De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Hoje sou a Chapeuzinho Amarelo

Fiquei pensando em coisas que quero contar aqui. E tem várias! Mas a verdade é que ando tão tensa com as coisas acontecendo ou pra acontecer aqui em casa que não consigo dar vazão a outro assunto.

Taz, meu esposo, oficialmente esta trocando de emprego. Pra qual ainda é um mistério. A unica certeza é que onde está não ira mais continuar. Deve ficar mais o próximo mês e para por ai. Nem isso esta muito certo.

Isso faz com que ele precise ir atrás de outra fonte de renda. Outro emprego. Mas qual? Já tem tantos anos que trabalha pro conta, com o próprio negócio, que não sabe pra que tipo de vagas está apto.

A possibilidade de continuar trabalhando por conta ainda existe. E é mais de uma possibilidade. A tendência é que ele continue por ai. Mas ai vem a duvida: essa é a melhor opção hoje em dia?

Precisaria de um capital inicial pra fazer isso. E a verdade é que não temos esse capital inicial. Mais que isso, precisamos economizar pra o pouco que ainda vamos ter dure até que ele esteja sendo remunerado novamente. E agora?

Eu me atenho a meus planos, mas isso meio que é uma farsa. Não tenho conseguido estudar pois não consigo me concentrar nas aulas e nem ler as apostilas. Talvez por causa da sensação de cansaço e stress que me encontro, em menos de 5 minutos percebo que não estou mais prestando atenção nem lendo nada, apenas divagando nas possibilidades e nos problemas dentro da minha cabeça.

Além disso, sempre tem a duvida de que eu passaria nas avaliações médicas feitas quando se passa num concurso publico. Mentir seria uma possibilidade óbvia não fosse por eu ser quem sou - e eu, acreditem, não minto em quase nenhuma hipótese.

Vou insistir com os concursos pois sei que, a não ser que me barrem por causa da bipolaridade, aí esta uma ótima solução para os meus problemas financeiros, de independência e de auto estima. Mas não é minha unica alternativa, nem nunca foi. Tenho outras opções na manga e venho aos poucos investindo meu tempo nisso.

Outra coisa é que pra isso ainda tenho toda uma briga interna pois não é, nem nunca foi, o que eu queria fazer. Meus projetos paralelos tem tido muito mais a minha cara do que meu objetivo principal.

Na duvida, me sinto como a Chapeuzinho Amarelo, do livro de Chico Buarque, que a Beca tanto adora. Com medo de tudo e de todos, até de me mexer. Mas é um medo tão medonho de algo que já aconteceu e é o próprio medo que me impede de me mover.

Mas eu sei que dias ruins existem, e pra todos eles dias melhores virão. Que a tormenta vem e passa. E que a melhor coisa para sair de uma tempestade é seguir o curso que se havia traçado antes dela. Então, respiro fundo e sigo o caminho. E a melhor coisa disso tudo, é saber que não estou passando por tudo isso sozinha.

E vocês, como fazem pra passar pelos momentos difíceis?

2 comentários:

  1. Eu já tinha essa estratégia, mas confesso que fixei ela mais firmemente aqui mesmo, ouvindo/lendo você, sou seja, minha estrategia é: "Seguir a rota que foi estabelecida quando tudo estava bem."

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  2. Di,
    Fico feliz em ter encontrado seu blog.
    Sou bipolar diagnosticada a 3 anos mas com sintomas desde a infancia.
    Estou com 29 anos, casada a 1 ano e 8 meses com um marido que segura toda a minha onda e no dilema cruel de ter filhos ou não. Confesso que apesar de sonhar com um bebê, hoje não simpatizo com a ideia. Não quero fazer um bebê sofrer, uma criança assistir sua mãe na cama dias a fio. Não quero que ela cresça no ambiente hostil que cresci.
    Apesar de na minha casa ter muito, muito amor, tenho medo de mim como mãe. Medo. Medo de meu filho ser bipolar e sofrer como eu sofro (há 25% de chance).
    Por isso quero ler sempre seu blog... sou nova nesse mundo e quero aprender, aprender...
    Também não sei lidar com meus medos... se vc aprender, me conta?
    Beijosss
    http://venenobipolar.wordpress.com

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Ai, que bom que você veio! Puxe uma cadeira,sente-se no chão e sinta-se na casa alheia.^^ Mas me da um toque :P