De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Viajar é preciso, ter medo não é preciso...

Embarcamos.

Eu escolhi viajar de dia. Por algum motivo, acho que por uma associação a viagens de carro, eu me sentia mais segura se a viagem acontecesse de dia. Fomos pro aeroporto cedo de manhã, encontramos minha tia e fizemos nosso check in.

Não demoramos muito e adentramos a área de embarque. A partir daí eu já comecei a ficar um pouco melhor. Mas só um pouco.

Embarcamos, nos ajeitamos no lugar, arrumamos malas de mão no bagageiro. Rebeca estava muito animada, muito ansiosa e feliz. Logo quis mexer na tela de vidro de seu lugar, explorar as opcões de filmes e jogos e descobriu que tinha um programa que monitorava o vôo, mostrando onde aproximadamente no mapa estávamos e quanto tempo de viagem ainda restava. Pronto. A cada 15min ela parava o que estava fazendo e voltava a ver o programa numa clássica modernização de "já chegamos?".

A viagem toda. A cada 15 min. Foram 8h de viagem.

Eu tentei assistir algum filme, o máximo que ela permitiu. Minha tia também. Conversamos um pouco também, mas no mais eu lembro de me ocupar com a Rebeca e sua ansiedade em chegar. Acho que com a minha também.

Quando chegamos em Miami tive minha prova de fogo, meu último obstaculo: a imigração. Eu tinha medo de falar alguma besteira, ou mesmo não conseguir me comunicar de tão nervosa. Minha tia não falava muito inglês e a Rebeca ainda uma criança então essa primeira comunicação dependia totalmente da minha capacidade de me controlar.

Atendimento rápido, fila grande. Apenas algumas perguntas sobre quanto tempo iríamos ficar e onde e fomos liberadas.
Pronto. Estava feito. Consegui passar por meus medos. Estava pronta para aproveitar a viagem tão sonhada.

Encontramos minha irmã no desembarque. Rebeca correu para um abraço. Muita emoção. Ela estava de carro, já era noite e nós seguimos para o hotel onde ficaríamos aquela dia antes de seguir viagem em direção a Tampa.

As diferenças culturais já começaram a aparecer: lá tudo fecha relativamente cedo, então quando saímos para jantar perto do hotel, quase 21h, a única coisa que encontramos aberto foi uma lanchonete. Vazia. Lanches vieram errado, mas quem ligava a essa altura do campeonato?

Voltamos para o hotel e acabamos dormindo cedo. Teríamos horas de estrada no dia seguinte.

Nossa viagem estava apenas começando...


Foram 6 horas de carro até Tampa. Tomamos café no hotel. Nada parecido com os cafés da manhã de hotéis no Brasil, muito mais simples. Leite, café, iogurte, bagel, cereal, geleias, um suco, era isso.

Saímos cedo para tentar aproveitar o dia.
Andar de carro foi algo que fizemos bastante nessa viagem.

Era Outubro e estava muito calor. Aquele calor úmido de cidades praianas. O sol forte, queimando. E todo lugar que íamos, do carro as lojas, ao hotel, ao apto que ficamos em Tampa, tudo com ar condicionado. Se não me engano todos regulados a 20°C. Do lado de fora o sol há fáceis 35°C. Era um choque de temperatura atrás do outro.

A viagem de carro para Tampa foi muito agradavel. Conversamos, ouvimos música, falamos sobre o que iríamos fazer nos próximos dias. Almoçamos num restaurante mexicano no caminho. Fast food também, mas delicioso. Porções enormes de comida, refil a vontade de bebidas.

Estrada quase que uma reta só. Os vidros fechados do ar condicionado disfarçam a velocidade que lá é medida em milhas.

Chegamos em Tampa. Automaticamente me senti dentro de um filme americano. Essa sensação me acompanhou por dias, de estar vivendo um filme.

As casas com seus grandes jardins na frente. A cerca branca. As ruas tranquila se limpas. Ou quase. Alguns lugares ainda alagados e um pouco de entulho acusavam que por ali passará um furacão a apenas 2 semanas...

Esquilos.

Ficamos em um apto numa área residencial da cidade. Grande, confortavel, 2 quartos, piscina no condomínio. Banheira. Todas as casas lá tem banheira, me lembrou minha irmã.

Descansamos um pouco e decidimos fazer compras para a semana. No final do dia receberiamos a visita dos amigos de minha irmã e suas filhas.

Antes de entrar no Mercado minha irmã avisa que estamos num país consumista e que temos que controlar nossos impulsos.

É época de Halloween. Na entrada da loja tem uma barraca com abóboras enormes. Minha irmã se empolga e decide comprar a abóbora.

Fomos fazer compras várias vezes durante a viagem. Compras de comida, de roupas... As lojas gigantescas, maior do que qualquer loja que eu já vi no Brasil. E tudo muito barato (Se você ganha em dólar)! Era muito fácil se empolgar comprando coisas. Muito facil mesmo.

Terminamos nossa primeira noite em Tampa recebendo os amigos de minha irmã para uma taça de sorvete. Muito simpáticos, nos deram boas vindas e nos fizeram sentir a vontade.

Rebeca conheceu as meninas e elas logo se deram bem. Ok, rolou aquela vergonha de quando conhecemos pessoas novas, mas dentro do esperado, conseguimos nos entender.

Agora era acertar a programação e aproveitar.

Seriam 10 dias muito intensos.

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