De mãe e louco todas temos um pouco

Sejam bem vindos ao cantinho aconchegante que reservei para essa conversa. Espero que esses relatos possam de alguma forma ajudar aqueles que tem duvidas, receios, e as vezes até mesmo culpa por não serem perfeitos como gostariamos de ser para nossos filhos, que ja estão aqui, ou estão por vir.
Essa é minha forma de compartilhar essa experiencia fantastica que tem sido me tornar mãe, inclusive pelas dificuldades que passei, passo e com certeza irei continuar passando por ser Bipolar. E o quanto nos tornamos mais fortes a cada dia, a cada queda, como essa pessoinha que chegou me mostra a cada dia que passa.
A todos uma boa sorte, uma boa leitura, e uma vida fantastica como tem sido a minha, desde o começo e cada vez mais agora!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Segunda feira, sua linda!

Não sei vocês, mas o blog, pra mim, é uma forma de terapia. Como já tem  quase 3 anos que o dinheiro não permite a ida a um psicologo, é escrevendo aqui que encontro espaço para lidar com muitos dos meus problemas e anseios. Muitos, mas não todos...

Como falei em post anterior, minha vida esta dando um giro muito grande. Junto da mudança interna, pessoal, estão ocorrendo mudanças reais, físicas, materiais mesmo. E uma delas é que o dinheiro, que já não era muito, está pra ficar, pelo menos temporariamente, ainda menor.

E isso me faz ter que tomar algumas decisões importantes.

Uma dessas decisões é a de tirar ou não a Rebeca da escola em que ela esta.

E só de falar disso já me da um nervoso...

Escolhi essa escola a dedo pra ela. Achei a mesma pela internet, fazendo uma busca inicial procurando por uma escola que tivesse uma boa estrutura fisica e não fosse muito grande. E quando olhei as fotos tive aquele sexto sentido, sabem? E quando fui conhecer a escola mesmo, meses depois, fui muito bem recebida, a apresentação foi mais que satisfatória e era um preço bem razoável e estava dentro das nossas possibilidades.

Desde que a Beca começou lá eles sempre a trataram muito bem, com carinho, atenção. A adaptação dela foi bem tranquila com certeza pelo vinculo que ela criou com a professora - que mantiveram na turma dela esse ano!

O medo que ela tinha adquirido no fim do ano passado tem se dissolvido no dia a dia e ela já se interessa bem mais por ir a escola. Tem atividades novas como uma aulinha de educação física voltada a exercitar a atividade motora através de brincadeiras, por exemplo, que ela adora.

E agora?

Como não vamos  ficar completamente sem grana, apenas ter uma redução drástica, o negocio é ver quais são as prioridades. Tem coisas que não podemos deixar de pagar, como a pensão da Lulu por exemplo. E tem coisas que podem ter o custo reduzido, outras não.

A partir do ano que vem a Beca tem direito a uma bolsa de estudos em outra escola devido a contatos que meu pai tem. Ou seja, estudo garantido e sem custos. Mas eu não queria tira-la da escola em que ela esta, honestamente, antes dela entrar no Ensino Fundamental. Isso já e uma coisa que agora mais é sonho que realidade. Ela ir pra essa outra escola no ano que vem esta praticamente certo, e uma questão mais de aceitação que de decisão.

Mas esse ano eu queria deixa-la onde esta.

Pra isso ser possível, alem de diminuir alguns gastos básicos como trocar a marca das fraldas e dar uma insistida no desfralde enquanto ainda esta calor diminuindo os gastos nessa área consideravelmente, tenho que ponderar sobre as tais prioridades.

Pra mim uma prioridade máxima é a saúde. Ate por que eu tenho um problema real. Com isso sempre deixei claro pro Taz que o que eu mais faço questão é de mantermos um convênio médico bom.

Esse foi um dos motivos pelos quais não saímos ate hoje da casa dos meus pais. (O que foi bom, por um lado, pois com as recentes mudanças estaríamos voltando pra cá de qualquer jeito) Os convênios cobram valores absurdos - ainda mais quando você pensa no quanto eles repassam pros médicos - e eu nunca estive disposta a abrir mão do mesmo. E com a Beca no meio disso, abrir mão de ter um bom convenio pra ela esta fora de cogitação.

