De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

sábado, 24 de abril de 2010

Falando sobre ansiedade, parto e novas fotos



Eu comecei o blog entre outros motivos por que eu precisava dividir o que eu vinha sentindo e vivendo com alguém e sempre me comuniquei melhr escrevendo que falando. Sempre fez sentido pra mim dividir o que eu penso, falo, acredito, vivo, com os outros. Em algum momento da minha vida eu aprendi isso, apesar de ultimamente eu ficar me perguntando com quem ou como.

De qualquer forma, ao começar a escrever o blog, eu comecei também a acompanhar o blog de outras pessoas, mães, gestantes e treinantes, e trocando experiencias com elas, através dos posts e comentarios. Dentre todas elas, eu conheço e convivo com apenas uma, e menos do que eu gostaria, e acredito que ela também. É a Mari, do blog three litle birds, mãe do Dimitri, que deve nascer nas proximas semanas. Conheci a Mari anos atrás, pessoalmente, através de amigos em comum. Gostei dela na hora, por que a Mari é assim, uma pessoa facil de se gostar.

Nos vivemos uma situação muito semelhante em 2008, exatamente na mesma epoca, e eu sei que foi com essa experiencia que ela descobriu esse gosto pela maternidade. Foi dificil pra nos duas supermos os problemas e chegarmos aqui, hoje eu coma Rebeca e ela esperando o Dimi.

Quando me contaram da gravidez dela fiquei pensando em como era engraçada essa coincidencia novamente. E fiquei feliz, por que sabia que era algo que a faria feliz. E iria dar-lhe medos, e anseios, e duvidas, e todas essas coisas que vocês sabem muito bem como é.

A MAri fuma, que nem eu. E eu sei que ela sofre a cada tragada no cigarro. Eu sei. Eu senti isso. Eu sei o que era ter medo de deixar de usar o Ultragestan e perder a coisa mais importante na minha vida. Sei o que é ficar em casa o maximo possivel, no limiar entre o enlouquecer de tanto morgar e a segurança de que esta fazendo o melhor pra garantir que aquele serzinho chegue aqui, do lado de fora, da melhor forma que eu puder.

E sei qual a sensação de não conseguir fazer algo que sabemos ser certo, ou de deixar de fazer algo que sabemos estar errado, e torcer a todo instante que apesar das minhas falhas, dos meus erros, das minhas imperfeiçõs, o meu bebe seja perfeito, saudavel, e chegue aqui nos meus braços pra me dar a chance de acertar e fazer diferente todos os dias das nossas vidas.

E é isso que eu queria falar pra vocês, meninas, que estão ai, ansiosas. De repouso, ou não, mas ansiosas com a vinda dos seus bebes. E pra vocês que estão com eles ai, ja, nos braços, enfrentado cada dia, cada dificuldade, pra fazer as coisas como a gente acredita ser o melhor pra eles e pra nós, e torcendo pra não estarmos errando de novo.

As duvidas não vão deixar de existir. Elas se tornarão outras. Eu não me tornei outra pessoa. MAs eu decidi ser o melhor de mim, todos os dias. O ontem, o passado, tudo o que eu errei antes da Rebeca nascer, teve que ser deixado de lado e se tornar o que de fato ja era: passado.

A gravidez em si ja fez isso comigo. Eu fui deixando pra trás tudo aquilo que eu não precisava, e fui me dando conta a cada dia do que eu de fato precisava, o que eu de fato queria, o que eu acreditava ser correto. Eu fui me conhecendo ao longo da minha gravidez, e foi um processo que continua, e que envolve lembrar da minha infancia, das coisas que vivi desde onde consigo me lembrar até o ultimo dia antes de eu saber que estava gravida.

E se falatva algo que eu achava que podia e queria mudar em mim, que era importante que eu mudasse pois não ia de acordo com o que eu queria para a minha filha, no momento em que ela nasceu eu tive ainda mais certeza, que isso também era passado. Tudo passou a ser Pré Rebeca e Pós Rebeca.

