Hoje foi um domingo com bastante cara de domingo.
Sabe aqueles dias que são lentos? Calmos? Que você não faz nada o dia todo e não sentiu vontade de fazer nada diferente disso?
Pois é...
Por mais que eu goste de sair ou receber pessoas em casa, principalmente receber pessoas em casa, as vezes eu sinto que preciso de dias como hoje.
Tenho tido a cabeça cheia de preocupações nos últimos meses. Minha mãe não está muito bem de saúde e além de lidar com o stress e insegurança que ter uma pessoa da família com a saúde fragilizada causa, ainda temos que lidar com burocracias e pagamentos de convenio, medicos, hospital.
Adicione a isso uma reforma na casa, uma decisão de mudança de endereço e modo de vida, mais a rotina do dia a dia com todas as já habituais dificuldades e pronto, temos um cenário perfeito para uma crise.
Mas no entanto não foi isso que aconteceu.
Não estou em crise.
Me sinto talvez em modo de espera em boa parte do tempo. Mas a verdade é que sou uma pessoa bem paciente.
Nesse mês de férias escolares meu sobrinho esteve por aqui para passar tempo com a Rebeca. Foram quase 20 dias e foi ótimo ver os dois brincando e se divertindo juntos, mesmo quando eles se estranhavam um pouco.
Mas ter ele aqui somado a situação que descrevi me manteve num ritmo diferente do meu habitual. Dormindo pouco, pensamento acelerado... Foi bom, mas sinto que preciso de alguns dias para voltar para os eixos, descansar.
Ontem e hoje essa necessidade de me voltar a mim mesma me levou a ficar meio antisocial, um tanto nostalgica, mexendo em álbuns de fotos antigos.
Me sentei no sofa em meio a fotos da minha infância, da minha família, dos amigos... Cerquei-me das boas e das más lembranças. Lembrei do tempo que era fácil, talvez?
Não encontrei diversos álbuns de fotos que sei que existem da minha adolescência, que era os que eu mais queria ver. Não tem problema. Continuarei procurando.
Mas o que me veio a cabeça nesse momento de introspecção foi uma frase que meu marido me diz há 20 anos: "Pra quem sabe olhar pra tras nenhum caminho é sem saída".
Me senti me procurando. Talvez ao olhar quem fui eu caminhe mais tranquila por onde estou.
Hoje foi um domingo com muita cara de domingo mesmo.
Mostrando que não deve ser tão diferente ser mãe quando se é ou não bipolar, por que toda mãe tem o seu ladinho insano quando se trata de cuidar do filho. Esse blog tem o objetivo de narrar a experiencia de uma mãe que tem de enfrentar essa fase da vida com a duvida constante, o medo, de como, quando e quanto, sua bipolaridade pode afetar a vida de sua filha. Lidando com a linha tênue entre "normal" e "anormal"...
De mãe e louco todas temos um pouco
Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!
domingo, 22 de julho de 2018
De domingo a domingo
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Engraçado, histórias de tempos recentes diferentes, mas pelo que escreveu, ficou como eu: hipomania branda e depois depressão bem leve. Essa nostalgia de ver fotos antigas! rs Eu fiz o mesmo. E olha só, vi o tanto que vivi, tantaz aventuras, cursos, amigos, viagens. Posso não ser o estereótipo social de ser casada, com diploma de faculdade (sei muito, mas não tenho o maldito "papel", com trabalho de carteira assinada, filhos (tenho 32 anos).
ResponderExcluirMas sou feliz de maneira alternativa. Não sei porquê estava triste com minha vida... aliás, deve ser cobrança de pessoas conhecidas. Mas quer saber duma coisa? Ser autêntico é ser diferente. E isso nós somos.
Vou ficar orando por toda sua situação difícil.
Abraços