De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

terça-feira, 30 de setembro de 2014

5 anos de Jacaré - Re-Post do Texto "Quando decidi ser mãe" de 2010

(re-Post de  2010)
"Acho que ja falei aqui que demorei bastante tempo pra engravidar da Rebeca (cerca de 2 anos), sendo que tive um aborto anos antes e outro durante esses dois anos de tentativa. A minha odisseia até alcançar a maternidade começou com a primeira gravidez, o primeiro aborto. E isso não sei se ja contei aqui antes.

Em 2003, novembro, eu descobri que estava gravida. Foi a melhor coisa que eu senti na minha vida (ate aquele momento). FUi tomada de uma felicidade sem igual, e apaguei o cigarro que estava na minha mão na mesma hora que li o positivo. Eles ficaram longe de mim por dias ate que eu tive que abrir mão dessa felicidade. So que foi em 2003 que eu iniciei meu tratamento para bipolaridade também, poucos meses antes, e estava tomando remedios que na epoca ainda eram experimentais e tudo o mais, alem de estar num peso excepcionalmente alto. Devido a união desses fatores, a gravidez foi interrompida.

No entanto, se a gravidez não foi ate o final naquela epoca, fez surgir em mim um sentimento que ja tinha um tepo brincava comigo. Um desejo, uma vontade de cuidar. E surgiu ali um amor que precisava então ter um foco. E começou ali, meio timido, minha jornada.

A primeira providencia que tomei foi refazer a gastroplastia que tinha de modo a perder peso suficiente pra ter menos chances de ter uma pre eclampsia. Emagreci com isso 38 kg, e foi nessa epoca que decidi começar a tentar.

Com o primeiro aborto eu larguei o tratamento da bipolaridade, mas logo retornei e o mantive e mantenho sem questionar desde então. Eu sabia que essa era uma das medidas que eu precisava ter: eu precisava ficar estavel tempo suficiente para que, ao suspender a medicação durante a gestação, eu fosse capaz de ficar bem.

Estava estudando e tentando voltar a trabalhar. Morando sozinha, so eu e o Taz, e ele trabalhando e querendo voltar a estudar também. Parecia uma boa hora pra começar a tentar, ja que eu não acreditava que seria algo facil. Sempre tive ovarios policisticos, mal de familia, e sabia que a tendent=cia era demorar um pouco.

Na epoca eu tomava anticoncepcional injetavel,e me dei muito mal com ele, pois eu parei de mesntruar. E mesmo depois de parar de usa-lo, quando decidi começar minhas tentatovas, demorei 10 meses, sendo desses 3 de tratamento, para voltar a ver o tal do sangue. E, assim como da primeira vez em que isso aconteceu na kinha vida, quando finalmente o tratemnto funcionou, eu dei literalmente pulinhos de alegria.

Ainda sim, foram mais uns meses de tratamento, e depois mais 6 meses de entativas livres, e depois mais 3 meses de indutor ovulatorio, pra ai, engravidar a primeira vez. E mais uma vez uma alegria incrivel! Contei pra todos assimq ue soube. E uma semana depois tive que contar que perdi...

Retoma tratamento, retoma pilula, retoma tudo, e mantem a paciencia. Nessa fiquei deprimida e acabei engordando 10 kg. Fui viajar, tive uma das minhas piores crises de mania enquanto estive fora e a pior depressiva quando voltei.

Sabia que teria que levar o tratamento mais a serio, pra bipolaridade, mas ainda queria continuar tentando. Vltei com os remedios, mas não tão fortemente, e pouco depois ja os abaixei. Mas comecei um negocio, e vi que não estava conseguindo leva-lo sem a medicação adequada pra isso. E, como nada de engravidar de novo, tinha voltado a morar com meus pais, o que deveria ser temporario mas ainda sim... Pensei em deixar pra la, esperar mais 2 anos, dar o gas no trabalho primeiro ja que essa ideia tinha sido concretizada primeiro.

Ai, assim, como quem não quer nada, veio a Rebeca. Bem ai, nesse contexto. E eu senti de novo a maior felicidade de todas. POr que eu sabia que eu queria, sabia que amava, savia que faria qualquer coisa por ela. E fiz.

Abri mão do negocio, e hoje nem o quero mais devido a imensa carga emocional que se depositou ali, negativa, estressante, triste. Não quero.

Abri mão de baladas, de noites de sono, de não ter que me preoucpar se tem hora pra acordar, pra dormir, pra comer, se tem hora e pronto. Abri mão de muita gente que eu chamava de amigo, que me criticou, muitas vezes pelas costas. Que sumiu, que deixou de me procurar, de ligar, de se preocupar. Que ficou com ciume.

Abri mão de muita coisa.

Mas não abri mão de ser feliz. Não abri mão do meu coração. Não abri mão de mim mesma, de quem eu sou e do que eu quero.

Daquela vez, anos atras, quando eu vi a possibilidade, eu me perguntei "e se for, como eu quero que seja?" Não sobre como eu quero que a Rebeca seja, ou o que ela vai fazer da vida e essas coisas. Não. Como eu quero que seja a rotina, o que eu quero que ela possa esperar de mim. O que eu considero uma boa mãe, pra que eu seja assim, por que eu quero ser uma boa mãe. Quais serão as prioridades? O que é superfulo? COmo eu acredito que devo e o que devo ensinar a ela? Que exemplos eu quero dar?

Esse post se originou muito por que eu fiquei pensando depois de ler o post no blog da Mari. E me senti meio culpada, por que acho que devo ter sido uma das pessoas que disse uma ou outra dessas coisas de que você não vai mais ter vida social, etc etc etc.

E fiquei pensando por que eu me senti assim, se falei ou não, mas por que eu me senti mal.

Quando eu decidi ser mãe eu revi todos os meus conceitos, e ouvi muito de que "quando você tiver um filho, é você que vai cuidar! Não conta comigo!!". E isso ficou na minha cabeça, e ainda fica. E durante a gravidez eu senti muito isso também. Mas eu ja tinha aceitado que essas coisas poderiam acontecer, e tinha decidido que tudo isso valia a pena se a recompensa fosse o sorriso da minha filha quando me ve.

E é uma recompensa enorme, revigorante, que me faz engolir muita coisa, muito choro, muito nervoso, por que no fundo essas coisas todas passam, não são tão importantes assim. E se forem, vão continuar sendo amanhã e ate que eu possa lidar com elas. Mas o sorriso da Beca? Nossa... Não tem igual, por que parece que muda todo dia, só não muda o fato de ela sorrir.

Não existe uma sensação igual a de amar alguem tão profundamente que você esta disposto a mudar tudo o que você conhece . Não que precise e va fazer isso, mas estar dispoto a fazer isso se for necessario. E nada igual a ter alguem sorrindo pra você, ao te ver, fazendo festa, por que sta feliz so por que você existe! Te ama por quem você é, te conhece por dentro, te reconhece pelo cheiro, e sorri, por que a sua existencia faz a felicidade dela. Não tem igual, não tem preço, e vale cada noite mal dormida, cada briga, cada conta não paga, cada momento que as vezes não só não é o melhor, mas é ruim, bem ruim.

Sabem, quando eu decidi ser mãe eu tive que aceitar que minha vida iria mudar muito e que a escolha de como lidar com isso seria minha, de uma forma ou outra.

Quando eu decidi ser mãe eu aceitei ser esponsavel por outra pessoa que seria por anos a fio incapaz de fazer as coisas sozinha e se responsabilizar por elas quando as fizesse.

