De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Bepantol Baby

Gente, recebi em casa um mimo super bacana! Uma caixinha linda linda com 2 pomadas Bepantol Baby!

Olha só!




Legal né?

E se você quiser um também basta acessar a pagina CegonhaExpress e pedir o seu!

Ta esperando o que? Corre lá!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Falando de: Educação e Alfabetização

Eu ja fui professora de Inglês.

Foi o meu primeiro emprego, o que consegui sozinha, na raça, mandando currículo a todos os lados e fazendo entrevista em outra lingua com medo de perceberem que meu inglês não era lá essas coisas na verdade.

Depois disso dei aula em outros lugares, inclusive na escola que meu pai tinha. (passado, não tem mais, ta aposentado)

Meu pai ter uma escola por 26 anos da minha vida foi um fato marcante pras minhas escolhas. Eu acreditava que iria, um dia, assumir os negocios da familia. Então, apesar das minhas dificuldades, eu tentei me focar nessa questão da educação...

Outra coisa que marcou  muito a minha visão sobre esse assunto foi o fato de ter frequentado boas escolas que seguiam um metodo de vanguarda conhecido como socio-construtivista. (Mais AQUI)

Viver nessa imersão toda me fez acreditar em algumas coisas que tenho tido oportunidade de colocar em pratica com a Beca. E avaliar o que tem sido feito com meus sobrinhos...

Hoje conversando com minha cunhada ela comentou que meu sobrinho de 8 anos não sabe ler. Não sabe, pelo que ela falou, escrever o proprio nome.

O que me chocou e eu fiquei sem saber como agir, foi o fato de que ela não falou num tom preocupado, mas de reprovação. A culpa disso era do menino. Afinal, ele tinha ajuda dos pais, e mesmo assim não aprendia. Era preguiçoso e mais, estava se tornando mal educado e respondão. Havia levado um puxão de orelha do avô no fim de semana por ter-lhe respondido de forma mal criada.

Não vou nem entrar no mérito do puxão de orelha - fica pra outro post. 

Ela comentou que achava um absurdo uma criança que tinha feito Jardim e Pré-escola não soubesse, nessa etapa, saber ler.

Eu respondi que, pra começo de conversa, era no primeiro ano que ele devia ter aprendido isso. Mas a verdade é que eu queria falar muita coisa, muita, e me calei. Eu não tenho intimidade suficiente nem estou proxima para de fato, ajudar. Minha opinião, ali, seria apenas uma critica e eu acho ainda, muito mal recebida.

Eu entendo a visão da minha cunhada. Mesmo. A moça que trabalha na casa dos meus pais tem um problema semelhante com o filho de 9 anos.

Não é coincidência. Ambos estudam em escola publica. Seus pais, que trabalham o dia inteiro, também estudaram em escola publica e, se chegaram a tanto, tiveram que se esforçar pra terminar o Ensino Medio.

Tenho certeza que ninguém lê pra essas crianças dormirem. Nem nunca leram. Sei que se os filhos pedirem uma revistinha em quadrinhos, serão duramente criticados por "querer ler besteira quando não leem os livros da escola". Sei que esses pais não tem condições de corrigir as lições dos filhos por eles mesmos não saberem a forma correta do uso das palavras e suas regras.

E todos acham que é obrigação da escola ensinar isso.

E nem querem que o filho saiba muito. Não precisa saber ler e escrever corretamente. Mas precisa ser capaz de ler um jornal, por exemplo, quando for adulto. Mais que isso, tem que tirar nota boa - leia acima da média - e passar de ano.

Eu sei, por que tive a chance de aprender,que não é bem assim.

Eu aprendi a ler com meu pai lendo gibis da mônica pra mim. Sempre tive livros em casa e pude mexer neles quando não corria mais o risco de rasga-los. Meus pais contavam historias pra nós antes de dormir - repetidamente se assim pedissemos. liam nos livros ou as vezes inventavam eles mesmos uma historia nova.

Na escola ler foi uma conquista! Foi algo bom, feito de forma gradativa e prazeirosa. Brincamos muito com letras, silabas e nos permitiram explorar esse universo novo.

Nada era feito de forma uniformizada, robotizada, mecanizada. Entendem? Não eramos um unico ser coletivo, eramos unicos.

Pra vocês terem ideia so fui saber o que era uma prova de verdade, com notas na 4 serie. Alem disso meus pais recebiam avaliações escritas individualizadas bimestralmente, com dicas de como trabalhar minhas dificuldades em casa. Não tive boletim ate mudar de escola, ja na 5 serie.

E apesar de saber que nem todos podem oferecer um ensino como o que eu tive - eu mesma não posso dar isso pra Beca - o que eu tive em casa, a preocupação que meus pais tinham conosco, o cuidado, isso todo mundo pode ter. E deveria.

Não é obrigação da escola somente de ensinar nossos filhos a ler. E um processo que deve acontecer em conjunto. E ele começa em casa, com o pai e a mãe que, mesmo cansados de um dia de trabalho, sentam pra ler um gibi com os filhos, ou inventam uma historia.

Eu sei que ligar a tv e mais facil. Sei que trabalhar o dia inteiro, chegar e ter uma casa pra arrumar, comida pra fazer, é a rotina de 99%:da população. Sei que a escola tem que ensinar muita coisa. Inclusive a ler e escrever. Mas se não podemos perder 15 minutos do nosso dia pra educar nossos filhos e mostrar a eles o prazer de estar junto, e ler, o que estamos mostrando?

