O mundo gira, a vida segue, e a melhora que eu vejo tem seus baques.
O fato é que as coisas que levam a depressão não mudam porque eu entrei em depressão. Os motivos continuam lá. Porque a maior parte deles já está em mim.
As brigas que misturam o passado e o presente, e todo o ressentimento, tudo isso continua lá. Pedindo meu tempo, minha atenção e minha sanidade.
Simplesmente não há tempo para respirar o suficiente.
Quando menos espero levo um tapa da realidade chamando minha atenção e me perguntando:
"Por quê?"
E dessa vez eu não soube mais responder.
E não soube responder porque minha resposta mudou. Porque mudei eu, mudou ele, e essa mudança precisa fazer sentido então a pergunta fatal "Por quê?" Parece pedir uma resposta mais honesta para quem somos hoje.
Já não somos os mesmos... Então a urgência de entender quem somos e o que queremos e pra onde vamos grita cada vez mais alto.
Mas mudanças dão medo. Muito medo. Especialmente quando sabemos o valor enorme do que estamos perdendo. Do que abrimos mão, da segurança do conhecido para algo nunca vivido.
Medo de perder tudo que foi construído, que se constrói, que se apega, que se ama.
Não é falta de amor. Definitivamente amor existe e está presente em cada linha dessa história que só está em um novo capítulo.
Eu não sou mais quem fui um dia.
Eu hoje luto para ser a pessoa que quero ser.
Para ser o exemplo que acho que devo.
Para ser completa.
Para ter controle da minha própria vida.
Como é difícil crescer.
Ainda mais aos 40...
A mudança não dói quando temos a certeza que escolhemos o caminho certo.
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