De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

sexta-feira, 21 de julho de 2023

Sobre dormir sozinha, ou nem tanto

 Meu cachorro, Chewbaca, e minha gata, Delírio, dormem na cama comigo. Chewie e Del são meus companheiros toda noite quando decido ir dormir. Deitam geralmente cada um de um lado das minhas pernas me impedindo de me mexer, bem grudados nessas noites frias de SP.

Eu cresci até minha adolescência em uma casa em que os cães ficavam do lado de fora, no quintal. Apenas os gatos podiam ir e vir pela casa. Até porque, quem consegue impedir um gato determinado não é mesmo?

Aí quando eu já tinha uns 15 anos minha mãe ganhou uma cachorrinha, e eventualmente essa cachorrinha teve filhotes, e essa dupla já tinha mais privilégios do que meus cachorros anteriores: elas podiam entrar na sala da TV e dormir nos sofás.

O resto da casa continuava do gato.

O fato é que essa era minha referência. E por anos eu quis ter um cachorro que fizesse parte da família, que tivesse acesso aos ambientes, que participasse. Então quando o Chewie chegou ele rapidamente teve direito a casa toda.

Mas não a minha cama.

Essa foi a mudança mais recente e que eu mesma tinha dificuldade de aceitar.

Ele só ganhou direito de subir na minha cama quando a gata chegou. Ter a Del dormindo na minha cama claramente deu a ele o recado que isso era permitido. Bem no estilo "se ela pode eu também posso".

E aí vem o click.

Nós adotamos a Del logo depois da minha separação. Foi uma forma de ajudar minha filha a lidar com a situação. E no fundo me ajudar também...

E quando os dois, Chewie e Del começaram a dormir comigo isso me ajudou muito. Eu que estava sentindo muita dor em dormir sozinha passei a ter a companhia e o carinho de dois bichinhos que estavam ali pra me apoiar.

E isso me ajuda até hoje.

Faz com que eu me sinta menos sozinha, me traz conforto e segurança. E é uma forma de eu também direcionar um pouco do meu afeto.

No final sinto que a "eu" do passado estava certa sobre ter um cãozinho que pudesse compartilhar da casa. E uma gata.

Eles me completam em um momento que ainda estou me esforçando pra recolher os pedaços.

Mas essa parte já fica pra outro dia...

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