A impressão que tenho, com meu sobrinho, é que ele tem uma dificuldade. E que ele precisa de ajuda. Mas que as pessoas em volta dele nem sabem identificar o tipo de ajuda que ele precisa - por que estão repetindo a educação falha que eles mesmos tiveram. E que ele tenta, grita, por uma atenção que, de uma forma negativa, esta tendo ao não saber ler.

Seta que se ele soubesse ler teria tanta atenção dos pais, dos avós, das tias? Ou seria deixado sentado a mesa com uma lição? O que, afinal, ele ganharia?

E por isso que eu leio pra Beca, e invento historias. E canto. E compro Gibi.

Por que eu gosto. E me importo. E eu quero fazer diferente. E a minha parte, a parte mais importante.

A escola e complemento, é um lugar pra dar continuidade ao que aprendemos em casa. Não um substituto.

Mas me preocupo com meus sobrinhos. E espero que o pouco que eu posso fazer por eles seja suficiente pra mostrar uma coisa - que existe sim outra maneira. Existe uma alternativa. E quem sabe, um dia, eles decidam experimentar...E descubram como é bom, esse mundo onde aprender é, sim, divertido.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Ressaca de Carnaval

Oi, crise, como vai a senhora? Esta me esperando a muito tempo?

Eu fui dormir ontem com a certeza que hoje a Beca ia ter aula, e essa ideia me confortava. Quando acordei hoje, de verdade, meu sposo me disse que ligou na escola pra confirmar e eles disseram que não, aula so a partir de amanhã. Ok. Mas o que eu faço com a leve depressão a qual me encontro?

Estou de TDM (Tensão Durante Menstruação) e isso apenas agrava um quadro latente de depressão. Não. Não sei d.izer se o que tenho é depressão. Mas a verdade é que estou frustrada. Frustrada comigo e com a minha vida. E essa frustração, com a qual eu nunca soube lidar direito, me leva a depressão leve que hoje esta agravada pela TDM.

Conseguiu entender?

A Beca ilumina meus dias. Ela me faz feliz pelo simples fato de hoje existir no mundo. Mas ja passei do momento em que vivemos de amor. O que sinto agora é o peso da responsabilidade, acho. O peso de tudo que quero pra mim e pra ela, como mãe, filha, familia, individuos. Quero  muito e ao mesmo tempo muito pouco.

Acho que a maior dificuldade, no momento, é ter paciencia pra fazer o que ja foi decidido e esperar as consequências dessas decisôes. E o medo...

De decisões estou falando sobre os concursos que quero e estou prestando. Foi uma decisão que tomei e que, na verdade, ainda não estou completamente bem com ela. A ideia de acordar as 6h30 da manhã todo dia, trabalhar das 8h as 17h e so passar 3h do dia com a minha filha me assusta um pouco. Um pouco muito.
Mas maisque isso, tenho medo que dormir apenas as 8h normais de sono diarias não sejam suficientes pra manter meu humor estável.

O medo da crise, o medo de perder novamente o controle sobre mim mesma, e o medo de repetir na vida da minha filha o que vivi na minha são companheiros diários. Tenho certeza que é um companheiro de todo bipolar e pessoa diagnosticada com algum transtorno psiquiatrico. E um medo que nos sabemos ter fundamento. Ter base, E real.

Eu não parei e nem nunca vou parar meu tratamento. Eu precisava complementá-lo com terapia? Precisava. Mas apesar disso, o tratamento segue e apos a consulta da semana passada, a meta atual do tratamento é exatamente me permitir ficar bem, mental e fisicamente, pra assumir o  compromisso de trabalhar o horario comercial e ficar bem com isso. E permitir que eu realize esse objetivo e alcance a independencia que almejo desde os meus 7 anos de idade.

Mas mesmo assim eu tenho medo.

E mais que isso, sofro enquanto não acontece, pois tenho muita dificuldade em esperar acontecer.

Tenho dificuldade em encontrar o foco, em estudar, em fazer o esforço que eu ja sei ser necessário para passar nos concursos.

Tenho duvida se me dedico somente a isso ou se arranjo um emprego no meio tempo para suprir as necessidades diárias que não podem esperar. E com isso envio curriculos para vagas que não sei se eu de fato quero, posso, irei, aceitar. Isso, claro, se me chamarem...

Tenho medo das coisas que penso e sinto. Tenho medo de viver uma realidade que eu não conheço, não domino. Tenho medo de no fim, não ser nada do que eu espero que seja. Mas mais que todos esses medos, eu tenho medo de que as coisas se mostrem exatamente como eu imagino.

E se de fato, for como eu penso?

E quando eu passar no concurso eu me sinta sim, realizada com o trabalho?

Que depois que eu passar pelos primeiros dias, de adaptação e excitação, eu ver que é um trabalho facil, que não requer muita habilidade, e que nem é tão ruim acordar cedo?

Que quando eu sair do trabalho eu buscar minha filha na escola e essas 3 horas que iremos passar juntas sejam muito melhores do que as que passamos hoje, pois com a saudade vem essa vontade de aproveitar melhor o tempo, fazendo coisas realmente juntas, e não só lado a lado?

Que com o fato de nos vetrmos pouco durante a semana nos iremos aproveitar muito mais nosso tempo juntas nos fins de semana, saindo juntas ou apenas vendo videos em casa?

Que de fato me traga uma independencia financeira e uma estabilidade que me  permitam sair da casa de meus pais? Que não irei depender mais deles, nem de ninguém, pra bancar a minha vida e a da minha familia?

E se, saindo da casa dos meus pais e não dependendo mais deles, morando perto do trabalho, eu deixe de ve-los com a mesma frequencia de antes por que a magoa que guardamos do tempo que moramos juntos for muito grande e não for embora?