Quando eu decidi ser mãe eu aceitei que a vida não era um mar de rosas e que muitas dificuldades que eu ignorei por muito tempo teriam que ser encaradas e quase que certamente vencidas.

Quando eu decidi ser mãe eu tomei a decisão mais importante da minha vida, a unica da qual eu nunca poderia voltar atras.

Eu decidi ser feliz. ^^"


E sou. Mais feliz do que jamais imaginei por ter você comigo. Todas as dificuldades que eu passo, cada decisão que eu tomo, eu faço com você do meu lado. E isso faz a diferença todos os dias.
Te amo boneca!
Feliz aniversário de 5 anos!

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Depressão, Robin Williams, e como isso acontece dentro de mim

Segunda feira passada o ator Robin Williams foi encontrado em sua casa. Tirou sua própria vida, no que se mostra como resultado de uma depressão profunda.

Depressão profunda.

Suicídio.

Vou parar aqui e dizer primeiro que se você se identificou, já de pronto, com esse pensamento, respira fundo e ouça: tirar sua vida não é, nem nunca será, uma saída. Procure ajuda.
Se hoje você não esta se sentindo bem nem para levantar da cama, quanto mais vencer o temível esforço de falar com outra pessoa pra pedir ajuda, respire fundo. Se de tempo. E tente de novo se levantar e falar com alguém. Pode ser daqui 1h. Pode ser hoje a noite, amanhã de manhã. Não importa. O importante é: não desista! Você pode sair dessa. Você vai! Continue tentando.


Agora voltando a história. Não do Robin Williams, a minha. Ou como a notícia se relaciona com a minha vida, ou ao que a minha vida foi.

Eu sei o que é uma depressão profunda. Eu já estive no fundo do poço sem ver saída. Primeiro aos 13 anos. Depois aos 20. Aos 20 foi bem duro e foi o que me levou ao meu tratamento - e incluiu uma internação, a volta para a casa dos meus pais, e anos tentando re-apreender como viver num mundo que eu não me reconhecia.

De 2003 para cá eu apenas fiquei sem medicação diária durante a gravidez da Beca. No entanto, para controlar possíveis crises, com doses quase homeopáticas de medicação, eu ia semanalmente a psiquiatra, ao psicologo, fazia acompanhamento nutricional e abri mão do trabalho e da maior parte da minha vida social. Não me arrependo de nada disso e faria de novo se fosse o caso.

Mas alguns meses antes de engravidar da Beca eu tive uma crise repentina de depressão. Foi forte. Eu havia acabado de voltar de viagem, de 2 semanas de mania extrema. E ao acordar no dia seguinte da viagem, a queda foi tão grande, que eu acordei pensando que não merecia viver.

Eu não queria morrer. Eu não tinha intenção nenhuma de fazer nada comigo mesma. Mas eu sentia uma dor tão grande, um desamparo, uma angustia tal, que me questionava o motivo de permanecer viva. Não fazia sentido.

Mas duas coisas foram essenciais nesse momento: 1ª e mais importante, eu acordei ao lado de meu marido, que estava pronto para me ajudar. Que esteve comigo antes e depois de eu começar a me tratar, que conhecia os sintomas e estava preparado para que isso pudesse acontecer. 2ª - eu estava medicada, estava em tratamento, e compreendia o que eu estava passando. Então quando eu consegui colocar em palavras a primeira coisa que eu fiz foi pedir ajuda, ao meu marido, para entrar em contato com minha médica para nos dar instruções do que fazer para lidar com isso.

Quando eu tive a minha crise em 2002, que me levou ao tratamento, eu consegui pedir ajuda pois eu estava bem informada sobre um possível diagnostico, que eu lembrava de quando tinha 13 anos. E num dia, não diferente de outro, eu acordei um pouco melhor. E consegui ter iniciativa de ligar para os meus pais e pedir ajuda. Eu pedi o telefone de psiquiatras do meu convenio, e disse que não estava bem.
Entre esse telefonema, que talvez tenha salvado a minha vida, e eu ficar bem de novo, foram mais de 3 anos.

Eu mal me lembro desses 3 anos.

Mas eu me lembro com clareza dos meus últimos 5 anos.
Eu sempre quis ser mãe. Ter a Rebeca foi a realização não só de um sonho, mas de anos de esforço consciente para isso. Eu sabia que para ter sucesso eu precisava ficar bem, estável. Eu sabia que mais importante quando ela nascesse era ter condições de cuidar dela.

Eu ouço as vezes quando me falam que eu deveria fazer mais, que eu não deveria aceitar minhas limitações.
Eu sei onde eu estive.
Eu sei onde você talvez esteja.
Aceitar meus limites não significa necessariamente deixar de fazer e de conseguir as coisas que eu quero ou preciso. Mas significa que eu vou fazer isso no meu tempo, do meu jeito.
As vezes a gente tem que abrir mão de algumas coisas para ter outras.
Abrir mão de nós mesmos não é uma saída. Nunca foi uma saída pra mim. Eu entendo isso. Em todas as suas formas.
Eu sou importante.
Eu mereço viver e ser feliz.
Eu mereço fazer outra pessoa feliz.
Eu mereço uma segunda chance.
E cada dia que eu acordo eu tenho uma nova chance de ficar bem.
Eu venci.
Eu venço essa batalha todos os dias.
Você também pode.




domingo, 20 de julho de 2014

O Livro

Eis que venho aqui contar uma novidade:

estou excrevendo um livro!
Sim, isso mesmo, um livro!

Não, não é sobre bipolaridade ou sobre maternidade. Esses topicos ficam para uma próxima.
Estou escrevendo um romance.

Desde que aprendi a escrever aos meus 7 anos eu soube. Eu sempre soube. Não existe nada que me move mais, que me faz me sentir tão completa, do que escrever.
Eu me transporto, eu sonho, eu vivo em letras. É algo único pra mim. E é até bobo pensar que demorei tanto tempo para parar de inventar desculpas e, de fato, fazer isso como profissão.

Para me ajudar nessa empreitada eu estou escrevendo o livro, e conforme escrevo, compartilhando na plataforma ItsArt.

A ideia é simples, você entra na plataforma, se cadastra, acessa o link para o livro, e participa da minha rede. A Cada 10 dias eu posto uma nova parte da história.

E como ajudar?
Bom, a plataforma permite que você ai, leitor, amigo, colabore financeiramente com micro doações - que vão de R$1,00 a R$50,00. Você pode doar quanto quiser, quantas vezes quiser. E com isso ajuda a mim, escritora, a ter paz de espirito (ou seja pagar as contas) e bancar essa empreitada.

Você pode doar uma vez, poder doar em uma parte, ou uma vez em cada parte que for compartilhada, ou várias vezes. O céu é o limite.

E você pode ajudar, claro, compartilhando o livro através desse post - ou através dos links disponíveis no proprio site.

Então o que esta esperando?
Clica ai, e vai para a primeira parte do livro! Ja temos 3 partes disponíveis para leitura e colaboração!

Livro - Trindade - Introdução (ItsArt)

Livro - Trindade - Capitulos 1 a 4 (ItsArt)

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Metade de uma vida: da minha!

Esses dias ouvi a pergunta: "O que faz as pessoas se casarem? Por que as pessoas se casam? Por que continuam casadas?" numa conversa sobre como abrimos mão de várias coisas em prol de um relacionamento que pode, no fim, se mostrar não tão bom e até mesmo acabar.