Antes da Rebeca eu era uma pessoa que adorava sair pra beber tequila e passar a noite em claro, e não me preocupava quanto eu iria gastar pra fazer isso.

Hoje eu faço questão de estar em casa no maximo as 21h, para poder acalmar a Rebeca, dar-lhe um banho e coloca-la pra dormir. Não troco isso por nada.

Não deixei de gostar de tequila, ou da ideia de sair e ir pra um bar bater papo com os amigos e beber a noite toda. Só que eu não quero mais fazer isso. Eu não aredito que deva fazer isso e deixar que outra pessoa, mesmo que seja a avó dela, que coloque a minha fulha pra dormir se eu posso fazer isso.

Antes da Rebeca existir, e entendam isso como antes de eu saber da gravidez, eu fumava 1 maço e meio de cigarros por dia. No final, tinha conseguido diminuir de 30 para 8 cigarros ao dia. E na hora que eu entrei naquela maternidade para ter a Rebeca, os 8 se tornaram 0. E assim permanecem

Então, se antes eu fazia e vivia de uma forma, não significa que vou continuar sendo assim se eu não quiser ser assim.

Antes de ter a Rebeca eu adorava ir ao cinema com os amigos, tomar café num Fran´s e ficar batendo papo, comendo coisas gostosas, bebendo algo bom e não alcoolico, aproveitando boa compania.

Eu ainda gosto de fazer isso, e fariz com mais freuqencia se meu bolso permitisse. Esse é um programa para o qual podem me chamar com facilidade e eu irei. Contanto que ele acabe de forma que eu esteja em casa as 21h pra colcoar a Rebeca pra dormir.

Então, as coisas que eu gostava e gosto em mim não mprecisam mudar e eu não preciso deixar de fazer por que me tornei mãe, mas é bom adapta-las a essa nova realidade.

O ponto é, você tem o poder, agora, de escolher quem você quer ser. Quem é você MÂE. Não importa quem você era antes ou que fazia e fez antes, no passado. No momento que você se torna mãe, com seus filhos nos braços, você inicia uma nova vida, não só a que você gerou no ventre, mas a da sua cabeça. São 2 vidas que se iniciam, e não uma. E assim como vocês estão com suas expectativas, acreditem que seus bebes também tem!

Como será quea minha mãe parece? Será que eu vou reconhece-la se eu não estiver mais aqui dentro? Será que ela vai me reconhecer?

Talvez eles não tenham pensamentos tão complexos, eu não sei. Sei que, a primeira vez que minha filha precisou de mim para acalma-la, ainda no ventre, eu o fiz. E eu curti cada movimento, cada neura minha que ela, la de dentro, se encarregava de acalmar como quem diz "larga mão de ser boba mãe!"

E hoje, até hoje, eu vejo a Rebeca colabaroando comigo sempre que eu preciso. E sei que o que eu sentia e falava com ela antes dela sair fazem diferença.

Até hoje sinto o que ela sente. Chego ao cumulo de sair na rua sem ela, deixando-a com a minha mãe, e saber que ela precisa arrotar por que eu fico com gases do nada sem ter ingerido nem mesmo um copo dágua.

Sei que estão ansiosas, e devem estar! Aproveitem a ansiedade, curtam a ansiedade! Dobre e desdobrem as roupinhas, limpem o quarto, façam as lembrancinhas, fiquem de repouso com a mão na barriga enquanto o bebe mexe, imaginando como vai ser o rosto, os olhos, a boca, os cabelos...

E saibam que quando estiverem em seus braços, nascera com eles um novo EU. Sera o seu EU mãe, e a partir dai você pdoera definir tudo novo na sua vida. Quem você quer ser?


Coloco abaixo, então, fotinho da minha moça, agora com quase 7 meses, pra mostrar a naravilha que é essa ansiedade compensada!

