Olá, eu sou a Di. Caso você tenha chegado por aqui agora e ainda não me conheça.
Eu sou mãe da Rebeca, uma menina maravilhosa de 11 anos.
E eu sou bipolar.
Desse tipo diagnosticado mesmo. Com CID e tudo.
Pra quem quiser saber mais da minha história, eu vou recomendar ler uma série de posts que tenho contando um pouco do começo da minha trajetória. Eles chamam "A minha história". Da uma busca no blog. 😉
Por agora o resumo é que sou diagnosticada desde os 13 anos de idade, comecei o tratamento em 2004 aos 22 e levei e levo ele muito a sério por um objetivo muito claro: eu descobri que eu queria ser mãe. E eu entendia o que eu precisava fazer para alcançar esse sonho e me tornar a mãe que eu queria ser.
Depois de 5 anos de tratamento até alcançar a estabilidade eu realizei esse desejo e conquistei o direito de ter minha Rebeca.
E durante 10 anos eu me dediquei a ser a melhor mãe que eu podia ser.
O resultado disso foi uma filha saudável, companheira, amiga, empática, preocupada com o mundo ao seu redor, crítica, bem educada e que entrou na pré adolescência pronta pra começar a se virar sozinha e dar os próximos passos.
E no momento que ela já não precisa da minha dedicação integral 24h/7dias da semana, eu me vi em águas misteriosas, podendo voltar meus olhos para mim mesma novamente.
Isso trouxe uma onda de coisas boas mesmo em meio a uma Pandemia. Trouxe muita instabilidade emocional também pra eu ter que navegar, mas nada que não seja possível de lidar.
Ao longo desse meu caminho eu tive a sorte de ser uma pessoa muito consciente. Por ter convivido desde a infância com minha mãe com Transtorno de Pânico e entender isso como uma doença com tratamento e capaz de ser vencida - eu vi isso! - quando eu me vi em uma crise que parecia sem volta eu fui capaz de parar, entender o que estava acontecendo comigo, e buscar ajuda médica.
Foi iniciativa minha. No meio de uma crise depressiva. Um momento de lucidez no meio de uma tempestade.
Com o blog eu tive a chance de conhecer, e espero que ajudar, muitas pessoas que de repente se viram com esse diagnóstico cheio de tabus e precisavam de um apoio e de um exemplo que era possível ter uma vida boa, útil, feliz, e que não precisavam abandonar seus sonhos, muitas vezes de ter uma família.
No máximo teriam que desacelerar, respirar, aprender novas formas. Mas que um diagnóstico não é uma sentença.
E ser bipolar não define quem somos. É apenas mais uma das nossas características. E podemos conviver com isso.
Eu não escrevo mais com tanta frequência. Minha vida anda bem corrida e disso eu não tenho do que reclamar. Tenho vivido um segundo sonho.
Mas sinta-se a vontade para vasculhar nos arquivos daqui do blog. Pode ser que você encontre algo que se assemelhe ao que está vivendo agora. Talvez algo que te dê uma luz, ou uma mão.
E continue por aqui. Ainda vamos nos ver muito nessa viagem.
Boa semana pra vocês!
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