De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Dia ruim

Ontem foi um daqueles dias ruins, sabem?

Aconteceu uma coisa muita chata, bem desagradável mesmo, e eu fiquei mal. Fiquei triste, chateada, com raiva. Mas me fez ver que as mudanças que eu preciso aceitar e fazer na minha vida nesses tempos de dificuldade e estou adiando não precisam mais ser adiadas. It is time!

Eu estou num momento bom, de estabilidade. Minhas dificuldades estão diretamente ligadas ao meu sono - quando durmo bem e o suficiente fico numa boa, quando durmo mau fico de mau humor e irritada, mas nada diferente, eu acho, que uma pessoa sem TBH.

Eu não posso dar detalhes do que aconteceu por que com isso iria expor pessoas e esse é o tipo de coisa que temos que tomar cuidado quando temos um blog. Hoje eu sei disso e muito bem depois de já ter tido que lidar com casos pessoais de bullying virtual vindos, mesmo que sem intenção, da minha pessoa anos e anos atrás. Então, me calarei nesse sentido. Mas fiquei mal de verdade...

Hoje, com isso, estou tendo um dia "mais leve" no sentido de estar me dando o meu tempo. O marido colaborou me deixando dormir até tarde, meus pais também ficando com a Beca até a hora de ir pra escola e procurei fazer coisas para relaxar, que me dão prazer.

Passei o dia pensando nessas mudanças que "tem que acontecer".

A escola da Rebeca já mandou os papeis para rematrícula dela pro ano que vem, oferecendo para facilitar o pagamento da primeira parcela da anuidade. Eu olhei o papel com um pouco de receio. Receio por que um lado meu não consegue ficar numa boa com ela sair de lá. Mas faz parte das coisas que "tem que acontecer". Mas não consegui devolver o papel assinalado com "não efetuarei nova matrícula"...

A minha esperança é que pro ano que vem ela consiga uma vaga na escola Municipal aqui perto de casa, mas essas coisas não tem como saber com antecedência e eu tenho medo de ficar sem a vaga na escola municipal e nem na escola que ela está agora.

Se eu conseguir manter ela nessa escola por mais 1 ano, no entanto, sei que ela tem uma vaga com bolsa em outra escola grande, mas só a partir do pré-escolar.

Além dessa, outra mudança muito significativa é que devo passar a fazer meu tratamento para TBH pelo CAPS aqui de Osasco. Ainda não fui marcar a primeira consulta, o que deve acontecer amanhã, mas essa faz parte das outras coisas que "tem que". Não tenho há muito tempo condições de manter o tratamento particular como venho fazendo nem bancar o custo dos remédios. Protelei o máximo que pude mas chega uma hora que a ficha cai e eu percebi, finalmente, que esse é um tratamento que eu farei a minha vida toda! Como bancar um tratamento pra vida assim, sempre na duvida se vou ter como bancar, sempre precisando depender dos outros para comprar remédios, pagar médicos, ter onde morar? Não dá mais pra me enganar...

Por fim,Taz está com os exames pré-operatórios marcados para fazer a vasectomia. Queremos aproveitar o convênio atual para bancar essa e outras pendências de saúde para poder trocar por um plano mais em conta. A decisão de fazer a vasectomia foi tomada, estamos ambos de acordo de que queremos sim mais filhos, mais pra frente, e que eles serão adotados. Sendo assim, para que eu não precise viver com as alterações de humor que tomar anticoncepcional me causam ele vai fazer a operação.

Assim que essas pendências de saúde estiverem terminadas nós faremos a mudança de convênio. Essa decisão, além de ser necessária financeiramente, precisa ocorrer para que eu possa me desvencilhar da empresa com a qual mantemos o convênio, começando um trabalho para limpar meu nome mais pra frente.
E, se tudo der certo, para eu poder também abrir uma empresa como Micro Empreendedor Individual para continuar trabalhando com os Cupcakes formalmente!

Enfim, olhando agora, penso que posso ter ficado chateada e realmente mal com o que aconteceu ontem. Mas é preciso ter o pé no chão e tentar manter a cabeça no lugar, aceitando que as coisas que tem que acontecer e que precisam ser feitas irão, na verdade me levar exatamente pra onde eu quero estar, mais uma vez. E que coisas ruins as vezes acontecem mas podem nos ajudar nesse processo do que precisa ser feito.

E aí, o que você acha?

4 comentários:

  1. Olá! Cheguei por aqui há pouco tempo, mas me acostumei a ler o seu blog. Me chamou atenção pelo título é claro: mãe bipolar. Não sou bipolar, mas minha irmã é, e esse assunto está sempre presente na minha família. Minha mãe tb era bipolar, mas só descobriu a doença depois de ter tido 2 filhas (eu e minha irmã mais velha). Na minha família temos outros casos de bipolares. Ainda estou "te conhecendo" melhor, mas desde já posso dizer que te admiro mto. Pude observar que vc tem determinação de sobra! Continue sempre assim! Meu nome é Beatriz, conte comigo para "trocar" ideias. Bjs! :)

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  2. Só posso torcer para que todas as mudanças necessárias, acontessam da melhor forma possível.
    A vida é assim, com momentos alegres e difíceis, e é importante não desanimarmos.
    Fique com Deus

    http://verdadesdemae.blogspot.com
    http://feitocomcarinhodemae.blogspot.com

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  3. Oi, Di, eu sempre leio seu blog, mas é a primeira vez que comento.
    Tente não desanimar, sei que não é fácil. Meu marido é bipolar e eu tenho TDAH, descobri esse ano, depois de vir tratando apenas a ansiedade por muito tempo.
    As vezes eu vejo o tanto que foi difícil o convívio com o meu marido, em uma crise forte que ele teve ano passado quando um primeiro psiquiatra o diagnosticou com depressão e ele teve uma virada maníaca. E médico, tratamento, é tudo muito caro. E as dívidas feitas na fase maníaca e as vezes que ele fica muito para baixo por conta dessas dívidas, e o medo que eu tenho que ele entre em depressão.
    Eu tenho uma filha de 6 anos, e todos esses questionamentos vêm constantemente à minha cabeça: se terei mais filhos, se não é melhor fazer uma laqueadura/vasectomia. Eu tenho medo dele ter outra crise durante uma gravidez, então de qualquer forma eu só teria outro filho se ele estiver bem estabilizado...
    E eu tenho uma irmã, uma tia e dois primos bipolares. E ainda fico angustiada porque minha filha pode ser bipolar também. Ou ter déficit de atenção como a mãe. Ou os dois.
    E se eu tiver outro filho, quando eu concluo a faculdade? Já comecei 5 cursos diferentes, dois em uma federal e depois larguei tudo. E as vezes fico remoendo o passado porque eu não sabia que tinha déficit de atenção.
    E essas decisões da vida são difíceis. E me chateio porque fico pouco tempo com minha filha.
    Eu li um post seu que falava de fazer concurso público. Faz, vale a pena. Eu sou servidora, vai fazer 10 anos. E apesar de não ser o emprego dos sonhos, me possibilita muita coisa, sabe? Ter um plano de saúde, ter reembolso farmacêutico (e olha que com os meus remédios e os do meu marido a gente gasta uns 500,00, todo mês) e, tirando alguns períodos do ano que eu trabalho muito mais, com plantões no final de semana, tenho tempo.
    E a ideia dos cupcakes também é muito boa, vale a pena lutar para dar certo.
    A vida da gente é isso, escolhas o tempo todo. Às vezes dar alguns passos para trás, significa ganhar espaço para dar um salto enorme à frente!
    Beijos,
    Francisca

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