Eu não posso falar sobre todas as pessoas. eu não sou todas as pessoas. Mas eu sou uma. Não, eu sou várias, e parte delas surgiram nesse tempo que você esta comigo.

O que nos faz estar aqui, dividindo o mesmo teto, a mesma cama, o mesmo mau humor matinal, o mesmo banheiro, o mesmo dia a dia, hoje? O que nos trouxe até aqui?

A gente lê muito por ai uma frase muito bacana, sei la de quem é "o amor se constroi dia a dia, nas pequenas coisas". E eu acho que é por ai.

Nós começamos contra todas as probabilidades. Saimos uma vez, ao som dessa musica aqui:

http://youtu.be/DGS3TaHHNBw

Depois, outra,e olha que coisa, fomos assistir uma final de Copa do Mundo na casa da minha tia em 1998,no dia 12 de julho. O Brasil perdeu, nós ganhamos. Saímos de lá namorados. E mesmo ficando doentes,1 vez, depois outra, depois outra vez, 16 anos se passaram.É outra Copa do Mundo, Brasil vai jogar de novo, é outro dia 12, e ainda estamos aqui.

Nós brigamos, no começo bem pouco, nos ultimos anos quase que o tempo todo. Mas na hora do aperto, seja no peito, seja no bolso, seja na confusão das nossas mentes, é pra você que eu corro, é você que eu procuro, é em você que eu confio. Não tem nenhum outro lugar que eu queira estar.

Por que nós somos muito parecidos, eu e você. Ou talvez tenhamos nos tornado. Mas são as diferenças que me deixam tranquila quando penso na Rebeca e como eu quero que ela cresça. Por que é preciso uma vila inteira para criar uma criança, e nós somos apenas dois. Mas deve bastar.

Quando eu ouço a tal priemira pergunta desse texxto, o que me vem a cabeça é "onde eu quero estar daqui 10 anos? 15 anos? 30 anos? Como eu quero que seja a minha vida?"

Quando eu tinha 16 anos eu quis ser muitas coisas. E tudo bem, eu tinha 16 anos, isso era mais que esperado. Era tão esperado que mesmo que eu soubesse onde eu queria estar aos 30, 40, eu não tinha permissão de ter tanta certeza, sabe? Por que eu tinha que duvidar, tinha que explorar as possibilidades, tinha que viver.

Quando nós começamos a namorar você me disse que nunca iria me impedir de viver a minha vida. Que pelo contrario, você iria estar lá para me ajudar no que fosse necessário para que eu não deixasse de ter as experiêcnias que eu queria, e teria, se não estivessemos juntos.

Nossa, foi uma baita proposta! E eu nem levei ela muito a sério. O que eu levei a sério, o que me pegou não foi a parte do "você vai viver suas experiências", foi o "eu vou estar lá com você".

Por que eu não sei o que as pessoas querem aos 16 anos. Ou aos 30. Eu sei o que eu sempre quis: eu quis alguém para estar comigo, nos bons e nos maus momentos. Quando eu ficasse bebada dando risada achando o mundo girando a coisa mais engraçada do mundo. E quando eu perdesse alguém que eu amasse. Eu queria alguém que me amasse por quem eu sou, fisica e mentalmente. Que amasse as coisas que eu amava, e as pessoas que eu amava, e que estivesse no minimo disposto a tentar fazer as coisas que eu gostava.

E ai, veio você e você me mostrou tanta coisa. Você me mostrou o outro lado desse monte de EU que existia na minha cabeça. E me fez querer estar com você. E amar as pessoas que você amava. E gostar das coisas que você gostava. E tentar experimentar coisas novas.

Você me deu de presente todo um mundo, inteirinho, que era seu. E nós o tornamos nosso.
Nossa família. Nossa vida. Nós dois. E mais 2. E mais muitos.

Se eu abri mão de alguma coisa? Claro. Todo dia eu abro mão de estar só e tomar decisões que dizem respeito apenas a minha vida. Mas 16 anos atrás eu fiz uma escolha, e eu refaço essa mesma escolha todos os dias, várias vezes. Eu não quero uma vida onde eu seja a unica coisa que importa. Eu quero mais. Eu quero somar. Eu quero alguém com quem me importar,a quem cuidar. Eu quero dividir a minha vida com outra pessoa. Eu quero uma familia, feliz sempre que possivel, mas unida sempre que preciso.
E eu quero isso todos os dias.
E ai, eu acordo, e você esta ali. Todos os dias. As vezes mau humorado. Deprimido. Perdido.Com duvida se é isso mesmo, se estamos fazendo a coisa certa. Pensando as mesmas coisas que eu penso.
E você esta ali. Todos os dias.
E é ai que eu sei, que quando eu tomo novamente a decisão de passar a minha vida com você, de fazer de você parte da minha família, parte da minha vida, nos dias bons e nos dias ruins, você está ali tomando a mesma decisão.

Por que as vezes a gente desliza. Mas quando se pergunta onde a gente quer estar daqui 10 anos, 15, 30 anos, a resposta permanece a mesma: um com o outro.

Te amo,
Pois que não serás eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.
Mas a chama de uma vela não se apaga ao se acender outra vela. Ela se divide e continua queimando.
E todos os dias a gente acende uma nova vela. Um novo dia. Todo dia.
Por mais 16 anos. Ou 32. Ou 64...


quarta-feira, 18 de junho de 2014

Noticias do front - Meu aniversário

Passou muito tempo sem que eu viesse dar noticias aqui, eu sei. Tempo demais.

Mesmo assim, a coisa mais importante que aconteceu nesse meio tempo foi meu aniversário. E foi assim tão importante pelas visitas que tive o prazer de receber.

A dois anos atrás eu decidi desvirtualizar com uma amiga que conheci através do blog. Viajei para Porto Alegre com marido e filha para estar presente no aniversário do filho dela. Filho esse que acompanhei desde a descoberta da gravidez, durante toda a gestação, nascimento, crescimento. A Débora foi aquela pessoa que, sei lá, encaixou. A gente se entendia.

Ai 2 anos se passaram. Ela teve mais um filho num lindo parto domiciliar muito sonhado e batalhado. E decidiu que dessa vez era a vez dela e da familia virem conhecer a capital paulista. E ai, né, eu falei mais que rapido "vem e fica aqui em casa!". Insisti. E ainda bem que insisti.

Com isso eu ganhei o meu maior presente em sei lá quantos anos. Por que eles vieram exatamente no fim de semana do meu aniversário. E fizeram,com sua presença, ser o melhor aniversário que tive nos últimos anos.

O que me prova que qualidade é sim melhor que quantidade.

Eles vieram e ficaram poucos dias. Mas esses dias contaram muito. Pegamos eles no aeroporto, passeamos no shopping, comemos em restaurante, mostramos a cidade a bordo da perua escolar. Incentivamos que eles fizessem sua excursão solo pela cidade, pelo metrô, e conhecessem os pontos que tinham interesse de visitar.

Todas as noites colocavamos as crianças para dormir cedo, no horario costumeiro deles mesmo. E, ai, ficavamos eu e ela batendo papo e tomando chá. Sobre tudo e sobre nada. Falamos da vida, da familia, das frustrações e das alegrias. Nos conhecemos um pouco melhor.

E eles foram embora e me deixaram com uma saudade enorme. Com aquela sensação de que foi pouco, de eu quero mais.

Vai fazer um mês que isso aconteceu e foi tão incrível e ao mesmo tempo tão surreal que as vezes parece que foi ontem, e as vezes parece que ja faz mais de ano.

E nada se igualou a isso até agora.