Já o Taz ja se disse disposto a ficar sem convênio por algum tempo se isso for necessário. Como ele já disse, passou tanto tempo da vida dele sem convenio, pode voltar a ficar sem por mais algum.

Nós temos que trocar de convenio de qualquer forma. Isso e uma realidade. Se eu baixar um pouco os meus padrões e contratar um plano só pra mim e pra Beca, existe a possibilidade de mantê-la na escolinha esse ano. Se eu contratar um plano que inclua o Taz, mesmo abaixando os padrões, mante-la na escola já não sera possível.

Mas eu acho injusto que o Taz não tenha um plano de saude e eu e a Beca sim. Somos uma familia e a saude de todos nós é importante!

Me parece errado, entendem?

E o pior é que não conseguimos sentar e conversar sobre isso e tudo o que esta acontecendo que me leva a ter que tomar essas decisões, pois acabamos brigando e eu evito brigar com ele perto da Beca - que mesmo quando nos agitamos e ela esta dormindo, acorda e tem pesadelos, pois sente o clima.

Conversar sem brigar esta sendo quase impossível. Até pela natureza dos problemas, a conversa já começa em um nivel de estress em que qualquer coisa acende um pavil de um barril de pólvora que, pra falar a verdade, precisa estourar.

Dificil...

O que você faria? Sua semana também começa assim?

4 comentários:

  1. Estou passando por uma reestruturação semelhante. Primeira coisa, tive realmente que tirá-los da escola de primeira linha que frequentavam e colocá-los em uma pública. Conto como foi lá no blog (aqui http://crisgms.blogspot.com/2012/02/boa-escola-publica-ainda-existe.html e aqui http://crisgms.blogspot.com/2012/03/nossa-adaptacao-escola-publica.html) . Passei muito nervoso com isso, mas não teve jeito. Tive sorte de ter achado boas escolas, isso já está resolvido. O desfralde é uma boa também, pois as fraldas custam caro. Felipe praticamente não usa mais. Daí, é rever prioridades e tentar manter a calma, pois nervoso ninguém consegue raciocinar. Tem que ter uma boa dose de espírito de desprendimento, para se livrar de despesas impagáveis e reajustar a rotina. NO final, tudo passa e dá certo.

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  2. Olá querida!
    Bom, já passei por isso, mas sem filhos na época,imagino que com filho seja muito mais difícil..quanto ao plano de saúde acho tb injusto seu marido ficar sem, até porque no país em que vivemos é ESSENCIAL, mas como uma família, vocês saberão avaliar melhor as prioridades.
    Se fosse eu, no caso, iria preferir mexer na escola, já que vc tem direito a uma para filhota, e não no plano de saúde.
    Grande beijo!
    Mãe do Theo

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  3. Já passei por uma situação pior financeiramente, os dois desempregados pagando aluguel, mas não tinha filho ainda.
    Imagino o quanto seja muito mais pesado por isso.

    O que posso dizer é não perca a fé.
    Tente ver o lado bom.
    Vc está em lugar seguro como disse, vai ter um teto.
    Abrir mão das coisas é um exercício para rever nossos conceitos.
    A primeira vista parece que tudo será ruim, será pior.
    Mas quem sabe essa nova escola tb não será boa ou até melhor?
    As vezes só quando mudamos de lugar é que descobrimos coisas novas.

    O que posso dizer é que brigas vão surgir mesmo, até por causa do estress da coisas em sim.
    Mas que seja briga para chegarem a um ponto em comum.
    Afinal vcs dois tem o mesmo objetivo. Cada um pode estar enxergando de maneiras diferente.
    Então é preciso nessa hora humildade, cabeça aberta para se for o caso mudar de opinião e tentar se colocar no lugar do outro.
    E no fim sairão mais fortalecidos, mais seguros das suas capacidades, e mais unidos.

    Torço por vocês!
    Beijos!

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  4. Nossa qeu barra. Mas Deus sabe o que faz e logo te traz uma luz para tomar a melhor decisão.

    Coloque tudo no papel, faça uma comparação de prós e contras para ver o que vale investir como o plano de saúde que acho essencial no Brasil.

    Abs e boa sorte!

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Ai, que bom que você veio! Puxe uma cadeira,sente-se no chão e sinta-se na casa alheia.^^ Mas me da um toque :P