5 comentários:

  1. Ohhh Di! Que post hein!

    Chorei aqui! heheheheheeheh

    Vc falou tudo, tudo!
    É o que tô fazendo agora, tô curtindo essa ansiedade, essa espera, não de uma forma neurótica mas aproveitando mesmo, sabendo que isso faz parte.

    Obrigada pelo post!

    Beijão!

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  2. Caramba Di eu agradeço triplamente o post... sabe parece que nossas vidas são estranhamente interligadas pela maternidade, eu lembro que uma das primeiras vezes que eu te vi vc leu a minha mãe e me disse sobre maternidade...

    e o incrivel é que passamos as dores e alegrias em épocas bem próximas, e vc foi e é de verdade sem demagogia e rasgação de seda um verdadeiro ANJO pra mim e pro dimitri, de verdade, muitas vezes eu estava desesperada e vc sempre me acalmou, mostrando que tudo era absolutamente normal... e agora vc escreveu exatamente o que eu to sentindo, chega a ser agoniante...

    eu lembro uma vez q v me disse que este "medo" nunca passa, ele so muda de posição... cada fase é um medo diferente até pegar o bebe saudavel no colo, e é verdade, eu tinha certeza que agora no final eu estaria tranquilíssima, mas NÃO, não estou, estou mais ansiosa do que nunca, chega a ser agoniante...

    mas mesmo assim, to tentando ao maximo não ter neuras... curtir estes ultimos momentos...

    ate poder sentir todas as emoções que vc decreve aqui tão lindamente de ser mãe!!!

    Obrigada por tudo denovo e denovo e denovoo... acho que a forma mais legal deu te agradecer tudo isso é vc mesma vendo meu filhoo crescer saudável e feliz, e saber que ele esta la saudavel e feliz por muito que vc tb ajudou!!!

    e eu quero demais q ele e a beca brinquem, que a gente va pra praia com as crianças, das festinhas e de tudo...

    um beijo!!!
    nos amamos vc!

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  3. ops leu a minha mão... saiu escrito mãe hahaha

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  4. Amei esse post, até me emocionei! Ainda to aprendendo a descobrir essa nova vida de mãe mas to adorando e curtindo cada momento. É udo magico com certeza. Sua filha tá linda, parabens. Bjs Cy

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  5. Ai Di, mas a última coisa que eu estou é neurótica com TP!

    Eu já estou dilatada desde as 29 semanas, tive perda de líquido, e nem repouso eu faço!! ahhahahahahaha
    A única coisa que a GO me disse é: Se você tiver contrações, me avisa. E olha, eu sou tão tranquila que fazem 3 dias que elas ficam ritmadas e eu nem ligo pra ela.
    Eu não acho que estou entrando em TP, e se isso acontecesse seria bem ruim pq seria TP prematuro!
    O Vicente tem que ficar aqui pelo menos até 16 de maio pra vir a termo.

    Mas ao mesmo tempo fico preocupada se eu não deveria estar inibindo uma dilatação maior que possa levar a um TP prematuro.

    Se você visse o quanto eu caminho, faço as coisas, ando pra lá e pra cá, saio de casa todos os dias (inclusive minha família inteira me xinga pq saio sozinha, as vezes esqueço celular e ando demais! Todos acham que faço coisa demais!) iria entender que só comentei das contrações pq hoje tenho consulta aí, aproveito pra perguntar.
    Pq eu sou daquelas grávidas que não vive no PA, aliás, a única vez em que fui pro PA por causa da gravidez foi agora com 32 semanas.

    Eu odeio hospital, odeio medicamentos, então, só vou pro PA se realmente o troço tá demais, e isso até é um erro. Já ouvi xingão da GO.

    Mas enfim, acho que entendi o que vc quis dizer ali no comentário.
    Só que acho importante, pelo menos, perguntar se é normal, afinal, cada gravidez é uma gravidez né!

    Beijos!

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Ai, que bom que você veio! Puxe uma cadeira,sente-se no chão e sinta-se na casa alheia.^^ Mas me da um toque :P