E se as brigas e magoas que acontecem com cada vez mais frequencia com o marido se mostrarem mais do que uma dupla frustração pela realidade que viviamos? E se melhorar nossa vida, materialmente, não for a solução dos nossos problemas?

E se eu não entrar em crise com tudo isso? E se eu ficar bem, com controle de mim mesma e da situação, vivendo tudo isso? Que decisões eu irei tomar?

E se ter a independencia financeira for, de fato, tudo o que me faltava? E que isso me de segurança pra fazer todas as coisas que antes, eu não podia?

E ai?

O importante é que eu ja decidi. Todas essas duvidas meio que ja estão respondidas pelo simples fato de que eu vou atras disso. Que vou, agora, focar nisso. Vou prestar os concursos e assumir o controle material da minha vida.

Agora e caminhar o caminho.

Vamos?

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Receitas - strogonof de frango e bolo de laranja

Gente, pra terminar bem o Carnaval, nada melhor que comer bem!

deixo aqui então 2 receitas bem gostosas pra vocês:

Bolo de Laranja (daqui: TudoGostoso)


  • 3 ovos
  • 2 copos tipo americano de açúcar
  • 1/2 copo tipo americano de suco de laranja
  • 1/2 copo tipo americano de óleo
  • 1 colher de sopa de fermento em pó
  • 2 copos tipo americano de farinha de trigo
  • Raspas de laranja

  1. Coloque todos os ingredientes no liquidificador, menos o fermento e o trigo
  2. Bata bem e transfira para uma tigela por cerca de 3 minutos (isso tira o cheiro de ovo)
  3. Acrescente o trigo e o fermento. Dica! Peneire a farinha de trigo e o fermento, evitando que fiquem "bolinhas" e garantindo que misture bem. Essa mistura pode ser feita apenas com a colher, mas garanta, antes de colocar no forno, que misturou bem!
  4. Misture e despeje em uma forma untada e enfarinhada
  5. Asse em formo médio pré-aquecido por  + ou - 30 minjutos ou até enfiar um palito e ele sair seco!


Strogonof de Frango

1 lata de creme de leite
1kg de file de frango cortado em cubos
molho inglês
Catchup
1 bisnaga de Catupiry
1/2 cebola
2 dentes de alho
sal a gosto


Preparo:

Frite a cebola e o alho e oleo quente ate o alho ficar dourado. Acrescente o frango e o sal. frite o frango nesse refogado de cebola até que ele comece a ficar dourado.
Acrescente  + ou  - meio pote de molho inglês e cozinhe o frango nesse liquido por aproximadamente 3 a 4 minutos, pra ele adquirir o gosto.
Acrescente o catupiry e misture até que o mesmo derreta.
Acrescente a lata de creme de leite e misture
Por ultimo, acrescente o catchup até o molho ficar rosado.
Servir quente com arroz branco e batata palha

Bom apetite!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Fantasia de carnaval

Essa semana decidi comprar a fantasia de Carnaval da Beca. Ela teria uma festinha na escola na sexta - amanhã - e eu queria que ela fosse, como todos, fantasiada. Mas não tinhamos nenhuma fantasia. Durante a semana fiquei mostrando fotos de fantasias pra ela pra que ela escolhesse a que gostaria de usar.

Alguém imagina o que ela escolheu? Pois vejam que coisa mais linda!






quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Deslfralde? #3

As coisas com o desfralde da Beca andam assim, lentas, quase parando.

Na semana retrasada e na passada Beca teve uma intoxicação alimentar. Pelo menos foi essa a conclusão que chegamos para o quadro que ela apresentou. Diarréia forte, vomito. Sem febre ou qualquer outro sintoma.

Cheguei a leva-la ao pediatra que disse: ou é uma virose, e ai ela vai ter febre, ou é uma intoxicação alimentar. Seja qual for o caso, o tratamento é o mesmo. muita água, suco, tomar soro em casa e isotônico. A ordem era manter ela hidratada. Se tivesse enjoo, dar dramim.

Comecei o tratamento, ela pareceu melhorar no fim de semana mas piorou no incio da semana passada de novo.

No domingo ela sofreu um acidente escatologico, tadinha. Estava dormindo com uma fraldinha pull up-que segura bem os xixis, mas nada mais "pesado" que isso -  e acordou com dor de barriga, acabou fazendo um coco mole mole que escorreu pelas pernas. ela ficou horrorizada, chorou muito, sentiu vergonha. deu pra ver que ela ficou um pouco traumatizada.

Pedi na escola que a mantivessem de fralda alguns dias até o corpo dela se recuperar e acho que ainda estão fazendo isso, visto que não falei nada do contrario ainda.

Depois desse dia ela só aceitou usar fralda. As pull ups, pois tem o desenho do ursinho Pooh que ela gosta, mas nada de ficar só de calcinha. Aceita colocar a calcinha por cima da fralda, mas se digo que ela vai ficar sem a fralda ela chora bastante.

Assumo, fico com dó. Vi que ela sofreu nesses dias e espero, com esse tempo, estar dando chance pra ela recuperar a segurança.

Com a pull up elaainda faz xixi no peniquinho. Nem sempre, é verdade, pois não quer ter que parar o que esta fazendo pra ir no banheiro. Mas se a incentivamos ela vai conosco no banheiro, abaixamos a fraldinha ate o joelho e ficamos lá.

Uma das coisas que eu faço pra incentiva-la, como ja contei, é antar a musica do bebe no troninho.

