Desde que Rebeca tem 1 aninho ela tem um cofrinho. Nós vamos juntando moedinhas lá dentro e chegando perto do Natal compramos alguma coisinha pra ela. Nunca juntamos muita coisa, nunca deu pra comprar um presentão, mas a ideia nunca foi essa mesmo.
A relação da Beca com o cofrinho e com o dinheiro que juntamos vem se desenvolvendo com os anos. Primeiro ela brincava com as moedas de tirar e colocar de volta sem a tampa. depois começou a tentar encaixar as moedas de volta no buraquinho das moedas, e quando ela alcançou seus 3 anos nós começamos a introduzir as utilizações do dinheiro e o que se faz com ele nas conversas, com naturalidade, como uma coisa é consequência da outra, etc.
Esse ultimo ano então tem sido bastante transformador. Transformador por que introduzimos pra ela que o dinheiro ali dentro é dela. Que ela pode ir guardando as moedinhas. Ela entende melhor que aquelas moedinhas que estão lá dentro tem algum valor.
Mas ai a gente sempre fica na duvida se está ensinando os valores certos pros filhos né? Por que educar não é fácil, e a gente dificilmente tem chance de saber no processo onde estamos errando e acertando.
Esse fim de semana fomos viajar com minha irmã para visitar a família no interior. No caminho, pedágio, lembrei que eu tinha pouco dinheiro. Falei isso alto, e a Beca, prestando atenção na conversa, vira pra mim e fala:
-- Eu tenho, mamãe. Tenho dinheiro no meu cofrinho. Você pode pegar, eu deixo.
Solidariedade é mais importante que dinheiro. Ponto pra mim.
Mostrando que não deve ser tão diferente ser mãe quando se é ou não bipolar, por que toda mãe tem o seu ladinho insano quando se trata de cuidar do filho. Esse blog tem o objetivo de narrar a experiencia de uma mãe que tem de enfrentar essa fase da vida com a duvida constante, o medo, de como, quando e quanto, sua bipolaridade pode afetar a vida de sua filha. Lidando com a linha tênue entre "normal" e "anormal"...
De mãe e louco todas temos um pouco
Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Falando sobre bebês
Esse ano uma amiga muito próxima teve bebe logo no comecinho do ano. Rebeca acompanhou a gravidez toda, viu a barriga crescer, foi no chá de bebê, essas coisas, e temos acompanhado da forma que dá - ja que a distancia não ajuda - o crescimento.
Além disso, ela ganhou uma priminha no meio do semestre passado, envolta numa história complicada com direitos da parturiente no hospital e complicações. No fim tudo ficou mais ou menos bem, e agora convivemos com certa frequência com a bebê.
No dia dos pais fomos ao chá de bebê de mais um priminho, filho da prima do meu marido. Daquelas próximas de verdade, mais irmã que prima sabem? É um bebê temporão, ela com 40 anos jurando que não ia engravidar mais, feliz com o filho de 20 e a filha de 11 anos, e ai, pronto, descuidou um pouquinho... Ta ai, pra nascer em outubro. E é outra gestação próxima.
Pra completar a onda de bebês na família, a filha mais nova da minha cunhada que casou no ano passado descobriu que está grávida e completou 12 semanas no mesmo dia do chá de bebê comentado acima.
Daí que é muita gente gravida e com bebês novinhos pra Rebeca não notar e ficar curiosa, né?
E de um mês pra cá as perguntas e as historinhas vão aparecendo.
As ultimas foram essa semana, quando ela finalmente - e digo finalmente por que acho que chega um momento que toda criança fala isso - ela disse:
- Mamãe, o que que tem dentro da sua barriga?
- Na minha barriga, filha? Nada, ué, por que ? O que você queria que tivesse na minha barriga?
- Um neném!
dei risada, fiquei sem graça, e resolvi dar corda:
- É mesmo, filha? Você queria um irmãozinho?
- IrmãzinhA. Menina!
-Ah tá certo! E você queria que essa irmãzinha fosse grande igual você ou pequenininha, bebe, igual a sua prima?
pensou um pouco...
- Pequenininha, bebê!
Eu ri um pouco mais e não aguentei:
- Ah filha, quando as coisas estiverem um pouco melhores pra gente a mamãe tenta arranjar uma irmãzinha pra você, ta bom?
E hoje, eu assistindo Discovery Home&Health, passando programa sobre bebe, ela se interessa e começa a assistir comigo. eu não me importo, visto que não achei que apareceria nada impróprio a idade dela. Acaba o primeiro programa, ela pergunta:
- Mãe, vai passar mais desenho de neném?
- Vai sim filha, você quer continuar vendo comigo?
- Quero!
O programa seguinte no entanto não era como o primeiro com o bebe já em casa. Era sobre o parto de um neném. E a mãe ia ter o neném de parto natural, na água.