Eu fiz outras comemorações, foram boas, mas nada se compara. Não era uma competição, mas sem duvida eles ganharam.

A Beca deu uma regredida pelos dias de convivio, quis dormir no meu quarto as ultimas semanas. Ao mesmo tempo, eu fiquei orgulhosa de como ela se comportou e agiu com os amiguinhos mais novos e como foi compreensiva com suas diferenças dentro do que uma menina de 4 anos pode ser. E mesmo ela apresentando essa leve regressão ela também amadureceu muito em outros aspectos. Ela percebe melhor o outro, e questiona as diferenças, tenta entender mais o mundo a sua volta.

Como é rica essa troca. Como me sinto afortunada por poder ter essa experiência.

Agora a vida segue.Seguiu,seguirá. Minha cabeça meio zonza ainda tentando voltar pro lugar. Mexeu demais comigo e com a minha estabilidade? Mexeu sim, mas não de uma forma ruim.

Agora é aproveitar esse sopro de boas energias e colocar os planos pra frente. E continuar vivendo, feliz. Agora um pouco mais.

Debora e Will, mais uma vez, obrigada por serem esses amigos tão queridos. Amamos vocês. Esperamos vê-los logo!

terça-feira, 3 de junho de 2014

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Redes Sociais e a parte que decidimos mostrar de nós mesmos.

Eu não sei de vocês, mas eu gosto muito de redes sociais. Facebook, Instagram, etc. Sou usuaria ferrenha de FB, passo horas por dia nele, compartilho bastante coisa. Uso, especialmente, para manter contato com família e amigos com os quais não teria de ser de outra forma.

E mesmo assim, eu acho que o que eu realmente compartilho sobre mim mesma não diz nem 20% da minha vida real. Ok, talvez eu devesse maneirar um pouco nas fotos. Mas mesmo que uma imagem valha por mil palavras, não passa disso.

Eu sei que eu sou muito mais do que eu me mostro. Eu sei o que esta, pra mim, por trás daquele bom dia com uma carinha feliz, ou o que cada ponto de exclamação após um feliz aniversário quer dizer.

E eu sou boa de interpretação de texto, sei ler muito bem a pontuação e sei usar a mesma. Infelizmente, isso é pouco valorizado, e quanto mais novo a pessoa é menos pontuação e gramática ela se esforça em usar corretamente.

Ai a gente começa a entrar nas minhas revoltas pessoais.

Tipo, eu escrevo como eu falo, na maioria das vezes. E mesmo tendo um bom conhecimento da lingua portuguesa, eu cometo erros, muitos por tentar digitar tão rapido quanto eu penso. Outros por culpa do teclado falhando. e também dou uma boa abreviada. E sou heavy user de carinhas felizes e similares.

Ai eu vejo uma pessoa compartilhando uma imagem que diz "Erros de português mais comuns nas redes sociais", seguido de comentários varios de pssoas que eu conheço sobre como a educação do país é uma droga e que as pessoas nem sabem mais escrever direito.

Ai eu paro, clico na fotinha da pessoa. Meu conhecido, provavelemnte alguém que eu gosto. Conto nos dedos as vezes em que fulano cabulou aula comigo pra sair com os amigos. Ou em quantas aulas a pessoa dormiu mais do que estudou. E de todas aquelas cervejas na faculdade quando meia duzia de gatos pingados insistiam em assistir aula do tal professora chato, mas que dava a matéria mais importante do curso.

OK.

Ai cai na minha timeline foto de bebe morto com frases pregando que aquilo é a foto de um feto abortado e que mulheres que abortam são assasinas e daí pra baixo. Clico na fotinha, foi, juro, em 100% das vezes, compartilhado por um homem. Homem esse, sem filhos em sua maioria, que não tem ideia de que um feto de 12 semanas tem la seus 5 cm e que aquela foto de muito mal gosto não tem nada a ver com aborto.
Muito menos que a chance de que sua mãe, avó, irmã e prima tenham feito pelo menos 1 aborto.

OK.

Pessoa compartilha aquela imagem bacana com mensagem realmente importante de que "Escola ensina, família educa".
Clico na fotinho e lembro da ultima visita que fiz a tal família e que os pais ficavam sentados tomando cerveja enquanto os filhos  de lá seus 6 e 9 anos ficavam brincando de lutinha ou jogando GTA V no videogame. Onde a conversa rolava sobre como eles não deixavam os filhos verem um desenho do pernalonga por ser inadequado, enquanto no tal jogo de videogame o jogador simula ser um bandido que mata pessoas a pancadas no meio da rua sem motivo nenhum a não ser ganhar pontos.
Lembro que não existem livros na casa daquela pessoa. Pergunto se alguma vez a pessoa leu um livro para o filho pequeno, e recebi como resposta que não tinha tempo e tinha mais coisa pra fazer. E coisa de horas depois brigava com o filho que não queria ir a escola por não saber ler. E lhe castiga com palmadas ou pior.

OK.

Ai com a proximidade da Copa do Mundo e das eleições o que mais pipoca na minha timeline são imagens e fotos criticando o governo federal, deixando claro que esta ruim por que é um governo do PT, que o PT é comunista, que comunistas comem criancinhas no café da manhã e que o objetivo desses vilões é transformar o Brasil numa nova Cuba. E que na ditadura era melhor, que os Policiais militares são heróis, que bandido bom é bandido morto, e dão a entender que corrupção é uma coisa nova. E que é por isso que o país esta perdido.

Ai clico na fotinho, vejo que em 99% dos casos a pessoa que compartilhou tem menos de 40 anos. É de classe média ou média alta. Nunca foi preso, ou enuquadrado. é branco, no máximo um tom de pele meio bronzeado. Não tem histórico familiar de presos na ditadura. E por ai vai...


Ai eu paro e penso que uma das características que eu gosto em mim é a capacidade de conhecer e me dar bem com pessoas de todos os tipos. E que assim como eu elas não devem postar nem 1/5 de suas vidas reais online.

Mas não consigo deixar de me questionar por que elas insistem então em mostrar ao mundo seu lado mais agressivo, e ao mesmo tempo, tão incoerente.

Fico me questionando se isso não faz parte de uma adolescência da internet em que passamos pela fase de que achamaos que temos que nos revoltar, e ao mostrar nosso pior lado, descobrir que realmente gosta de nós.

E fico torcendo pra maturidade então chegar logo.

domingo, 11 de maio de 2014

Dia das mães 2014

Eu estou cansada. Assim, exausta. tudo que eu queria era poder dormir um pouco mais. Passei os ultimos dias a base de café. Tive que ir ao PS e ficar lá até as 3h da manhã. Passei a semana preocupada e com um pouco de medo até. Tenho que acordar mais cedo do que eu gostaria todos os dias, ja perdi a conta de quantas vezes deixei de comer aquela ultima garfada que deixei pro final por ser a melhor parte da comida. Tem dias que tudo que eu quero é um banho de mais de 5 minutos. E não é por que não da pra fazer todas essas coisas de forma pratica, mas por que minha mente esta sempre em outro lugar, em outra pessoa. Sinto que acordo e durmo de prontidão, e nesses ultimos dias numa tensão que só se acalma um pouco ao ter meu coração batendo frente a frente, num abraço.

