou mais "alegrinha". Não, sério, to sendo super modesta, to um tanto fora do eixo.

Não perdi completamente o controle, mas estou sofrendo de insônia, coisa que não acontecia há anos. Durmo e acordo no meio da madrugada e tenho muita dificuldade de voltar a dormir. Por sorte tenho a chance de dormir até mais tarde enquanto esses episódios não se resolvem, e acredito que seja exatamente isso que me mantém num certo controle.

Mas é difícil, como eu sempre imaginei que seria, ter filho pequeno e sofrer de insônia. Por que mesmo voltando a dormir não é como dormir direto. E eu durmo mais umas 2 horas no máximo, um sono agitado, diferente, pouco reparador. E a Beca não entende nada disso né?

Fico mais no limite e tenho dificuldade de me expressar além do normal. A paciência que é um dos meus pontos fortes vai pra longe e eu não consigo lidar com situações rotineiras da forma como acredito e procuro praticar sempre.

Não me entendam mal. Eu nem cheguei a gritar com a Beca nem nada do gênero. Nem perto disso. Mas fui mais enfática e dei muito menos explicações do que ela precisa e esta acostumada a ter. As vezes não consegui dar explicação alguma, só mandei e pronto.

Sabendo dessa dificuldade eu estou abusando da ajuda alheia e tentando relevar o máximo do comportamento dela. Abuso da ajuda da TV e do computador também, admito. E como ela gosta de ver videos de música no computador e é algo que eu sempre faço comigo do lado dela, com ela no meu colo, as vezes cantando junto (quando ela não reclama que eu cante) é por ai mesmo.

Do jeito que as coisas estão hoje sei que tudo que eu preciso são de algumas boas noites de sono, talvez um dia de folga pra extravasar mesmo.

E tomara que isso passe logo e sem muitos revezes...

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Ser criança é simples

Esse fim de semana temos o aniversário do filho de uma amiga muito querida pra ir. Daquelas pessoas que você gostaria de ter mais perto mas que não consegue, sabe?

O aniversário é temático, super heróis. e pra animar a festa minha amiga sugeriu que as crianças fossem fantasiadas como super heróis também.

E nós estamos completamente sem grana. Mas ok, a ideia parecia divertida, e eu pensei que valia a pena investir numa fantasia. Mas não deu.

Só que eu já tinha falado pra Beca que eu ia conseguir a fantasia e ela tinha até escolhido o super herói que queria. Estava toda animada.

Então tive que falar com ela que não pude comprar a fantasia. Mas enquanto fazia isso tive a ideia:

-- Filha, mamãe não vai poder comprar a fantasia... Mas que tal se a gente pegasse aquela camiseta do papai e transformasse num vestido pra você ir pra festa?
-- Mesmo? Num vestido? Então vamos!

E levantou correndo do sofá, indo pro quarto atrás da tal camiseta.

Colocamos um cinto e pronto, lá estava minha "menina aranha". Dançando em frente ao espelho, contente que só ela.

Tenho certeza que nem sempre vai ser simples assim. Conforme a gente cresce aprendemos a complicar as coisas.

Mas estou feliz que hoje fazer minha filha feliz foi algo simples como colocar um cinto em uma camiseta tamanho XG do personagem que ela gosta.

domingo, 5 de maio de 2013

Dos bons fins de semana que temos tido

Hoje é domingo e é o primeiro domingo no último mês que ficamos em casa. Isso por que Rebeca está com sinusite, com enjoos e um pouco de febre. Ai não dá, tem que ficar de molho mesmo não querendo.

Mas depois de 3 anos e 7 meses de maternidade real já não entramos em desespero por causa dessas coisas. Ficamos preocupados sim, e eu fico apreensiva e arisca, é verdade. Mas não mais desesperados. Em poucos dias ela vai estar melhor e de volta a a rotina. Acho até que vai dar pra curtir o próximo fim de semana já, quem sabe?

Mas era dos nosso fins de semana que eu queria falar. Por que eles tem sido muito bons, sabem? E acho legal poder compartilhar as coisas boas também.

Desde que minha cunhada teve bebê em circunstâncias irregulares, há um mês atrás, Taz sugeriu e nós acatamos, de pegar nosso sobrinho, filho mais velho e sofrendo com ciúmes da irmã, e trazê-lo para passar o domingo conosco.

Antes disso ele, Taz, como contei, voltou a sair com a Rebeca com mais frequência para ela brincar no parque e coisas assim e eu me juntei a eles. E nessa onda, juntamos nosso sobrinho em nossos passeios de domingo.

E descobrimos algo muito legal: o teatro!

Rebeca já havia ido no teatro 2 vezes no ano passado e gosta muito desse tipo de passeio. Meu sobrinho nunca tinha ido e resolvemos dar a ele essa oportunidade. E encontramos um teatro bacana, bem em conta, e com um grupo muito talentoso. Foi amor a primeira ida!

Meu sobrinho adorou, tanto que até participou e subiu no palco numa peça mais interativa. Rebeca então nem se fala.

E assim, como quem não quer nada, estamos estabelecendo novas rotinas, divertidas, melhor que ficar na frente da tv dentro de casa. Unimos um programa cultural a delícia que é estar em família. Recomendo!

Esse domingo não faremos isso e sei que vai fazer falta. Mas tudo bem. Por que agora aprendemos o caminho das pedras.

E vocês, o que gostam de fazer nos domingos?