Eu sempre acho que temos que agira com naturalidade mesmo em situações que a gente se sinta pouco confortável pra não causar um impacto negativo sobre determinados assuntos. Por mais que eu tenha ficado com dúvida se a Beca iria lidar com tranquilidade com as cenas, eu preferi lidar com a naturalidade que eu acredito ser devida com relação a parto e nascimentos. Inclusive por que meus pais são da geração cesariana e sempre acharam - e ainda acham - que a ideia de uma cirurgia em que o médico abre a barriga da mãe ser muito menos impressionante que um parto. É, vai entender. (E fazer um tempo de terapia pra ver o quanto isso influenciou na minha vida).
Enfim, continuei assistindo o programa e fui explicando pra ela o que estava acontecendo. Expliquei que o bebê estava dentro da barriga da mãe e ia nascer e que ia sair por um buraco lá no Bimbim dela (ja falei da logica sobre bumbum e bimbim né?). Expliquei que o corpo precisa se preparar pro bebe sair, abrindo passagem, e que esse processo chama trabalho de parto e que isso pode doer um pouco mas é necessário pro bebê sair.
Sim, ela ficou tranquila com as minhas explicações e foi assistindo o programa. Eu enalteci um pouco o momento que o bebe saiu, que ele nasceu, e ela deu realmente muito mais importância e falou muito mais do fato do neném nascer sujo com uma coisa branca -e disse que deviam dar banho nele, ué!
Uns minutos depois ela foi ao banheiro, pensando, e me disse:
- Mamãe, quando eu for grande eu vou pedir pro papai do céu me dar um neném também, e colocar dentro da minha barriga. Igual você!
- Quando você for grande igual a mamãe, né, filha? Com uns 30 anos né?
- Isso!
Pensou mais um pouco e disse:
- Um neném não, dois, uma menina e um menino! e vão chamar Débricia e Débricio!
Pronto. Acho que se depois de ver um parto ela termina com a ideia de ter 2 filhos e dar nome a eles não pode ter sido algo tão traumatizante, né?
Agora bora colocar a vida em dia, que a ideia de dar uma irmãzinha pra ela até me agrada!
Bom fim de semana!
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Ponderando...
Já falei em outro post, alias, em todos os últimos e mais espaçados posts desses quase 4 anos de blog, que ando sem animo nenhum pra escrever. E fiquei pensando na razão disso.
Ai resolvi fazer uma listinha de coisas que me desestimularam a escrever nos últimos meses:
- Não querer ficar reclamando. Acho que o mais difícil de passar por uma fase ruim é não ficar se repetindo reclamando das mesmas coisas. Ai como basicamente o que passa na minha cabeça a maior parte do tempo são os mesmos problemas, acabo deixando pra lá. Ninguém gosta de alguém que vive reclamando, nem a própria pessoa.
- Falta de liberdade para falar. Eis que ai eu penso em outros assuntos que não os problemas. Algumas vontades e sonhos, e planos para um futuro distante ou nem tão distante assim. E fico com medo de ser mal interpretada, me sinto insegura se realmente devo falar no assunto e me expor. Mesmo. Mas já cheguei a conclusão que esse é um motivo muito ruim e que eu devia era aproveitar o blog pra dar asas a isso tudo e ter um meio de extravasar essas ideias, mesmo que muitas delas não saiam da tela do computador.
- Privacidade. Vocês devem ter notado que eu posto cada vez menos fotos. E falo de forma cada vez mais genérica sobre os assuntos. A verdade é que, talvez antes tarde do que nunca, me preocupo cada vez mais com a minha privacidade e a da minha família, e isso acaba tosando muitos dos posts que eu poderia fazer por não querer entrar em detalhes sobre a nossa vida. E esse eu já acho que é um motivo muito bom.
- Momento. Pois é, eu também acho que estou vivendo um outro momento da minha vida. Acho que muita gente que tem blog chega nessa fase em que você deixa de escrever para tentar viver mais. E é verdade, pois tem dias que tento ficar mais com o marido, assistindo um filme, e outros estou envolta com trabalho pra terminar, e outros, como a ultima semana e hoje, eu simplesmente não consigo me concentrar em nada pois minha cabeça esta uma bagunça grande demais e eu simplesmente preciso deixar essa confusão passar. Hoje eu decidi postar essa lista aqui exatamente pra colocar certa ordem no tufão, mesmo que apenas em uma parte dele, o blog.
- Trabalho. E esse é um bom motivo, né? Muitas vezes em que eu pensei em postar alguma coisa no blog fui refreada pelo "mas hoje eu preciso terminar isso", ficava pra depois e, claro, o depois não chegava e o post desaparecia nos confins dos meus pensamentos.
Tem mais mas a mente já começou a divagar em assuntos diversos e não consigo mais concluir.
Fica pra outro dia. Ou não...
