De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Um desfralde de sucesso!

Eu sei que não estou falando de outra coisa. Eu sei! mas é que eu estou tão satisfeita com essa conquista que esta difícil sair desse tema.

Quando a Beca completou 2 anos em Outubro do ano passado eu olhava pra ela e pensava "ela ainda é tão pequenininha, e esta tão confortável com as fraldas!" e com esse pensamento resolvi não me preocupar com isso até que voltassem as aulas. Iria apostar na ajuda da escola com algo que eu mesma não me sentia muito a vontade.

No meio tempo, fui introduzindo a ideia. compramos um peniquinho simples, bem pequeno, que ela com seu tamanho todo tinha que ficar agachada e desconfortável pra usar. Tanto é que nunca se interessou por ele como mais que um brinquedo. Perto do Natal eu providenciei um penico maior, em que ela ficaria sentada e não agachada e que, com o tempo, poderia virar um adaptador de assento com banquinho.

Esse modelo aqui ó (só que de outra cor):



Ela curtiu inicialmente ficar fazendo tocar as musiquinhas. Mas não se animou muito não.

Quando começaram as aulas ela começou a ficar sem fralda na escola, junto com as outras crianças. E eu admito que ai quem não estava preparada ainda era eu, juro! Rebeca ainda ficava confortável com as fraldas, não se incomodava quando ficava suja enrolando inclusive pra ser trocada pra não ter que parar de brincar.

Então que ela pegou uma virose bem brava logo no final do primeiro mês de aula e eu pedi na escola que eles dessem um tempo no desfralde dela até que estivesse completamente bem de novo. E enrolei um bom tempo até dar o OK pra eles retomarem o treinamento dela lá.

Mesmo depois que a escola retomou a parte deles no desfralde eu tive muita dificuldade em casa com isso. Mas eu estava com dificuldade, não a Rebeca. Ela, como qualquer criança, acatava minhas vontades, ainda mais se isso significasse mais tempo brincando.

Eu estava ficando deprimida, muito irritada e com dificuldade de interagir inclusive com ela. Sem paciência mesmo. E não conseguia lidar com ter que lembra-la o tempo todo de ir ao banheiro, de dar o incentivo, de vibrar essa conquista com ela. E pedia mesmo pra ela usar a fralda pois eu não tinha condições de lidar com isso naquele momento.

E fomos levando. Levamos até o mês passado quando ela começou a voltar sem fralda da escola. Até que ela percebeu que as amiguinhas dela, dentro e fora da escola, não usavam mais fralda, pois eram crianças grandes. E então surgiu bem claramente a vontade dela de ser também uma criança grande. E começou a pedir todo dia pra usar calcinha e não a fralda.

Eu estava me sentindo melhor, mais disposta, menos deprimida, com mais paciência, e francamente já cansada de passar pra ela meus problemas e atrasar um desenvolvimento que ela possivelmente já estava pronta ha um tempo. E resolvi usar uma técnica de incentivo digna de Super Nanny que vi por ai: dar 1  adesivo pra cada xixi que ela fizesse no peniquinho e 2 adesivos pra cada cocô. Completos 20 adesivos ganhava um prêmio.

E pronto. Ela se empolgou e passou a acordar e a pedir pra ir no peniquinho assim que levantava e pedindo o adesivo. Se fazia onda pra ir no banheiro ao longo do dia bastava lembra-la do prêmio e ela ia pro banheiro. Combinamos que ela colocaria eles na agenda da escola e assim as professoras dela puderam participar e acompanhar a trajetória, ajudando a incentivá-la.

Os tais cocôs no peniquinho demoraram pra sair. Quer dizer, perto da facilidade que ela teve em controlar o xixi, demoraram. Mas a verdade é que o processo todo não durou nem 2 semanas. E agora faz numa boa.

O Prêmio foi um CD+DVD da Palavra Cantada que ela agora assiste e ouve incessantemente. Uma lembrança do que alcançou.

O desfralde noturno nós nem sonhamos. A fralda chega a vazar algumas noites ainda de tanto xixi que ela faz enquanto dorme, possivelmente por causa da mamadeira antes de dormir. Não importa. Não estamos com pressa mesmo.