Algumas vezes ela mesma pede pra ir no banheiro fazer xixi. Nessas vezes, que ela faz voluntariamente, ela sempre faz um xixizinho, nas vezes que chamamos nem sempre. Mas sempre que ela faz, nos celebramos, fazemos festa, e eu dou alguma coisa pra ela como prêmio. (um chocolate, um pirulito, faço o macarrão que ela gosta de jantar, alguma coisa eu dou) e ela fica feliz.

Sinto que isso esta tomando muito tempo. Imaginei que seria mais rapido. Mas sinto mesmo que ela não esta totalmente preparada e que se sente bem insegura ainda de ficar sem a fralda. Acho que ela tem o tempo dela, e que ver as crianças na escola irem no banheiro e ficarem sem fralda a incentiva bastante. Eles tem sido um grande aliado nesse processo todo. Mas ela vai ter o seu tempo.

Li uma entrevista hoje no Mamatraca muito boa a respeito disso, sobre a criança estar preparada para o desfralde não só fisicamente mas psicologicamente. Eu sinto que a Beca pra algumas coisas ainda não se sente pronta e tento respeitar isso. Tenho certeza que vamos terminar o ano com ela deslfraldada. Mas estamos em fevereiro ainda, sabem? Da tempo.

E vocês? Li muito sobre desfralde nos blogs afora, mas contem de novo! Como tem sido o desfralde ai na casa de vocês?

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Falando, novamente, sobre alimentação

E ai, a segunda de vocês foi boa? E o fim de semana? Gostaram da historia do post anterior?

Tive um começo de conversa com uma amiga via comentários de blog sobre alimentação. Ela contava um pouco, no post, sobre como esperava continuar com a educação alimentar do filho dela mesmo colocando ele na escola e como gostaria de ter isso respeitado, e eu falei um pouco da minha frustração em não ter conseguido manter a alimentação da Beca tão saudável como eu gostaria.

então, no comentário em resposta, ela me lembrou que, se eu quisesse, poderia reeducar a Beca, mas não sabia dizer quão difícil seria por eu morar com outros adultos que influenciariam nessa questão.

Fiquei pensando no assunto e resolvi falar sobre isso novamente aqui no blog. Digo novamente por que, se você chegou aqui a pouco tempo, já falei disso em outras ocasiões.

Vou começar com um exemplo.

Ontem saímos pra jantar fora com alguns amigos e levamos a Beca conosco. Ela estava descansada então não saímos com a preocupação de voltar cedo (apesar do marido ter tido dificuldades em sair, já que ele queria era mesmo dormir apos uma noite de insonia).

decidimos por ir em um restaurante onde os pratos são, predominantemente, fritos ou assados e com muito condimento. O refrigerante e o chá gelado são refils, ou seja, paga um valor maior, mas pode se servir a noite toda. Tem um menu infantil, mas esta longe, acreditem, longe de ser algo saudável. A preocupação do menu infantil é oferecer algo que as crianças gostem, que, assim como os pratos adultos, as ganhe pelo paladar.

Pais preocupados com a qualidade e que não querem que os filhos comam nada dessas coisas devem ficar longe. Do menu infantil, diga-se bem. No menu adulto, por outro lado, tem outras opções que podem servir bem qualquer um, adultos ou crianças, que querem uma alimentação mais "verde" vamos colocar assim. Mas não é a especialidade da casa.

Quando saio com a Beca me preocupo que seja um momento agradável tanto pra mim quanto pra ela e não quero, mesmo, ficar discutindo ou passando nervoso. Sei que ela tem suas preferencias pra comer e tento respeitar isso dela quando saímos, tornando o momento incrivelmente mais fácil. Sim, essa e a palavra, mais fácil.

Pedi então um "Mac&cheese" (Macarrão com queijo) pra ela e oferecemos o chá gelado como opção de bebida. Além disso, demos pra ela experimentar tudo que pedimos pra nós, fosse a costela assada fosse a cebola frita e cheia de gordura. Sem neuras. Ela gostou, comeu bem, comeu boa parte do macarrão, adorou o chá, e correu muito pelo restaurante, pai atras dela a todo momento. se divertiu bastante. Ainda desenhou na revistinha oferecida pelo restaurante com os giz de cera que eles entregaram para entretê-la enquanto a comida não chegava.

Eu me diverti. Foi uma saída legal. E eu percebi que gosto muito disso.

Antes da Rebeca fazer 1 ano eu fui bem rígida com a alimentação dela. Naquelas... Com a dificuldade que só quem mora na casa dos pais realmente sabe como é, de educar o filho com interferência de mais gente, eu fui o mais rígida que consegui. Acabei cedendo em um lado, vencida pelo cansaço e estafa mental, buscando uma melhor convivência dentro de casa.

Rebeca não comeu doces, nem bolachas, nem pão, nem nada disso. Comia papinha sem sal, frutas, tomava água e suco, e muito leite. Briguei mesmo com quem tentou acelerar o processo, meu e dela, oferecendo coisas como chocolate e batata frita. Turei uma batata frita da boca dela, dada pela minha sogra e na frente da mesma numa festa. Mas dava papinhas Nestlê, sempre. essa foi a minha concessão. A praticidade, não minha, mas de quem era responsável pelas compras em casa.

Depois que a Beca fez um ano eu fui, devagar, deixando ela experimentar as coisas. Bolacha maizena, pão, queijos, danoninho, chocolate. E a verdade é que, conforme eu fui permitindo que isso entrasse na dieta dela, isso foi dominando a dieta dela. Não só por que, de repente, como podia isso era e é oferecido constantemente, quase que diariamente, (as vezes inclusive por mim) como ela também foi criando suas próprias preferencias e, cada dia mais, sendo capaz de expressar isso.

