Olá pessoas!
Tirei umas fotos da Bebeca mas ainda não passei pro computador, então vou deixar pra fazer o post sobre o fim de semana amanhã. ^^
Hoje a noite eu estava assitindo meu canal "mamãe feliz" favorito, leia-se Discovery Home&Health, e finalmente passou um programa que tinha sido anunciado e eu queria muito ver, que era o Gravidez Extrema: gravida e bipolar. Eu estava muito curiosa pra assistir esse programa, queria ver, na teve, retratado aquilo que eu vivi, vivo, todos os dias. Queria não me sentir mal, nem sozinha, e, ok, admito, ate meio importante. Tava ansiosa, e enquanto assitia fiquei ate um pouco nervosa por ir me lembrando da minha gravidez conforme eles iam mostando algumas, poucas, situações que a moça no programa passa.
E, realmente, não me sinto mais mal. Me sinto bem, muito bem. É claro que nada mudou na minha vida no sentido pratico da palavra, mas assistir o programa me fez ver um pouco melhor as minhas vitorias.
A mulher do programa tem muitos dos medos que tive, e que, na verdade, quase toda gravida tem, a diferença é que cada uma tem por um motivo. O problema é que a coitada alem de bipolar, tem fibromialgia e artrite. Cara, ou seja, alem de ter a cabeça meio instavel, sente dor o tempo todo.
Ate ai, eu me identifiquei com a dor. Não tenho esses problemas, mas eu estava tão tensa o tempo todo durante a gravidez da Beca que eu sentia dor constantemente. Eu passei a minha gravidez a base de emplastos e massagens para aliviar uma dor que não passava. Ah, sim, e ainda esta lá na maior parte dos meus dias.
No entanto, existiu uma grande diferença entre a mulher no programa e eu: ela tomou remedios durante a gestação. Eu não. Simples assim.
Eu faço tratamento para bipolaridade ja tem 7 anos agora, e tinha passado 2 anos tentando engravidar, poder engravidar, antes da Rebeca passar a existir. E, antes disso, 4 anos me preparando psicologicamente para o que eu precisaria fazer e deixar de fazer para dar certo. Foi um trabalho longo, intenso, e que não tem um dia que eu não acredite que tenha valido a pena.
Das 36 semanas que se passaram entre eu descobrir que estava gravida e e o nascimento da Rebeca eu tomei 15 comprimidos de antidepressivo na menor dose que era possivel, pois era a menor vendida, e não foram em dias seguidos. Entre a 33 e 37 semanas, tomava, dia sim dia não, um ansiolitico dado a gravidas hipertensas por que era imprecindivel que eu dormisse alguma coisa, ja que não dormia mais que 2 horas seguidas desde o 3 mes, e nos 2 ultimos não mais que 45 minutos por vez. E, mesmo assim, depois da 37 eu estava tão mal da hipoglicemia, tão mal, que eu precisava colocar algo no estomago a cada 2 horas, e isso incluia eu ter que acordar a noite pra isso. E, no fim, foi isso, e não os remedios, que me ajudaram a dormir melhor e descansar mais. Ate hoje, acredito que meu maior mal era a minha baixa de açucar no sangue. Cheguei a notar, algumas vezes, que tomar sorvete ou comer algo doce inclusive ajudava a passar as dores momentaneamente.
Rebeca nasceu com 39 semanas e 4 dias, de um jeito que muita gente não entendeu direito e acabou virando uma piada que eu não curto muito por que acho que esta errada na intenção. (Faço um post comemorativo com relato de parto bonitinho quando o Dimi, filho da minha amiga Mari, nascer. ^^)
E, como contei no blog, pois foi na época que eu o iniciei que vivenciei isso, amamentei a Rebeca por 1 mes e meio antes de voltar a tomar os remedios, e também acredito que teria aguentado um tempinho mais sem eles se a situação na minha casa não estivesse tão ruim e ajudando a me deixar muito pior do que eu precisava estar naquele momento. (e no atual, mas isso vai ser uma historia a ser contada direito quando tudo estiver resolvido)
Ou seja, eu passei por tudo o que foi descrito no programa SEM REMEDIOS e estou aqui, hoje, com uma dose baixa, que apesar da medica ter aumentado de leve e eu finalmente ter conseguido seguir essa recomendação, é ma dose baixa,e TO LEVANDO.
Ok, eu nõ to bem, nem perto de 100%, mas com certeza não to mal, não estou em uma crise absurda nem nada. Tenho as minhas instabilidades, tenho dias bem ruins, e momentos de pura viagem na maionese, mas eu estou "controlada" dentro desses parametros. Não estou beirando internação, nem agressividade nem nada. O pior, sinto, ja passou. Agora eu estou acertando a dose, pra ficar melhor e não pra não ficar mal.
Eu sabia desde o inicio de varios riscos que eu corria, pela bipolaridade, pelo peso, etc E eu encarei, to aqui, firme forte, disposta a continuar lutando e a fazer o meu melhor, mesmo que hoje o meu melhor não seja o melhor que os outros acreditam que eu possa chegar. Mas é o melhor de hoje, e amamhã o limite será outro, e se eu me cuidar direito, o limite é o resto da minha vida bem, estavel, cuidando da minha filha, trabalhando com algo que eu goste, cuidando do meu marido e de mim, e, se tudo der realmente certo como eu espero, de mais um filho mais pra frente, como comentei no post anterior.
E hoje eu me sinto bem, me sinto estar vencendo, me sinto no topo, não por estar numa crise que me da uma falsa sensação de estar nele, mas por estar lutando e ganhando dela.
E, sem duvida, a Beca é a minha alegria, é absolutamente impossivel ficar muito mal quando se tem alguém que todos os dias sorri pra você e da pulos e gritos de alegria quando te ve, só por você ser você, e isso faz de você a pessoa mais importante da vida dela! Indescritivel a felicidade e responsabilidade que isso traz. E quando eu decidi que ia aceitar isso, anos atras, eu disse que ia fazer direito, e fazer direito significa ciuidar dela, da educação, da saude e tudo o mais, e de mim também, pra poder ser a mãe que ela merece ter.
Mostrando que não deve ser tão diferente ser mãe quando se é ou não bipolar, por que toda mãe tem o seu ladinho insano quando se trata de cuidar do filho. Esse blog tem o objetivo de narrar a experiencia de uma mãe que tem de enfrentar essa fase da vida com a duvida constante, o medo, de como, quando e quanto, sua bipolaridade pode afetar a vida de sua filha. Lidando com a linha tênue entre "normal" e "anormal"...
De mãe e louco todas temos um pouco
Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!
domingo, 18 de abril de 2010
Ao assistir Tv eu lembrei que...
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Oi querida é foi dificil sair rs masssssss conseguimos rs obrigada pelo carinho viu
ResponderExcluirbitocas
di...fiquei mto curiosa pra assistir esse programa..
ResponderExcluiradoro essas coisas...sou mto curiosa em relação a td...
fico feliz por vc estar melhor, e com certeza o amanhã será bem bemmm melhor...=)
bjinhus..