Assim que acorda me chama, toma a mamadeira e pede pra usar o banheiro. E passa o tempo todo que esta acordada sem fraldas. Inclusive pra sair na rua. E se saímos e ela esta de fradas pede pra tirar pra poder usar o banheiro.

Ainda esquece de vez em quando, quer dizer, se distrai, fica segurando e acaba escapando um xixi aqui outro lá, mas esta cada vez mais raro. E isso não inibe a moça que não que mais saber das fraldas mesmo.

Oficialmente, Rebeca é uma criança desfraldada! Comemoro, né?

5 comentários:

  1. é claro que comemora!!! parabéns! Aqui em casa temos esse mesmo penico, inclusive dessa mesma cor. Tentamos esses dias, mas vi que ele não estava pronto, vamos esperar, está muito frio, deixaremos para o verão.
    A Beca faz xixi antes de dormir? Você já tentou acordar de madrugada e levar ela para fazer xixi mesmo meio adormecida? pergunto pois com a minha irmãzinha funcionou bem :)
    parabéns mais uma vez pela sua conquista :)

    beijos

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  2. se comemora \o/
    eu tenho o mesmo sentimento: olho pro Bryan e vejo que eu é que não estou pronta pro desfralde, já que eu testei deixar ele 1 dia sem fralda, e todas às vezes ele pedia pra fazer xixi no trono (que é igual ao da foto rs) ele adora tocar a musiquinha, mas quando senta sai de baixo, quer ficar lá um tempão e eu que ficava sem paciência para esperar ele querer sair.
    Sendo assim adiei por mais alguns meses, talvez quando ele completar 2 anos e 4 meses eu me sinta pronta, já que quero desfraldá-lo antes do bebê nascer.
    bjos

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  3. Olá.conheci seu blog ha mais de um ano atras, num dos maus bocados da minha depressao, cheia de duvidas e questionamentos sobre o mundo. Após tratamento e maturidade, fiquei muito bem por meses, me preparando para a gravidez. Pois bem , estou agora de 3 meses, e oscilando horrores, lendo tudo sobre bebes na internet e midia impressa, entrando em desespero e com muito medo do que me espera,,, comecei novamente lendo seus posts de qdo sua bebe nasceu, em 2009. Vc parecia tao confiante. Se não for pedir demais, gostaria muito de trocar alguns emails contigo, me apresentar melhor, e entender um pouco como foi tudo isso, do ponto de vista de alguem com quem me identifico. Aliás, sua escrita é ótima. Um grande beijo e muitas felicidades sempre,

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  4. Ah que maravilha, não sai mesmo desse assunto tão vitorioso, minha irmã não conseguiu até agora com sua filha de 2 anos e 6 meses, ainda usa fraldas, eu fico pensando que talvez para menino seja mais fácil será? só o tempo dirá.
    beijos.

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  5. Olá, faz tempo que acompanho o seu blog, dando umas espiadas vez ou outra. Também sou uma mamãe bipolar. Resolvi escrever para te contar sobre o desfralde noturno da minha pequena. Quando ela começou o processo diurno, nem quis mais usar a fralda noturna, mas e claro que.tivemos que ter alguns cuidados: depois do mama noturno, tinhamosnque levar para fazer xixi; no meio da noite também, levávamos ela dormindo mesmo, dava pena, mas com o tempo não precisou mais; quando ela acorda, até hoje, antes do mama, levamos ela para fazer xixi. Tem que ter muita paciência, o que muitas vezes eu não tive. Mas me esforcei muito e consegui. Do,efeito faz duas semanas a tomar litio numa dose bem baixa, e esta minha ultima opção de remédio depois de tentaivas frustradas com vários outros. Em função disso, estou lendo um livro de Kay Jamison, uma psicóloga, sobre a experiência del a com a doença e com o uso do litio. Ao mesmo tempo que me incentivou, me trouxe questionamentos sobre se eu realmente deveria ter me tornado mae, considerando a probabilidade da minha filha ter a doença e de eu não ser uma boa mae. Confesso que senti um arrependimento , um sensação de ter sido egoísta e insensível por não ter pensado nisso antes de engravidar, mas não do sigo me imaginar sem minha pequenucha. Vivo para ela e por ela. Obrigada por compartilhar suas experiências. Me confortam. E eu tenho visto tanta mamãe ruim pelo mundo afora, que acabo por achar que sou uma boa mae. Abraços para ti!

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