Não me arrependo, nem de ter sido rígida no começo, nem de ter liberado aos poucos. A frequência atual me incomoda? Sim. Mas ai eu tenho que me apegar aos detalhes:

Rebeca não é nem um pouco fão de doces. Dispensa, fácil, uma bolacha ou um bolo, um pudim, etc Não faz questão e quando come, come pouco e deixa largado, isso quando não vira brinquedo ao invés de alimento.(Coisa que eu encorajo, inclusive, que ela brinque com a comida mesmo)

Ela gosta de sorvete. Mas se começar a ter sempre, também enjoa rápido e depois de umas 3 ou 4 lambidas, nos entrega e vai brincar de outra coisa. As vezes, claro. Na maioria das vezes come tudo mesmo. Sorvete ela gosta.

Ela nem sempre quer comer suas verduras, mas não faz drama se eu misturo na comida pra ela comer tudo junto. E as vezes pede pra comer mesmo, tipo chuchu, ou brócolis (que eu chamo de arvorezinha e ela come com a mão) ou vagem - essas são suas preferencias básicas.

Não gosta, de verdade, de folhas. As vezes ate gosta do gosto, como tempero de salada por exemplo, mas não gosta de mastigar as folhas, então cospe mesmo e separa na boca se estiver misturado na comida.

Outras vezes, quando sente vontade, vai ate a fruteira e pega uma banana, ou uma pera. As frutas ficam a disposição dela e ela come pouco, mas com uma certa regularidade. No lanche da escola ela sempre come frutas, mandadas por mim e pelas outras mães.

Ja suco ela toma e muito bem. Adora! Seja suco de polpa, ou maguary, ou suco de soja. (Admito que suco de fruta, fruta, eu não acerto fazer). Pra escola eu costumo mandar laranjas e limões que são espremidos na hora e oferecidos frescos pras crianças. Mas ela curte, mesmo, um suco de maça tipo Ades, de caixinha pequena, pra tomar de canudinho. Mas eu tenho quase certeza que o barato é o canudinho e o tomar sozinha, não o suco em si....

ela come carne, frango e até peixe, que não é muito fã provavelmente por comermos pouco aqui em casa e ela gostar de sabores mais fortes. Adora almondega pre pronta, salsicha e linguiça de churrasco. come pedaços de bife e devorou o Chester no Natal e no Ano novo. Não tem anemia mesmo sem tomar nenhum complemento vitamínico e esta com o peso adequado a sua altura.

Quando vamos no mercado, ela pede ja pelas besteiras, como o chocolate e o sorvete. Mas a verdade é que, depois de pagar, ela faz questão do suquinho de caixinha, não do chocolate. Acho que dos males o menor.

E depois que comecei a deixar a Beca experimentar mais, conhecer novos sabores, comer basicamente qualquer coisa pela qual ela se interesse, ela se tornou uma grande companheira pra se sair. Por que é muito legal vê-la experimentando coisas novas. E fico feliz de poder ser eu a oferecer isso pra ela.

Ela me ve comendo frutas e saladas e verduras. Também me vê tomar coca zero como quem bebe (ou deveria beber) agua. e não pede. Prefere o suco, apesar de já ter experimentado o refrigerante. Ela não pede, e se pede, eu deixo ela dar um gole e pronto, SE deixo. Na maioria das vezes eu explico que ela não pode, que ela deve tomar suco, e ela não discute.

E isso é algo que eu faço sempre com ela. Eu converso. Eu explico. Eu ensino, Eu educo.

Se eu disse não, é não.

Se eu disse que sim, tudo bem.

Se eu disse depois, cumpro minha palavra.

Não era mais difícil levar um pote de papinha na bolsa, ou um pote com frutas cortadas, ou qualquer coisa assim. Afinal, eu ja levava uma bolsa com trocas de fralda, roupas, e afins. Não era custoso incluir colher e papinha nisso. e ela ficou muito bem por muito tempo assim. e acho que, se você que esta lendo, faz isso e se sente bem com isso e funciona pra você, ótimo, continue!

Mas a verdade é que, hoje, essa mistura toda que temos aqui funciona pra mim. e eu estou feliz com isso. Passou, sabem? Agora ta tudo bem! Estamos satisfeitos!

O mais importante, ter uma filha feliz e saudável, que aceita experimentar coisas novas e gosta de coisas saudáveis da mesma forma, ou mais, do que gosta das besteiras, eu tenho!

Então, a minha resposta é não. Não sinto que preciso mudar a alimentação dela. Sinto que preciso continuar, sempre, a oferecer a opção saudável e mais que isso, o exemplo. O resto e consequência.

Certo?

