De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

assumindo onde o bicho pega


Eu não estava me enganando e nem com medos infundados. Ontem a psiquiatra conversou comigo e disse pra eu voltar a me medicar. Não acho que ela esteja errada, pelo contrario, acho que esta bem certo, se falarmos apenas de uma forma racional. Eu me conheço o suficiente pra saber como eu estou, e no ritmo que a carruagem vem andando onde e em quanto tempo vou chegar. E é melhor, não só pra mim, mas pra Beca, que eu volte a medicação agora do que correr o risco de ultrapassr o limite e acabr ficando sem condição de cuidar dela por muito mais tempo.

Isso significa que eu tenho que parar de amamentar a Beca com peito. E isso doi demais, eu admito, mas mesmo assim... Eu sabia antes de tudo que seria assim. E, por pior qe seja, não é exatamente essa parte que me deixa pior. É como eu vou ficar nessa re-introdção dos remedios. Se eu dopar demais, ou de menos, e com vai ficar a minha cabeça enquanto isso.

Deixa eu explicar uma coisa: eu descobri durante a minha gravidez que eu na verdade, não confio tanto quanto eu achava, e achavam, nas pessoas. Eu confio no Taz, sim. E é basicamente só isso.

Não que eu não confie em outras pessoas, confio sim. Mas com muito mais restrições. E vamos concordar que, sem eu entrar muito em detalhes, isso merece algumas sessões de terapia não? Mas o fato é que, depis que a Beca nasceu, isso se mostrou no fato que eu não consigo dormir se eu não tiver total confiança que tem alguem acordado cuidando da Rebeca, mesmo que ela esteja dormindo e, mais, durma durante todo o tempo em que eu mesma estiver dormindo. Não faz diferença.

Ai as pessoas me dizem: "Di, você tem que dormir junto com a Rebeca, você e o Taz..." Bom, eu não consigo, ponto final. E, dependendo do horario, tem que ser o taz a ficar cuidando dela, pois não confio que nenhuma outra pessoa va fazer isso. (não de graça e sem ser da familia, capice?).
Agora, vejam só, é exatamente isso que o remedio que vou passar a tomar vai fazer: me colocar pra dormir, eu querendo ou não, por pelo menos 6h seguidas. Possivelmente 8h...

O que significa? Bom, que mesmo que isso cure essa minha neurose na marra... vou passar algum tempo fazendo analise pra saber por que diabos eu tenho tanto medo de dormir. E o que aconteceu que eu não confio mais em ninguem? Quem sabe, eu ate descubro nessa historia, onde esta o Wally?

Mas é isso. Agora só preciso falar com a ginecologista e descobrir: como secar o leite? O resto é resto e contanto que minha pimpolha cresça bem, feliz, saudavel, não importa se ela toma leite no peito ou na mamadeira não. Quer mais é passar o tempo que puder com ela pra compensar isso sim...

Um comentário:

  1. Sabe...
    Recebi meu diagnóstico há pouco tempo, mas há anos sabia que tinha algo "além do normal" acontecendo comigo.
    Entrei na medicação e está sendo bom, etc e tal. Mas me preocupa justamente essa questão: ter filho, parar de tomá-la durante a gravidez e a amamentação.
    Ainda não chegou o momento pois não tenho condições psicológicas para isso, mas já me peguei olhando pro tempo... pensando nisso.
    Está sendo bom acompanhar sua experiência...
    Abraços!

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Ai, que bom que você veio! Puxe uma cadeira,sente-se no chão e sinta-se na casa alheia.^^ Mas me da um toque :P