De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

domingo, 20 de julho de 2014

O Livro

Eis que venho aqui contar uma novidade:

estou excrevendo um livro!
Sim, isso mesmo, um livro!

Não, não é sobre bipolaridade ou sobre maternidade. Esses topicos ficam para uma próxima.
Estou escrevendo um romance.

Desde que aprendi a escrever aos meus 7 anos eu soube. Eu sempre soube. Não existe nada que me move mais, que me faz me sentir tão completa, do que escrever.
Eu me transporto, eu sonho, eu vivo em letras. É algo único pra mim. E é até bobo pensar que demorei tanto tempo para parar de inventar desculpas e, de fato, fazer isso como profissão.

Para me ajudar nessa empreitada eu estou escrevendo o livro, e conforme escrevo, compartilhando na plataforma ItsArt.

A ideia é simples, você entra na plataforma, se cadastra, acessa o link para o livro, e participa da minha rede. A Cada 10 dias eu posto uma nova parte da história.

E como ajudar?
Bom, a plataforma permite que você ai, leitor, amigo, colabore financeiramente com micro doações - que vão de R$1,00 a R$50,00. Você pode doar quanto quiser, quantas vezes quiser. E com isso ajuda a mim, escritora, a ter paz de espirito (ou seja pagar as contas) e bancar essa empreitada.

Você pode doar uma vez, poder doar em uma parte, ou uma vez em cada parte que for compartilhada, ou várias vezes. O céu é o limite.

E você pode ajudar, claro, compartilhando o livro através desse post - ou através dos links disponíveis no proprio site.

Então o que esta esperando?
Clica ai, e vai para a primeira parte do livro! Ja temos 3 partes disponíveis para leitura e colaboração!

Livro - Trindade - Introdução (ItsArt)

Livro - Trindade - Capitulos 1 a 4 (ItsArt)

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Metade de uma vida: da minha!

Esses dias ouvi a pergunta: "O que faz as pessoas se casarem? Por que as pessoas se casam? Por que continuam casadas?" numa conversa sobre como abrimos mão de várias coisas em prol de um relacionamento que pode, no fim, se mostrar não tão bom e até mesmo acabar.

Eu não posso falar sobre todas as pessoas. eu não sou todas as pessoas. Mas eu sou uma. Não, eu sou várias, e parte delas surgiram nesse tempo que você esta comigo.

O que nos faz estar aqui, dividindo o mesmo teto, a mesma cama, o mesmo mau humor matinal, o mesmo banheiro, o mesmo dia a dia, hoje? O que nos trouxe até aqui?

A gente lê muito por ai uma frase muito bacana, sei la de quem é "o amor se constroi dia a dia, nas pequenas coisas". E eu acho que é por ai.

Nós começamos contra todas as probabilidades. Saimos uma vez, ao som dessa musica aqui:

http://youtu.be/DGS3TaHHNBw

Depois, outra,e olha que coisa, fomos assistir uma final de Copa do Mundo na casa da minha tia em 1998,no dia 12 de julho. O Brasil perdeu, nós ganhamos. Saímos de lá namorados. E mesmo ficando doentes,1 vez, depois outra, depois outra vez, 16 anos se passaram.É outra Copa do Mundo, Brasil vai jogar de novo, é outro dia 12, e ainda estamos aqui.

Nós brigamos, no começo bem pouco, nos ultimos anos quase que o tempo todo. Mas na hora do aperto, seja no peito, seja no bolso, seja na confusão das nossas mentes, é pra você que eu corro, é você que eu procuro, é em você que eu confio. Não tem nenhum outro lugar que eu queira estar.

Por que nós somos muito parecidos, eu e você. Ou talvez tenhamos nos tornado. Mas são as diferenças que me deixam tranquila quando penso na Rebeca e como eu quero que ela cresça. Por que é preciso uma vila inteira para criar uma criança, e nós somos apenas dois. Mas deve bastar.

Quando eu ouço a tal priemira pergunta desse texxto, o que me vem a cabeça é "onde eu quero estar daqui 10 anos? 15 anos? 30 anos? Como eu quero que seja a minha vida?"

Quando eu tinha 16 anos eu quis ser muitas coisas. E tudo bem, eu tinha 16 anos, isso era mais que esperado. Era tão esperado que mesmo que eu soubesse onde eu queria estar aos 30, 40, eu não tinha permissão de ter tanta certeza, sabe? Por que eu tinha que duvidar, tinha que explorar as possibilidades, tinha que viver.

Quando nós começamos a namorar você me disse que nunca iria me impedir de viver a minha vida. Que pelo contrario, você iria estar lá para me ajudar no que fosse necessário para que eu não deixasse de ter as experiêcnias que eu queria, e teria, se não estivessemos juntos.

Nossa, foi uma baita proposta! E eu nem levei ela muito a sério. O que eu levei a sério, o que me pegou não foi a parte do "você vai viver suas experiências", foi o "eu vou estar lá com você".

Por que eu não sei o que as pessoas querem aos 16 anos. Ou aos 30. Eu sei o que eu sempre quis: eu quis alguém para estar comigo, nos bons e nos maus momentos. Quando eu ficasse bebada dando risada achando o mundo girando a coisa mais engraçada do mundo. E quando eu perdesse alguém que eu amasse. Eu queria alguém que me amasse por quem eu sou, fisica e mentalmente. Que amasse as coisas que eu amava, e as pessoas que eu amava, e que estivesse no minimo disposto a tentar fazer as coisas que eu gostava.

E ai, veio você e você me mostrou tanta coisa. Você me mostrou o outro lado desse monte de EU que existia na minha cabeça. E me fez querer estar com você. E amar as pessoas que você amava. E gostar das coisas que você gostava. E tentar experimentar coisas novas.

Você me deu de presente todo um mundo, inteirinho, que era seu. E nós o tornamos nosso.
Nossa família. Nossa vida. Nós dois. E mais 2. E mais muitos.

Se eu abri mão de alguma coisa? Claro. Todo dia eu abro mão de estar só e tomar decisões que dizem respeito apenas a minha vida. Mas 16 anos atrás eu fiz uma escolha, e eu refaço essa mesma escolha todos os dias, várias vezes. Eu não quero uma vida onde eu seja a unica coisa que importa. Eu quero mais. Eu quero somar. Eu quero alguém com quem me importar,a quem cuidar. Eu quero dividir a minha vida com outra pessoa. Eu quero uma familia, feliz sempre que possivel, mas unida sempre que preciso.
E eu quero isso todos os dias.
E ai, eu acordo, e você esta ali. Todos os dias. As vezes mau humorado. Deprimido. Perdido.Com duvida se é isso mesmo, se estamos fazendo a coisa certa. Pensando as mesmas coisas que eu penso.
E você esta ali. Todos os dias.
E é ai que eu sei, que quando eu tomo novamente a decisão de passar a minha vida com você, de fazer de você parte da minha família, parte da minha vida, nos dias bons e nos dias ruins, você está ali tomando a mesma decisão.

Por que as vezes a gente desliza. Mas quando se pergunta onde a gente quer estar daqui 10 anos, 15, 30 anos, a resposta permanece a mesma: um com o outro.

Te amo,
Pois que não serás eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.
Mas a chama de uma vela não se apaga ao se acender outra vela. Ela se divide e continua queimando.
E todos os dias a gente acende uma nova vela. Um novo dia. Todo dia.
Por mais 16 anos. Ou 32. Ou 64...