E eu não trocaria isso por nada. Por que eu nunca me senti tão feliz e nunca fiz nada disso com tanto amor. Eu realmente não sabia do que eu era capaz antes de ser mãe. Eu me testo todos os dias e vou um pouco mais longe. Me tornar mãe foi a melhor coisa que fiz na minha vida.
E sempre que alguém que conheço me conta que vai ter filhos eu desejo do fundo do coração que encontre nessa experiência toda a satisfação que eu encontrei. Por que não tem nada mais incrível, e que traga tanta satisfação e tanta alegria. E por coisas tão simples.
Eu não sou perfeita, nem quero ser. Sou a melhor mãe que posso todos os dias, e nenhum deles é igual ao outro. Mas todos os dias, todos os dias, quando eu olho pra minha filha, eu sei. Eu simplesmente sei, o que é ser realmente feliz.
E não preciso de mais nada.

Feliz dia das mães para todas as mães. 

domingo, 27 de abril de 2014

Dicas de cuidados com as mães.

Essa semana nasceram 2 bebês de pessoas muito queridas. Assim, no mesmo dia. Coincidências que a gente nem sempre entende. Mas me deixou muito feliz, inclusive por que compartilhei um pouco da emoção de um deles por ter entregue uma encomenda de mini-cupcakes de como lembrancinha de maternidade.

Mas ai que fiquei pensando e lembrando desse momento tão mágico, difícil e meio louco que é o pós parto.
E pensei que as vezes nós temos alguém perto de nós que não é o bebê, e que pode se sentir bastante perdido. Muitas vezes esse alguém é o pai do bebê. As vezes nossa própria mãe e pai. As vezes só um amigo ou amiga que se dispôs a tentar ajudar.

Infelizmente as vezes não temos ninguém e nos vemos ali, só nós e o bebê. Acontece.

Mas resolvi então fazer uma lista com algumas dicas que podem ser seguidas por esses cuidadores, principalmente nos primeiros meses de vida do bebê. E com pelo menos alguns itens que,se for o caso, você pode fazer você mesma. Mas o intuito é listar algumas coisas que podem tornar esse momento menos estressante, e dar a mãe um pouco mais de conforto.

Por que né, vamos ser sinceros, a gente precisa. #fato

- Pegue o bebe no colo, deixe ele dormir de barriga na sua própria barriga. Essa posição ajuda a aliviar as colicas e um recem nascido dormindo seguro pode dar a mãe a chance de tomar um banho onde ela de fato lave os cabelos E penteie depois. E isso pode salvar o dia.

- Nós passamos muito, acreditem, muito tempo em pé. Uma massagem com um pouco de creme ou óleo cai super bem. E se você tiver disposição, sim, todos os dias. Não precisa ser muito longa, mas o contato pele a pele, e especialmente a sensação de ser cuidado ao invés de cuidar é mágica.

- Levante junto de madrugada, pelo menos 1 das vezes. Você não pode dar de mamar, mas pode ficar de olho pra garantir que a mãe não dormiu com o bebe nos braços. (Sim, a gente morre de medo disso no começo). Pode ajudar pegando a fralda pra trocar, a pomada, o algodão, tirando o lixo. Dando um beijo gostoso, de leve, passar mão no cabelo e lembrar a gente que não estamos sozinhas. Por que, juro, também estamos cansadas, com sono e tudo isso que você esta sentindo.

- Prepare aquele prato que ela gosta de comer, coloque na mesa, coloque um vaso com uma flor que ela goste no meio, acenda umas velas. E se ela precisar se ausentar por causa do bebe, se dê o trabalho de requentar quando ela acabar.

- Tenha paciência. Sério. Muita muita paciência. Dificilmente existe outro momento na vida da mulher em que ela entre tão em contato com seus instintos que no puerpério. E nós nao sabemos lidar com isso. Então, muitas vezes, vamos nos sentir inseguras, vamos passar dias e noites nos questionando se estamos fazendo a coisa certa, se somos o suficiente, inclusive pra você. E nessas horas, acabamos mesmo descontando em alguém. Por que projetar esse sentimento pra fora, as vezes com uma reclamção outras brigando, até um grito, pode ser nossa unica forma de expressar esses sentimentos. Não é pessoal. É um desabafo. Aceite isso, respire fundo, e não compre a briga. Conte mentalmente até dez, vinte, mil. Mas se você quer que a briga acabe, olhe pra ela enquanto o desabafo dura. Por que não tem nada mais enervante que tentar falar com alguém que nem esta olhando pra você e sim pra uma tela de celular/computador/tv.

- Não espere ser chamado pra ajudar. Se você esperar esse pedido vai vir com um berro de desespero e talvez até uma boa dose de choro. Então, tome a iniciativa. Lave a louça, coloque as roupas pra lavar, leve o cachorro pra passear. Quando sair, se puder, traga uma lembrança -  uma flor, um bombom, uma bala que seja,apenas pra gente se sentir querida.

- Quando a gente pede alguma coisa esperamos que ela seja feita na hora. Por que ja estamos pensando nisso a tempo demais e não conseguimos parar para fazer nós mesmos. Se chegamos a pedir sua ajuda é por que chegamos no limite. Lembre disso e tente ser rápido. Pense que estamos num momento que todas as necessidades do outro são imediatas (alimentar, zelar e limpar um bebe) então é difícil não agir assim para as outras coisas também.

- O bebe dormir na cama não é a ultima picada. Pode ser a diferença entre você conviver com um ser humano ou não no dia seguinte. Não é para sempre. Relaxe e va assistir um filme no sofá.

- Sexo pode ser um problema. Os hormonios demoram a voltar ao normal e eles nos impelem a nos manter concentrados no bebe (lembre que nosso instinto é de proteger a cria de agressores e manter a prole viva). Muitas mulheres inclusive perdem a lubrificação natural por causa disso e podem sentir dor na relação. Conversar sobre isso racionalmente, falar com o GO se algo assim ocorrer, e dar tempo a natureza pode ser necessário. Não significa que a gente ame menos ou deseje menos. Muitas vezes só precisamos de tempo. (E de uma pomadinha marota pra ajudar)

- Intimidade é um problema também, muitas vezes, inclusive por que agora existe outro ser humano requerendo nossa total atenção. E podemos ter dificuldade em mudar o foco. Falar sobre assuntos não relacionados ao bebe quando ele esta dormindo - pode ser sobre um filme, um artigo, novidades dos amigos, etc - ajuda a lembrar que somos mais que mães. Uma cidra sem álcool, um filme abraçadinhos, falar sobre vocês dois como casal, fazer planos para daqui 5 anos. Tudo isso pode ajudar. Quando o bebe estiver maiorzinho e dormindo a noite toda e não mamar mais, um vinho de verdade, uma tabua de frios, um cobertor no chão... \Volte a namorar. (Ou deixe namorar se for o caso).

- deixar o bebe com alguém de confiança - tia, avó, amiga - e sair um pouco, que seja meia hora e ir ao mercado (juro!) pode ajudar muito.

- Se informe. Leia as coisas que ela pede, busque informação online, converse com outros pais. Você também não esta sozinho e saber lidar com seus próprios sentimentos também é primordial.

- Conte piadas. Rir relaxa, alivia a tensão e pode te livrar de uma briga.

- Uma hora o bebe vai comer outra coisa e não leite. Conversem sobre isso antes de acontecer. Mais importante que qualquer coisa é vocês agirem de acordo um com o outro. Se você der um pirulito pro seu filho de 6 meses e sua mulher tinha o sonho de dar a criança uma alimentação saudável e sem doces até os 4 anos, vocês vão ter um problema bem maior do que você jamais pode imaginar. 

