De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Terapia na escola?

Quando a gente tem filho acho que é inevitável pensar que vamos vê-los viver por situações que nós passamos quando criança. E a gente fica imaginando como iremos reagir como pais a essas situações.
E eu acho que todos os pais em algum momento passam por essas indagações. É ou não é?

Rebeca não esta querendo ir pra escola. De uns 10 dias pra cá ela tem mostrado cada vez mais resistência e pedido para ficar em casa.
Semana passada disse que estava com dor de cabeça. Reclamou um dia na escola, e no dia seguinte pediu que ligassem pra mim para que eu fosse buscá-la. Eu fui. mas fiquei com uma pulga atrás da orelha.

Na segunda feira ela pediu pra ficar em casa. Não concordei mas acabei indo junto com o marido para levá-la pra escola. Tive que ir com ela até sua sala e lá ela abriu um berreiro. Chorva copiosamente e não queria que eu fosse embora. Conversei com ela, e a professora me ajudou a acalmá-la. Ninguém entendeu o comportamente dela, visto que a beca sempre é uma garota feliz e que gostava de ir pra escola.

Ela ficou lá, mas a professora ficou de olho e eu atenta em casa.

Nos outros dias ela foi sem mais problemas, com a promessa de que eu iria buscá-la junto com meu pai no final da aula.
Hoje eu fui leva-la novamente e a cena se repetiu.

Chegamos na escola, ela me pediu que eu levasse ela até a sala. Chegamos lá e os amiguinhos não estavam, nem a professora. Ela ficou nervosa, pediu colo, começou a chorar. Estava muito transtornada, não queria me soltar.

A diretora veio, estranhou, fi chamar os amiguinhos e a professora de volta pra sala pra ver se isso ajudava ela a se acalmar.

Os amigos vieram, e ela nada de me soltar. No meu colo, chorava.

A professora foi conversando com ela, eu também. A lembramos das coisas legais que aconteceriam hoje na escola: a educação fisica que ela gosta, o sorteio do amigo secreto, o ensaio para a apresentação.

Ela foi se interessando e se acalmando. Desceu do colo. Quis ajudar a professora a sortear o amigo secreto. Foi me deixando de lado.

A professora então comentou comigo que ela tem ficado muito isolada na sala. Que aparentemente as outras meninas não estão querendo brincar com ela. e que isso esta acontecendo com uma outra menina também, mas que a outra menina acaba se mantendo perto das colegas numa movimento entre brincar e brigar. Mas a Beca se retrai e acaba preferindo ficar junto a professora.

Eu me despedi, prometi que voltaria para buscá-la depois, e sai.

Mas voltei pra casa pensando. Pensando muito.

Desde o começo do segundo semestre a Beca tem comentado que as meninas foram isolando ela aos poucos. Parece que entrou uma aluna nova no meio do ano e foi ai que tudo começou.

Primeiro a amiguinha dela com quem ela mais se identificava não queria ser mais amiga dela, pois agora era amiga da menina nova.

Mas a umas 2 semanas ela me contou que nenhuma das meninas queria ser amiga dela mais.

E eu lembrei que ela havia ficado muito animada depois do aniversário pois levaria A boneca que ganhou, a que ela mais pediu, que mais fez questão, para a escola. E ai me contou que a tal menina nova tinha uma boneca daquelas e que levava a boneca na escola.
E contou que uma outra amiguinha dela de outra sala também tinha.

E dai me contou do dia que todas as meninas da sala tinham levado suas bonecas daquele tipo.

E de repente o desejo dela tão forte em ter a tal boneca fez mais sentido.
Mas parece que ter a tal boneca não foi suficiente pra garantir o lugar dela na panelinha.

E ela esta sendo isolada.

O que não seria tão mal não fosse a identificação de gênero. E o fato da segregação de "coisa de menino e coisa de menina" ser tão reforçada na escola.

Então ela tem o amiguinho menino. E ela brinca com ele. Mas no momento que ela quer se sentir parte de algo, parte do grupo das meninas, e brincar com coisas de menina, ela se vê sozinha.

E eu passei por tudo isso. eu vivi exatamente a mesma situação. Mas por sorte comigo aconteceu mais tarde.

E honestamente eu não sei se hoje como adulta e mãe eu sei lidar melhor com essa situação do que quando eu era criança e era comigo.

Não acho que a forma que meus pais lidaram comigo naquela época tenha dado muito certo. Então eu acho que tenho que focar nas coisas que eles não fizeram.

Eu sei que ir com ela até a sala e vê-la chorando, é de cortar o coração. e eu não sou dessas que deixam chorando e vão embora. Eu nunca seria capaz de fazer isso. Por que eu lembro o que eu sentia, eu lembro o que eu queria pra me sentir melhor. e eu nunca seria capaz de negar isso a ela.

Mas a verdade, hoje, é que eu estou feliz que as aulas estão acabando.
E que eu tenho um tempo pra pensar em como ajudar minha filha a lidar com situações como essa, com segurança.

E voc~e, ja se viu numa situação como essa? O que você fez?

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Video Patrocinado - Por que trazer uma criança ao mundo?