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Batatim e Batatoca

Batatim e Batatoca
A festa dos gatos


            Batatim era gato de rua. Preto, de pelo macio e fala mansa. Sabia se virar e não tinha medo de ninguém. Só de Batatoca...
            Batatoca era gata de apartamento. Toda pintada de marron, branco e preto. Gata de apartamento com luxo de ir pra rua quando quisesse, pois morava em apartamento no térreo.
            Batatim e Batatoca se conheceram ainda gatinhos. Brigaram muito antes de ver que já eram assim, amigos.
            Foi depois de muito brigar, de muito miar, e muito rosnar, que eles perceberam que era mais legal, brincar, ronronar e lamber.
            E foi assim que começou a amizade de Batatim e Batatoca.
            Batatim era o gato da rua. Batatoca a gata do apartamento do térreo. Mas era de Batatoca que todos tinham medo.
            Arisca, a gata não deixava ninguém chegar perto. Miava, rosnava e eriçava os pelos sempre que um estranho chegava.
            E lá ia Batatim acalmar a amiga.
            “São apenas humanos” ele lhe dizia. “São amigos e querem te agradar.”
            Um dia, Batatoca foi voltar pra casa na hora de dormir, e levou um susto: A Janela estava trancada.
            Foi até a porta, e a mesma estava fechada.
            Olhou pra dentro e, mesmo com seus olhos de gato que vêem no escuro, nada viu.
            Batatoca havia sido deixada.
            Batatim ouviu a amiga e foi logo ver o que tinha acontecido.
            “O que aconteceu?” Ele perguntou chegando perto da amiga.
            “Foram embora, Batatim! Foram embora e me deixaram aqui!”
            Batatim viu a tristeza da amiga. Sem saber o que fazer, lambeu-lhe os pelos procurando ajudar. E pensou...
            Batatim pensou muito. Batatoca chorou. Mas uma hora, tudo parou. Batatim sabia o que fazer! E Batatoca dormia e já não chorava mais.
            Batatim saiu de fininho, sem fazer barulho algum, como só os gatos sabem fazer. Ele não queria acordar Batatoca.
            Mas quando acordou, Batatoca não viu Batatim. E logo pensou “Vai ver ele me abandonou também...” Triste, ela foi pro telhado, onde sempre ficavam, e levou um susto!
            “Viva Batatoca!” gritaram todos os gatos da vizinhança! Era uma festa! A festa dos gatos. Uma festa para Batatoca!
            “Estamos felizes que você não foi embora!” Disseram juntos. “E vamos ajudá-la a achar um novo lar!”
            Batatoca ficou feliz! Ela nunca achou que os gatos da vizinhança gostassem dela. Afinal, Batatoca era arisca. Rosnava, miava e eriçava os pelos quando algum estranho chegava perto.
            A verdade é que todos os gatos gostavam de Batatim. Ele era gato de rua, sabia das coisas. E sabia que não importava se Batatoca tinha medo dos outros, ninguém ia deixar ela chorando por não ter mais onde ficar!
            E os gatos cantaram, cantaram e cantaram. Cantaram miando, como fazem os gatos.
            Toda aquela cantoria começou a chamar a atenção dos humanos da vizinhança. E logo as crianças, que são mais curiosas, foram aparecendo pra saber o que estava acontecendo.
            Cada criança que aparecia se encantava e pegava um gato.
            Mas Batatoca era arisca. E tinha medo de gente estranha.
            Batatoca foi pra um canto.
            Batatim não se deu por vencido! Ronronou e ronronou pra cada criança que viu. Até que uma foi atrás dele.
            Batatim tinha um plano.
            Foi devagarinho pra criança não fugir, levando ela até Batatoca.
            “Essa e sua amiguinha?” Perguntou a criança ao gato, mesmo sabendo que o gato não podia responder de um jeito que ela iria entender. Mas Batatim podia responder de um jeito – lambeu o pelo de Batatoca carinhosamente. Isso ela deixava... Batatim ela sempre deixava chegar perto dela.
            “Minha mãe gosta muito de gatinhos e ela diz que devemos sempre manter aqueles que são amigos juntos, pra não se sentirem sozinhos.” A menina foi falando e se aproximando dos dois. Um pé na frente do outro e a mãozinha estendida com a palma pra cima pra eles verem que ela não iria lhes fazer mal.
            “Será que vocês não querem ser meus amigos também? Ai eu poderia levá-los pra minha casa. E não ficaríamos sozinhos mais...”
            E falando isso, a menina tentou passar a mão em Batatoca. Com cuidado, pra não assustar.
            Batatoca teve medo.
            Quis fugir, rosnar e eriçar o pelo.
            Mas Batatoca tinha ainda mais medo que a menina levasse Batatim, e a deixasse ali, sozinha, sem ninguém.
            Então Batatoca se deixou levar. Se deixou acariciar. E viu o quanto era bom aquele afagar.
            Batatoca gostou da menina. E a menina gostou de Batatoca.
            Logo depois foi a vez de Batatim, que era gato de rua, malandro, mas que tinha medo de Batatoca. Tinha medo de ficar longe de Batatoca.
            E Batatim levou um carinho também.
            Então, de repente, a menina se levantou e saiu correndo. Deixou eles pra trás e desceu daquele telhado.
            Sem entender, Batatoca falou “Ela vai nos deixar também!”.
            “Calma!” Disse Batatim. “ Vamos esperar, eu acho que ela vai voltar!”
            E a menina logo voltou. Junto dela vinha sua mãe com uma caixa. Uma caixa para gatos, para poder levar Batatim e Batatoca para casa com ela.
            E cada gato que participou da festa de Batatoca foi aos poucos ganhando um lar. Um amigo com quem morar.
            E Batatim e Batatoca puderam ficar juntos. Apesar do medo. O medo que Batatim e Batatoca tinham. O medo de que iriam, um dia, se separar...
            Mas o medo foi embora. Não tinha lugar pra ele na casa nova.
            E no fim ficou assim, Batatoca com Batatim.

FIM

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Mais de mim

Por mais que a Beca esteja num momento mega fofo e fazendo gracinhas dignas de postagem todos os dias, eu preciso parar e falar de mim.

Falar sobre as coisas que vivo, que me incomodam, que desejo, sempre foi a forma que usei pra lidar melhor com elas. E eu acabo precisando repetir os  mesmos assuntos varias e varias vezes. Faz parte.

Domingo agora e a prova pro concurso do INSS. Vai ser minha primeira prova pra concurso de, provavelmente, muitas outras que virão. Não tive muito tempo pra estudar, estou inclusive tendo dificuldades em ler o livro que comprei - unico objeto de estudo nessas 2 semanas que consegui parar um pouco pra fazer isso.

