Me sinto melhor.
Nós trocamos a medicação pra uma que tanto eu como minha médica já acreditávamos que traria benefícios mas estávamos evitando e buscando alternativas devido ao seu alto custo.
Eis que no meio daquele mar revolto que eu me encontrava cheguei a conclusão que estava fazendo uma escolha ruim. Que era uma economia burra. Que deixar de fazer um tratamento que tinha altas chances de funcionar por medo de aumentar os custos do tratamento apenas estava prolongando um problema.
Fiz as contas, pedi ajuda. Falei com a psiquiatra e mudamos. Se funcionar darei um jeito de arcar com isso.
Até porque com a saúde mental voltando fica muito mais fácil buscar formas de resolver isso.
Não a nada como a sombra da depressão na sua cabeça dizendo o tempo todo que sair de lá é impossível.
Consegui me desvencilhar dessa mentira e rapidamente senti a diferença. Coisa de poucos dias e eu já estava menos dopada, dormindo melhor e acordando bem disposta e de bom humor.
Voltei a conseguir a ouvir música.
Havia meses que eu não conseguia ouvir música.
Nem me lembro a última vez que eu tinha acordado de bom humor.
E só essa mudança do sono já trás um alívio que só quem já esteve se afogando em si mesmo sabe como é.
Eu me sinto eu mesma novamente.
Não canto vitória ainda. Sei que estou começando um longo processo de cura. Mas pelo menos agora parece que voltei a andar.
Ainda tenho crises de ansiedade. Algumas bem fortes. Ainda sinto meu corpo falhando e doendo por causa das semanas de descuido. Faz parte desse retorno retomar o cuidado que ficou no caminho.
Mas eu queria contar isso. Que hoje eu me sinto bem. Que sinto vontade de cantar. E sorrir. E dar risada. Que não sinto mais aquela dor constante e nem o desespero.
Hoje eu estou me sentindo bem.
E temos de comemorar cada bom momento.
E fazer o possível pra que isso dure.
Hoje eu me sinto eu mesma.
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