- Essa de concordar um com o outro é importante. Ninguém concroda com tudo sempre, então conversar abertamente sobre os temas relacionados ao bebe e ao casal é algo necessário desde a gravidez. Todos queremos o melhor para nossos filhos e continuar tendo uma relação estável. Não tenha duvidas, saiba.

- Pediatra não é Deus. Eles sabem muito. Muito mesmo. E voce deve confiar demais na pessoa responsável pela saúde do seu filho. Se por algum motivo você não confia, troque de médico. Se não for o caso, não tenha medo de questionar um diagnóstico ou uma medicação. As vezes eles não falam tudo o que estão pensando, ser honesto pode te ajudar a saber mais sobre o quadro de saúde do seu filho.

- A internet pode ser um grande aliado. Existem blogs, grupos de discussão, sites especializados, lojas, milhares de pessoas dispostas a ouvir e conversar com você. só tome cuidados básicos de segurança.


- Sim, você tem direito a descanso. Nós também.Que tal revezar um pouco?

- Se você esta tendo um dia ruim, seja honesto e diga com todas as palavras que naquele dia voc~e não vai poder ajudar. É mais fácil de compreender e de aceitar que uma cara amarrada e umas bufadas antes de atender algum pedido de má vontade. Se mesmo tendo a informação nós pedirmos ajuda, vamos lembrar, conte até dez e tente fazer na hora. Sim, estamos desesperadas.


- conforme o bebe cresce e a rotina da casa se ajeita, as demandas vão ficando menores. Com cada hora de sono a mais por noite mais sociáveis podemos ficar. Reconheça isso.

- Também queremos dividir nosso dia, mesmo que seja pra falar do coco que saiu com um cheiro diferente e nós ficamos preocupadas. É uma dura realidade mas vocês terão muitos papos escatológicos pela frente ainda. Mas tam´bem vamos falar, emocionadas, daquele sorriso que recebemos no meio da madrugada. E da primeira vez que o bebe conseguiu se virar sozinho. Estamos vivendo uma jornada onde cada pequena vitória conta, cada pequeno novo gesto, cada detalhe. Embarque nela conosco. É incrível de viver.

- Se a mãe do bebe for bipolar, entenda que não amamentar pode ser traumatizante. Ajude a lembrar do medicamento, fique atento a mudanças de humor muito duradouras, seja para um lado muito ativo e "feliz" seja para uma angustia. Esteja disposto a conversar e entenda que você pode ter que assumir algumas tarefas mais frequentemente. As vezes é mais fácil ver a mudança quando se esta de fora do furacão.

Foi o que eu lembrei por hora. Participe, continue a lista com o que você lembrar. Quem sabe a gente não ajuda uma mãe ai a fora.



terça-feira, 15 de abril de 2014

Do desfralde, da escola e do gato.

Eis que retorno finalmente com alguma novidade.

Vou relembra-los de um fato:eu acredito que as mudanças na vida de uma criança devem, se possível, serem lentas e deve-se respeitar o tempo delas antes de uma nova mudança.


Agi assim com tudo até agora na vida da Beca. Esperei ter certeza que ela (e eu) estava preparada para a mudança por vir. Conversie muito antes de tomar a decisão. E quando senti segurança, comecei o processo. E sóapós uns 2 meses do mesmo inciado e terminado eu penso em alguma outra coisa.

Foi assim com tudo. Com o desfralde diurno. Com o quarto. Com a mamadeira. Com a escola.

E agora, sim só  agora, efetuamos nosso desfralde noturno. Que eu ja considero um sucesso.

Conversei muito com a Beca. Esperei ela estar bem adaptada a escola nova. Disse que ela era qeum me diria se estava preparada para dar adeus as fraldas.

Duas semana atrás retomei o assunto e perguntei se ela se sentia preparada. Eu disse que eu acreditava que sim, que ela ja estava grande e que devíamos tentar. Mas que era ela quem iria tomar a decisão.

Ela disse que sim.

Combinei então um sistema de recompensa como o do desfralde diurno: cada noite que ela dormisse sem a fralda ela ganharia um adesivo. Completos 20 adesivos, ela ganharia um prêmio.

Na primeira noite ela fez xixi na cama. Nada mais esperado, pelo menos por mim. ela ficou devastada. Chorou, se sentiu muito mal. Enquanto eu a consolava ela me disse: "agora não vou ganhar o adesivo!"

Ai eu a corrigi: "Não filha, você vai ganhar o adesivo sim! Eu não disse que você não tinha que fazer xixi na cama. Isso acontece, é normal, você não esta acostumada a ter que acordar pra ir ao banheiro. Não tem problema, você vai aprender. Você vai ganhar o adesivo do mesmo jeito, é só não dormir de fralda. Se fizer xixi na cama, se troca, trocamos os lençois, e você volta a dormir. O importante é não pedir a fralda."

Ela parou de chorar, se acalmou, trocou de roupa, de cama, e voltou a dormir bem mais tranquila.

De lá pra cá foram uns 3 xixis na cama, nos primeiros dias. Umas escapadas na calcinha quando ela demora a acordar mas sem chegar a molhar a cama. E muitas noites secas. E ela agora desperta e me chama quando quer ir ao banheiro.

Não chegamos nos 20 adesivos ainda. Mas ja considero nosso caso um sucesso.

Ela não pediu a fralda em nenhum dos dias.

A unica coisa que faço para garantir boas noites de sono é leva-la meio dormindo ao banheiro pouco antes de eu mesma ir me deitar, mais tarde da noite. E só.
Não regulo água. Acho maldade.

O prêmio dela oficialmente ainda não foi dado. Mas meio que foi.

Hoje o marido chegou em casa com um gatinho debaixo do braço. Contou que estava dirigindo e viu o filhote assustado, no meio da rua, entre os carros, parado. Tinha uma fita cortada no pescoço. Meu marido se apiedou do bichinho e morrendo de medo que ele fosse atropelado, decidiu traze-lo pra casa.

Chegou e conquistou seun espaço. Ja se sente a vontade e Rebeca brincou com ele a tarde toda. Ja quase enforcou o bichinho, coitado, de tanto que quer ficar com eleperto, no colo. Estamos explicando que ele é um ser vivo, que precisa ser tratado com cuidado, que ele não é como uma boneca.

Mas deixamos claro que ela ganhou um amigo.E que ele não vai embora.

Eo bichinho ja sobe nas coisas, brinca e ja quis filar o meu jantar, danadinho. Só precisa agora conquistar a gata da casa, nossa antiga companheira ja velinha que recentemente perdeu a mãe e vinha chorando toda noite. Torcemos que ela se solte e veja no novo companheiro de casa um companheiro de vida pra ela também. Por que o nosso carinho ele ja conquistou.

Mas o marido vai viver de antialergico uns dias. "Por uma boa causa" ele disse.

É, estamos todos bem.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Pausa

Gente, o blog esta em pausa pois eu estou vivendo um momento conflitante com relação ao mesmo.
Volto assim que as coisas estiverem um pouco mais claras na minha cabeça,ok?

Estamos bem, eu não estou em crise nem nada, Rebeca esta bem, tudo normal. Normal até demais, eu diria. Então, aguardem com paciência, por favor. Vai lá, toma um café e volta depois, ok? :)

domingo, 9 de março de 2014

Mimo pelo dia internacional da mulher

Gente, passando rapidinho pra mostrar as fotos desse mimo lindo que recebi do Macdonalds pelo Dia Internacional da Mulher.

Um lindo buque de flores, um cartão de presente do Flores Online e um gostoso Brownie de chocolate.

Fofo!