Entre fazer a inscrição no concurso e a prova tive cerca de 4 semanas. Mais o tempo do livro chegar, e as ferias da Beca terminarem e eu poder, de fato, parar pra estudar e conseguir fazer isso, apenas 2 semanas. Basicamente o tempo de ler o livro, com sorte. E esse vai ser todo o estudo que eu vou ter pra minha primeira prova.

Talvez eu, mais uma vez na minha vida, mostre uma facilidade com os assuntos e -espero! - passe no concurso. Talvez não. Independente do resultado existe um tempo relativamente grande entre o passar em um concurso e ser chamado.

Eu tenho tentado ficar de olho nos outros concursos que aparecem pra poder me inscrever naqueles que me interessam. E admito, a escolha e baseada quase que exclusivamente no salario ofertado. Eu tenho um minimo que preciso ganhar pra valer a pena o trabalho em tempo integral. Tem que valer a pena passar menos tempo com a Beca, e ter a opção de pagar a escolinha em período integral se for necessário. Menos que esse X, eu nem leio o edital.

Eu não sei se prestar concurso vai ser a coisa certa pra mim. Não sei mesmo. Não tenho ideia de como vou ficar - só sei que estarei bem amparada e terei ajuda e apoio de todos os lados. E sei que pode ser a chance de ter uma independencia real que eu, na verdade, nunca tive, mas sempre sonhei. E estou apostando nisso.

Pode parecer obvio pra muita gente, mas pra mim foi difícil admitir a realidade de que eu só vou sair da casa dos meus pais e ter a vida que quero quando eu puder pagar por ela. Coisa de adolescente, talvez, em não querer enxergar o óbvio.

A verdade é que muitas vezes em que eu chegava nessa conclusão, dentro da minha cabeça, as consequências disso não são boas. E acho que são essas consequências e o medo delas que me fazia sempre tentar achar outra solução. Mas sinto que cheguei num ponto em que preciso parar de me enganar e colocar os pés no chão. Aceitar que essa e a realidade e pronto. Posso não gostar muito dela agora, mas é o que tenho.

Quando eu passar num concurso e for chamada, muita coisa vai mudar na minha vida. Muita mesmo. Acho que até a visão que eu tenho de mim mesma. Mas a que mais me doi, hoje, ao pensar nisso, é não poder estar em casa com a Beca. Eu sei que ela vai sentir muito a minha falta assim como eu vou sentir a dela. Teremos que nos adaptar. Acredito que a médio e longo prazo será a coisa certa a fazer - teremos menos tempo, mas poderemos aproveitar melhor o tempo que tivermos.

Espero, honestamente, estar tomando a decisão certa.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Acordando

Sabado a tarde. Rebeca dando seu cochilo diario deitada no sofa ao meu lado. Resmunga dormindo palavras imcompreensiveis.

Eu continuo mexendo no computador, assistindo meu seriado.

Ela acorda. Abre os olhos e tenta se situar.

Eu olho pra ela e sorrio.

Ela sorri pra mim:

- oi! - ela diz

eu respondo o oi, rindo por dentro.

Ela olha pra mim, faz um sinal de joinha com a mão, polegarzinho em riste e fala:

- Beleza?

Ri muito.

E fiquei me perguntando onde ela aprendeu isso.

Boa segunda!

sábado, 4 de fevereiro de 2012

De sentir e expressar sentimentos

Ontem, sexta feira, fui com meu pai buscar a Beca na escola. Era sexta feira e eu combinei com ela que as sextas feiras nos podemos passar na padaria na volta da escola e tomar um sorvete.

sentei ela em um dos bancos da mesinha da padaria, abri o sorvete (de banana, ela adora) e entreguei na mão dela. Abri o meu e sentei no banco na frente.

Beca ficou fazendo gracinhas - piscava lentamente os olhinhos, dava sorrisinhos, enrolava pra tomar o sorvete e ficava tentando chamar minha atenção. Cantava musiquinhas e esperava minha reação. Estava feliz.

Nisso, num determinado momento, eu falo que ela fez um biquinho e ela para um segundo,pensa, e se inclina na minha direção fazendo biquinho, pra me dar um beijo.

Me inclino de volta, ela me da um beijinho estalado e diz:

- te amo mamãe!

*Poff* cai no chão de tanta fofura!

Lindo quando eles começam a saber nomear os sentimentos que tem, que tanto bagunçam a vidinha deles nesse segundo aninho de vida...

Repondi, claro! Nunca iria deixa-la sem a resposta!

- Também te amo filha!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

2 anos e 4 meses

Rebeca completou ontem 2 anos e 4 meses. E olha, ao mesmo tempo que parece muito parece pouco, entendem?

Completou seus 2 anos e 4 meses com um sustinho - reclamou de dor de barriga na noite de terça, e na manhã de quarta ficou vomitando e com diarréia. Não sabiamos se tinha sido algo que ele comeu, se era virose, mas assustou. E, com isso, resolvi leva-la no pediatra"just in case". dei sorte e consegui um encaixe no mesmo dia, no fim da tarde.

Mediquei Rebeca em casa de manhã e apesar do medicamentonão ter ficado muito tempo no organismo dela, deve ter feito seu efeito. Ela vomitou apenas mais uma vez, o proprio remedio, e depois foi melhorando aos poucos. Tomou suco, almoçou um pouco, tomou leite e dormiu a tarde toda, ate pouco antes de sair. A noite não teve mais nada, ja estava serelepe e brincando. comeu pão, um pouco de carne, mais suco (hidratação!) e foi dormir um pouco mais tarde que o habitual, de leitinho quente na barriga.