Começamos já com uma pergunta difícil, né? Eu ouvi isso de algumas pessoas quando dizia que queria ter filhos e durante a gravidez da Beca. A minha resposta sempre foi a mesma: Por que eu acredito em um futuro melhor.
Um dos motivos de eu querer ser mãe foi o de passar pra frente alguns princípios que eu possuo e que considero importantes. Princípios como o de ajudar ao próximo sempre que possível, sem esperar algo em troca. Ser gentil e respeitoso com todos. Não nutrir preconceitos de nenhuma forma. De fazer a minha parte para que o mundo seja um lugar melhor, todos os dias, mesmo que com pequenos gestos.
Eu criei o blog com uma ideia parecida também. Com o ideal de poder ajudar outras pessoas. De mostrar que é possível viver uma vida normal mesmo lidando diariamente com uma doença tão difícil. E que é possível ser mãe, ou pai, e que vale a pena lutar.
E eu sonho todos os dias com o amanhã e em como será o mundo que minha filha irá viver. E eu acho que sou bastante otimista. Por que o que eu vejo ao meu redor pode não ser perfeito, e talvez nunca sera, mas eu vejo pessoas. E pessoas são a chave para mudar tudo. E temos o poder de tornar tudo melhor.
Eu trabalhei recentemente como tradutora freelancer e entrei em contato com textos que me mostravam o tipo de mundo que eu quero viver. Me mostravam que existem pessoas, muitas pessoas, ao redor do mundo todo, lutando, trabalhando dia a dia, para fazer o mundo um lugar melhor pra todos nós.  Pessoas que se esforçam para melhorar o acesso à água em lugares remotos, o acesso a alimento de qualidade, o acesso a cuidados com a saúde. Li sobre projetos que ensinam essas pessoas a ajudar outras pessoas que talvez não tivessem como receber esses conhecimentos.
E agora tive a chance de divulgar esse projeto da Unilever, o ProjectSunlight. Que nada mais é que uma iniciativa da Unilever dizendo “Nós nos importamos!” e buscando, através do projeto, unir pessoas hoje em busca de um mundo melhor amanhã. Para buscarmos, juntos, um futuro mais sustentável. Um futuro possível.
A Unilever faz hoje, No Dia Mundial das Crianças, o lançamento do projeto, com divulgação em várias frentes, com um vídeo e com um gesto: uma doação para essas 3 grandes entidades, O Programa Mundial do Alimento, o Salve as Crianças e a Unicef, parceiros da Unilever. Para começarmos hoje, juntos, a trabalhar no nosso amanhã!
E convidamos você a fazer a sua parte. Pode ser ensinando as pessoas do seu prédio a fazerem coleta seletiva, ou os seus filhos. E ensinando seus filhos a ensinarem os amigos da escola. Ou marcar uma feira de troca de uniformes na escola do seu filho. Ou começando uma horta em casa. Ou como você quiser começar. Por que é só um começo. Mas se cada um de nós começarmos hoje, a cada dia um novo passo, uma nova chance, e teremos certeza de dar um futuro melhor pros nossos filhos.

Você pode se informar melhor sobre o projeto acessando o link: Project Sunlight
Mas eu recomendo dar uma olhadinha no vídeo de lançamento do projeto, ali embaixo. Tenho certeza que ele vai tocar você.
(Esse post foi patrocinado pela Unilever)

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Fim do ano, começando o balanço

eu tenho a sensação, desde pequena, que o ano começa quando se iniciam as aulas e terminam junto com as mesmas. As férias, bom, as férias sempre foram um tempo extra, não contam. Mesmo quando eu não era mais estudante esse padrão se manteve por que meu pai trabalhava com escola, depois disso eu também trabalhei e o Taz também. e quando todos nós ficamos de fora dessa roda, veio a Beca.

Agora que a Beca está na escola isso é real novamente e de uma forma muito forte. Então, com o fim do ano letivo de se aproximando, eu começo a fazer um balanço do meu ano.

Pode parecer um pouco cedo pra isso, mas tentem encarar do meu lado. Eu costumo contar as semanas pelos fins de semana, que é quando eu acabo fazendo alguma coisa diferente, um passeio, ver a família, sabem como é. E eu parei para organizar meus fins de semana daqui até o fim de dezembro e todos eles já tem algum compromisso marcado até 20 de Dezembro!

Isso faz com que a minha sensação de que o ano está acabando se torne mais real.

Agora, não é só ter os compromissos, né? Sou bipolar gente, tenho que me planejar com cuidado e antecedência pra fazer as coisas e não cair numa armadilha que me faça entrar em crise, né?

Então, vou esmiuçando o que vou fazer em cada um desses fins de semana. Os horários, como vou fazer pra ir, com quem, que horas voltar... Dai, penso em como vou me organizar a partir do momento que a Beca sair de férias. Ai o bicho pega por que vou ter que pensar em coisas para os dias úteis também, né?
Afinal, criança em casa precisa ter alguma atividade (entenda por isso, brincadeiras e mais brincadeiras).

E a Beca é uma menina ativa. É um fato. Ai meu primeiro plano é montar a piscina e deixar ela brincando na água dia após dia. Bora passar protetor solar, beber muita água, e curtir, né? Mas nem sempre São Pedro concorda comigo então... Preciso ter um plano B, C, D...

Eu sei de vários passeios que quero fazer com ela. Alguns precisam de dinheiro, outros gratuitos. Receber os primos e os amigos é sempre uma boa pedida e a verdade é que eu me viro bem com 2 ou 3 crianças pra cuidar, cof cof

No blog quero fazer uma retrospectiva do ano. Falar de planos pro ano que vem, pra daqui 5 anos, 10 anos. Quero fazer planos! E quero poder compartilhar isso.

Mas acho que vou só começar falando dos planos para as férias... Que tal?

E você, como você conta o tempo na sua casa?