2012 esta no fim. Hoje já é dia 30 de Dezembro e eu estou apenas enrolando para poder começar a preparar a ceia. Os doces faço hoje para poder ter o dia bem aproveitado e sem correria amanhã.
Mais uma vez o Ano Novo será aqui em casa. Receberemos família e amigos e amigos que são parte da família. E eu acredito que será um bom fim de ano, simples mas animado, com pessoas queridas.
2012 pra mim ja vai tarde. Foi um dos anos mais difíceis da década.
Em Janeiro de 2012 perdi um amigo muito amado de uma forma muito violenta. O André faz tanta falta que as vezes ainda espero receber alguma mensagem dele como se tudo não tivesse passado de um horrível engano. Eu penso nisso e 1 ano depois ainda choro de dor. A verdade é que nada mexe tanto comigo do que a morte de quem eu amo. Não superei e sinto uma necessidade enorme de voltar pra terapia nem que sejam apenas algumas sessões para conseguir lidar melhor com essa perda.
Pouco tempo depois, entre Abril e Maio o Taz ficou desempregado. Unindo as duas coisas, ele entrou numa depressão fortíssima, teve que buscar tratamento, e mesmo assim, a crise que ja vinha se formando no nosso relacionamento há mais de ano teve seu ápice e nosso casamento quase acabou.
No meio dessa crise toda tivemos um momento de felicidade, de presente, de alegria, ao viajar pra Porto Alegre. Pude finalmente conhecer ao vivo uma amiga muito querida e sua família. Pude proporcionar ao Taz um sonho ao irmos e voltarmos de avião. Pude viajar e ver que não é nenhum bicho de sete cabeças fazer isso com uma criança pequena. Foi mágico e eu espero fazer isso de novo em breve.
Com o Taz em crise depressiva e sem conseguir ter atitudes que nos fizessem sair do buraco eu me vi com força, com a iniciativo de colocar literalmente a mão na massa para fazer algum dinheiro, por menos que fosse. E recebi de volta o apoio da minha família e amigos. Criou-se assim a Cup*Di*Cake e eu me vi trabalhando com algo que gosto muito.
Com o empurrão que sair para vender os cupcakes lhe deu o Taz conseguiu fôlego para se aventurar por novos ares e voltar a trabalhar. Por mais que o retorno financeiro não tenha sido alcançado com isso, tem sido o movimento necessário para ele não cair na inércia negativa. Nos dá esperanças, nos move, nos ajuda.
Rebeca passou o ano bem. Ficou doente bem menos tempo que no ano anterior. Foi a escola, cultivou amizades, cresceu. Sentiu a instabilidade da casa todas as vezes e reagiu a isso. Ficou muito mais grudada em mim, aprendeu a se comunicar cada vez melhor e aprendeu que as vezes não quer fazer isso. Tem mostrado sua personalidade, seus medos, seus gostos. Cresceu muito, engordou um pouco - e não teria sido demais se esse mesmo peso tivesse sido adquirido ao longo do ano todo e não em apenas metade dele.
Tem evitado comer frutas cada vez mais mas adora um suco, de todos os tipos, naturais, polpa, integrais, néctar ou de pozinho. Ama macarrão e strogonoff e arroz com ovo e se pudesse viveria disso. Disso e de sorvete. Mas mesmo assim come verduras, carnes e aceita experimentar coisas novas vindas do prato do pai...
Luta por seu direito a escolha, seja na hora de comer, vestir ou dormir. E nós tentamos lidar com isso com parcimônia, algumas vezes dizendo sim, outras não.Quem mais fala não sou eu. Com os avós é sempre sim.
Tivemos a companhia da Lulu mais vezes esse ano e isso me deixou feliz. Ela é sempre bem vinda, uma companhia agradável e uma irmã mais velha amada.
Eu fiquei doente.Fiquei deprimida, lutando para não me deixar abater mas ainda assim deprimida o ano todo. Engordei muito. Tive que fazer uma série de exames para confirmar o que eu já sabia: passei a me alimentar cada vez mais mal e me mexer cada vez menos.São sintomas. Isso reflete em tudo, no meu peso, no meu pique. na minha cabeça. Não da pra mudar de ano e não mudar de hábito.
Não sai da casa dos meus pais. Brigamos cada vez mais e convivemos cada vez menos. Sinto saudade de quando morávamos separados e de como nos dávamos bem e tínhamos a oportunidade de sentirmos saudades uns dos outros. Não tenho esperança alguma de fazer isso em 2013. Espero sim poder juntar algum dinheiro para sair daqui em 2014...
Olhando pra tudo isso eu fico feliz de ter chegado até aqui. Minha filha é minha fonte de inspiração e minha vontade de melhorar. E por ela, por mim, sei que sempre vou continuar lutando.
Estou feliz que eu e o Taz continuamos juntos. Não foi fácil. Não é fácil. Mas nos amamos e queremos continuar juntos. Queremos resolver nossos problemas. Ainda queremos as mesmas coisas para nossas vidas. Queremos manter nossa família unida.
Estou feliz que o ano acabou. Espero honestamente que 2013 seja um ano melhor. Do começo ao fim. E que seja repleto de coisas boas, que a força que encontrei em mim se multiplique e eu alcance meus objetivos.
E desejo tudo isso pra você também, amiga/o tão querido que me acompanha aqui pelo blog. Por que quero ser feliz e sou mais feliz compartilhando esse sentimento.
Então que venha 2013!
Feliz Ano Novo!!
Mostrando que não deve ser tão diferente ser mãe quando se é ou não bipolar, por que toda mãe tem o seu ladinho insano quando se trata de cuidar do filho. Esse blog tem o objetivo de narrar a experiencia de uma mãe que tem de enfrentar essa fase da vida com a duvida constante, o medo, de como, quando e quanto, sua bipolaridade pode afetar a vida de sua filha. Lidando com a linha tênue entre "normal" e "anormal"...
De mãe e louco todas temos um pouco
Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!
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