Pra constar nos autos, ja que desde outubro Rebeca não ia ao pediatra, ele a mediu e pesou:

Altura-93,5cm
Peso - 14,250kg

Cresceu 3,5cm e ganhou cerca de meio quilo. Tudo dentro do normal pra tanto tempo entre as consultas.

Hoje a mocinha ja esta melhor e ja dve ir pra escolinha, mantendo a rotina.

Nesses 2 anos e 4 meses Rebeca cresceu muito, claro! Ela e um bebe de curva 95%, grande, fofa, e com o desenvolvimento dentro do esperado pra idade dela.

Atualmente Rebeca ja canta as musicas que conhece-incluindo as que ouve com papai e mamãe, como João Penca e seu Miquinhos Amestrados, Rolling Stones, Beyonce e tantas outras. devo dizer que ela tem um sotaquezinho em ingles de dar inveja rsrs Fala enrolado mas algumas palavrinhas saem muito bem e claras. Me pergunto se ela sabe o que essaspalavras que repete significam...

Conversa muito e pede pra brincarmos com ela, fazendo as vezes dos bonecos. Adora brincar de faz de conta, decidiu que um lençol velho e seu manto de princesa e o arratsa pela casa dia e noite. Ah, sim, ou então e uma capa, do Super Why. Por que meninas tambem gostam de super herois!;)

Mas esta entrando na fase das princesas. Quer ler e ouvir historias de princesas, brincar e se vestir de princesa (mesmo que fazendo de conta). Quando quer ficar acordada, ja tem seu truque-me da um presente de natal de mentirinha e pede pra eu abrir - e decide que me deu um livro de historia pra eu contar pra ela. E, claro, eu não resisto e vou la, contar historinhas pra pequena... Me enrola mais de meia hora nessa brincadeira, rs

Dança, adora dançar. Se pudesse faria balé, jazz e todas essas coisas. Eu que acho muito cedo. Depois dos 3 anos, se ela quiser, pode começar alguma coisa - e a minha tendencia e na verdade começar com a natação. E claro que tudo isso esta diretamente ligado a nossa situação economica que, devo dizer, piorou de novo.

Na escola, ainda faz onda pra não ir. Não se empolgou, prefere mil vezes ficar em casa com a mamãe e a vovó. Mas não da, não rola, preciso estudar, descansar, me recuperar e vovó, ja disse, não tem pique pra ficar com ela todos os dias. Então, a escola de meio periodo esim, necessaria e a melhor opção.

O desfralde caminha em passos lentos. Ontem e hoje, como reclamou da dor de barriga, estou deixando ela de fraldas, pra conter "emergencias" se vocês me entendem bem... Mas deve ficar de calcinha na escola, como os outros dias. Ela fica sempre so de calcinha na escola, mas ainda pede a pull up em casa. Ai ela pode decidir se quer fazer o xixi no banheiro ou não. Cocô, sem discussão, é na fralda mesmo. Ela mostra um certo medo de fazer  o cocô no peniquinho...

E pra fazer suas necessidades, a safadinha aproveita a deixa pra pedir atenção da mãe aqui, e pede pra eu ficar cantando essa musica:



Posso com isso?

Fala tudo e muito bem, essa menina. E canta a musica comigo, diga-se de passagem...
E muito sensivel e faz bastante manha, chorando quando não tem o que quer.

Voltou a ter a atitude agressiva de me bater e ficou de castigo esses dias por causa disso. Duro deixar de castigo, mas agora não foi nem de brincar de bater, foi conciente, de brava por que não queria fazer o que eu estava falando (no caso, dormir). veio brava, disse que não, e me deu um tapa! Briguei com ela, levantei a voz e coloquei ela de castigo snetada no sofá. Mandei a vovó, que estava presente, sair da sala e deixar a Rebeca pensando no que fez. Ela chorou, mas ficou no lugar. depois de alguns minutos conversei com ela e disse novamente o que ela fez de errado antes de libera-la pra brincar. Ainda não repetiu o feito, mas me deixou preocupada.

Adora trocar de roupa e se embonecar. Quer ficar bonita, sempre de roupa nova, de sapatinho de festa pra poder dançar, e se deixar, com colar, brinco e o que puder pra ela ficar linda. Uma mocinha mesmo. (Bem diferente da mãe dela)

E apaixonada pela vó e pela tia. Tem se acostumado com os meus amigos que vem nos ver e se afetuado por alguns deles. E agora já mostra interesse em brincar com outras crianças, aproveitando de verdade a companhia quando os filhos dos amigos tambem vem junto. Uma delicia!

Presta atenção em tudo e todos e quando vemos ja esta agindo de acordo com o que ouviu no meio das nossas conversas. Ja deixou de dormir pra poder ir comigo ver uma amiga minha fora do horario por que me ouviu ao telefone combinando o encontro.

E alegre e sorri muito. Faz gracinhas o tempo todo e tenta sempre agradar. Esta naquela fase de repetir o que falamos e como agimos, perfeita para absorver boas maneiras e boas lições através de exemplos, sabem? (Preciso rever meus habitos alimentares!)

Dorme todos os dias antes de ir pra escola, antes do almoço. Nos fins de semana, se teremos algum evento, alguma saida, passo essa soneca pra depois do almoço pra ela aguentar e se divertir mais sem o cansaço. Esta sem rotina para lanches e café da manhã, o que e ruim, e a escola esta ajudando nisso. Tem feito falta a rotina mais estruturada e bom por estarmos, com a escola, retomando isso.

Aff, acho que vou parar por aqui, senão passo dias falando da pequena.

depois volto com o outro lado -  a Mãe! rs