Mas vale lembrar a tod@s que não adianta dar flores, felicitar com parabéns, e não fazer nada pra mudar o status quo.

Pra você ai do outro lado, que tal começar a entender que companheiro fazer trabalho doméstico e cuidar dos filhos não é "ajuda", é uma parceria entre iguais. Ok?

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Do medo da morte

Existem alguns assuntos que permeiam a imaginação da Beca com os quais eu tento lidar com o máximo de naturalidade possível, sem mentir, mas sem entrar em grandes detalhes. Esses detalhes vão sendo adicionados na conversa conforme ela cresce e pergunta, mostrando sua necessidade de se aprofundar no tema.

Uma dessas coisas é gravidez e bebês. E isso até que é bem fácil de lidar, eu acho. Ela presta muita atenção em tudo que a gente fala, tudo que vê na tv, e tras para suas brincadeiras essa condição que tanto a fascina. Ela vive brincando de médico, ou de gravida, invertendo os papeis quando lhe convem, seja fazendo o parto de suas bonecas, seja parindo as mesmas. E digo que já expliquei que existem 2 jeitos dos bebes virem ao mundo, com e sem ajuda médica direta.

Ela aceitou uma explicação que ouviu eu e o pai dela comentando um dia sobre as crianças que vão na perua escolar, de que para existir uma gravidez você "pede ao papai do céu". E por enquanto, acho que basta. Ela nunca quis mais detalhes do que isso, então eu também não estiquei o assunto.

Agora, tem outra coisa que é mais difícil de falar, um assunto que trás medo, angustia, insegurança. Que é a tal da morte.

Rebeca começou a prestar muita atenção nisso depois de assistir O Rei Leão. Pois é, quando me diziam que crianças se impressionavam eu não acreditava até acontecer com a minha. Ela assistiu o desenho, ficou chocada com a morte do Mufasa, e passou o desenho todo esperando ele voltar a vida.

E chorou copiosamente quando percebeu que o pai de Simba não iria viver novamente. Chorou e chorou muito mesmo.

E desde então, vez ou outra ela lembra do assunto. E acho que nessas horas eu mostro um pouco mais do meu lado escondido, meio agnóstica, meio espirita, e tento falar pra ela coisas que me confortam na esperança que seja assim com ela também.

Ontem a noite, não sei bem por que, ela lembrou dessa história de morrer. Brincou um pouco com isso, falando as coisas que entendeu do que eu ja tentei lhe explicar: que quando for bem velhinha e ela morrer, ela vai voltar e nascer de outra pessoa e vai ter outro nome. E eu percebi que a ideia de que nós iriamos nos separar a deixava insegura.

Criança não tem muita noção de tempo né?

Então eu tentei conversar com ela, dizendo que algumas pessoas acreditam que nós voltamos sempre na mesma família, mas num formato diferente, e que de repente ela poderia voltar e ser minha mãe e eu ser o bebe dela.

Ela achou a ideia divertida. Mas não foi suficiente.

Na hora de dormir ela retomou o assunto, falando sobre uma outra parte dessa angustia.

"Mamãe, quando eu for bem velhinha, bem bem velhinha mesmo, vai vir uma pessoa má e me matar? Igual aquele lá - como era o nome dele mesmo? No desenho que o leão mata o pai do outro?"


Pronto gente, e ai? Como falar sobre a maldade do mundo?

E eu com a minha politica de não mentir pra ela?

então eu tentei, mais uma vez, acalmar a cabecinha dela, falando de forma calma e segura, as coisas que eu acredito.

Expliquei que existem pessoas más no mundo sim, e que as vezes coisas ruins como essa acontecem. Mas que não é sempre assim, e que a maioria das pessoas morre naturalmente, quando estão muito muito velhinhas, muito mais velhas do que os avós dela são hoje, por que o corpo para de funcionar.

Que quando morremos a nossa energia sai do nosso corpo e vai praum outro lugar - algumas pessoas chamam de céu, outras dão outros nomes pra esse lugar. Mas que todos vamos pra lá, pra passar um tempo, rever pessoas que amamos e que morreram antes de nós, as vezes até conhecer pessoas novas, para olhar pelas pessoas que amamos e ficaram na terra. E que um dia podemos escolher nascer de novo, e essa energia volta e nasce num novo bebê.

Sobre as pessoas más, tentei dizer que elas existem sim. Mas que o melhor que podemos fazer é sempre tratar as pessoas com respeito, gentileza, educação. Por que isso vai ajudar a fazer com que as pessoas nos tratem assim também. Se sorrirmos e dermos bom dia para as pessoas na rua, provavelmente receberemos um sorriso e um bom dia de volta, por que a vida funciona assim, as pessoas nos tratam como nós as tratamos.

Eu sei que a violência existe no mundo, muitas vezes sem sentido, sem explicação. Que ser gentil e respeitar o próximo nem sempre vai nos salvar dessa violência. Mas prefiro ensinar ela que é o respeito ao próximo sim que vai ajudar a protege-la disso. Por que talvez, sabe, se todas as pessoas ensinassem exatamente isso aos seus filhos - respeito ao próximo - a gente vivesse num mundo com menos violência. E eu espero que isso acalme o coraçãozinho dela, e que seja a minha sementinha pra um mundo melhor.

Expliquei por fim que eu entendo o medo dela, e as duvidas. Que eu também tive esses mesmos medos e mesmas duvidas na idade dela.

Expliquei que eu sempre vou estar com ela. Que nós podemos decidir, quando a gente morrer bem velhinhas, daqui uns 100 anos, voltar eu sendo mãe dela novamente, exatamente como é hoje. Disse que tenho uma boa saúde, assim como o pai dela, e os avós, e que vamos viver ainda muitos anos. Eu pretendo viver mais uns 100 anos, eu disse a ela. E que mesmo assim, depois que eu morrer e ela ficar aqui, e ela for adulta, que eu sempre vou estar com ela, na mente e no coração, em todas as lembranças que ela tiver de mim. E que se ela quiser conversar comigo, ela poderá sonhar comigo, e nos sonhos dela eu estarei com ela e poderemos ficar juntas um pouquinho.

E disse de novo: Eu sempre vou estar com você.

E acho que essa foi a parte que fez ela se sentir melhor. E se acalmar, e conseguir dormir.

Mas eu fiquei com esse sentimento, esse aperto. Por que não é fácil pra mim, que sou adulta, fico imaginando tudo isso dentro da cabecinha dela, tão nova.

E percebo que a maternidade continua a me mostrar as facetas de mim mesma. As coisas que eu realmente acredito e prefiro passar pra frente. Coisas as vezes que nem eu mesma sabia sobre mim mesma.
Pois é, a maternidade faz isso mesmo.

E vocês, ja conversaram sobre isso com seus filhos? Como foi?

Bom fim de semana filosófico pra vocês!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Resumo da semana de aula, ou como minha filha me surpreendeu positivamente!

Rebeca não precisou de adaptação na escola. Simples assim. Chegou chegando com toda a segurança que eu lhe dei e nem sabia. Me dispensou logo no primeiro dia, na primeira hora: "Pode ir embora mamãe, eu fico! Pode ir!" Me disse minha filha de 4 anos em seus primeiros minutos no primeiro dia de aula em uma escola nova.

E não voltou atrás nenhum dia. 3 dias depois me dispensou de levá-la. "Meu vô me leva!"

Ainda faço questão de buscá-la todos os dias. Até quando, não sei.

E eu estou tentando me adaptar a nova rotina. Acordar cedo de manhã para arrumar ela pra escola, sem ter marido pra ajudar pois nessa hora ele ja saiu pro trabalho.