Ai resolvi fazer uma listinha de coisas que me desestimularam a escrever nos últimos meses:
- Não querer ficar reclamando. Acho que o mais difícil de passar por uma fase ruim é não ficar se repetindo reclamando das mesmas coisas. Ai como basicamente o que passa na minha cabeça a maior parte do tempo são os mesmos problemas, acabo deixando pra lá. Ninguém gosta de alguém que vive reclamando, nem a própria pessoa.
- Falta de liberdade para falar. Eis que ai eu penso em outros assuntos que não os problemas. Algumas vontades e sonhos, e planos para um futuro distante ou nem tão distante assim. E fico com medo de ser mal interpretada, me sinto insegura se realmente devo falar no assunto e me expor. Mesmo. Mas já cheguei a conclusão que esse é um motivo muito ruim e que eu devia era aproveitar o blog pra dar asas a isso tudo e ter um meio de extravasar essas ideias, mesmo que muitas delas não saiam da tela do computador.
- Privacidade. Vocês devem ter notado que eu posto cada vez menos fotos. E falo de forma cada vez mais genérica sobre os assuntos. A verdade é que, talvez antes tarde do que nunca, me preocupo cada vez mais com a minha privacidade e a da minha família, e isso acaba tosando muitos dos posts que eu poderia fazer por não querer entrar em detalhes sobre a nossa vida. E esse eu já acho que é um motivo muito bom.
- Momento. Pois é, eu também acho que estou vivendo um outro momento da minha vida. Acho que muita gente que tem blog chega nessa fase em que você deixa de escrever para tentar viver mais. E é verdade, pois tem dias que tento ficar mais com o marido, assistindo um filme, e outros estou envolta com trabalho pra terminar, e outros, como a ultima semana e hoje, eu simplesmente não consigo me concentrar em nada pois minha cabeça esta uma bagunça grande demais e eu simplesmente preciso deixar essa confusão passar. Hoje eu decidi postar essa lista aqui exatamente pra colocar certa ordem no tufão, mesmo que apenas em uma parte dele, o blog.
- Trabalho. E esse é um bom motivo, né? Muitas vezes em que eu pensei em postar alguma coisa no blog fui refreada pelo "mas hoje eu preciso terminar isso", ficava pra depois e, claro, o depois não chegava e o post desaparecia nos confins dos meus pensamentos.
Tem mais mas a mente já começou a divagar em assuntos diversos e não consigo mais concluir.
Fica pra outro dia. Ou não...
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Do dia dos pais e da volta as aulas
Pois é, esta complicado vir atualizar o blog com muita frequência. Mas vocês entendem, né?
O dia dos pais aqui foi agradável, churrasco em família, simples e gostoso. depois rumamos em direção a casa do meu sogro para fazer 2 coisas: a óbvia, que era visitá-lo no dia dos pais e a menos óbvia que era o chá de bebê de uma prima querida no mesmo prédio.
Rebeca brincou com a vó, com a tia, e com os primos no final do dia. Saldo positivo.
A volta a escola esta tranquila pra pequena que estava com saudade dos amigos e da tia. Por mais que ela ainda curta muito esse negócio de ficar em casa brincando, não reclama de ir pra escola. Acredito que ela se diverte e aprende bastante.
Ainda estamos nos adaptando aos novos horários e esse é um dos motivos do meu sumiço aqui no blog. dormir menos altera um pouco o meu humor - não no sentido bipolar, acho, me deixa de mau humor mesmo. Quem nunca né? Ai não sinto aquela inspiração pra escrever e acabo passando o dia fazendo o mínimo necessário.
Tipo hoje, que to um caco.
Então vou ficar por aqui mesmo e deixar vocês com a promessa de voltar até o final da semana com um post mais digno, tá?
O dia dos pais aqui foi agradável, churrasco em família, simples e gostoso. depois rumamos em direção a casa do meu sogro para fazer 2 coisas: a óbvia, que era visitá-lo no dia dos pais e a menos óbvia que era o chá de bebê de uma prima querida no mesmo prédio.
Rebeca brincou com a vó, com a tia, e com os primos no final do dia. Saldo positivo.
A volta a escola esta tranquila pra pequena que estava com saudade dos amigos e da tia. Por mais que ela ainda curta muito esse negócio de ficar em casa brincando, não reclama de ir pra escola. Acredito que ela se diverte e aprende bastante.
Ainda estamos nos adaptando aos novos horários e esse é um dos motivos do meu sumiço aqui no blog. dormir menos altera um pouco o meu humor - não no sentido bipolar, acho, me deixa de mau humor mesmo. Quem nunca né? Ai não sinto aquela inspiração pra escrever e acabo passando o dia fazendo o mínimo necessário.
Tipo hoje, que to um caco.
Então vou ficar por aqui mesmo e deixar vocês com a promessa de voltar até o final da semana com um post mais digno, tá?
Assinar:
Postagens (Atom)