Eu não sou uma pessoa matinal.

Eu acordo rosnando pra todos os lados, de muito mau humor e perguntando "Bom dia porque?" sabem?

Rebeca acorda de bom humor, animada, feliz de ir pra escola.

Aprendeu a dormir sem a mamadeira e agora não reclama mais. E esta aprendendo a tomar leite com chocolate no copo, apesar de a revelia. Por ela toma iogurte todo dia. Mas ai aja bolso né?

Hoje eu fui dormir muito tarde por causa do calor. Mais de 2h da manhã. Perdi a hora. ela não. 6h35 da manhã, 5 minutos além do habitual, ela me chama, em pé do meu lado na cama: "Mamãe! Você esqueceu de me acordar pra ir pra escola!"

Pronto, já levo até bronca. E não preciso mais de despertador.

Ela vai  pra escola e em sua maioria dos dias, eu volto pra cama por mais uma horinha, ou mais. Mas não da pra ser assim sempre né?

Meu maior desafio, pelo jeito, vai ser a minha adaptação mesmo.

Faz parte né? Filhos sempre surpreendem a gente, né?

Bom fim de semana pra vocês! E por ai, como foram os primeiros dias de aula?
Me conta!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Primeiro dia de aula

Dai você, que odeia acordar cedo, acorda as 6h da manhã pra arrumar o material escolar e a filha pra ir pra escola nova. Se prepara mentalmente pra uma semana inteira de adaptação provavelmente tendo que ficar na escola fazendo hora alguns dias. E ai sua filha te surpreende, acorda de otimo humor, super animada, chega na escola, se apresenta pra professora e pras coleguinhas de sala. Ai, sentada do lado da professora, fala:"Pode ir embora, mamãe, eu fico."
Você insiste em ficar mais um minutinhos, meio de longe, até ela ir pra sala e quando ela te vê faz sinal de "vai embora!" com a mão, dizendo "pode ir!"

Ta, eu não tava preparada pra tamanha independência.

Boa semana!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

De mãe pra filha

Eis que as férias chegam ao fim. E olha, nem tenho do que reclamar. Não fiz nem um décimo do que eu queria, mas sabem de uma coisa? Foi muito bom. Recebemos os primos da Beca em casa por vários dias, tivemos a irmã dela por aqui também, e recebemos os amigos. Fomos ao cinema. Curtimos a piscina até não poder mais. Estivemos em família.

E pra terminar as férias com chave de ouro fomos a praia. A primeira visita da Rebeca a praia de verdade. Ela nunca tinha visto ou entrado no mar. Nunca tinha colocado os pés na areia. Foi emocionante.

E pra mim foi ainda mais especial, pois eu levei-a a mesma praia que eu frequentava quando eu era pequena.
E as coisas por lá continuam mais ou menos as mesmas. É uma praia com enormes casarões em volta, quase fechada pelos condominios. E isso faz com que ela permanece meio intacta, sabem? Poucas barracas espalhadas pela praia, alguns vendedores ambulantes, sorveteiros...


pulando a primeira onda




castelo na areia
O mar é calmo, raso. A água cristalina permite ver não só o fundo mas os peixinhos que nadam por ali, os caranguejos, as estrelas do mar (e uma agua viva aqui e ali). Passando o quebra ondas ainda dava pé pra Beca brincar e parecia que você entrava em uma piscina. Ou mesmo uma banheira de tão morninha que era a água. Uma delícia!

E estar ali, eu, com minha filha, com meus pais, naquela praia... Gente, eu quase cai em lágrimas! Foi muito emocinante!

Curtimos poucos dias na praia mas aproveitamos bem. Chovia no fim do dia, amenizando bem o calor e com isso as noites eram tão agradáveis quanto o dia. A Beca amou a praia e não ve a hora de ir pra lá de novo.

E eu também...

domingo, 5 de janeiro de 2014

O que 2014 trouxe de novo... adeus as mamadeiras!

Combinei com a Rebeca em Novembro que ela daria suas mamadeiras para o Papai Noel.
Conversei com ela, expliquei que o Papai Noel iria levar as mamadeiras pra algum bebê, e que em troca ele traria um presente a mais para ela. A pequena gostou da ideia, aceitou a troca, e passou o mês se preparando pra ela.

Na véspera de Natal ela mostrou que não seria assim tão fácil. Alias, ja poucos dias antes ela começou a pedir "o mama" para descansar durante a tarde. E na véspera de Natal ela fez isso pela última vez. E depois do lanchinho, lavamos a mamadeira e as colocamos debaixo da árvore para o bom velhinho levá-las.

A primeira noite foi fácil, ela estava cansada e enebriada pela festa, dormiu fácil. Mas não sem pedir o mama dela. Lembrei-a que ela havia dado as mamadeiras pro papai noel, ela aceitou bem, se virou no meu colo e dormiu.

Nosso Natal foi meio longo... Estivemos em festas do dia 24 até noite do dia 26. Faz parte e foi bom, e durante esses dias ela ficou bem.

Depois, no fim de semana ela começou a dier que sentia saudade das mamadeiras. Na primeira noite que ela fez isso cheogu a chorar um pouco, baixinho, sentido. Eu amleci e disse que se ela queria muito as mamadeiras de volta nós podíamos tentar falar com o Papai Noel. Mas só no dia seguinte.

Contei o caso pro Taz e ele foi mais racional do que eu, não voltou atrás, e no dia seguinte pela manhã quando ela contou a ele o plano ele a lembrou do presente, e deu a entender que ela teria que devolver o mesmo se suas mamadeiras fossem devolvidas. Ela voltou atrás, não queria devolver o presente.

Ela veio falar comigo mais no fim do dia e eu confirmei a possibilidade. Disse que eu achava que ela era capaz e disse que a ajudaria a passar pelos dias dificeis e ajudá-la a dormir.

E desde então vamos conseguindo. A noite, na hora de dormir, ela lembra das amamadeiras, diz que esta com saudade, e eu lembro a ela que ela já conseguiu ficar sem elas. Que ela tem conseguido dia após dia. Que mesmo sendo difícil, ela já conseguiu. E passamos mais um dia.

Pela manhã ela não sente tanta falta, não pede, fica bem. O mais dificil é a noite mesmo.

O lado ruim esta sendo convencê-la de tomar leite. Ela não tem aceitado muito bem. Ja tentei puro e com chocolate. Como tem feito muito calor eu tentei dar gelado, como a avó dela toma e ela sempre filava um pouco, mas sem sucesso. Na ultima semana tenho dado iogurte que ela aceita melhor, mas nãotem como ela ficar a base de iogurte o tempo todo, seja por causa do açucar seja pelo $$. Então nesse sentido ainda estamos nos adaptando.

Ela come queijo com frequencia e com gosto, alem de se alimentar bem. Então não me preocupo tanto. Mas não acho que seja uma boa ficar sem tomar um copo de leite por dia nessa idade, pelo menos.

Ela disse que gosta de chocolate quente, então esse é minha próxima tentativa.

Mas mesmo com essa dificuldade, acho que já posso dizer que o tempo das mamadeiras aqui, finalmente, passou.

O próximo é a fralda noturna que persiste. Ela mostrou interesse em tirar, mas eu acho importante fazer uma mudança na vida dela por vez. Até pra mãe aqui também conseguir se adaptar. Então, devagar e pra frente.

E vocês, como fizeram pros pequenos tomarem leite depois de retirada a mamadeira?